BIBLIOTECA VIRTUAL de Derecho, Economía y Ciencias Sociales

ENERGIA, ECONOMIA, ROTAS TECNOLÓGICAS. TEXTOS SELECIONADOS

Yolanda Vieira de Abreu y otros




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2.7 AVALIAÇÃO DE VIABILIDADE ECONÔMICA DO SISTEMA DE COGERAÇÃO

Um investimento em equipamentos produtivos, por exemplo, pressupõe a inserção no processo produtivo da empresa, de novas tecnologias, que permitam a obtenção de um melhor desempenho tanto dos produtos como do processo de fabricação. Para tal exige que se façam estudos rigorosos no sentido de otimizar os esforços de investimentos, por fase, de modo a permitirem tomadas de decisão acertadas para o futuro da empresa (BOM et al., 1992). O ciclo de desenvolvimento de um projeto de investimento é composto por três grandes fases: fase de pré-investimento, fase de investimento e a fase de exploração.

Cada uma destas três fases principais pode subdividir-se em várias etapas, algumas delas constituindo importantes atividades empresariais.

1ª Fase – Pré – Investimento

• Identificação e seleção de idéias ou esquemas com interesse – estudos de oportunidades.

• Preparação do anteprojeto com estudos de mercado, estudos técnicos e uma primeira aproximação dos custos de funcionamento e investimento, e acima de tudo realização de estudo do contexto aos níveis jurídicos, econômicos, financeiro, político e humano – estudos de pré-viabilidade.

• Formulação do projeto para decisão final com avaliações econômica, financeira e analise de risco. Deve ainda nesta fase definir alternativas variantes para o projeto, preparando-se um relatório bem fundamentado para tomada de decisão – estudos de viabilidade.

• Avaliação e decisão de investir.

2ª Fase – Investimento

• Preparação do projeto para execução, com estudos de engenharia, consulta de fornecedores, formação profissional, aquisição dos equipamentos e elaboração do plano de realização do projeto – execução física do projeto.

3ª Fase – Implementação/Exploração

• Fase de controle de implementação do projeto.

• Fase de pleno funcionamento.

Convém salientar que são desenvolvidas diversas atividades em paralelo no decorrer de cada uma das fases. A partir do momento em que as etapas iniciais de estudo de pré-investimento tenham fornecido indicações suficientemente seguras, quanto à viabilidade do projeto, passam-se-á à promoção do investimento e planificação da execução, embora o esforço dos promotores se reserve para etapa de avaliação final e para fase de investimento.

2.7.1 Fatores Econômicos

Os Sistemas de Geração devem ser submetidos a uma detalhada análise técnica-econômica para verificação de sua viabilidade. O levantamento das cargas elétricas e térmicas deve ser o mais fiel possível. Em sistemas existentes, o melhor procedimento é a verificação das contas de energia por um período mínimo de 12 meses, avaliando-se então a participação de cada tipo de energético empregado, seu pique de demanda e sua curva horária, semanal e mensal de consumo.

Em sistemas novos, em fase de projeto, o mesmo tipo de informação é necessário, porém deve ser avaliada sempre que possível com auxilio de programas de computador para simulação energética. A simulação deverá analisar de forma dinâmica, fatores como formas de tarifação de energia elétrica, sazonalidade das cargas elétricas e térmicas, e o desempenho dos equipamentos que compõe cada alternativa (inclusive em carga parcial).

Os fatores de custo inicial a serem considerados incluem:

• Custo do capital;

• Custo inicial do Sistema de Geração, incluindo os elementos auxiliares, tais como caldeiras, trocadores de calor, unidades de absorção, bombas, controladores, etc;

• Dedução do valor do custo inicial dos elementos substituídos pelo Sistema de Geração (caldeiras convencionais, chillers elétricos, geradores de emergência, nobreaks, etc.);

• Redução de custos de componentes correlatos tais como os derivados da redução de tamanho da subestação elétrica, cabos, chaves, etc.

Os elementos básicos de custo operacional são:

• Análise dos custos de energia (elétrica e térmica) no sistema convencional e no de cogeração;

• Valor de manutenção e operação (pessoal, materiais etc.) para as duas alternativas. Não deve ser esquecido que a análise de energia deve incluir todos os produtos gerados pelo Sistema de Cogeração (vapor, água quente, água gelada, frio, etc.), não se limitando a energia elétrica.

Os elementos de análise financeira incluem o capital próprio investido, a taxa de juros, incentivos (depreciação acelerada, impostos, etc).

A composição econômica de todos os elementos acima, tais como custo inicial, operacional, manutenção e custos financeiros por um determinado prazo (em geral de vinte anos), deve ser então comparada nas duas alternativas, e os números em geral procurados como indicadores são o IRR (Internal Revenue Rate) e o prazo de amortização. Taxas de juros atrativas com prazos de amortização e carência adequados estão disponíveis hoje em dia para os projetos de co-geração.

Iniciando o estudo de viabilidade econômica mostraram-se os principais aspectos técnicos referentes a esse empreendimento destacando suas vantagens e desvantagens frente a outros tipos de sistemas de conversão de energia, seus custos e suas peculiaridades focando, sempre, às particularidades do estudo de caso que está sendo abordando.


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