BIBLIOTECA VIRTUAL de Derecho, Economía y Ciencias Sociales

A UTOPIA NEGATIVA: LEITURAS DE SOCIOLOGIA DA LITERATURA

Jacob J. Lumier




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Individuação e Dialética

►Seja como for, a sociologia da literatura e do gênero romanesco será estudada neste meu ensaio à luz da pro-messa humanista da civilização, que afirma o humano como incluindo em si, juntamente com a contradição da coisificação, também a coisificação mesma.

Entendo que, do ponto de vista sociológico em geral, a individuação pode ser alcançada sim, para-além de toda a mistificação espiritualista da introspecção, mediante a reflexão com dialética.

►Em teoria sociológica, o materialismo e o espiritua-lismo não passam de abstrações do esforço humano. A consciência faz parte das forças produtivas em sentido lato e, nas correlações funcionais, desempenha um papel constitutivo dos próprios quadros sociais, seja como linguagem, seja pela intervenção do conhecimento, seja ainda como direito espontâneo.

Como se sabe, esses quadros sociais são chamados por Marx de “modos de ação comum”, ou modos de colabo-ração, ou ainda relações sociais, nas quais, além da ima-nência recíproca do individual e do coletivo, se incluem as manifestações da sociabilidade, os agrupamentos parti-culares, as classes sociais e as sociedades globais.

O significativo aqui é que esses quadros sociais exer-cem um domínio, um envolvimento sobre a produção material e espiritual que se manifesta no seu seio, domí-nio esse que por sua vez é exatamente o que se prova nas correlações funcionais.

Quanto às ideologias, ficam excluídas das forças cole-tivas ou produtivas por representarem uma “mistifica-ção”: a alienação do conhecimento desrealizado e perdido nas projeções para fora, que inclui as “falsas representa-ções coletivas”, em que os homens e as suas condições surgem invertidos, como numa câmara fotográfica .

Como nota Georges Gurvitch , na dialética dos ní-veis de realidade social os quadros sociais e a consci-ência real são produtos das forças produtivas strictu sensus – isto é, podem ficar objetivados – mas, sob outro aspec-to, são igualmente os seus produtores, e assim, por essa reciprocidade, se afirmam como elementos reais da vida social.

Tal é o ponto de partida da dialética sem a qual não poderá passar a reflexão de que depende nossa afirmação e individuação humana .


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