BIBLIOTECA VIRTUAL de Derecho, Economía y Ciencias Sociales

LOGÍSTICA AGROINDUSTRIAL: DESAFIOS PARA O BRASIL NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI

Joaquim Carlos Lourenço




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2.5 Canais de distribuição agroindustrial

Canal ou via de distribuição é o conjunto de organizações ou de indivíduos que se encarregam de levar o produto ou serviço ao local no qual o cliente potencial se encontra, no momento conveniente e em condições de transferir sua posse. (BATALHA, 2001).

Ainda, de acordo com Batalha (2001), um canal logístico é composto por um número de empresas independentes que, combinadas, são responsáveis pela entrega de sortimentos de produtos e materiais para o lugar certo e na data apropriada. Seu desempenho abrange cinco funções: ajuste, transferência, armazenagem, manuseio dos produtos e comunicação entre os agentes componentes.

Nessa mesma linha de raciocínio, de acordo com Lima Filho (1978), canal de distribuição é a combinação de instituições pela qual o vendedor vende produtos ao consumidor, ao usuário ou ao consumidor final. Os elementos que estão no processo de distribuição são os membros de um canal.

Já para Araújo (2005), os “caminhos” percorridos pelos produtos são denominados de canais de comercialização, que variam de acordo com cada produto e região, envolvem diferentes agentes comerciais (ou intermediários), agroindústrias e serviços e demandam diferentes infra-estruturas de apoio (logística).

Assim, a seleção de canais de distribuição agroindustrial de produtos de uma empresa é uma decisão de caráter estratégico que deve considerar alguns fatores como: mercado, produto, empresa, intermediários e concorrência.

Entretanto, conforme Bertaglia (2003), o objetivo clássico dos canais de distribuição é possibilitar que os produtos certos, na quantidade certa, estejam no seu destino no momento certo, considerando o menor custo possível.

O canal é o caminho percorrido pelo produto para transferir-se do produtor ao consumidor final. Um fabricante pode vender para um atacadista, que venderá para um varejista, que venderá, finalmente, para o consumidor final. A escolha de cada um desses caminhos vincula-se totalmente à administração da empresa. (LAS CASAS, 2005).

Logo, o conceito de distribuição é bastante abrangente, incluindo tanto os vários caminhos que o produto segue do produtor ao consumidor, como também decisões de transporte, armazenagem, localização de depósitos, filiais, estoques e processamento de pedidos. Em suma, inclui todas as atividades relacionadas com a transferência física do produto aos clientes.

Atualmente, vem aumentando a importância do estudo da distribuição, tanto porque os clientes estão ficando cada vez mais exigentes, quanto porque um sistema de distribuição bem organizado traz sinergias e resultados que podem se transformar em vantagem competitiva para organização. (DIAS et al., 2003).

Sendo assim, a distribuição precisa ser extremamente flexível para enfrentar as diversas demandas e restrições que lhe serão impostas, sejam elas físicas ou legais. “A vantagem competitiva de uma empresa pode estar na forma de distribuir, na maneira com que faz o produto chegar rapidamente à gôndola, na qualidade do seu transporte e na eficiência de entrega de um material a um fabricante.” (BERTAGLIA, 2003 p.170).

Nesse sentido, de acordo com o pensamento de Dias et al (2003, p. 11):

Tanto a abrangência como a importância do estudo da distribuição vem aumentando. De um lado, porque os clientes tendem a ser cada vez mais exigentes; de outro, porque um sistema de distribuição bem organizado gera sinergias e resultados que podem se transformar em excelente vantagem competitiva. Contribuem, ainda, para o aumento da importância desse estudo as recentes e variadas maneiras de realizar a comercialização de bens e serviços, que cresceram por força do uso intensivo de variadas formas de comunicação e da tecnologia da informação.

Com o crescimento acentuado da demanda, as deficiências nos sistemas de distribuição e os incentivos à ampliação na oferta de alimentos, seja pela produção doméstica, seja pela importação de produtos alimentares, intensificam a necessidade de administrar os canais de comercialização da cadeia de suprimento. Isso inclui a criação de estoques em tempo de colheita, a oferta segura de alimentos em tempo de escassez e o controle de qualidade dos produtos, bem como a preservação de estoques de entressafra. Os estoques reguladores necessitam ser alocados em uma rede de centros de armazenagem.

Além disso, todas as transações comerciais dão-se entre instalações dispersas geograficamente. A rede de instalações da cadeia de suprimento representa uma série de lugares para os quais e entre os quais fluem materiais e produtos. Para propósito de planejamento, tais instalações incluem zonas de produção, indústrias, depósitos, armazéns de atacadistas e lojas de varejistas. A meta estratégica da logística é a melhoria na movimentação e armazenagem de materiais e produtos, pela integração das operações necessárias entre as áreas de suprimento, produção e distribuição física.

Enfim, para a distribuição de produtos alimentares, vê-se a formação de uma complexa e articulada rede baseada, tradicionalmente, na atuação de atacadistas, que possuem plataformas logísticas para recepção, trânsito e distribuição de mercadorias. A distribuição de alimentos industrializados é realizada por produtores, indústrias de processamento, atacadistas e lojas de varejo, e também tem a participação crescente de empresas transportadoras especializadas para suprimento às lojas de varejo. Essa rede busca maior racionalização nos custos, assim como maior produtividade em nível comercial.

2.6 Conclusão do capítulo

Neste capítulo, apresentou-se e discutiu-se de forma ampla a temática dos desafios da logística. Ainda foram apresentadas informações a respeito da logística agroindustrial, agroindústria, tendências agroindustriais, infra-estrutura logística e canais de distribuição agroindustrial. Assim, o embasamento teórico é importante para dá fundamento cientifico a pesquisa.

Com base no rastreamento bibliográfico apresentado, sistematiza-se o capítulo seguinte, o qual apresenta os procedimentos metodológicos utilizados neste trabalho. Estes procedimentos, portanto, têm sua fundamentação na revisão bibliográfica aqui realizada.


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