ENERGIA SOCIEDADE E MEIO AMBIENTE
Yolanda Vieira de Abreu y otros
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Yolanda Vieira de Abreu
Sinclair Mallet Guy Guerra
“O tempo é relativo e não pode ser medido
exatamente do mesmo modo e por toda a parte”.
[Albert Einstein]
RESUMO:
Este texto, parte integrante de uma pesquisa maior desenvolvida por seus autores, tem por objetivo traçar alguns pontos sobre as condições tecnológicas, econômicas e sociais em que vem se introduzindo o uso de biodiesel, como combustível, no Brasil, levando em consideração que o biodiesel deva ser incrementado, em bases econômicas, sociais e ambientais, na matriz energética nacional. Este artigo mostra o contexto econômico e ambiental do biodiesel.
Palavras Chave: Biodiesel; óleo Diesel; Oleaginosas; Economia da Energia.
Classificação JEL: Q29.
5.1 INTRODUÇÃO
Em linhas gerais pode-se dizer que o biodiesel é um combustível derivado de fontes naturais e renováveis como os óleos vegetais e gorduras animais. Pode-se ser obtido a partir do processamento de sementes de girassol, soja, dendê, castanha de caju, castanha do Pará, castanha portuguesa, buriti, babaçu, amendoim, mamona, algodão, canola, côco, macaúba, nabo forrageiro, pequi, pinhão manso, jojoba, entre outros vegetais. O biodiesel também pode ser obtido a partir de gordura animal e de óleo vegetal já utilizado em frituras [1]. Esse combustível é produzido por um processo de transesterificação, criado desde 1853 pelos cientistas E. Duffy e J. Patrick, muito antes do primeiro motor a óleo diesel começar a funcionar. Em 1912 em um discurso, Rudolf Diesel declarou que o uso do óleo vegetal como combustível poderia ser, insignificante naquele momento, mas que este se tornaria ao longo do tempo, tão importante quanto o petróleo ou o carvão o eram naquele momento.
A inclusão do biodiesel na matriz energética brasileira traz vantagens econômicas e sociais. Possibilitará o surgimento de um novo mercado; a agregação de valores às matérias-primas, a geração de empregos, a redução das importações de petróleo e óleo diesel refinado, a melhoria na balança comercial, o incremento nas economias regionais, a possibilidade de participação do pequeno agricultor e a fixação do homem ao campo. É o único combustível que pode ser utilizado em qualquer motor diesel convencional e sem modificações. Sua armazenagem e distribuição podem ser realizadas utilizando a mesma infraestrutura que a do óleo diesel convencional. Pode-se contabilizar também a possível melhor distribuição de renda e o incentivo à agricultura familiar [1].