BIBLIOTECA VIRTUAL de Derecho, Economía y Ciencias Sociales

VISÕES SOBRE A ECONOMIA COLONIAL: A CONTRIBUIÇÃO DO NEGRO

Yolanda Vieira de Abreu y Carlos Alexandre Aires Barros


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2 CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo, far-se-á a exposição das principais ideias econômicas que influenciaram os pensadores da economia colonial. Inicialmente, aparecem o pensamento mercantilista e o clássico e, em seguida, procura-se apresentar as principais ideias marxistas.

2.1 Mercantilismo

2.1.1 Principais ideias mercantilistas

Segundo Feijó (2001), o termo mercantilismo foi cunhado pelo Marquês de Mirabeau (1715-1789) em 1763 para caracterizar o conjunto de doutrinas e práticas econômicas dominadas pelo nacionalismo e pelo intervencionismo que vigoraram na Europa de meados do século XV até meados do século XVIII.

A doutrina mercantilista teve origem ainda na idade média quando os reis medievais, na intenção de proteger o interesse da nobreza, adotavam medidas intervencionistas a fim de limitar o enriquecimento da classe dos comerciantes que já havia enriquecido bastante com a atividade mercantil. Na Inglaterra, por exemplo, os reis Eduardo I e II firmaram regulamentações econômicas para limitar a concorrência através do estabelecimento de monopólio e controle de preços e salários.

O comércio internacional era visto pelos mercantilistas como principal meio de aquisição de metais preciosos, logo todas as medidas restritivas que resultassem no acúmulo de ouro e prata na metrópole seriam bem vistas. Isso porque eles acreditavam que quanto mais metais preciosos um país possuísse, mais rico seria. De acordo com Hugon (1995, p.65), a ideia de “prosperidade dos países parece estar na razão direta da quantidade de metais preciosos que possuem”. Surge, então, o pensamento de que o fenômeno da riqueza está associado a maior quantidade de metais preciosos.

Montchretien, citado por Hugon (1995, p.66), afirma que “o ouro e prata suprem as necessidades de todos os homens”. Outro autor mercantilista defende que:

Tudo é seu, se tiver dinheiro; o dinheiro é um verdadeiro Proteu que se transforma em tudo quanto se quer, é pão e é vinho, é tecido, será um cavalo, uma casa, uma herdade, uma cidade e uma província. (Scipion Grammont, apud, Hugon, 1995, p.70)

Essa ideia do dinheiro, na forma de ouro e prata, assume o sinônimo de riqueza para os pensadores mercantilistas. Nessa mesma linha, John Locke defende o dinheiro como amigo que apesar de passar de mão em mão não corre o risco de ser dissipado ou consumido (Hugon, 1995, p.66).

O metalismo constituiu-se em uma das formas que o mercantilismo assumiu ao longo dos três séculos de sua existência. Para Hugon (1995), o mercantilismo se divide em cinco correntes principais: os metalistas ou bulionistas na Espanha, os industrialistas ou colbertistas na França, os comercialistas na Inglaterra, o Cameralismo na Alemanha e a corrente fiduciária.

Para Feijó (2001, p.62), a principal “preocupação econômica do mercantilismo era a busca do pleno emprego”. O saldo positivo na balança comercial era a principal maneira de manter a economia do pleno emprego. Em seguida, ele concluiu que a “balança comercial favorável asseguraria o fluxo positivo de ouro e prata sem a necessidade de restringir diretamente a saída de metais (2001, p.62-65)”. O que para a metrópole não deixava de representar um ganho significativo em relação à colônia.


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