BIBLIOTECA VIRTUAL de Derecho, Economía y Ciencias Sociales


NOVAS TRAJETÓRIAS ENERGÉTICAS

Sinclair Mallet Guy Guerra y Mariana Pedrosa Gonzalez



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CONCLUSÃO

As alternativas recomendadas no Relatório referem-se à liquefação do carvão, extração de óleo de xisto e óleo de areias oleígenas e o desenvolvimento de células combustíveis a hidrogênio, tecnologias em processo de desenvolvimento que ainda dependem de pesquisas e redução de seus custos de produção. O ponto mais relevante do Relatório mostra claramente a opção pelo aumento no uso do carvão, baseando-se na viabilidade econômica e tecnológica.

A questão ambiental não é suficientemente tratada e existe uma clara opção pelo uso de alternativas de seqüestro e taxação do carbono. Essa última por sua vez tem apresentado contradições entre teoria e a prática como observado na China, por exemplo.

As tecnologias energéticas renováveis efetivamente serão significativamente mais utilizadas se adequarem a economia vigente ou se a própria economia estabelecer mercado, porém as energias renováveis encontram-se atreladas ao consumo e/ou redução no uso das energias fósseis. As novas reservas de petróleo encontradas recentemente são difíceis de serem extraídas, portanto aparentemente os custos devem aumentar, favorecendo os investimentos em fontes energéticas sustentáveis. Mas é preciso considerar o perfil de demanda energética através da discussão dos estilos de vida e o papel do transporte. O consumo excessivo influenciado pela mídia é também uma das barreiras que deve ser avaliada e discutida. Repensar essa prática remete primordialmente a questão do capitalismo, sendo esse determinado por características peculiares: expansão e manutenção da demanda.

Essa característica implica em um consumo elevado, em termos de média per capita e, em decorrência, uma enorme pressão sobre a natureza. O livre mercado e a propriedade privada respaldam a cultura de exploração dos recursos naturais e humanos. A cultura do consumismo representado pelo mercado, para se manter em movimento, gerando lucros crescentes necessita de aumentos na produção e no próprio consumo, conseqüentemente marginaliza grandes parcelas da população do sistema produtivo e da vida social (Loureiro et al., 2002).

Nesse contexto, repensar o uso das energias provenientes das fontes fósseis é questionar o próprio desenvolvimento e o próprio sistema econômico vigente (capitalismo), as questões eminentes referem-se ao “abandono” do cartel petrolífero e a “opção” em curto prazo de uma fonte energética preferencialmente renovável.

O Relatório apresenta diversas possibilidades, como outro exemplo, a opção pela energia nuclear, entretanto não são discutidas as questões tecnológicas, as barreiras sociais, os custos, a segurança energética e as tensões geopolíticas desse uso.

Todas as opções mencionadas são tratadas de maneira pouco profunda e sem a devida complexidade, principalmente porque a questão energética deve ser trabalhada do ponto de vista econômico, ambiental e social.

O futuro energético sustentável a que se trata o Relatório é muito mais um discurso do que uma ação estratégica fundamentalmente estruturada a partir de pensamentos e discussões sobre a complexidade das questões energéticas mundiais.

O Relatório é apresentado mais como um documento político do que propriamente uma diretriz energética que busque de fato a tal sustentabilidade almejada.


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