Sinclair Mallet Guy Guerra y Mariana Pedrosa Gonzalez
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As células combustíveis providas de hidrogênio podem produzir eletricidade em abundância. Diferentemente de baterias, que precisam ser recarregadas, as células combustíveis produzem eletricidade à medida que são alimentadas por combustíveis externos. Apesar de ainda caras, elas possuem o potencial de fornecer energia em grandes proporções e de forma descentralizada (Rifkin, 2003). As empresas de transportes têm evoluído gradualmente no sentido de estabelecer uma produção sustentada de combustíveis renováveis, em especial o hidrogênio renovável. Em um futuro próximo, possivelmente pode-se ter veículos movidos a hidrogênio e com uma potência e autonomia similar aos veículos convencionais que utilizam combustíveis fósseis.
O hidrogênio vem se estabelecendo e ganhando relevância como elo entre o desenvolvimento sustentável e a mobilidade, na medida em que funciona como uma aplicação renovável ao efeito estufa, pois o hidrogênio quando queimado em um motor de combustão interna, libera essencialmente vapor de água. Ocorre também alguma produção de óxidos de nitrogênio, mas não há emissões de monóxido e nem dióxido de carbono. Esta característica alimentou a visão, elaborada nos anos 70, de que o hidrogênio predominaria como uma alternativa renovável aos meios de transporte. Hoje, o processo de produção, transporte e armazenamento de hidrogênio ainda apresenta grandes desafios tecnológicos. Deve-se destacar que em P&D os gastos equivalem a US$ 221 milhões. (Pinto-Junior et al., 2007 apud Price WaterHouse Coopers, 2005).
As opções de armazenamento do hidrogênio em veículos ainda não atingiram os requisitos técnicos e econômicos para sua competitividade. Por exemplo, o armazenamento na forma gasosa a 700 bar parece ser no momento, a opção tecnológica escolhida para veículos de passageiros e o tanque para armazenar 5 kg de hidrogênio possui um custo entre US$ 3 mil e 4 mil. O mercado de células combustíveis no mundo encontra-se nas fases iniciais de desenvolvimento e, portanto, ainda necessita melhorar sua eficiência. O custo do hidrogênio entregue deveria ser reduzido em até três vezes para que fosse concretizada uma maior aplicação da tecnologia (Pinto-Junior, et al., 2007).
No Relatório de Chu e Goldemberg (2007) o uso do hidrogênio é recomendado, porém o tema não é discutido em relação à viabilidade e o estado da arte dessa tecnologia. Os autores estabelecem a necessidade em se utilizar a tecnologia. Essa ainda deverá se adaptar as condições do mercado econômico, ressaltando-se que a célula combustível de hidrogênio não é uma fonte energética e sim um vetor energético, aspecto que dificulta ainda mais seu uso em grande escala. Em relação ao uso do hidrogênio podem ser destacadas as seguintes considerações conhecidas: os processos de geração de hidrogênio, por exemplo, pela hidrólise e os processos de armazenamento convencional (cilindros pressurizados) e transporte. Já, a geração de hidrogênio para uso veicular requer investimentos.
As escolhas em relação aos sistemas energéticos devem ser realizadas com base nas características locais das sociedades, respeitando-se os limites ambientais, principalmente a capacidade suporte de equilíbrio dos sistemas ecológicos. A idéia do hidrogênio como vetor energético (células combustíveis) é válida, pois possibilita utilizar as potencialidades energéticas de forma mais eficiente, porém é necessário entender que essa tecnologia apresenta restrições de viabilidade, principalmente econômicas.