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INFRA-ESTRUTURAS EM ENERGIA E TRANSPORTES E CRESCIMENTO ECONÔMICO NA CHINA

Elias Marco Khalil Jabbour



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II.2.5 – O Plano de médio prazo, o desenvolvimento rodoviário no oeste e os “caminhos rurais”

Retornando ao assunto rodovias, muitas das obras descritas até aqui contemplam, num plano geral, o esforço de levar, a todos os cantos do país, estradas que, por um lado, interligam regiões, cidades, vilas, aldeias e povoados inteiros e, por outro, levam o progresso econômico e, conseqüentemente, melhoria das condições de vida do povo.

Os chineses planejam fazer 8 estradas troncais nacionais e mais 8 interprovinciais, chegando todas elas 16 ao total de 28 mil km 90.

Nas regiões ricas do litoral serão construídas auto-estradas, enquanto as rodovias novas destinam-se ao oeste do país. Para tanto, 251 obras rodoviárias no oeste estão em andamento desde 1998. As estradas troncais já citadas serão interligadas por uma rede de 5 corredores norte-sul e 7 leste-oeste, conectando completamente o interior pobre e o litoral desenvolvido 91. Nos âmbitos das províncias, já está em andamento a construção de estradas de cimento, que ligarão as capitais provinciais a distritos, vilas e aldeias.

Toda essa gama de projetos teve lançamento imediato em 1998. Os investimentos em rodovias (como afirmamos anteriormente) não exigem alta tecnologia e usam intensiva mãode-
obra. O valor estimado para a conclusão de todos os projetos previstos está na casa dos US$ 62,5 bilhões, sendo que já foram utilizados até 2002 US$ 22,6 bilhões. As formas de financiamento têm sido múltiplas, a saber: US$ 10 bilhões em bônus do tesouro de longo prazo (este ganhou força nos últimos anos); US$ 4,5 bilhões em empréstimos de longo prazo junto ao Banco Mundial; e os outros US$ 8,1 bilhões, diretos do governo central e da dotação orçamentária do Ministério dos Transportes 92.

Como para o atual estágio de desenvolvimento econômico na China formula-se muito a respeito da necessidade de múltiplos canais de financiamento para obras de envergadura.

Como registro didático vale a pena discorrermos acerca da participação do Banco de Desenvolvimento Asiático que aprovou empréstimo de US$312 milhões para o corredor Changsha-Chongqing de 177 km.

Tal ramo rodoviário é parte da futura rodovia Changde-Huaihua de 517 km. A importância desse projeto reside no benefício direto para 1,9 milhão de habitantes moradores de 404 aldeias produtoras de cereais. Desta população cerca de 42% são etnicamente minoritários e seus produtos, segundo Zhang Dehua, se beneficiarão dos mercados costeiros do país 93. O custo total do projeto será de US$ 778,1 milhões e seu término está previsto para dezembro de 2009.

Na atualidade, os principais problemas existentes no desenvolvimento rodoviário do oeste são o pequeno tamanho da rede – apesar das rodovias constituírem 91% das vias de acesso à região –, a baixa eficácia do acesso, o baixo nível tecnológico e as más condições da mesma.

O oeste chinês é 71,5% da área nacional e conta somente com 18% da rede viária. Desatar esse “nó” passa necessariamente pela capacidade de investimentos do Estado e por introduzir as melhores técnicas estrangeiras possíveis, a fim de diminuir os custos dos empreendimentos.

Para o 10º Plano Qüinqüenal, está previsto o início da execução de 251 projetos rodoviários voltados para o desenvolvimento do oeste. Analisando o Plano e verificando sua execução podemos notar três movimentos que norteiam a construção no oeste:

1. Ao mesmo tempo em que se executa o plano de estradas troncais de nível estadual, constituem-se novas estradas segundo as necessidades do desenvolvimento integral, formando, assim, um elo de ligação não somente com as regiões pobres do país, mas também com os rios, mares e o entorno das mesmas.

2. Estão sendo construídas estradas troncais no oeste; e melhoradas as condições da rede, com o recapeamento de várias estradas.

3. Estão sendo construídas estradas “arteriais” ligando as capitais de províncias com as estradas troncais.

Todas essas construções levarão em consideração os mais altos caracteres técnicos, e estarão de acordo com as necessidades sociais e econômicas da região num prazo de 20 anos, como, por exemplo, o plano que contempla a Região Autônoma do Xinjiang, que proverá todas as suas vilas, aldeias, cidades e povoados de ligação terrestre em forma de estradas com sua capital Urumqi.

Outro exemplo é a província de Gansu, que tem US$ 4,6 bilhões em gastos previstos para a construção de estradas no período do 10º Plano Qüinqüenal, com US$ 1,2 bilhão já provido pelo Banco de Desenvolvimento Estatal da China. Os atuais 41.200 km de estradas chegarão, em 2005, a 45 mil, o que fechará toda uma linha rodoviária ao redor de Lanzhou, conectando todas as regiões da província à sua capital e ao restante do país.

Esse dado nos remete ao papel desenvolvido pelo Banco no desenvolvimento do oeste chinês. Até o final de 2003, todas as capitais de províncias e regiões autônomas terão uma instalação de tal órgão em funcionamento 94.

Especificamente na zona rural procura-se, a partir principalmente de 2003, intensificar os investimentos em construção de “caminhos rurais”, onde já existe a orientação de construir ou transformar o maior número de estradas já existentes 95.

Esse tipo de rodovia é antiga. Em 1949 havia somente 80 mil km delas no país, acrescidas de outros 50 mil km de rodovias de cantão e povoado. Sem incluir estas últimas, os “caminhos rurais” estenderam-se, em 1978, a 590 mil km e 1.370 milhão km, em 2003, correspondendo assim a 76% das rodovias chinesas.

A grande importância desse tipo de empreendimento fica na otimização da circulação de mercadorias, pessoas e de informação pelo campo.

Todo esse planejamento prevê que em 2010 todos os povoados e cantões, assim como as aldeias administrativas da China, terão de contar com algum tipo de ligação rodoviária. As vias entre os distritos e cantões terão de ser dotadas, no fundamental, de um pavimento asfáltico de qualidade, enquanto as vias que interligam os cantões e aldeias terão de ter um nível médio de pavimentação. Para 2020, os caminhos entre os cantões e aldeias terão de ter um pavimento de alto nível.

Num programa bem específico da construção no oeste, para Zhan Dehua, diretor do Departamento de Rodovias do Ministério dos Transportes, é mister agir no sentido de aperfeiçoar a rede nacional de estradas, seguindo os seguintes objetivos:

1- Construir de maneira geral estradas asfaltadas entre as prefeituras e os distritos.

2- Promover a construção de estradas entre os distritos nas regiões ocidentais.

3- Dar prioridade à transformação das estradas já existentes entre os distritos que desempenham um papel de peso nas comunicações, rotas turísticas e portuárias.

4- Realizar a transformação das estradas existentes entre os cantões e povoados.

5- Fazer o mais rápido possível a transformação pavimental em três anos das estradas em condições de serem transformadas.

Para 2003, está em execução a tarefa de transformar cerca de 20 mil km de estradas nas regiões interioranas. Ao mesmo tempo, estão sendo construídas estradas distritais e troncais, e ramais leste-oeste e norte-sul que também estão se desenvolvendo. Nas províncias de Liaoning, Shandong e Zhejiang, as capitais provinciais e as prefeituras e municípios já estão conectadas por auto-estradas 96.


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