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INFRA-ESTRUTURAS EM ENERGIA E TRANSPORTES E CRESCIMENTO ECONÔMICO NA CHINA

Elias Marco Khalil Jabbour



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II.2.4 – “Dois corredores, desenvolver dois cinturões e construir múltiplos centros”

Na década de 50, duas correntes de pensamento em urbanismo disputavam idéias no sentido de decidir qual o formato ideal para a capital do país. A escola influenciada pela União Soviética preferia tornar a praça Tiananmen o centro administrativo da cidade. Já outros, como o arquiteto Liang Sicheng, sugeriam a construção de um novo centro administrativo nos subúrbios ocidentais, mais precisamente entre o segundo e terceiro anéis viários com a intenção de proteger a parte velha da cidade de construções modernas 86.

No ano de 1979, a idéia da construção de um novo centro administrativo novamente foi rejeitada. Somente em 1993, quando as pressões inerentes à concentração do tráfego no centro da cidade floresceram, essa discussão, sobre a viabilização de um segundo centro administrativo, foi retomada. A proposta de 1993 previa o encaminhamento das indústrias para locais distantes tanto do centro da cidade, quanto da proximidade humana. O problema do trânsito, assim, não estaria resolvido.

Para Chen Gang, diretor da Comissão Municipal de Planejamento de Pequim, “após mais de 10 anos de desenvolvimento, as áreas centrais de Pequim estão saturadas (...) a única alternativa que nos restou é o desenvolvimento das áreas periféricas da cidade” 87.

Os três mapas abaixo sintetizam o projeto de periferização do desenvolvimento urbano futuro de Pequim. Foram fornecidos pela Comissão Municipal de Planejamento de Pequim, à qual agradecemos mais uma vez. Deles, mantivemos os títulos e as legendas originais:

Acima está a síntese da idéia dos “dois eixos”, que são extensões norte-sul e leste-oeste. Direcionam-se para as áreas que receberão investimentos prioritários do governo municipal ao mesmo tempo em que preservam as funções de centro político e cultural do centro da cidade.

Os chamados “Dois Cinturões” incluem o “cinturão de desenvolvimento”, que se estenderá dos subúrbios localizados no nordeste da municipalidade (Huairou e Miyun) até sudeste na província de Hebei e a municipalidade de Tianjin. Terá a função de absorver indústrias e população outrora residentes em outras áreas. O “cinturão ecológico” ligará as montanhas do oeste de Pequim, que servirão como zona ecológica aos distritos de Yanqing e Changping ao norte e os distritos de Mentougou, Liangxiang e Huangcun localizados ao sul.

“Múltiplos Centros” são designações para “áreas urbanas com diferentes funções”. Entre os distritos mais importantes, Chen Gang listou o Distrito Comercial Central, o Parque Olímpico e o Parque de Ciência e Tecnologia de Zhongguancun. Outros centros terão função de absorver indústria e população migrante.

Há uma outra preocupação, visualizável nas entrevistas e nos mapas acima e no próximo: a questão ecológica. Serão construídos quatro novos parques e a conexão de todo um “cinturão verde” nas áreas ocidentais da cidade que atualmente aloca o complexo siderúrgico de Wuhetan, construído com a participação da União Soviética na década de 50 e que deverá ser removida para o interior do país.

***

A princípio e a partir deste plano, espera-se que, em 2008, o trânsito de Pequim esteja modernizado e satisfazendo preliminarmente as necessidades de uma grande metrópole internacional. Sua rede viária será otimizada e estruturada para uma capacidade de 3 milhões de veículos. Para tanto, em julho de 2002 foi emitida a primeira partida de bônus do tesouro, com valor total de US$ 187 milhões.

Logo, para tal modernização já foram concluídos cinco anéis-viários e das auto-
estradas Pequim-Kaifeng e Pequim-Badalin, com extensão total de 648 km em torno de Pequim, que permitem dar uma volta inteira em torno da cidade em 50 minutos, sem precisar passar pelo centro, além de serem elo de ligação com todos os bairros periféricos e de conectarem-se a sete estradas que partem ou chegam a Pequim 88. Nos anéis viários, a velocidade média é de 100 km/h.

Sobre o quinto anel viário de Pequim, sabemos que uniu dez vias periféricas e duas novas áreas de residência e que será composto de seis pistas em ambos os lados.

Ainda acerca de Pequim, em 2000, dos 26 projetos de construção infra-estrutural da cidade, 13 se relacionam ao alargamento ou construção de vias. Todas as suas grandes avenidas tiveram as pistas (faixas) diminuídas de 3,75 m para 3 m, aumentando a capacidade de acomodar veículos em 16% e a velocidade média em horas de pico chegou a 40 km/h.

Vinte por cento da receita municipal de Pequim são destinados à Corporação Municipal de Transporte Público, empresa que, por estar deficitária, prevê para o ano de 2004 a abertura para a participação estrangeira em negócios viários de Pequim. Foram gastos até o momento US$ 3,75 bilhões, sendo sua metade até então provisionada por essa municipalidade; outros 25% por emissão de bônus do tesouro de longo prazo e seus direitos de operação cotizados na Bolsa de Valores de Xangai 89.


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