MERCADOS: DA ABSTRAÇÃO À DESIGUALDADE SOCIAL CONCLUSÕES
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MERCADOS: DA ABSTRAÇÃO À DESIGUALDADE SOCIAL

 
 
Luiz Gonzaga de Sousa

 

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CONCLUSÕES

Para se provar que os modelos que alimentam as desigualdades sócio-econômicas de um país partem de paradigmas abstratos, mas vive-se em intensa desigualdade econômica e social, necessita-se de algumas colocações que são essenciais para a compreensão de como essas coisas acontecem.

Assim, os sistemas de mercado da atualidade são muito diferentes de um modelo bem comportado preconizado pelos teóricos da competição perfeita e do monopólio puro, que são abstratos, visto que hoje se depara com um mundo irregular e imperfeito, sem condições de se fazerem previsões sobre o comportamento de um sistema de mercado, e sem a intromissão aparente do Estado.

Todavia, fica claro que os princípios da competição perfeita e do monopólio puro, não caíram do acaso, ou como se fosse um milagre do sobrenatural, mas decorreram de toda uma experiência e talvez da estruturação de que a economia ocorresse de maneira mais ou menos parecida com estes mercados tradicionais.

A competição perfeita está alicerçada em princípios que não correspondem à realidade atual, pois a livre entrada está bloqueada pelo protecionismo estatal, ou não, à indústria ou produto interno; o pleno conhecimento do mercado é comandado pelo sistema oligopolístico das promoções, propagandas; o produto ser homogêneo é atalhado pelo poder monopolístico das patentes e marcas; e, a existência de muitos vendedores no mercado não existe quando se produzem produtos diferenciados, mas o grande número de consumidores é patente e egoísta.

No outro extremo, está o monopólio puro, coisa impossível de acontecer de forma prática, visto que não se encontra na realidade, um único vendedor no mercado. O que existem são produtores que possuem características que apresentam formato de monopolização, com certo poder de mercado, e até mesmo aparência de que está só no processo mercadológico.

Hoje, com a proliferação dos conglomerados, ou cartéis está cada vez mais dificultada a possibilidade de um monopólio puro, mas continua a existir monopólio na forma de trustes internacionais que não deixam de ser um tipo de monopólio, porém fora de conceituação tradicional. Isto não tira o valor intelectual dos estudos monopolísticos dos cientistas do passado.

O mais comum nos mercados modernos é a atuação dos oligopólios com a formação de conglomerados, de clusteres, procurando a todo custo a concentração de poder econômico e político para dominação do comércio, de forma competitiva, ou até mesmo através de corrupção e falcatruas.

Contudo, sabe-se que os oligopólios formam-se pela estruturação inicialmente de seu mark-up, pelo poder de concentração via guerra preço, e pela fácil maneira de derrubar os competidores próximos que estão participando do mercado de forma mais ativa e contundente.

O sistema oligopolístico domina facilmente o econômico, e manipula o político a abrir todas as veredas ao bom andamento de seus negócios em todas as partes do mundo, e é neste sentido que é importante o protecionismo, sem exagero, ao mercado interno, salvaguardando o sistema econômico da intromissão dos trustes internacionais.

Com a proliferação dos oligopólios é que surgem as desigualdades sociais e econômicas, cujos atores sociais nunca tiveram condições de um comportamento ajustado à competição perfeita, que é um mercado liberal, hoje neoliberal, cujos consumidores obteriam o verdadeiro bem-estar econômico e social em um determinado país, ou região.

Depois da perda do controle dos atores sociais e econômicos que influenciam no mercado real, os desajustes ficaram sempre comuns, cujas autoridades governamentais não tiveram condições de implementarem políticas que minorassem as desigualdades que perduram na sociedade moderna, tanto de primeiro mundo como de países pobres, ou emergentes, como a América latina e a África.

Além do mais, os movimentos religiosos nunca tiveram a preocupação em orientar os seus seguidores ou fies, a uma lida voltada para a sua participação na economia e na sociedade de forma objetiva, isto significa dizer fazendo a sua parte, livrando-se da ganância, da inveja, da vaidade, da usura, e de muitas outras formas que fazem os seres humanos desiguais, portanto desajustados socialmente.

O importante, é que a participação do Estado na economia tente eliminar a possibilidade de que a ganância, que é uma forma de acumulação de capital, com concentração de poder, possa atuar de forma menos egoísta, que é a busca incessante pelo lucro exagerado sobre os demais, cuja inveja não possa ser a tônica a quem trabalha com objetivo de eqüidade, e democracia política, econômica e social.

Finalmente, justifica-se de forma clara que os modelos abstratos dos tipos como a competição perfeita e o monopólio puro, tal como delineados são paradigmas que norteiam a economia como um todo, mas proporcionam suportes para que as concentrações e centralizações, dentro da acumulação de capital sejam os pontos dominantes em uma estrutura de mercado, que afetam o político, e o social, com as patologias sociais modernas vigentes.

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