MERCADOS: DA ABSTRAÇÃO À DESIGUALDADE SOCIAL
Luiz Gonzaga de Sousa
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Estado versus mercado:
O estado regulador tradicional é o liberal, ou neoliberal como os pensadores da economia denominam na atualidade, visto que funciona dentro do ponto de vista do laissez faire, da liberdade individual, ou a mão invisível de Adam Smith, dado que as relações sociais devem se ajustar as atividades econômicas e sociais de forma natural e simples, tal como foi até o século XVIII dos iluministas, e dos clássicos da economia.
Este tipo de estado, ou mercado regula o preço dentro da lei da oferta e demanda de forma natural, e todos se adaptam de forma simples, sem uma interveniência direta de alguém, um ditador, mesmo quem não se queira direcionar o processo de produção para qualquer tendência, de acordo com a evolução da humanidade.
Entretanto, a liberdade que todos têm, faz com que alguém tire proveito de alguma descoberta pessoal, daí iniciar-se o processo de acumulação individual ou de grupo, já direcionada para a quebra do elo da igualdade entre todos, cuja fortuna já se concentra nas mãos de poucos, para dar um ponta-pé na dinâmica de desigualdade econômica e social entre os seres humanos.
A formação das desigualdades propaladas fomenta a questão psico-social entre os seres pensantes, com a exacerbação da ganância, do orgulho pessoal, da vaidade do ter o poder, e uma série de outras enfermidades psicológicas que é o maior mal do século atual, e que vem de longas datas, em que a economia e a sociologia não têm pensado como eliminar esses pontos que são fundamentais no desenvolvimento igualitário entre todos.
Sem dúvida, as desigualdades psico-sociais estão também na formação de pequenas, médias, e grandes instituições empresariais, com a criação dos segmentos sociais que contém os agrupamentos formados por ricos, e os por pobres, cuja guerra é secular, difícil de solução no curto prazo, ao pode dizer até no médio prazo, por que passa pelo processo de conscientização da humanidade, que não é uma variável manipulável por um cientista qualquer, nem tão pouco por um ditador, por mais esperto que seja.
Neste sentido, é que apareceram os oligopólios, as oligarquias, os ricos e os pobres, as corrupções, os desmandos, os seqüestros, tudo aquilo que cria o poder de uns sobre os outros, mesmo que seja de forma superficial e psicológico, elastecendo-se o diferencial entre os que muito têm, e os que nada possuem, ao viverem na miséria absoluta em seu habitat natural, que participaram de seu processo de construção, para serem usurpados por quem nada contribuiu eficazmente.
As desigualdades existentes na sociedade moderna possuem a conivência de algumas Instituições que ao invés de apaziguarem esse status quo, na melhor das hipóteses, mantém esta situação com as vistas grossas, de tal forma que a fumaça vai se espraiando de forma invisível no seio da sociedade, até ficar incontrolável, pois como conseqüência, têm-se os conflitos internacionais, as guerras, e os desequilíbrios constantes do mundo moderno.
Portanto, o Estado com laissez faire, ao não ser severamente observado em sua dinâmica de atuação, quanto aos exageros no processo de acumulação individual, ou familiar deságua nos intensos conflitos que a sociedade moderna alimenta, com o aumento da prostituição, dos roubos e furtos, da perda de poder de propriedade natural, e alguma outra maneira de desrespeito ao ser humano como um ser social e político.