MERCADOS: DA ABSTRAÇÃO À DESIGUALDADE SOCIAL
Luiz Gonzaga de Sousa
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Estado Misto:
No mundo moderno o que prevalece é um Estado misto, isto significa dizer obedece de uma forma geral ao princípio liberal, ou neoliberal, e ao mesmo tempo tem o seu ponto de atuação ditadorial, ou intervenção forte quanto à tendência unilateral para um grupo em particular que exerce o seu poder de mercado.
A concorrência monopolística e os oligopólios são formas de monopólios que tem um certo poder de mercado como um agente particular que não deve proceder de tal forma, porém o faz por conta de insegurança e riscos que as relações sociais oferecem aos participantes, e quanto menos perturbadores existam na atuação mercadológica melhor.
Principalmente o oligopólio que por si só já é concentrador, por conta de seu processo de acumulação que exerce ao longo dos tempos, e poucos competidores participando do mercado ao dividir mercado e estabelecer preços cobrados dentro de sua área de ação, conseqüentemente explorando ao seu bel-prazer os consumidores que estão em competição perfeita (REZENDE: 1979; p. 48).
Todavia, é justamente na hora de dominação de pequenos grupos explorando de forma predatória o mercado, ou tendendo a fazê-lo, que intervém o Estado, com vistas a dirimir as desregularidades existentes na economia, e por extensão na sociedade como um todo que necessita de uma certa liberdade vigiada.
A atuação de um Estado que trabalha de forma mista, isto significa dizer, utilizar-se do princípio do laissez faire, ou hedonismo de forma vigiada para que não haja o exagero por alguns atores sociais que primam por tirar vantagens em tudo que faz em sua atuação mercadológica, e não se pode deixar que isto aconteça de forma desordenada (WHYNES & BOWLES: 1982; p. 120).
Assim, em todos os recantos do mundo o que prevalece é uma economia ou atuação estatal de forma mista, pois não existe o capitalismo puro, nem tão pouco o socialismo como foi pregado pelos utópicos pensadores do século XIX, e imaginado pelos idealistas da modernidade, daí a importância do neoliberalismo com a presença do Estado em todos os pontos da sociedade, e da economia como um todo.