OBSERVAÇÕES NECESSÁRIAS
BIBLIOTECA VIRTUAL de Derecho, Economía y Ciencias Sociales

 

ÉTICA E SOCIEDADE

Luiz Gonzaga de Sousa

 

 

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OBSERVAÇÕES NECESSÁRIAS

O movimento espírita campeia o mundo com uma velocidade nunca vista na história das religiões de todos os tempos, desde Zoroastro, Moisés, Jesus o Cristo, Epicuro, e muitos outros idealizadores de princípios que delineassem uma boa convivência com todos aqueles que querem compreender a vida. O espiritismo também tenta conseguir proporcionar aos seus seguidores um melhor entendimento do relacionamento entre as pessoas, entre as pessoas e os espíritos, e entre as pessoas, os espíritos e a natureza para que haja a sua harmonização plena. Os ensinamentos espirituais não vão de encontro a nenhuma organização dessas que orientam aos seus seguidores, todavia, todas explicam profundamente bem, todos os princípios que chegaram para a humanidade, através de parábolas, para mostrar o caminho da verdade e da vida, como JESUS legou a todos.

JESUS é tomado como um exemplo de humildade, simplicidade, sapiência, amor, caridade e felicidade, citando algumas das inúmeras qualidades que Ele tinha dentro de Si, e que todos, ao longo do caminho a ser trilhado, deveriam adquiri-las para conseguir a pureza e a perfeição. Dentro do princípio de humildade e simplicidade, não se quer dizer que o ser humano deva se rebaixar àqueles que são menores do que ele. JESUS não o fez em nenhum momento, não por orgulho e nem vaidade, mas por conhecer o seu nível de perfeição. A Bíblia retrata que JESUS foi severo, sem condenar ninguém, nem menosprezar algum de seus irmãos, e sem autoritarismo inconseqüente, que muitos praticam de maneira arbitrária, desrespeitando a tudo e a todos, como se fossem símbolos de pureza.

Dentro de um movimento espírita deve haver o respeito entre as pessoas, não somente para todos aqueles que chegam, mas especificamente para com aqueles que já participam do trabalho espiritual, com tanta dedicação, assiduidade e seriedade para com uma convivência entre irmãos espíritas. Havendo desentendimentos dentro dos grupos que fazem o espiritismo, o senhor dirigente deve procurar se inteirar dos fatos e procurar contorná-los dentro da ética, e do amor ao próximo, sem alarde e efervescência nervosa que prejudica. No entanto, nos movimentos espíritas justamente o contrário cujo dirigente conduz-se muito mais pela indiferença do que pela ajuda ao crescimento do grupo, que ainda não compreendeu o caminho ensinado pelo mestre cristão, que é a fraternidade e a paz.

Um movimento religioso é de grande sublimidade; deve ter os olhares amáveis e não de perseguição, nem tão pouco de competição, que só faz criar conflitos e animosidade dentro daqueles que ainda são pequenos dentro da perspectiva do mundo espiritual que quer a cooperação e a amizade entre todos. No seio do espiritismo, infelizmente existe muita malquerência entre os seus participantes, tal como: fulano é bom médium, cicrano conhece mais do que beltrano; em verdade, existem os preferidos do Senhor Presidente do Centro que almeja disseminar conhecimentos, e cura espiritual para todos. Neste sentido, pode-se dizer que em alguns Centros Espíritas, não existe a igualdade que tanto pregou JESUS aqui na terra, e Ele se nivelou a todos daqui quando seus apóstolos foram pessoas simples, e sem formação acadêmica alguma.

Nos Centros Espíritas deve-se obedecer a uma hierarquia natural dos fatos, isto é, quem possui mais experiência servirá para aqueles que estão chegando, dentro dos princípios que conhece e domina com grande categoria, pois algumas vezes a prática supera os estudos acadêmicos, como se sabe. Vê-se cotidianamente que os neófitos, em sua ânsia do saber e de saber, querem sempre suplantar aqueles que conhecem com sapiência e intelectualidade, contudo, não pode um primário, conhecer mais do que um ginasiano. Entretanto, a juventude trêmula, contando historietas do passado, é quem domina na intelectualidade de um trabalho muito difícil de compreender, até mesmo de pratica no dia a dia daqueles que ainda não têm consistência em sua maneira de ser.

Observa-se nos movimentos da juventude espírita as duas faces da incoerência, da inconsistência, e da falta de humildade, pois o jovem quando chega é muito bem recebido, com beijinhos e abraços; uma festa fraternal intensa, na verdade, um aconchego muito grande, que irradia felicidade. Isto acontece nos Centros, que depois de alguns meses de participação com essa juventude, tudo se modifica ao passar do tempo, cujas pessoas parecem esquecer aquele que chegou, e a indiferença logo aparece. Pior ainda, é que na rua quando um irmão passa pelo outro, o desconhecimento é total, indicando talvez um orgulho interior, insinuando de outro modo, que seja melhor do que o outro que chegou a pouco tempo, e, na vaidade, ainda não teve tempo de falar mais alto, e isto é horrível.

Veja que antes do início de cada reunião de evangelização pública, a juventude faz uma festa. Parece que há muito tempo não se via; uma alegria exuberante que deixa muita gente perplexa e pensativa. Porque tantos beijos e abraços, se esse encontro é constante, onde não existe tanta amizade assim? Deve-se compreender este momento, todavia uma orientação a esses irmãos que chegam é muito importante e oportuna, por não conhecerem a intimidade da família espírita, de que seja uma amizade pura, sem orgulho, sem inveja, e sem vaidade. Como se sabe, a juventude pela sua idiossincrasia, em termos de descobrir o "eu" de cada um, e a convivência que cerca a todos, não compreende corretamente as inferioridades humanas e as maledicências que envolvem a todos que somente a experiência ensina com facilidade.

            A tudo isto deve o dirigente maior da casa estar sempre em observação para que não haja contra-tempo entre os seus participantes, isto quer dizer que se alguém está fugindo do movimento espiritual, deve ser chamado à parte e procurar saber o que está acontecendo para as devidas providências. Hoje em dia, não acontece este entrelaçamento, ou qualquer outra forma, pois se alguém está deixando o movimento espiritual de lado, os dirigentes não ligam, não dão a mínima atenção, como se estivessem achando bom que isto pudesse acontecer, desprezando-o. Isto cria uma animosidade muito forte para aquele que esperava uma acolhida fervorosa em um movimento que ele fazia parte ou faz ainda, com muita efervescência, e vontade de que aquele trabalho progrida para a evolução da humanidade para uma vida cada vez melhor.

Dentro de um movimento espírita deve haver uma hierarquia não formal de uma obediência entre grandes e pequenos, nem entre patrões e trabalhadores, mas em termos de experiência e cognoscibilidade que se adquire, ao servirem para a participação da sabedoria na evolução cristã, que é o objetivo de todos. Num Centro Espírita quem chega pela primeira vez, deve participar de alguns conhecimentos gerais sobre o espiritismo; em seguida, orientado para o Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita (ESDE), para depois tomar parte do Centro de Orientação de Estudos Mediúnicos (COEM), que é a praxis de tudo. Estes estudos são fundamentais ao entendimento daqueles que querem compreender o funcionamento e a inter-relação do mundo espiritual com o mundo material, e como ambos podem cooperar para que haja um progresso conjunto para o bem de todos.

Como é do conhecimento público, esta prática não acontece dentro do movimento espírita, tendo em vista que algumas pessoas só iniciaram esses cursos, e já participam de toda a atividade da casa, trabalhando no curso do ESDE, COEM, e, até mesmo, nas mesas mediúnicas que deveriam ser fechadas a quem não tivesse experiência. Aqui não se está condenando ninguém; é somente uma orientação para que a coisa caminhe bem, dentro de uma estrutura de cognição e de seriedade que a seriedade espiritual exige para que os trabalhos sejam bem sucedidos, ao praticá-los com bastante confiança. Assim sendo, pode-se exemplificar com a participação de uma juventude incipiente, que começa a trabalhar nas atividades de reuniões públicas, que envolvem multidão, e que o expositor não mostra segurança naquilo que a espiritualidade almeja que é o conhecimento, a firmeza, e a seriedade para um público inquieto e carente do saber espiritual.

Isto acontece de tal forma que os trabalhos dentro de um Centro Espírita não têm as devidas vigilâncias pessoais, ou particularizadas, como disse SÓCRATES (435 a. C), nosce te ipsum, isto é, "conhece-te a ti mesmo" e não procures condenar ninguém, se não conheceres bem o teu interior, como explica esta máxima, tão profunda. Nos Centros Espíritas observa-se muita espreita de irmãos contra irmãos, com um profundo anseio de dominação, de prepotência, e de ditadura, quanto ao querer ser o melhor dentro da casa espírita, isto é, fulana é quem manda aqui, ela é muito importante no Centro. Em verdade, não deveria existir aquele mais importante, no entanto é fundamental a importância do grupo, no processo de aprendizado para a vida eterna, que é a convivência amável entre todos, sem distinção profissional, de raça, nem de sexo.

A imposição de algumas pessoas dentro dos Centros é muito forte, ditando normas, impondo idéias, e dando ordens de tal forma que sua participação prevaleça, devido à reverência a sua profissão curativa e o apoio que os dirigentes hipotecam, aos que têm um mínimo de conhecimentos na área de trabalho com a saúde humana. Com isto, a prepotência se avoluma, o orgulho ecoa longe, e a vaidade sobressai com uma intransigência incomensurável, onde JESUS com toda sua sapiência, que era Todo sabedoria não transigia nada de alguém, mesmo sendo severo como O era. JESUS era humildade e simplicidade, sem embargo, nunca abdicou de sua autoridade como um ser austero, mesmo quando abraçava aqueles que aproximavam Dele, entretanto nunca usou violência para com alguém que O questionava, mesmo que fosse com ironia.

Observa-se que alguns irmãos que participam do movimento espírita trazem consigo a índole de coordenador, impondo seus dotes ditatoriais com gritos a assistentes nas reuniões, determinando normas que talvez eles mesmos não cumprem nos ambientes onde estão com as suas famílias. Essas pessoas devem reconhecer o nível espiritual de cada irmão e se alguém transgride, deve-se conversar com ele com muito amor, muita calma, não para não o ferir, mas para que ele possa sentir a força da humildade e da simplicidade que se tem que cultivar dentro de cada um. A imponência de certos irmãos, não constrói a bondade e o amor que está dentro de cada um, apenas destrói a volição incipiente que alguém tenha na busca de encontrar o caminho da verdade e da vida, que é o objetivo de todos que almejam DEUS.

Sempre se ouve dizer que o espiritismo é religião, filosofia e ciência, no sentido de que DEUS envolve todo tipo de sapiência que existe na humanidade, pois tudo que o mundo contempla, os espíritos participam ajudando, ou não, nessa engrenagem de vivência e sobrevivência de todos. Pode-se dizer que o espiritismo é religião, devido à ligação com DEUS. É o sentimento de está perto do puro, do perfeito, no entanto, sempre questionando o melhor caminho que se tem que seguir, como a filosofia orienta a todos, quer dizer, é o questionar o porquê de tudo. É ciência, devido a ser conhecimento, sabedoria e, sobretudo experiência de vida, tanto do lado espiritual, como do lado material, que é um estágio doloroso que se passa aqui no orbe terrestre, pondo em prática os conhecimentos espirituais.

É do conhecimento de todos que a ciência significa aprendizado com provas, perguntas que precisam de respostas; é não concordar sem menosprezar o irmão; é, principalmente, criticar com humildade e simplicidade. Sendo assim, não existe ciência sem crítica e se não há crítica, não pode existir ciência. Nos movimentos espíritas, diz-se normalmente, que não se deve criticar alguém, que tem que ter humildade e simplicidade. Ora, ser crítico não significa não ser humilde, é um questionamento para entender a verdade absoluta que não se entende com facilidade. Existem neste planeta as verdades relativas, as verdades dos cientistas, e até certo ponto das Igrejas que se aventuram pelo lado da história que estuda os fatos à luz dos documentos, esquecendo o trabalho dos espíritos que participam ativamente.

Não se deve esquecer que a ciência é de fundamental importância ao progresso de todos, tendo em vista que são os cientistas que insistem em conhecer a verdade, tanto de maneira prática, como metafísica, tal como a filosofia tenta proporcionar algum conhecimento à humanidade. Sem dúvida que a espiritualidade atua nos trabalhos científicos, com as chamadas intuições e propriamente a abertura que aparece quando se começa um determinado problema que está investigando, com vistas a contribuir para com a vida social. A ciência é a busca da verdade e como tal, tem as mesmas funções que o espiritismo, quando está imbuída em desvendar à humanidade o porquê de tudo que existe, sua origem e sua evolução, dentro do processo micro e macro sistêmico da divindade.

Finalmente, não se deve ter o espiritismo como uma reunião social que tem o objetivo de apresentação de intelectualismo, de modismo e de prepotência que os seres humanos ostentam dentro do princípio de inferioridade e maledicência que alimentam o instinto daquele que precisa conhecer a vida. O amor ao próximo, a prática da fraternidade, e a benevolência para com os carentes e necessitados são de fundamental importância, para quem quer conhecer verdadeiramente o caminho da retidão e do progresso espiritual. É preciso que a discriminação seja banida do seio do movimento espírita, mas com os devidos respeitos a quem tem alguma experiência do bom viver entre as pessoas, do respeito a tudo e a todos, e da compreensão que se deve ter a toda humanidade que necessita da atuação da espiritualidade hoje e sempre.

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