ADMINISTRAÇÃO DE CENTRO ESPÍRITA
BIBLIOTECA VIRTUAL de Derecho, Economía y Ciencias Sociales

 

ÉTICA E SOCIEDADE

Luiz Gonzaga de Sousa

 

 

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ADMINISTRAÇÃO DE CENTRO ESPÍRITA

Um Centro Espírita pode ser encarado como uma empresa, não no aspecto de usufruto de algum lucro extorsivo ou não, mas na busca de uma alocação eficiente dos trabalhos imprescindíveis em qualquer organização que tenha como meta, uma boa condução das atividades que envolvam as relações humanas. Como se sabe, um Centro Espírita é uma organização composta de pessoas com diversos níveis intelectuais, tipos de atividades diferentes, que necessitam de um organizador geral e de organizadores das seções participativas, ou grupos distintos da casa. É neste contexto que aparece a necessidade da administração, da utilização sincera dos princípios administrativos e na conveniência de objetivar o máximo de sucesso possível, para todos aqueles que participam de uma organização qualquer.

Nos tempos modernos, cada vez mais a administração toma lugar em todos os tipos de organização quer seja pequena ou grande, tendo em vista que se busca a divisão das atividades que qualquer grupo possa desempenhar, pois, só assim, todos participam e compartilham dos ganhos ou prejuízos envolvidos. Desta forma, acaba-se lentamente a ditadura de quem quer dominar, ou comandar qualquer grupo que envolve um número expressivo de participantes que tem finalidades comuns, que é o crescimento de todos, indistintamente do menor ao maior grau intelectual. É, por este prisma, que se pretende dar uma idéia de como organizar uma administração em um Centro Espírita, onde todos devem participar com a sua cota de trabalho, com a mesma satisfação como aqueles que têm cargos de comando em uma empresa.

Os primeiros cientistas que trabalharam, ou estruturaram os princípios da administração foram: Frederic Winslow TAYLOR (1911) e Henri FAYOL (1931), nas primeiras décadas deste século, cujo sucesso empresarial nasceu dos pontos fundamentais de como uma organização deveria crescer com harmonia e sucesso. Com este raciocínio, determinaram que as principais funções da administração são: 1) planejamento; 2) organização; 3) direção; e, 4) controle que, seguindo fielmente sem intransigência burocrática, tem-se como resposta o progresso de todos, o sucesso. Ao comentar esses princípios, pensa-se logo em uma gestão empresarial que visa lucros, entretanto, os agrupamentos espíritas também precisam de uma estruturação que culmine com esse sucesso, não somente material, sobretudo espiritual como objetivo, e não o lucro monetário.

Um Centro Espírita, assim como qualquer empresa pública ou privada, pode se departamentalizar como ensinam L. Urwick, J. D. Mooney, e W. H. Newman, em alguns clássicos da administração, ao trabalharem os princípios da organização pelo lado da administração científica. Um dos princípios da departamentalização é a divisão do trabalho, que segundo Adam SMITH (1767) leva à especialização que permite obter maior produtividade e melhor qualidade no trabalho, disto podendo extrair que os rendimentos do Centro serão bem maiores. Cada departamento exerce uma função administrativa totalmente independente, prestando somente contas à direção geral, mas com liberdade suficiente para que possa discutir, e pedir idéias aos outros que têm experiência e harmonia espiritual.

Em um Centro Espírita, o organograma da instituição deve estar dividido da seguinte forma, isto significa dizer, existe uma direção geral, gerenciando o todo, o departamento de reuniões mediúnicas, departamento da juventude, departamento de ensino infantil, e departamento de cursos tipo geralmente ESDE e COEN. Cada departamento desses, deve ter um Diretor ou um Coordenador que planeja todos os trabalhos; designa instrutores, e acompanha todo o processo de avaliação das turmas, para prestar contas à direção geral da casa. Tudo isto não significa dizer que está havendo dentro do Centro uma perseguição, nem tão pouco uma desconfiança por aqueles que fazem as suas tarefas de administração de seu departamento, que devem gerenciar de acordo com os princípios da austeridade, os de humildade, e os de simplicidade.

O trabalho de gerência de uma atividade administrativa não necessita que os problemas discutidos no interior de cada departamento, ou no âmbito da administração geral sejam levados à público, para que criem um processo de desarmonia e descrédito em todos aqueles que fazem a administração. No processo de discussão geral ou não, a direção maior deve ser austera e exigente, mas sem perder a coerência e a humildade que JESUS sempre teve para com os seus comandados, que sabiam obedecer e compreender a autoridade maior. Autoridade não significa ditadura, nem tão pouco humildade, quer dizer subserviência de alguém a outro, dentro de um clima de trabalho quer seja espiritual, ou até mesmo dentro da empresa que almeja o desenvolvimento de todos indistintamente.

No organograma de uma administração sempre há e deve existir por toda vida, um clima de concordância e cooperação entre todos, desde o servente até o Diretor-Presidente, que é quem deve dar um exemplo de simplicidade e de abnegação, pelo trabalho que está desenvolvendo para o bem comum. A tarefa fundamental da direção geral é auscutar, e ouvir sem cansar, devido ser o agente que deve ter bastante paciência para com aqueles que têm idéias confusas, e necessitam de que o todo seja um condensamento das mensagens que estão em discussão. Assim sendo, o Diretor-geral é um líder inconteste que observa a tudo, e todos os seus posicionamentos devem agradar ao global dos participantes de uma instituição, cuja dinamização só será eficaz se o conjunto estiver de comum acordo com o Comando-Maior.

As discórdias são necessárias para que a Instituição possa extrair entre os discordantes, o melhor para o progresso de todos, entretanto, a posição dos que comandam é sempre a de um Juiz, ou um mediador, na condução de uma atividade administrativa qualquer, e isto é salutar em uma administração. Os Diretores dos departamentos ou administração geral, não podem ficar de candinha com os membros da agremiação, que trazem alguns informes em forma de fofoca, criando dissabores internos, com prejuízo para a Instituição. Não se pode, também repugnar diretamente aquele que vem conversar desta forma, pois ele participa da atividade que é de todos, não de uma diretoria que é falível e factível de praticar erros, se não forem tomadas as devidas precauções necessárias.

Um outro ponto dentro de um Centro Espírita, que nunca se discutiu, é quanto aos pregadores ou expositores, como queiram chamar, no que respeita ao que é transmitido ao público. Não é que se façam reclamações, mas que se procurem mostrar os seus pontos positivos e/ou negativos, onde todos aprendem. É fundamental que se faça uma avaliação acerca de tudo o que aconteça nos departamentos, ou no Centro como um todo, pois existem pregadores que talvez não estejam ligados a nenhum deles, e é importante que somente a verdade seja levada aos que pedem socorro. No Centro devem existir diretrizes que sejam seguidas por todos que fazem a casa, que propõem ajudar no desenvolvimento espiritual de todos que a procuram para suprir as suas carências de filhos de Deus que ainda não se encontraram.

Nas escalas de trabalho que são comuns em uma instituição de qualquer tipo, deve haver sempre a assiduidade, com hora de início e término das atividades ou tarefas, que estão sendo executadas, e isto não acontece nos Centros que procuram burilar a formação de seus seguidores. Vêem-se médiuns que participam dos trabalhos um dia sim, quinze não, para não ser exagerado quanto aos irmãos que só participam quando existe uma solenidade pomposa, ou então estão realmente precisando fazer alguma limpeza em seu perispírito. Não é cabível que não se cumpram as determinações que todos aprovaram em Assembléia frente às discussões e mais discussões, que enveredaram pela senda da melhor posição, para a instituição que faz parte, que se crer de livre e espontânea vontade nesta labuta.

O bom administrador, ou melhor, o bom pastor é aquele que conhece todas as suas ovelhas, compreende as conversas que fluem entre ambas, na intenção de que todas cresçam em conjunto, proporcionando aos seus filhos, liberdade e consciência de sua vida material e espiritual. Quando uma ovelha se desgarra do bando, o bom pastor vai ao encontro daquela que se encontra perdida, mas precisa retornar ao bando, e isto ocorre também com relação aos comandados por um administrador que conhece bem os seus princípios. Aí está a responsabilidade do administrador de qualquer instituição, quer seja Centro Espírita, empresa, ou qualquer grupo comunitário que precisa de alguém que saiba os bons princípios de uma boa gerência para o desenvolvimento de todos indistintamente.

Em conclusão, podem se extrair alguns pontos de fundamental importância para harmonia e ajustamento de um trabalho sério que exerce fielmente uma atividade de líder, que um administrador desempenha em sua atividade de comandar um trabalho comunitário qualquer. Com isto, imagina-se que estas orientações servem para que os Centros Espíritas possam de agora em diante, estudar os princípios de administração, procurando aplicar na prática da atividade de organização que lide, cujo grupo seja bastante heterogêneo e grande. Portanto, a administração deve ser utilizada pelas organizações que primam pelo bom andamento do órgão que dirige e almeja a eficiência, como meta principal para conseguir sucesso na atividade que está trabalhando, conjuntamente com outros seres humanos.

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