MEDITANDO SOBRE A FÉ
BIBLIOTECA VIRTUAL de Derecho, Economía y Ciencias Sociales

 

DEBATE E DISCUSSÖES

Luiz Gonzaga de Sousa

 

 

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MEDITANDO SOBRE A FÉ

Ao iniciar esta discussão, de repente pensa-se em tudo que transcorre ao redor do homem, no que respeita a sua profissão, a sua maneira de ser, a sua religião, pois, tudo isto envolve uma questão de fundamental importância para aqueles que acreditam no que fazem. É neste sentido que se busca como objetivo maior, uma meditação sobre a fé, tentando compreender o seu conceito e definição, bem como a maneira das pessoas encararem o que se entende por fé, sem esquecer de exemplos que são importantes na sua percepção mais direta. Existe uma confusão muito grande quanto ao seu conceito e definição; e, é preciso que se procure entender claramente para que não se tropece na ignorância da realidade, para que não haja um desvio dos ensinamentos da vida para uma melhora física, e espiritual.

Ao se transportar ao dicionário para ter uma noção da palavra solta e etmológica, BUENO (1898) explica claramente que fé é crença, confiança, crédito. Com relação a estas três palavras, pode-se dizer que crença faz uma ligação com a facção religiosa que o ser humano participa, católica, protestante, espírita, ou qualquer uma outra religião. Quanto à confiança, já conduz à meditação pelo lado de que, as pessoas que estudam, investigam, e observam que devem ter aquela verdade encontrada como objetivo conseguido e verdadeiro. Finalmente, quanto ao crédito, não se pode ter crença, nem tão pouco possuir confiança naquilo que não se dá crédito; pois, o crédito talvez seja o primeiro ponto da fé do homem, que entende tudo aquilo que faz, pensa e modela ao nível da sociedade.

Ao se pensar mais um pouquinho sobre a fé, atribui-se-lhe normalmente, como algo místico, ou até mesmo mítico, quando se a tem como algo religioso, ou impressionamento psicológico que leva ao fanatismo, ou sectarismo de qualquer espécie. A fé antes de tudo é uma confiança em si próprio, como disse SÓCRATES (469 - 399 a.C): nosce te ipsum, pois, a confiança em si decorre da certeza de que, o que viu, sentiu e pensou, não existe dúvida alguma, é verdade pura e insofismável. O cientista, ou filósofo, quando chega a uma verdade, mesmo que seja relativa, consciente de seu trabalho, e de seu resultado, ele deposita naquela atividade a fé, a quase certeza, a confiança e, sobretudo, ele crê que está diante de um conhecimento que, para ele e seus seguidores não há como negar.

Numa meditação mais intransigente quanto ao científico e/ou filosófico, pode-se fazer algumas implementações produtivas para o bom entendimento do conceito de fé, porque é o que se emprega no dia a dia, e poucas pessoas entendem a sua real definição. Os engenheiros, os médicos, os economistas, os advogados, os geógrafos, os historiadores, todos aqueles que fazem ciência e filosofia, levantaram dados, fizeram correlações, estudaram as experiências e criaram conhecimentos que, com a lógica e coerência de raciocínio obtiverem conclusões verdadeiras. É aí onde reside a fé, o saber, o acreditar naquilo que se faz, e a confiança naquilo que se é, pois, a coerência interna é quem proporciona a confiança necessária para ser imputada à fé.

Quantas pessoas estudam, formam-se, simplesmente com ensinamentos alheios, e nunca procuraram entender o porque de tal fato? É a fé que têm naqueles que sabem. É a confiança naqueles que já acreditaram naqueles que lhes ensinaram o aprendizado para a vida. E é a crença de que as pessoas de bem não vão passar iniquidade aos seus prepostos, ou alunos, ou seguidores, sobre qualquer coisa que crie descrença nos seus ensinamentos. A fé se consolida melhor quando os seus seguidores, alunos, ou qualquer outro tipo de seguidor, possa pensar um pouquinho mais, e de dentro de si tenha condições de auto-crítica, fortificando a verdade, e aumentando a sua confiança naquilo que já se crê, não materialisticamente, porém, dentro da lógica, da coerência e seqüêncialidade de raciocínio.

Ao buscar mais alguns detalhes sobre o significado da fé, verifica-se que este termo ultrapassa os conhecimentos de uma só vida, isto é, de uma existência, ou como dizem os espíritas, ou espiritualistas, de uma encarnação, tendo em vista que os seres humanos vivem diversas existências. As mútiplas vidas que o homem, ou o semelhante vive não é noção específica de espíritas e espiritualistas, mas de filósofos antigos, claramente os orientais que acreditavam e acreditam em vidas após a morte, comprovadas por diversos estudiosos. Neste contexto, acredita-se que os conhecimentos são acumulados, deixando que as pessoas acreditem em determinadas coisas mesmo que não as conheçam muito bem nesta existência, e aí aflora a fé que muitas pessoas chamam de fé cega, ou fanáticos, ou dogmáticos.

Com relação à falta de fé, não considera objetivamente que aquele que aparentemente não a tem, não quer dizer que aquela pessoa é incrédula, não acredita em Deus, ou é materialista, como pensam aqueles que só enxergam as coisas materiais, ou seja, aquilo que alguém demonstra visualmente. A falta de fé para as coisas que o mundo religioso impõe que acredite, às vezes compreende conhecimento demais do mundo espiritual, cujo mundo material não oferece uma crença condigna, quer dizer, existe um desajuste entre a coisa etérea, e da matéria. O que uma boa parte do mundo material acredita, talvez não esteja coerente com a visão cognoscente do mundo espiritual mais evoluído, que está muito além da realidade que se conhece na visão de um mundo de provas e expiações ainda rastejante.

No “Evangelho Segundo o Espiritismo”, quando explica alguns fatos que se encontram na Bíblia Sagrada dos Católicos e protestantes, tem-se que

em certas pessoas, a fé parece de alguma forma sorte inata; uma centelha basta para desenvolvê-la. Essa facilidade em assimilar as verdades espíritas é um sinal de evidente progresso anterior; em outros, ao contrário, elas não penetram senão com dificuldade, sinal não menos evidente de uma natureza atrasada. Os primeiros já creram e compreenderam; trazem, ao renascer, a intuição do que sabiam: sua educação está feita; os segundos têm tudo a aprender; sua educação está por fazer; ele se fará, e se não ficar concluída nesta existência, o estará em outra.

Assim, é com isto que a fé é o aceitar, ou não, um fato, mas, com a convicção de que é verdadeiro, e isto se faz dentro de um processo de evolução, de solidez, e de entendimento concreto do seu processo de vida.

Os exemplos sobre esta questão são muitos e constantes nas populações de todos os tempos, como é o caso de um rapaz americano que se dizia JESUS CRISTO, quando levou muita gente à morte; o caso de Jim Jones que preparou um suicídio coletivo nas Guianas; o caso das pessoas que acreditavam em Zé Arigó e muitos outros casos podem ser citados como fé naquilo que acreditavam ser verdade. As religiões pregam para que as pessoas tenham fé, porém, não são as palavras que fazem com que essas pessoas ganhem a fé, entretanto, pode-se colocar que é a consistência que elas adquiriram em outras vidas, que lhe dão confiança e crença naquilo que lhe está adiante. Esses conhecimentos quando partiram de premissas falsas, pode-se chegar a conclusões verdadeiras, dão-lhe certeza de que ninguém demonstrou o contrário, e a fé continua como axioma, por muito tempo.

Do ponto do vista espírita, a fé é também confiança e quase certeza naquilo que se faz; é o auto-conhecer-se, e conscientizando-se das suas potencialidades, com auto-crítica, humildade e resignação. Muitas pessoas não conhecem o princípio da fé e pensam que somente com as provas materiais ou não, é que se possa ter uma fé verdadeira, sobretudo, ao não tropeçar nas quedas que os seres humanos possuem na sua caminhada, dentro de um mundo de provas e expirações; do mesmo modo quando estiver na erraticidade. A fé espírita não parte única e exclusivamente das provas que se possam proporcionar por qualquer ato, mas, na humildade, na simplicidade de encarar a realidade da vida, quando alguém mesmo ignorante e viciado possa dar exemplo de um bom viver aos seus circundantes.

O espiritismo não ensina somente que se tenha fé naquilo que é provado e medido; é importante salientar que os espíritos vieram clarear as mensagens que dizem ser JESUS e seus prepostos, quando orientam a todos que devem ser humildes e simples de coração. Com o espírito observador; com uma visão de auto-crítica, é que as pessoas conseguem sentir o quanto se entende com facilidade a maneira de ser, e de viver uns para com os outros e aí se cria confiança, crença na vida eterna, e a fé num comportamento condigno de uma sociedade evoluída. O espiritismo veio somente mostrar que não se deve entender aquilo que se mede e quantifica, mas naquilo que a mente acusa de salutar para todos os seres humanos e não humanos, que precisam entender a realidade de Deus que é a perfeição.

O que os dirigentes espíritas devem fazer para que as pessoas que tenham muita fé, possam não exagerar no seu conhecimento, é procurar orientá-las e entendê-las como são, dando condições de que compreendam a realidade da vida pelo prisma do bom senso, da lógica, e da razão. A fé que muitas pessoas não possuem, origina-se no seu princípio de não conhecimento da realidade divina e ser, sobretudo, seres ligados mais ao mundo material, às inferioridades que não se libertaram, e das maledicências que são muito fortes no seu interior. Sabe-se que todos têm níveis de evolução, ou de conhecimento da vida espiritual diferente e, por isto, o respeito é de fundamental importância para que todos sobrevivam diante o seu processo de evolução, no uso do respeito e ajuda mútua.

A fé é isto tudo que foi colocado, quando todos possuem; é preciso somente entendê-la dentro do princípio da auto-crítica, da observação, e da misericórdia de uns para com os outros, pois, algumas pessoas adquirem auto-confiança e exageram, necessitando da humildade para que essa verdade relativa não venha decepcioná-lo. Somente a benevolência, a paciência, e o espírito de ajuda, é que fará com que o respeito seja a tônica naqueles que querem impor suas idéias, esquecendo que pode existir alguém que saiba mais, portanto, sem ser desmascarado com humilhação e degradação desnecessárias. Finalmente, todos têm que ter uma fé, mas ela deve que ser exercida de maneira moderada, com muito respeito às pessoas e, além do mais, com muita resignação, ao buscar sempre o crescimento de todos que querem a perfeição e estar perto da Criação Maior.

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