El cooperativismo una alternativa de desarrollo a la globalización neoliberal para América Latina

CARLOS GOMES

PRODUÇÃO DE ALIMENTOS - CAÇA

Numa primeira fase a caça limitar-se-ia a pequenos animais ocasionais. Deve ter sido bastante comum a obtenção de carne através da simples captura, numa espécie de acto de recolha, ainda não deliberada. O homem ainda não possuía armas eficientes para apanhar caça grossa.

Na caça de animais de grande porte, como veados ou mamutes, além das armas de arremesso, as populações construíam armadilhas naturais ou antecipadamente preparadas, que constituíam também um meio de defesa. Para os conduzir e apanhar, aproveitavam a proximidade da água e o momento em que os animais vão matar a sede. Os caçadores abriam e camuflavam covas, atraíam os animais por meio de gritos, utilizavam o fogo para os encurralar em ravinas íngremes, precipícios e pântanos, e assim os capturavam com mais facilidade. Outro método consistia em atacar a presa depois de a cercar. Grandes grupos de homens atacavam javalis, guanacos ou bois selvagens numa actividade colectiva em grande escala que envolvia uma repartição de trabalho entre eles. O uso destas técnicas pressupunha o conhecimento dos hábitos dos animais e dos seus movimentos.

A capacidade inventiva do homem e a criação de novos instrumentos deram lugar ao aparecimento das armas de caça, o que constituiu um grande avanço dos meios e dos métodos até então utilizados. Ao longo de milénios foram ocorrendo mudanças que influenciaram o evoluir desta actividade e o próprio modo de vida dos agrupamentos humanos. As matérias-primas diversificaram-se e, além da pedra e da madeira, outros materiais, como o marfim e os ossos, foram aplicados nas armas de caça. Com a melhoria das técnicas de corte da pedra, inventaram-se novos tipos de projécteis.

Entre as armas de caça utilizadas é de destacar:

- as lanças de madeira, afiadas e endurecidas pelo fogo ou equipadas com uma ponta de pedra, utilizadas para atacar os animais a curtas distâncias;

- os dardos úteis para derrubar animais em movimento;

- as azagaias, munidas de pontas de osso, mais eficazes que as lanças excessivamente pesadas;

- os propulsores, dispositivos para arremessar lanças, funcionando como extensão do braço, aumentando assim o raio de acção e a força do lançamento;

- os arcos e as flechas, estas com pontas de osso ou madeira e, por vezes, embebidas em veneno;

- os laços, pedras de funda, “boomerangs” e a boleadora.

A difusão de arcos e flechas próprias para disparar sobre voadores permitiu matar grande número de aves. O “boomrang” era uma arma de caça extraordinária que se podia lançar com maior precisão e atingir uma distância superior à da lança. A boleadora destinava-se em especial para animais velozes e era mais utilizada em planícies por poder ser atirada a grandes distâncias.

O treino dos caçadores foi também objecto de grande atenção por parte do homem comunitário. Esse treino requer longa aprendizagem no manejo das armas e outros instrumentos, conhecimento da táctica de caça, dos hábitos e dos costumes dos animais. O caçador tinha de conhecer a anatomia dos animais para os visar com as suas armas nas partes do corpo mais sensíveis. O sucesso da caça dependia da coordenação do grupo comunitário. Este tinha ainda de saber esquartejar e esfolar os animais, tirando o melhor partido da carne, dos ossos, dos chifres e do couro.

Em geral, a caça grossa era partida em locais de esquartejamento e algumas partes transportadas para os locais de acampamento, onde era partilhada por todos os membros da comunidade. Além das partes destinadas à alimentação, eram aproveitados os ossos para o fabrico de utensílios, construção de abrigos e até como combustível, a pele para vestuário ou sacos, os tendões, os chifres, etc. Os excedentes eram conservados e guardados para uso posterior da comunidade.

A evolução da caça como meio de subsistência exerceu uma grande influência, ao longo de muitos milénios, nas relações sociais entre os habitantes das comunidades:

- os animais a caçar vivem em bandos e a caça dos mais corpulentos exigia um trabalho de equipa, uma acção conjunta, repartida e coordenada de vários caçadores ou grupos;

- cada grupo de caçadores tende a dar forma ao seu próprio território de caça ou a acompanhar a deslocação dos próprios animais, o que influiu no modo de vida sedentário ou nómada das populações;

- o sucesso das caçadas tornou-se dependente do conhecimento das características e dos hábitos dos animais, da coordenação táctica da participação e dos movimentos dos caçadores, facto que motivou a tendência para o destaque dum guia que assumia a função de chefia;

- a dura tarefa da caça influenciou a divisão natural de trabalho entre o homem e a mulher, dedicando-se esta mais à recolha dos alimentos vegetais;

- os instrumentos de caça tendem a tornarem-se mais complexos e aperfeiçoados, provocando o aparecimento de indivíduos mais dedicados à sua fabricação;

- as gerações de animais em crescimento eram objecto de protecção colectiva.

Embora ocorrendo em épocas diferentes, em todas as regiões onde o homem se instalou, eram semelhantes os materiais e as técnicas utilizadas na caça e no tratamento dos alimentos e produtos derivados e, bem assim, os efeitos acima referidos nas relações sociais comunitárias. As diferenças observadas resultam quase exclusivamente dos condicionamentos do meio ambiental.

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