El cooperativismo una alternativa de desarrollo a la globalización neoliberal para América Latina

CARLOS GOMES

MEIOS HUMANOS - A POPULAÇÃO

Nos primeiros tempos de vida, que se prolongaram por alguns milhões de anos, os seres humanos viveram em bandos pouco numerosos, com grandes dificuldades de alimentação. As comunidades gentílicas eram relativamente pequenas devido à debilidade dos indivíduos ante as forças da natureza. Na maioria dos casos permaneciam isolados, recolhidos em limites estreitos, disseminados por territórios extensos.

A dependência do homem em relação ao meio natural força-o a uma movimentação com o fim de encontrar os meios indispensáveis à sua sobrevivência. Embora procurando tirar sempre o máximo proveito do seu local de fixação, é muito limitada a sua capacidade de exercer alguma influência sobre o meio ambiente. Daí a frequência das suas deslocações e, consequentemente, a prática do nomadismo. A vida dos caçadores é caracterizada pela instabilidade. A procura de caça e de recursos naturais não permite manter a sua fixação. Apenas os povos que adoptaram um regime de vida assente no consumo de mariscos, peixes e outros alimentos aquáticos constituem uma excepção, estabelecendo-se perto dum lago, rio ou mar.

Esta migração, permanente ou temporária, corresponde a uma forma de estilo de vida errante, facilitada pelo número reduzido de habitantes e a extensão do território sobre o qual a comunidade procura os seus alimentos. As deslocações são praticadas duma forma sazonal, adoptando um ciclo migratório regular, provavelmente anual, dentro de territórios mais ou menos definidos, consoante o tipo de alimentos ou de animais a caçar. Os agregados humanos procuravam, assim, seguir as manadas e aproveitar em maior extensão os recursos vegetais nas diferentes estações do ano. As deslocações sazonais visariam também a costa marítima durante o inverno, mantendo-se os acampamentos no interior durante o resto do ano, junto de áreas propícias ao aproveitamento de recursos locais. Percorriam bosques, vales ravinas em busca de frutos ou animais de pequeno porte. O seu objectivo era tirar o melhor partido da sua força de trabalho, movimentando-se pelas áreas com melhores recursos alimentares.

Além destas movimentações, motivadas pela procura constante de alimentos, os indivíduos percorriam extensas áreas à procura de matérias-primas destinadas à produção de artefactos. Assinalam-se ainda indícios de outras deslocações para contactos com outros povos e troca de objectos, designadamente decorativos.

Na Europa, segundo um ciclo anual, as deslocações regulavam-se sobretudo pelo movimento das manadas, o mesmo acontecendo na América do Sul ou na Austrália. A mobilidade dos povos do Sara é confirmada pelo uso de pedras provenientes de distâncias consideráveis. No Norte de África existem alguns testemunhos de movimentações em longas distâncias e uma rede de contactos entre grupos humanos. Na África Oriental observou-se a existência de colares, feitos de conchas marinhas, entre populações do interior.

A espécie humana não se limitou, porém, a deslocar-se dentro de espaços temporários definidos. Após ter permanecido confinado ao Sul e Leste de África, que pode ter sido o berço da Humanidade, o homem começou a afastar-se do seu ambiente, provavelmente há cerca de um milhão de anos, e a expandir-se por todo o Continente Africano, pela Europa, Próximo Oriente, Ásia e Indonésia, através dum lento movimento que se prolongou por algumas centenas de milhares de anos. A fixação na Austrália e Nova Zelândia deve ter ocorrido entre o 60 e os 40 mil anos aproximadamente.

Entre os 240 e os 40 mil anos ocorreram períodos de glaciação que atingiram altitudes muito baixas e que tiveram dois efeitos de sentido contrário em relação à expansão da presença humana em novos territórios do planeta. Por um lado, limitaram a presença humana, durante dezenas de milhares de anos no Norte e Centro da Europa e Ásia. Em contra partida, a retenção de grandes quantidades de água originou a descida considerável do nível dos oceanos (entre 100 e 140 metros), expondo ligações de terra firme entre ilhas e continentes. Ocorreram então os povoamentos da América, da Austrália, da Nova Zelândia, dos arquipélagos do Sudeste Asiático. As ilhas japonesas ligaram-se por diversas vezes à terras continentais da Ásia. Em geral a regressão marinha deu lugar a um avanço da linha da costa.

O movimento migratório em direcção ao Continente Americano terá ocorrido, numa primeira fase, há cerca de 45 mil anos a partir do Leste da Sibéria, através do Estreito de Bering, durante o período que provocou o avanço das camadas de gelo e o abaixamento do nível do mar. As duas regiões permaneceram unidas durante algumas dezenas de milhares de anos. Porém, só há cerca de 15 mil anos se teria registado uma segunda fase migratória que garantiu e completou a fixação humana naquele continente.

Posteriormente, o processo de degelo, ao libertar a água proveniente da fusão das camadas de gelo e dos glaciares que cobriam as montanhas, provocou a separação de ilhas e zonas continentais e a submersão das terras baixas. Muitas populações ficaram isoladas e só retomaram o contacto entre si há quinhentos anos, após os descobrimentos dos caminhos marítimos. O istmo que ligava a Austrália à Tasmânia submergiu e os aborígenes viveram desde então totalmente isolados do resto do mundo. O Canal da Mancha abriu-se há cerca de 10 mil anos, acabando por desaparecer a língua de terra que ligava a Grã-Bretanha ao continente europeu.

Com a subida do nível do mar, as populações do lado da América ficaram isoladas e iniciaram a sua migração para o Sul, até à Patagónia durante os quatro mil anos seguintes. Estes povos tornaram-se os primeiros habitantes do continente americano e os seus primeiros descobridores. Com este avanço para o extremo Sul o homem quase completou o que se pode denominar como primeira ocupação de todas as terras habitáveis e economicamente utilizáveis.

A migração teve de ser lenta, não só devido à distância percorrida, mas também devido ao grande esforço de adaptação ao clima e ao meio ambiente. O homem aprendeu a viver em novos climas, conseguiu adaptar-se ao frio polar e aos rigores da glaciação, a estabelecer-se em zonas tropicais, nas estepes desérticas, nas florestas, no alto das montanhas ou nas vastidões asiáticas. A ampliação de zonas do mundo, até aí desabitadas, permitiu o aumento dos recursos naturais e, consequentemente, das populações..

O progressivo aquecimento, em algumas regiões, provoca a expansão das florestas, que abrigam grandes populações de animais selvagens, veados, aves ou outra caça miúda variada. O homem teve de aprender a aproveitar para a sua alimentação tudo quanto era comestível, a conhecer as alterações da fauna e da flora.
Os avanços conseguidos nos meios de trabalho e nos meios técnicos foram determinantes à sobrevivência na passagem pelos diferentes ecossistemas. Os grupos humanos tinham de possuir o domínio do fogo, uma tecnologia eficaz de caça, de pesca e de colheita de alimentos, um princípio de organização na base duma vivência colectiva. Foram igualmente indispensáveis a produção e uso de vestuário e a construção de abrigos de acordo com as condições ambientais.

É pouco provável que a recolha de alimentos tenha sido a única motivação para a dispersão da espécie humana por todos os continentes. Trata-se dum tema que merece uma profunda investigação sociológica.

Há 20 mil anos a população do planeta não ultrapassaria provavelmente os 10 milhões de pessoas (aproximadamente a população de Portugal) espalhadas por todos os continentes. A quantidade de habitantes é muito escassa em relação à dimensão do território. O seu crescimento é muito vagaroso, dificultado pela lenta e difícil adaptação às condições naturais e ao baixo nível de desenvolvimento das forças produtivas. A densidade populacional só é mais notória nos círculos em que grupos humanos desempenham a sua actividade produtiva.

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