El cooperativismo una alternativa de desarrollo a la globalización neoliberal para América Latina

CARLOS GOMES

MODO DE PRODUÇÃO

A partir de data imprecisa, que eventualmente se situará a uma distância de mais de dois milhões de anos, o ser humano começa a revelar uma tendência para melhorar a satisfação das suas necessidades básicas, através da adaptação e utilização de materiais existentes na natureza, tais como: pedras, paus ou ossos. Não se limita a aproveitar estes recursos naturais, tomando a iniciativa de criar os primeiros utensílios destinados a um uso determinado e ao seu aproveitamento consciente na actividade quotidiana. Este comportamento, característico da espécie humana, distingue-o dos restantes animais.

A par dos utensílios usados directamente na colheita, captura e transporte de alimentos, o homem concebeu e criou instrumentos destinados a operações subsequentes, para com eles transformar os objectos originais, constituindo assim os seus primeiros meios de produção. Os primeiros instrumentos de trabalho eram pertença de toda a comunidade.

Esta acção premeditada do homem, já planificada e orientada, em usar as suas capacidades físicas, conhecimentos e faculdades intelectuais com o fim de adaptar ou transformar os recursos naturais, pressupõe já uma consciência dos fins da sua actividade e uma capacidade de prever os resultados futuros. Este esforço físico e intelectual do homem concretiza-se por intermédio do trabalho.

Com a utilização permanente de instrumentos de trabalho ampliaram-se as fontes de alimentação e começaram a surgir novas necessidades, como o vestuário e os abrigos. Os meios de subsistência são obtidos através da recolha directa duma maior variedade e quantidade de alimentos, ou através da caça e da pesca. À procura de alimentos juntou-se a busca das matérias-primas indispensáveis para a manufactura de utensílios e instrumentos de trabalho. O domínio do fogo contribuiu para o avanço da técnica de preparação dos alimentos, a defesa contra animais predadores, o aquecimento e a adaptação a novos ambientes.

Para aproveitar os recursos naturais, usando os meios de produção entretanto criados, os homens trabalham juntos, caçam em grupos e partilham entre si as tarefas e os produtos recolhidos. Estes são repartidos dentro da comunidade, segundo um padrão de solidariedade e reciprocidade. A actuação em grupo é indispensável para prover a sua alimentação e a defesa contra os ataques doutros animais. Não tem sentido a apropriação individual da terra ou dos meios utilizados na produção. Estes pertencem a toda a comunidade e são conjuntamente utilizados pelos seus componentes. Com os recursos disponíveis iniciaram-se e desenvolveram-se as primeiras relações de produção.

A necessidade premente de procurar alimentos e matérias-primas, originou uma lenta mas contínua deslocação do ser humano, quer dentro dum território determinado, quer ao longo dos diversos continentes. Essas deslocações assumiam, por vezes, uma característica sazonal, acompanhavam as movimentações das manadas, as mutações na fauna, na flora ou as mutações do meio ambiente.

Mesmo sem ocorrerem ainda alterações assinaláveis no modo de produção recolector, o homem foi-se fixando em todas as regiões e continentes revelando uma grande capacidade de adaptação aos mais diferentes meios ambientais e condições climatéricas. Estas migrações permanentes, também reveladoras duma grande coragem, curiosidade e desejo de obter novos conhecimentos, foram facilitadas pelo número reduzido de habitantes e a extensão do território, deram lugar a alterações biológicas e ao desenvolvimento de novas necessidades, como cobrir o corpo e construir abrigos para defesa das intempéries ou das feras. Em consequência desta evolução, o homem teve de procurar novos materiais, criar novos meios de produção e alterar o seu processo de trabalho. Mantêm-se ainda, porém, as relações de natureza económica e social características do modo de produção baseado predominantemente na recolha de alimentos.

Onde se fixaram, os homens mantiveram-se sempre agrupados, constituindo comunidades que se mantiveram ao longo dos milénios, mesmo quando as condiçõs geográficas e as alterações climatéricas as afastaram ou isolaram, como é o caso dos continentes americano e australiano, ou o continente africano ao sul do Sara. Apesar deste afastamento, as relações económica e sociais evoluíram de forma semelhante em todos os territórios onde o homem se instalou temporária ou permanentemente.

Uma das características generalizada deste modo de produção é a existência de comunidades consanguíneas, sob um regime de matriacado, ligadas por vínculos de parentesco e por laços económicos e sociais. Uma outra característica essencial refere-se à dependência do homem em relação ao ambiente natural que o rodeia, sobre o qual ainda não exerce qualquer influência notória. Limita-se a aproveitar os recursos naturais, flora e fauna, alguns materiais para adaptar para seu uso, a dominar o fogo, cobrir o corpo quando necessário ou a adaptar alguns abrigos para se defender das intempéries e das feras. Regista-se, entretanto, uma grande criatividade artística, um acumular de conhecimentos empíricos transmitidos através de gerações e uma tentativa de explicar os fenómenos naturais que o rodeiam.

O modo de vida, historicamente denominado de recolector, foi o único existente até ao advento da agricultura e da pastorícia. Com estas actividades surgiu um novo modo de produção. Porém, a caça e a recolecção mantiveram-se durante alguns milénios em simultâneo, existindo ainda na actualidade algumas comunidades que pouco alteraram o seu estilo de vida, sendo frequentes os vestígios de usos e costumes primitivos em povoados isolados.

A organização económica e social era bastante simples. O homem só tinha condições de existência num colectivo formado naturalmente e com relações de interdependência com os restantes membros da comunidade a que pertence.

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