El cooperativismo una alternativa de desarrollo a la globalización neoliberal para América Latina

CARLOS GOMES

Introducción

A Economia é uma ciência social ainda em construção, relativamente recente, com pouco mais de duzentos anos. Isto não significa que o homem não tenha, desde o começo da sua actividade produtiva, desenvolvido, acumulado e aperfeiçoado um conjunto de conhecimentos nessa área, formando assim o que se pode considerar um princípio de consciência económica.

Desde a antiguidade grega que o homem se tem preocupado com a influência dos factores de natureza económica na formação e na evolução das sociedades humanas. Surgiram assim escritos de filósofos, teólogos ou historiadores, como Platão e Aristóteles, a abordar conceitos relativos aos fundamentos económicos do Estado, ao processo de divisão do trabalho ou à definição de classes sociais, de acordo com o modo de produção predominante na época.

Muito mais tarde, nos séculos XIV e XV, no seio duma sociedade alicerçada na produção mercantil generalizada, em que o comércio desempenha já um papel importante, alguns escritores árabes, como Ibn Khaldoun e El Makrizi debruçaram-se sobre temas económicos, chegando a analisar fenómenos monetários ou a desenvolver conceitos sobre o trabalho, o valor e o preço.

A abertura das rotas marítimas do Atlântico ao Pacífico contribuiu para uma grande expansão do comércio mundial. Começaram então a aparecer, no século XVI, autores preocupados com o estudo do mercado comercial e financeiro, da política económica do Estado, do equilíbrio entre a produção e o consumo, entre a oferta e a procura, com o estudo da acumulação da riqueza e a defesa da propriedade. Tais autores surgiram nas regiões onde o capitalismo registou um maior crescimento, ou seja, na Europa Ocidental, desde a Espanha à Inglaterra. Esta circunstância influiu no conteúdo das obras então vindas a público, cujas análises e conceitos evidenciam as questões relacionadas com o desenvolvimento do próprio sistema capitalista naquela área do continente europeu. Tais obras reflectem uma análise muito restrita e um alheamento da estrutura social e económica doutras regiões e doutros sistemas. Constituem porém as primeiras pesquisas metódicas e sistemáticas reveladoras dum efectivo interesse científico.

O desenvolvimento do comércio e da industria, durante o século XVIII, enfrentou grandes obstáculos por parte dos governos ainda dominados pela aristocracia feudal e dá lugar ao aparecimento de novas doutrinas económicas. Populariza-se o lema “laissez faire, laissez passer”. Com o começo da revolução industrial a investigação económica intensifica-se acompanhando sempre a expansão do próprio sistema capitalista. Datam desta época os estudos mais aprofundados dos fenómenos económicos, as tentativas de definição da economia política como ciência autónoma com as suas próprias leis, o aparecimento de novos conceitos e categorias.

As conclusões extraídas são altamente influenciadas pela evolução do capitalismo na Europa. Situam a Economia, não como uma ciência social extensiva a todo o mundo, a todas as suas gentes, a todas as civilizações e modos de produção existentes, mas apenas como ciência do próprio sistema capitalista em expansão.

Uma grande controvérsia se gerou então entre os economistas, originada pelos antagonismos das classes sociais. A consciência económica assume claramente um carácter de classe e isso determinou a formação de escolas e teorias adversas, designadamente o pensamento marxista.

Ora, a investigação económica não pode assumir uma atitude restritiva ou apologética duma ordem social. Deve abranger todas as estruturas que se interligam e sucedem umas às outras, no tempo e no espaço. Deve incluir todos os povos e não apenas aqueles que, numa determinada época histórica, mais intensamente participam numa fase do desenvolvimento mundial.

O estudo dos problemas económicos e a bibliografia decorrente não tem em geral ultrapassado o sistema capitalista. Apenas, o modo de produção socialista, ainda muito recente e a dar os seus primeiros passos, hesitantes, com avanços e recuos, colocou na ordem do dia a questão da Economia Política numa nova sociedade baseada na eliminação do antagonismo entre as classes sociais e a exploração do homem pelo homem.

Só a corrente marxista se dedicou ao estudo dos problemas das formações económicas e sociais anteriores ao sistema capitalista e sobretudo ao modo de produção feudal, mesmo assim com as limitações oriundas dos escassos conhecimentos existentes na época. Além de Marx e Engels, poucos foram os autores que se preocuparam com o estudo e a interpretação dos modos de produção e dos fenómenos económicos e sociais ocorridos desde os primórdios da sociedade humana.

No entanto, vários economistas têm reconhecido que a economia do futuro deve compreender o conjunto de todas as regiões e épocas históricas. O facto de não ter sido ainda suficientemente estudado em pormenor a economia do sistema comunitário e de alguns modos de produção do sistema pré-capitalista cria dificuldades extremamente sérias aos investigadores.

Os avanços da investigação histórica, do sociologia, da psicologia, das tecnologias, da demografia, da estatística e a expansão a nível mundial da transmissão do conhecimento, permitem aprofundar muitas áreas da ciência económica com novos dados que não eram conhecidos há um século atrás. Por outro lado, a bibliografia económica mais recente tem-se especializado em analisar de forma exaustiva a evolução do sistema capitalista, na sua estrutura global e monopolista, os fenómenos inerentes ao sistema socialista na sua fase adolescente, ou a tentar prever acontecimentos futuros.

Constitui uma preocupação do autor tentar ultrapassar estas limitações e contribuir, se disso for capaz, para uma reanálise das ciências económicas de forma a que os seus conceitos e categorias, as suas leis, a natureza dos meios de produção, as relações económicas e sociais, passem a ser analisadas e definidas, duma forma abrangente, quando referidas a todos os sistemas económicos e a todos os continentes ou, duma forma restrita, quando respeitem apenas a um sistema, a uma estrutura ou região específica.

O conteúdo deste livro abrange apenas os fenómenos económicos ocorridos no sistema comunitário e nos seus modos de produção, a sua análise e evolução, pelo que nele não terão cabimento definições de categorias económicas, tais como: mercadoria, valor, preço, moeda, renda, inflação e outras, que só têm significado nos sistemas pré-capitalista, capitalista ou socialista.

A fonte informativa é escassa e, como não podia deixar de ser, essencialmente histórica. Para isso, concorreram os conhecimentos científicos conseguidos pelo homem nestas últimas décadas nas áreas da antropologia e da história.

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