Observatorio de la Economía Latinoamericana


Revista académica de economía
con el Número Internacional Normalizado de
Publicaciones Seriadas ISSN 1696-8352

ECONOMÍA DO BRASIL

A CRISE EUROPÉIA E SEUS REFLEXOS NO BRASIL





Radamés Clementino da Cruz Lubarino (CV)
Luiz Lourenço de Souza Neto (CV)
Heriberto wagner Amanajás Pena
heripena@yahoo.com.br
FACI





RESUMO

Através de estudos realizados sobre a crise Americana de 2008, crise esta ocorrida devido à bolha no mercado imobiliário nos Estados Unidos, onde a liquidez econômica foi atingida de forma crucial, vejamos os fatos relevantes e como se encontra a situação destes pais ao longo do tempo. Onde devemos observar se a crise de 2008 contribuiu com para que viesse a surgir à crise europeia, que iniciou em 2011 e que ainda permanece atingindo a zona do euro de forma trágica. No Brasil, a nossa economia foi atingida? Como se refletiu a economia brasileira mediante as duas crises e qual a estratégia de crescimento? As exportações estão em alta, com o nosso governo, o Brasil está preparado e buscando cada vez mais o crescimento.

Palavras chave: Instabilidade econômica estrangeira; aquecimento econômico; nova geração econômica.

ABSTRACT

Through studies on the American crisis of 2008, this crisis occurred due to a bubble in the housing market in the United States, where the cash economy was hit so crucial, let's review the facts and how is the situation of parents over time . Where should we observe if the crisis of 2008 contributed to the crisis would arise in Europe, which started in 2011 and is still hitting the eurozone so tragic. In Brazil, our economy was hit? As the Brazilian economy was reflected by the two crises and what growth strategy? Exports are rising, with our government, Brazil is prepared and looking for more growth.

Keyword: foreign economic instability, economical heating, new economic generation.

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Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato:

da Cruz Lubarino, R., de Souza Neto, L. y Amanajás Pena, H.: "A crise européia e seus reflexos no Brasil", en Observatorio de la Economía Latinoamericana, Número 181, 2013. Texto completo en http://www.eumed.net/cursecon/ecolat/br/13/crise-europeia-reflexos-brasil


1- INTRODUÇÃO

Em pleno ano de 2012, antes mesmo de fechar o primeiro trimestre do ano, surge uma dúvida e até mesmo uma tensão ao desenvolvimento no mercado econômico mundial, será mesmo que vivemos uma nova crise? Ou é apenas uma crise continuada de 2008?  Analisando a todas as possibilidades, fica uma incógnita se iremos ser atingidos por esta crise atual, não importa se é ou não a mesma, mas sim qual a magnitude que os atuais problemas irão trazer.
Diante a crise Europeia, a Grécia é a bola da vez não apenas pelo atual estágio de seu problema, mas porque está na iminência de dizer: “devo, não nego e não pago nem quando puder”. Em resumo, um calote está anunciado. Agora cabe saber o tamanho dele, fala-se em metade da dívida, um valor estimado em torno de 175 bilhões de EUROS.
Com o livro de Mitchell – (Ciclos econômicos e suas causas), escrito em 1913, tem uma visão atual, por que na época não havia um governo forte e nem um banco central, e existiam grandes alterações de humor do mercado.
Para entendermos melhor, voltemos no tempo, iremos relembrar sobre a crise financeira de 2008, crise esta que foi gerada por uma bolha imobiliária americana, a atual crise, e diante dos fatos ocorridos, vejamos a desenvoltura da economia brasileira e seus avanços nos períodos de crise.

2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Conceito de Crise Finaceira

Para Mitchell (1988), as dificuldades ajudam a ensinar e fortalecer, já as facilidades contribui em iludir e enfraquecer, onde o crescimento econômico acelerado possibilita a criação das crises e as crises intuitivamente causa a destruição da economia.
As dificuldades financeiras serão trabalhadas com base na: diversificação do mercado, crescimento adequado e analise da gestão dos riscos.

3 METODOLOGIA

3.1 Tipos de pesquisa
 
A linha condutora das ações metodológicas foi baseada em pesquisas científicas, pois foi realizada uma investigação planejada, desenvolvida e redigida dentro das normas da ABNT.

Segundo Gil (2002), esta pesquisa, tendo em vista seus objetivos, pode ser classificado como pesquisa explicativa, onde a preocupação central é identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. É o tipo que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas. Por isso, é o tipo mais complexo e delicado.
A coleta de fontes secundárias se desenvolveu através de revisões bibliográficas como livros, revistas e artigos e visitas em sites especializados como: FOLHA ONLINE, GLOBO ECONOMIA; BM&FBOVESPA, BANCO CENTRAL, BRASIL ECONOMICO.

4 DESENVOLVIMENTO

4.1 CRISE AMERICANA

Tendo que resgatar informações anteriores, a crise de 2008, a crise dos Estados Unidos passou por uma fase de expansão acelerada logo depois da crise das empresas PONTOCOM, em 2001. O Federal Reserve (Fed, o BC americano) passou a reduzir sua taxa de juros, com a finalidade de baratear empréstimos e financiamentos e encorajar consumidores e empresas a voltarem a gastar. Logo em 2003, por exemplo, os juros do Fed chegaram a cair para 1% ao ano menor taxa desde o fim dos anos 50, com esta taxa de juros, o mercado imobiliário não deixou de aproveitar a oportunidade, logo a demanda de imóveis cresceu e os compradores atraídos por esta taxa fizeram suas aquisições. Em 2005 o mercado imobiliário estava em alta, e este investimento era bem visto não só por quem necessitada de uma moradia, mas como um ótimo tipo de investimento, tendo uma nova procura de novas hipotecas, e de forma errada, muitos tiveram estas com a finalidade de utilizar o dinheiro pra quitar dívidas pendentes. Sempre em prospectando em busca de novas clientes as companhias hipotecárias começaram a emprestar dinheiro para pessoas que não tinham condições de pagar o financiamento, os famosos subprime, caracterizados, de modo geral, pela baixa renda, e diversos destes terem históricos de inadimplência, além de terem dificuldade de comprovar renda. O subprime por serem classificadas de investimentos de maior risco, as taxas de retornos é mais altas, tornado assim um atrativo para o mercado. Com mercado girando fortemente, os gestores de fundos e os bancos disponibilizava novos empréstimos mesmo sem os primeiros empréstimos fossem pagos. Com todo esse giro de papeis deu inicio a uma crise de liquidez, com a retração do crédito, onde consiste que o tomador do primeiro empréstimo não quitou sua dívida, gerando uma deficiência neste mercado e medo aos investidores que adquiriram investimentos no mercado subprime, e o que já se esperava aconteceu em 2006 com quando o mercado chegou ao pico e este tipo de investimento começou a cair com isso às taxas de juros do FED começaram a subir encarecendo o crédito e afastando os compradores cada vez mais, desde então se observou uma desvalorização significativa no valor dos imóveis          (¹ FOLHA ONLINE, 2008).
Com os juros altos, a inadimplência aumentou e o temor de novos calotes fez o crédito sofrer uma desaceleração expressiva no país como um todo. Sem oferta suficiente de crédito, a economia dos Estados Unidos desaqueceu. Com menos dinheiro disponível, menos se compra, menos as empresas lucram e menos pessoas são contratadas (ibid).
O mercado imobiliário reagiu com pânico, os gigantes do setor hipotecário, como a American Home Mortgage (AHM), uma das 10 maiores empresa do setor de crédito imobiliário e hipotecas dos Estados Unidos, pediu concordata. A Countrywide Financial, outra gigante do setor de crédito imobiliário, teve de ser comprada pelo Bank of America. Tendo afetado também a Citigroup, UBS, Bear Stearns e outros grupos financeiros de escala global perderam bilhões com os papéis ligados a hipotecas "subprime" (¹ FOLHA ONLINE, 2008).
Sem sinais de enfraquecimento da crise, os gigantes hipotecários americanos Fannie Mae e Freddie Mac, tiveram que ser estatizados, pois deram sinais de que poderiam quebrar. Tendo registrado quase a metade dos US$ 12 trilhões em empréstimos para a habitação nos EUA, o Departamento do Tesouro buscou alternativas para evitar o pior, anunciando uma ajuda de até US$ 200 bilhões. Afetado pelas perdas com a crise dos "subprime", o banco Lehman Brothers, o quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos da América, entrou em processo de falência. Perderam tentativas de encontrar um comprador, e levantar fundos junto a outras instituições privadas para tocar suas operações financeiras. Mesmo o governo negou um empréstimo. No dia 15 de setembro de 2008, a solução encontrada pelo banco foi pedir concordata. Com o fim do Lehman Brothers, outros bancos forma postos a venda como Merrill Lynch ao Bank of America, banco americano com 90 anos de idade, foi adquirido pelo Bank of America a preço de banana; a ajuda de US$ 85 bilhões à seguradora AIG, a maior do mundo também precisou de ajuda do governo americano para não fechar, também sob risco de quebrar por falta de fontes de captação de empréstimos; a quebra do banco do segmento de empréstimos em poupança ("savings & loans") Washington Mutual (WaMu), no qual, segundo os analistas, foi a maior falência de um banco nos Estados Unidos e a venda do Wachovia, quarto maior dos EUA, que anunciou a fusão com o Wells Fargo, em uma operação de US$ 15,1 bilhões em troca de ações. O Morgan Stanley e o Goldman Sachs os dois maiores bancos de investimentos dos EUA desvalorizaram em um dia, 24% e 14%, e agora andam procurando fundir-se com outros bancos para manterem-se vivo (ibid).

4.2 CRISE EUROPÉIA

Mas agora o problema é outro, a crise mundial de 2011, crise esta alocada na zona do euro. Os próprios países estão extremamente endividados. Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha têm dívidas colossais. Itália deve 120% de seu PIB comprometido.
Há ainda um agravante. A Europa está estagnada. É um continente de idade avançada da população. Desemprego está alto o que dificulta o crescimento econômico. Quem resgata hoje os estados? Quem sofrerá com um calote da dívida grega? Bancos franceses e alemães têm boa parte da dívida. Eles sofreriam prejuízos enormes em seus balanços. Poderíamos então ter um efeito dominó. Bancos novamente quebrando e estados sem recursos para resgatá-los. O pior dos mundos.
Para agravar mais a situação, a maior economia mundial, os Estados Unidos, não conseguem engrenar. Os estímulos não estão funcionando e o desemprego não é reduzido. Novos estímulos estão sendo anunciados, mas o ceticismo é grande diante do que realmente vai acontecer com os novos pacotes americanos.
Tentando entender melhor a crise, devemos observar os fatos ocorridos a partir da cronologia da crise econômica grega, que começou em 2009 e que hoje atinge um novo marco com o segundo plano de resgate internacional. Em dezembro de 2009, a bolsa e os bônus da Grécia desabaram por causa de sua elevada dívida. A Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE) pedem ao país para tomar medidas (² FOLHA ONLINE, 2012).
No ano de 2010, a Grécia anuncia medidas para reduzir o déficit público, de acordo com o Pacto de Estabilidade, onde a Comissão Europeia aprova o plano de austeridade grego, buscando solucionar As dúvidas sobre a solvência da Grécia e o temor de contágio a outros países europeus, que arrastam o euro para índices mínimos em um ano, e pela primeira vez na história da zona do euro, a rentabilidade do bônus grego fica acima de 10%. Os países da zona do euro aprovam um empréstimo à Grécia no valor de 110 bilhões de euros para o período 2010 a 2012, do qual o FMI forneceria 30 bilhões, logo o Parlamento aprova o plano de ajuste e o Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprova o programa de ajudas à Grécia. No segundo semestre de 2010 a Moody's rebaixa a dívida grega a "bônus lixo". A UE aprova a segunda prestação de ajuda à Grécia e em conjunto com a UE e FMI aprovam o terceiro prazo de ajuda, buscando de diversas formas, estabilizarem os declínios econômicos, para uma possível estabilização.
Em 2011, O governo adverte que se não receber em junho a quinta prestação da ajuda externa, ajuda está estimada em 12 bilhões de euros, a Grécia estará se aproximando cada vez mais da inevitável possibilidade de quebrar a economia do país. Tendo a aprovação das novas medidas de austeridade, com a finalidade de  economizar 28 bilhões de euros até 2015, e com projetos de privatizações para conseguir outros 50 bilhões. O governo de Yorgos Papandreou recebe o apoio do Parlamento em uma moção de confiança, onde o parlamento grego aprova o novo plano de ajuste que desbloqueia a ajuda de 12 bilhões de euros.
A Eurozona acerta um segundo resgate à Grécia no valor de 109 bilhões de euros, no qual também participará o setor privado com o investimento de 49,6 bilhões de euros entre 2011 e 2014. Devido a falta de confiança no atual mercado a Grécia reconhece que não cumprirá com os objetivos marcados e estabelecidos pela UE e FMI, e busca através de mais uma alternativa a aprovação de novas medidas adicionais, para de forma persistente conseguir ajustes financeiros para economizar 6,6 bilhões de euros.
Após diversas negociações, e com a economia ainda se mantendo instável diante o cenário econômico mundial ainda no ano de 2011, o Eurogrupo autoriza a sexta prestação do resgate, de oito bilhões de euros e ainda a UE aprova as condições do segundo resgate, de 130 bilhões de euros, assim Papandreou propõe um plebiscito sobre a aplicação do plano de resgate para analisar os fatores econômicos e viabilidades de estabilização da situação econômica. Mas de diante incertezas a União Européia, toma atitude inesperada decidindo bloquear os oito bilhões de euros da sexta prestação, deixando uma frustração para o governo, levando o mesmo a apresentar no mês de novembro renúncia. Mas após diversas propostas e diante de uma situação que não teve outra solução, o Eurogrupo aprova os 8 bilhões de euros da sexta prestação, deixando o governo mais tranqüilo, e com uma responsabilidade ainda maior, tendo que se organizar rapidamente o parlamento grego aprova o orçamento para 2012, decisão exigida pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional. Ainda com uma noticia que se tornou mais favorável para a credibilidade do governo perante a sociedade, a Grécia descarta reduzir o salário mínimo, como exige a troika.
Com os primeiros indícios de desenvoltura econômica 2012, o Eurogrupo adia a reunião sobre o segundo resgate à Grécia. De acordo resultados divulgados, o PIB da Grécia no último trimestre de 2011 teve queda de 7%, fazendo com que o governo venha a aprovar uma nova redução, voltada as pensões, com a finalidade de economizar 75 milhões de euros.
Duas das economias européias em situação mais delicada no Velho Continente Grécia e Portugal encerraram 2011 com fortes contrações na economia, O PIB (Produto Interno Bruto) de Portugal registrou contração de 1,5% no ano de 2011 e de 1,3% no quarto trimestre do mesmo ano em relação ao trimestre anterior, segundo dados provisórios divulgados hoje pelo INE (Instituto Nacional de Estatísticas) (² FOLHA ONLINE, 2012).
Em 2009 e 2010, o país sofreu uma queda de 2,5%, seguida por um crescimento de 1,4%, conforme dados da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico). Os dados publicados hoje são melhores que os previstos pelo governo e o banco central de Portugal, que esperavam uma contração de 1,6% do PIB tanto anuais como trimestral. Entre os meses de outubro e dezembro de 2011, o retrocesso foi de 2,7% se comparado com o mesmo período de 2010 (ibid).
O PIB português já havia iniciado o ano com uma queda moderada de 0,5%, mas que foi piorando ao longo do exercício, com retrações de 1% e 1,8% nos trimestres seguintes, sempre na comparação com 2010. Economistas explicam o retrocesso português principalmente pela redução do consumo privado, o nível de confiança dos cidadãos e empresários na economia está em patamares mais baixos da série histórica. Além disso, o gasto público também refluiu, num efeito das severas medidas de austeridade do governo para sanear as contas públicas. O país já recorreu ao Fundo Monetário Internacional para buscar financiamento, tomando um empréstimo de 78 bilhões de euros, mas ao custo de assumir um compromisso com ajustes duros para reduzir o peso do Estado na economia, com forte oposição popular (² FOLHA ONLINE, 2012).
Para 2012, o Banco de Portugal estima que o país deva cair em recessão, com uma queda estimada de 3% para o PIB neste exercício (ibid).
Já o PIB da Grécia registrou uma forte queda de 7% no quarto trimestre de 2011, segundo as primeiras estimativas publicadas nesta terça-feira pelo escritório de estatísticas local, mais ainda do que Portugal, a Grécia teve trimestres bastante difíceis neste ano, o PIB do país retraiu 7,4% e 8% nos dois primeiros e 5% no penúltimo, revelando o grau de deterioração dessa economia. No ano, a contração projetada chega a 5,5%, tudo indica uma recessão, que deve se estender por 2012 e se estendendo para o quinto ano consecutivo de retração econômica. Nos períodos de 2009 e 2010, a economia do país já havia encolhido 3,2% 2009 e 3,5% 2010, respectivamente, e se não forem solucionados os problemas econômicos a tendência será que o PIB venha a sofrer mais riscos levando a mis declínios (ibid).
Para piorar a situação, assim como Portugal, a Grécia também se comprometeu com ajustes severos para controlar os gastos públicos e reformar a economia, ao custo de violentas manifestações (² FOLHA ONLINE, 2012).
A aprovação desse pacote foi a condição para o país ter acesso a novas linhas de financiamento do FMI e da UE, e dessa forma, evitar o calote descontrolado de seus compromissos financeiros, além disso, o país ainda finaliza as negociações para reduzir o tamanho de sua dívida junto aos credores privados. A Europa sela resgate de 130 bilhões de euros à Grécia, mas as dúvidas persistem. Os ministros das Finanças da zona do euro acertaram um resgate de 130 bilhões de euros para a Grécia, evitando que o país declare uma moratória desordenada iminente. Este acordo força Atenas a tomar medidas de austeridade fiscais impopulares e impõe fortes perdas aos credores privados (ibid).
O complexo acordo selado garante uma sobrevida nos esforços para estabilizar o bloco de 17 países da moeda única e fortalece suas finanças, mas deixa dúvidas sobre a habilidade da Grécia de se recuperar e evitar o calote no longo prazo (ibid).
Após conversas, os ministros finalizaram medidas para cortar a dívida de Atenas a 120,5 % do PIB (Produto Interno Bruto) em 2020, garantindo um segundo socorro ao país em menos de dois anos e às vésperas de um grande vencimento de bônus em março (ibid).
Com a conquista deste acordo sobre o novo programa da Grécia e o envolvimento do setor privado que permitirá uma significativa redução da dívida para a Grécia, tem como estratégia, assegurar o futuro da Grécia na zona do euro, como foi descrito pelo Jean-Claude Juncker, do Eurogroup (ibid).
A Grécia ficará sob permanente vigilância européia, e de forma severa, assim se referindo ao comprometimento, terá que depositar recursos para honrar sua dívida em uma conta especial. Os acordos foram saudados, como um passo positivo para a Grécia, mas os especialistas alertaram que Atenas terá que fazer muito mais para reduzir seu endividamento e que os riscos de default seguirão presentes nos próximos anos (ibid).
Ao concordarem que o BCE (Banco Central Europeu) irá distribuir seus lucros obtidos com a compra de bônus e que os detentores privados de bônus assumirão pesadas perdas, os ministros reduziram a dívida da Grécia a um ponto que deve garantir a injeção de recursos do FMI (Fundo Monetário Internacional) (² FOLHA ONLINE, 2012).
Os rendimentos dos bônus da Itália e da Espanha caíram com o alívio de investidores, que temiam o alastramento da crise para outros países periféricos da zona do euro, conforme palavra do ministro italiano Mario Monti, desta forma analisa-se que é um resultado importante e que remove os riscos imediatos de contágio. Ainda que o acordo dê mais tempo para que a União Europeia prepare novas medidas para a crise, ele significa que a Grécia terá que se preparar para encarar anos sem crescimento econômico (ibid).
As medidas de austeridade fiscal impostas sobre Atenas são impopulares e pressionarão políticos que pretendem disputar eleições, que estão previstas para abril.
Os protestos nas ruas poderão ser um teste para o compromisso de políticos com os cortes de salários, aposentadorias e empregos. Os dois maiores sindicatos da Grécia convocaram manifestações em Atenas para quarta-feira. Segundo, pesquisa de opinião imediatamente antes do acordo mostrou que o apoio aos dois principais partidos que apoiaram o pacote de resgate caiu para a mínima histórica, enquanto as legendas contrárias ao socorro e de esquerda ganharam popularidade.
Os parlamentos de três países que vinham sendo os mais críticos ao socorro à Grécia, países estes, a Alemanha, Holanda e Finlândia, precisam agora aprovar o pacote para Atenas.
As dúvidas surgem de forma imparcial, onde os economistas duvidam que o novo plano de resgate seja o último capítulo da crise grega. O temor é de que o ajuste exigido comprometa ainda mais a possibilidade de recuperação econômica do país, e que o plano grego continua sendo muito frágil e vulnerável, conforme o Sony Kapoor, que atua como diretor do centro de estudos Re-Define. De acordo analise do Jean Pisani-Ferry, responsável do Instituto Brueghel, os resultados serão ainda mais pessimistas, ele considerou que o plano não fará mais que adiar o inevitável, que é à saída da Grécia do euro, e questionam se a Grécia poderá honrar mesmo uma dívida reduzida, assim sugerindo que o acordo agora pode apenas postergar um default em alguns poucos meses.
O ministro sueco das Finanças, Anders Borg, acredita que o que foi feito é um passo muito significativo, é claro que os gregos permanecem emperrados em sua tragédia, e é possível que este seja um novo ato de um drama longo, a possibilidade de acreditar que eles vão pensar que estão livres de qualquer problema, mas que se deve reduzir o problema da Grécia para apenas o problema da Grécia. Não se trata mais de uma ameaça a toda recuperação da Europa. No entanto as medidas de austeridade terão que ser implementadas "e monitoradas cada vez mais em meio a revoltas populares que tornarão as coisas mais difíceis, podendo haver uma possibilidade da Grécia sair do risco da zona do euro no fim deste ano.
A volta do crescimento econômico na Grécia poderia levar ao menos uma década, uma perspectiva que levou milhares de pessoas às ruas de Atenas para protestar, os cortes de gastos pelo governo irão aprofundar uma recessão que já está em seu quinto ano, prejudicando também a arrecadação do governo.
Relatório preparado por especialistas da União Europeia, do BCE e do FMI disse que a Grécia vai precisar de mais alívio para cortar suas dívidas para perto da meta oficial, dada a piora das condições de sua economia. Se Atenas não seguir com as reformas para tornar o país mais competitivo, sua dívida poderia atingir 160 % do PIB em 2020, segundo o estudo. Se referindo ao SWAP de dívida, o acordo vai permitir que Atenas lance um swap de dívida com investidores privados para ajudar a estabilizar sua situação financeira e manter a Grécia dentro da zona do euro. Cerca de 100 bilhões de euros em dívidas serão perdidos por bancos e seguradoras com a operação. Os detentores privados de títulos de dívida grega irão assumir uma perda de 53,5 por cento no valor nominal dos bônus.
Eles tinham concordado com uma redução de 50 %, o que levaria a uma perda de cerca de 70 % considerando o valor presente da dívida.
Juncker, do Eurogroup, disse que espera forte adesão de credores privados ao swap de dívida, uma visão em linha com a da associação bancária alemã. A Grécia disse que fará uma lei para permitir a obrigatoriedade da assunção de perdas pelos credores privados que não aceitarem isso de forma voluntária e os bancos centrais da zona do euro terá um papel fundamental, em comunicado, o Eurogroup disse que o BCE irá passar todos os lucros obtidos com a venda de títulos gregos nos últimos dois anos para os bancos centrais nacionais, para que seus respectivos governos repassem o dinheiro para Atenas visando melhorar a sustentabilidade da dívida pública grega.
A troca de dívida com credores privados foi lançada em março de 2011 e concluída três dias depois. Isso significa que pagamento de 14,5 bilhões de euros de bônus com vencimento em 20 de março de 2011 seria reestruturado, permitindo que a Grécia evite o calote, mas cabe acompanhar e superar o desempenho do mercado para que possa atingir este objetivo.
A Grécia recebeu um novo cheque da Comunidade Europeia, mas desta vez não foi uma ordem de pagamento em branco, que o país possa gastar como quiser. Depois de uma interminável reunião, com mais de 13 horas que começou na segunda-feira dia 20 de fevereiro de 2011, entrou pela madrugada e ainda precisaram ser retomados, os ministros das Finanças da Zona do Euro aprovaram a liberação de um novo pacote, de 130 bilhões de euros. A boa notícia é que os recursos evitarão que o país, que tem pagamentos a fazer no próximo mês de 14,5 bilhões de euros, declare uma moratória desordenada. No entanto, relatório da União Européia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostra que a lua de mel da Grécia com os credores pode durar pouco. Há uma tensão fundamental entre os objetivos do programa de redução da dívida e de melhora da competitividade, já que a desvalorização interna necessária para restaurar a competitividade da Grécia vai, inevitavelmente, levar a uma maior relação da dívida com o Produto Interno Bruto (PIB) no curto prazo. “Diante todos os riscos, o programa grego pode assim continuar propenso a acidentes, com dúvidas pairando sobre a sua sustentabilidade”.
 Garantias Apesar da vigilância a que será submetido ao país, a Grécia terá que aceitar a presença permanente de inspetores da Comunidade Europeia, além de depositar num fundo separado os recursos necessários para o pagamento dos juros da dívida, o primeiro ministro grego, Lucas Papademos, comemorou, falando que está convencido com o comprometimento do governo, e de que o governo cumprirá com esse programa, já que ele é do interesse dos gregos e de muita importância para a economia do país.

4.3 Desempenho econômico do Brasil e seus reflexos sobre as crises

Segundo Spence no Brasil, não há consenso sobre os efeitos dessa crise em nossa economia. Alguns julgam que o país está imune a esses solavancos. Já outros acreditam que, a situação não esteja muito favorável, e que a economia brasileira poderá sofrer de forma drástica com uma possível recessão nos EUA.
Mas por que deveríamos estar mais preocupados dessa vez? Afinal, uma dezena de crises já nos assolou nos últimos 40 anos, a economia se manteve estável, apesar das dificuldades e os brasileiros, especialmente os mais maduros, sabem muito bem o que é uma crise econômica, diante diversas mudanças políticas e econômicas, onde atravessamos altos índices de inflação, mudanças de moeda, e também dos descasos gerados pela falta de confiança do mercado internacional. A meu ver, no entanto, há algo inusitado a respeito dessa nova crise que, bem ou mal, fica assombrando no horizonte: algo como uma nova dimensão psicológica que está associada com novos valores e crenças que foram introduzidas muito recentemente na sociedade brasileira.
O nome dessa nova dimensão? Individualismo econômico. Em períodos assim as pessoas passam a ter a certeza de que o fluxo de caixa que é o dinheiro que entra no bolso de cada um está cada vez mais variável e cada vez mais dependente do indivíduo. Ora, em épocas de crise econômica essa variação é ainda maior e, não raro, mas bastante assustadora.
Aqui reside o inusitado da possível nova crise para o brasileiro, simplesmente não saberemos como ela irá nos afetar e muito menos saberemos como agir. Os economistas encontrarão algo, certamente, tanto para justificar quanto para solucionar os problemas macroeconômicos que venham a surgir.
Sob o ponto de vista individual, seria possível que dessa vez teremos que requisitar um apoio e um trabalho em conjunto de psicólogos também.
Sim, porque essa nova consciência atuou não apenas nas relações sociais, mas no inconsciente das pessoas, direcionando-as para a individualidade, à aversão ao convívio social, a dificuldades nos relacionamentos, à antipatia da dependência financeira.
Então, acabamos ficando sem ação e a habilidade do coletivo, do grupo, das associações, com receio, passou a temer os impostos que corroem os nossos ganhos, e ainda a temer cada vez mais a falta de opções para investir e garantir o nosso futuro. Se buscarmos os meios para investimento, os encontramos baixos índices de rentabilidades, e a inflação não sabe se sobe ou descem, os índices das bolsas de valores derretem daí então o que devemos fazer? Como encontrar uma garantia estável?  Onde investir e garantir o futuro que está sob meus próprios ombros? Como devo administrar? Situação que se torna frustrada para os leigos no assunto, e que por inocência e falta de conhecimento acumulam as economias em cadernetas de poupança. 
Além da crise, surge a possibilidade da inconveniência de depender de alguém. Sim, mas nós indagamos depender de quem? Governo, filhos, empresas? Talvez as ONGs? Não, elas não protegem a classe média.
Afinal, nunca antes vivemos um período assim. Ao contrário. No passado, redes de proteção estavam por todos os lados, desde a segurança da previdência pública até aumentos salariais que compensavam as perdas inflacionárias, por exemplo. Mas, hoje, se a crise pegar você em algum tipo de trapézio pode apostar que ao olhar lá para baixo você verá apenas o chão duro e isso vale, especialmente, para a classe média.
No passado, mesmo com crises, até era possível construir um futuro interessante, bastava administrar bem o dinheiro, caminhar passos lentos, mas contínuos, em direção aos nossos objetivos e conseguíamos atingir muitos deles ao longo da vida. Havia uma forte certeza de que os salários e a correção monetária estariam lá no fim do mês.
Em muitas das crises que, podia faltar dinheiro no bolso, mas certas coisas estariam disponíveis, porque não eram da responsabilidade de cada um, mas sim de todos. Dessa vez, se a crise vier e o dinheiro faltar, não será apenas moradia, vestuário e alimentação que serão afetadas. Outras coisas, cuja responsabilidade deveria ser de quem recebe nossos impostos, mas que recaíram sobre nossos ombros, também sofrerá um baque.
A nossa saúde poderá ser afetada, porque pode faltar dinheiro para o seguro de saúde privado; a educação pode ir para o brejo junto com a falta de pagamento das escolas privadas, locomoverem-se de um canto a outro pode se tornar insuportável se não pudermos manter nossos carros, poderemos nos sentir ainda mais inseguros se a crise afetar a nossa capacidade de pagar nossos seguros de furtos e de vida.
E o nosso futuro? Bom, esse se não pudermos arcar com as mensalidades das nossas previdências privadas se tornará mais um obstáculo para o futuro.
Como não devemos repetir os erros passados, ao menos em se tratando de crises, não mais passaremos por elas da forma como passaram nossos pais, afinal, tivemos estes exemplos passados com a finalidade de driblar os impasses e estamos cada vez mais nos aperfeiçoando em busca de melhorias tanto no âmbito social, político e econômico apesar das dificuldades e até mesmo do comprometimento de muitos.
No âmbito nacional, vivemos um momento diferente. Brasil é a bola da vez. Eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas, nos trazem oportunidades e olhares diferentes, o mercado de ações cresce através de investidores internacionais, mesmo tendo um nível de investimento considerado muito baixo por parte dos investidores brasileiros, que ainda se assustam com volatilidade do mercado da bolsa.
O importante é lembrar que podemos ter uma relação dívida/PIB igual a Européia se não focarmos no hoje. O nome disso? Superávit primário. Essa é a uma maquiagem, e que um dia poderá nos trazer problemas. O Brasil fala hoje que gasta menos do que arrecada. E isso é uma verdade, porém, quando nesta conta entra os juros, o Brasil precisa injetar mais dinheiro, ou seja, emitir mais dívida. Isso é uma bola de neve que precisa ser estancada no começo do problema para não termos o mesmo fim Europeu.
Aqui no Brasil, por exemplo, os estrangeiros estão vendendo suas ações aos montes, o que está fazendo com que a Bovespa mergulhe profundamente em 25% de desvalorização, tornado um problema que deverá ser solucionado em caráter de urgência.
Por outro lado à venda dos nossos títulos públicos em 2012 foi pro céu, com um aumento de mais de 250% em relação ao mesmo período do ano passado, em curto prazo. Segundo especialistas, o principal impacto que vamos sentir, é a dificuldade de crédito e financiamento, ou seja, com os bancos mais cautelosos, os critérios para concessão de crédito ficarão mais rígidos e as taxas de juros reais de financiamentos subirão, criando até um aumento no índice de endividamento. Em poucas palavras, para os empresários, vai ficar um pouco mais difícil adquirir capital emprestado em bancos de fomento. E para o cidadão, vai ficar mais difícil e caro para obter a realização de sonho que para muitos é poder comprar o seu carro ou a sua casa própria. Informar o quanto mais caro vai ficar é que ninguém sabe ainda, mas o certo é que em tempos de crise financeira, ninguém quer arriscar, aumentando a volatilidade do mercado e aumentando uma possível instabilidade econômica.
Para entendermos melhor a desenvoltura econômica do Brasil, e depois de passar por diversas mudanças no cenário econômico nacional, alisemos os dados mediante o nascimento do real onde podemos verificar comparando a taxa nominal de cambio em 1994, a esta data, parar termos como base de referência pra saber como esta ao longo do tempo o nosso dólar, a taxa nominal quando foi lançado o real valia mais do que o dólar. Assim que foi lançado o dólar custavam 0,84 centavos de real e no decorrer da trajetória, em 2002 chegou a 2,71centavos de real, houve, portanto uma desvalorização do real, logo se compararmos esta situação estamos nos referindo em termos nominais, em 2011 atingimos a taxa 1,57centavos de real, assim estaríamos menos valorizados do que nos anos de 1994 ou 2002. Mas isso analisando o valor nominal com base na cesta de moedas. Já o valor da taxa real efetiva de cambio é mais realista, temos como comparar além do dólar, à cesta de moedas, devida o comercia exterior, porque não fazemos comercio só com o Dólar, também comercializamos Euro, Iene e varias outras moedas. Com base em 1994 o real estava 100% de valorização frente ao dólar, em 1997 o real chegou a atingir 148,4% de valorização, mas se desvalorizou, até os dados de 2011 estava com 135,6%, onde nesta data estaríamos em relação a cesta de moedas com valorização de 35% desde 1994, lembrando que os fundamentos da economia mudaram muito, a valorização se reflete muito aos fundamentos da economia, ao volume de reservas, a estabilidade econômica, ao crescimento e a estabilidade fiscal. Temos fundamentos econômicos muitos mais sólidos, tendo uma tendência à valorização, levando em consideração a estes fatores o Brasil não está bem valorizado a cestas de moedas.
A economia brasileira, esta numa trajetória positiva estamos crescendo, com base 2011 o crescimento foi de 4,5 %, onde o Brasil já saiu da crise e outros países continuam.  Temos problemas pra resolver, problemas de desenvolvimento e não de estagnação, mesmo que esteja com a dinâmica positivas ou negativa, como por exemplo, o problema de excesso de capital externo; onde é melhor ter excesso do que a falta de capital externo, como tivemos no passado, um problema grave e considerado sério para a economia podendo ser levado a dificuldade econômica, podendo haver um grande impacto negativo nas economias e levando a economias a quebrar por falta de capitais, onde é mais viável ter esse problema com o interesse de corrigir para ter uma economia mais estável; temos também à falta de mão de obra qualificada, como ainda hoje, do que a falta de empregos como era no passado, podendo aumentar a oferta de mão de obra qualificada; tendo também a demanda aquecida, do que não ter demanda como ocorre nos EUA e países europeus, que não tem o que fazer tendo que estimular a demanda e causando falta de crescimento na economia, além do alto nível de desemprego.
Com um cenário adverso internacional, o então economista-chefe da Instituição Austin Rating Alex Agostini, prever um crescimento não tão robusto para o Brasil em 2012 e 2013. A Austin Rating destacou ainda que a expectativa é que a crise mundial seja quase que totalmente estabilizada ao final de 2012 nas economias que ainda estão frágeis, como os Estados Unidos.
Na Europa, a situação ainda deve demorar mais dois ou três anos para se recuperar em virtude dos elevados níveis de endividamento e pelos programas de ajuste fiscal em curso, principalmente nas economias da Grécia, Espanha, Irlanda, Itália e Portugal, que além dos problemas fiscais estão com elevados índices de desemprego", completou Agostini ( COSTA, 2012).
Já em um cenário otimista, Agostini acredita que o PIB brasileiro poderia crescer algo em torno de 4% e 5%, mas isso poderia acontecer se o quadro internacional melhorasse, aliado a um aumento significativo dos investimentos. Mas não é nesse cenário que acreditamos porque ainda vemos o ambiente externo volátil e os problemas na Europa interferindo no crescimento do Brasil (ibid).
A instituição vê o PIB mundial com crescimento de 4% em 2012 e 4,5% no próximo ano e que no campo da inflação, a expectativa é que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recue de 6,5% em 2011 para 6,0% neste ano e para 4,5% em 2013 (ibid).
Sendo que a possibilidade da redução não venha a ser tão significativa dos preços neste ano reflete os preços elevados das commodities no mercado internacional e, internamente, reajustes de tarifas e uma possível alteração no preço dos combustíveis (ibid).
Para o BBVA banco espanhol, a demanda interna continua aquecida e deve voltar a causar inflação no segundo semestre. O banco avalia que uma taxa de juros "de um dígito" amplia as pressões. Com a inflação em baixa, reduzem-se as preocupações com a demanda aquecida, e ficam mais fortes os argumentos para uma queda nos juros. Contudo, na avaliação do banco espanhol BBVA, as pressões inflacionárias não desapareceram, e o juro de um dígito pode provocar novamente um aquecimento nos preços. Desde o fim do ano passado, a inflação vem desacelerando no acumulado dos 12 meses, tendência que prosseguiu no início deste ano. Em janeiro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostrou alta de 6,22% ante o mesmo mês do ano passado - em dezembro, a taxa era de 6,5%. Para o departamento de pesquisa econômica do BBVA, a tendência de baixa deve persistir por todo o primeiro trimestre, mas isso não significa o fim dos problemas.
Isso levou as instituições financeiras a prever que a Selic vá continuar caindo até 9,5%, ficando em seguida estável pelo resto de 2012. Que uma Selic de 9,5% é um patamar baixo demais para o Brasil não chega a ser uma visão polêmica. A maioria dos analistas projeta que, a partir de 2013, o BC terá que subir os juros, levando a taxa aos 10,5% em 2013 - sinal de que o mercado aposta em uma volta do aquecimento nos preços.
Essa não é, contudo, a visão do BBVA. Para o analista, o BC vai manter a selic em 9,5% também durante o próximo ano, controlando a inflação com o uso de medidas macroprudenciais.
Analizando as commodities atrvés do Índice de Commodities Brasil (IC-Br), observa-se que o  desempenho ocorre depois de uma queda de 0,53% verificada em dezembroe que o IC-Br fechou 2011 com variação negativa de 0,35%. O Índice  subiu 0,57% em janeiro, em relação ao mês anterior. Tendo o valor, divulgado em fevereiro de 2012 pelo Banco Central (BC), vem depois de uma queda de 0,53% ocorrida em dezembro, o indicador IC-Br visa identificar as variações de preços das commodities nos mercados internacionais que têm maior impacto na inflação doméstica. No mês, o indicador foi influenciado pelas commodities metálicas, que agrupam alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo e níquel, que tiveram alta de 3,22%.
Já as commodities agropecuárias, que agregam os produtos carne de boi, algodão, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, café e carne suína, teve alta de 0,81% nos preços em janeiro, face ao mês anterior. Por outro lado, os preços de produtos energéticos que inclui petróleo tipo Brent, gás natural e carvão, caíram 3,67%.

Considerações Finais

Na crise de 2008, os americanos mesmo sabendo das perdas geradas continuavam a gastar muito, onde se instalaram em um risco de liquidez que se tornou uma imensa bola de neve. Em seguida, tivemos a crise de 2011. À formação de uma crise financeira na zona do euro deu-se, fundamentalmente, por problemas fiscais. Alguns países, como a Grécia, gastaram mais dinheiro do conseguiram arrecadar por meio de impostos nos últimos anos.
O sistema financeiro nacional está bem capitalizado, com nível adequado de provisão e baixo índice de alavancagem e com reservas internacionais robustas. No entanto a política macroeconômica adotada pelo Brasil, combinadas com as políticas macropreudênciais, que visão proteger a economia e o sistema financeiro, têm contribuído para a redução da vulnerabilidade da nossa economia. Temos problemas pra resolver, mas com condições e várias possibilidades para resolver, e que a trajetória de crescimento sustentável econômico se descreve em alto nível de crescimento, o Brasil é uma nova China tende a crescer por muitos anos. Uma opinião seria que o país se beneficiaria de uma reabertura do debate sobre medidas para baixar a inflação, como a revisão de alguns mecanismos de indexação ou a fixação de metas de inflação mais baixas.

REFEREÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COSTA, D., Problemas na Europa afetam projeção do PIB brasileiro. 2012, disponível em: http://www.brasileconomico.ig.com.br/noticias/problemas-na-europa-afetam-projecao-do-pib-brasileiro_113457.html. Acessado em: 24 Fev 2012.

¹ FOLHA ONLINE, Entenda a evolução da crise que atinge a economia dos EUA. 2008, disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u454948.shtml. Acessado em: 25 Fev 2012.

² FOLHA ONLINE, Europa sela resgate de 130 bi de euros à Grécia; dúvidas persistem. 2012, disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1051622-europa-sela-resgate-de-130-bi-de-euros-a-grecia-duvidas-persistem.shtml. Acessado em: 25 Fev 2012.

³ FOLHA ONLINE, Portugal e Grécia têm queda no PIB no quarto trimestre de 2011. 2012, disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1048419-portugal-e-grecia-tem-queda-no-pib-no-quarto-trimestre-de-2011.shtml. Acessado em: 25 Fev 2012.

HOFFMANN, A., BC está preparado para enfrentar uma eventual crise no sistema financeiro. Rev. PorSinal nº 23; p. 30; 2008. Disponível em: http://bcb.gov.br/textonoticia.asp?codigo=1810&idpai=noticias. Acessado em: 28 FEV 2012.

O GLOBO ECONOMIA, Zona do euro aprova nova ajuda para a Grécia. 2012, disponível em: http://oglobo.globo.com/economia/zona-do-euro-aprova-nova-ajuda-para-grecia-4039966. Acessado em: 22 fev 2012.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2002.

MITCHELL, W.C. Os ciclos econômicos e suas causas. 3ª Ed.Nova Cultural, 1988.
SPENCE, M. Os desafios do futuro da economia, Ed. Campus, 2011.


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