Revista: TURYDES
Turismo y Desarrollo local sostenible / ISSN: 1988-5261


SUSTENTABILIDADE E TERRITÓRIO TURÍSTICO DO VALE DOS VINHEDOS (RS/BRASIL)

Autores e infomación del artículo

Adilene Alvares Mattia
Docente da Escola de Artes, Comunicação e Hospitalidade-Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI). Doutora em Desenvolvimento Regional e Mestre em Gestão Estratégia de Negócios

Laura Scortegagna
Bacharel em Gastronomia-UNIVALI- Campus Balneário Camboriú.

amattia@univali.br


RESUMO: O território tornou-se um conceito empregado por diversas ciências que se ocupam dos processos de produção do espaço. As vinícolas da região do Vale dos Vinhedos obtêm benefícios com o uso de recursos e são suscetíveis de causar impactos ambientais negativos, elas também podem desempenhar um importante papel como agentes de mudança, à medida que podem auxiliar no progresso econômico e social de uma região. O objetivo deste estudo é o de caracterizar a sustentabilidade empresarial das vinícolas do Vale dos Vinhedos, utilizando o Grid de Sustentabilidade Empresarial (GSE). A presente pesquisa possui caráter exploratório-descrito por meio da abordagem quanti-qualitativa, com o uso do Método de Estudo de Caso, cujos dados levantou-se através de fontes primárias e secundárias, o objeto selecionado para aplicação empírica das métricas foram as vinícolas do Vale dos Vinhedos. Desta forma, como as atividades de tais empresas podem acarretar mudanças significativas para as dimensões ambiental, social e econômica, entende-se que as empresas são importantes stakeholders para alcançar a meta de desenvolvimento sustentável e, por isso, devem ser foco de estudos que visem avaliar a sustentabilidade empresarial. Pode-se observar que, dentre as seis empresas respondentes do questionário apenas três obtiveram classificação satisfatória nos Escores de Sustentabilidade, demonstrando que ainda existem melhorias a serem aplicadas nas vinícolas em relação ao desenvolvimento sustentável.
Palavras-chave: Sustentabilidade, Vale dos Vinhedos (RS/Brasil), Território Turístico
 
Sustainability and Tourist Territory of Vale dos Vinhedos (RS / Brazil)

ABSTRACT: The concept of territory has been adopted by many sciences that occupy themselves wih the spaces' production processes. The wineries of Vale dos Vinhedos region acquire benefits through the use of resources and are susceptible to cause negative environmental impacts. They can also play an important role as agents of change, since they can help on the economic and social progress of a region. In this way, this study's objective has been to characterize the entrepreneurial sustainability of the Vale dos Vinhedos wineries, using the Corporate Sustainability Grid (CSG).The present research has an exploratory-described character that used the quanti-qualitative approach, with exploratory objective and use of the Case Study Method, from which data was collected through primary and secondary sources, the object selected for the empirical application of metrics the Vale dos Vinhedos wineries. The main concern is to understand how the activities of such companies can lead to significant changes to the environmental, social and economical dimensions. It is understood that companies are important stakeholders to reach the sustainable development targets, and because of that, must be the focus of studies that evaluate corporate sustainability. It can be observed that between the six participating companies, only three have obtained satisfactory classification on the Scores of Sustainability, highlighting that there are still improvements to be applied on the wineries with regard to sustainable development.
Key-words: Sustainability, Vale dos Vinhedos (RS / Brazil), Tourist Territory.

Sostenibilidad y Territorio Turístico del Valle de los Viñedos (RS / Brasil)

RESUMEN: El territorio se ha convertido en un concepto empleado por diversas ciencias que se ocupan de los procesos de producción del espacio. Las bodegas de la región del Valle de los Viñedos obtienen beneficios con el uso de recursos y son susceptibles de causar impactos ambientales negativos, también pueden desempeñar un papel importante como agentes de cambio, a medida que pueden ayudar en el progreso económico y social de una región. El objetivo de este estudio es el de caracterizar la sostenibilidad empresarial de las bodegas del Valle de los Viñedos, utilizando el Grid de Sostenibilidad Empresarial (GSE). La presente investigación tiene carácter exploratorio-descrito por medio del abordaje cuantitativo, con el uso del Método de Estudio de Caso, cuyos datos se levantó a través de fuentes primarias y secundarias, el objeto seleccionado para aplicación empírica de las métricas fueron las bodegas del vino, Valle de los Viñedos. De esta forma, como las actividades de tales empresas pueden acarrear cambios significativos para las dimensiones ambiental, social y económica, se entiende que las empresas son importantes stakeholders para alcanzar la meta de desarrollo sostenible y, por eso, deben ser foco de estudios que visen evaluar la sostenibilidad empresarial. Se puede observar que, entre las seis empresas encuestadas del cuestionario sólo tres obtuvieron clasificación satisfactoria en los Escores de Sostenibilidad, demostrando que aún existen mejoras a ser aplicadas en las bodegas con relación al desarrollo sostenible.

Palabras clave: Sostenibilidad, Valle de los viñedos (RS / Brasil), Territorio Turístico.

Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato:

Adilene Alvares Mattia y Laura Scortegagna (2018): “Sustentabilidade e Território Turístico do Vale dos Vinhedos (RS/Brasil)”, Revista Turydes: Turismo y Desarrollo, n. 25 (diciembre / dezembro 2018). En línea:
https://www.eumed.net/rev/turydes/25/vale-dosvinhedos.html
http://hdl.handle.net/20.500.11763/turydes25vale-dosvinhedos


INTRODUÇÃO
O conceito de desenvolvimento local envolve algumas ideias complementares que se associam ao território. Uma se refere ao espaço concreto e delimitado e vincula-se à ideia de constância e inércia e pode ser identificado como área delimitada: município, microrregião etc. Outra é o espaço abstrato das relações sociais e indica movimento e interação dos grupos sociais que se articulam ou se opõem em torno de interesses comuns (FISCHER, 2002). A ideia de movimento e interação é observada na medida em que o território deve levar em conta a interdependência da natureza com o seu uso, que inclui a ação humana, isto é, o trabalho e a política (SANTOS, 1999).
Para que uma empresa e/ou um arranjo produtivo local (APL) e/ou um cluster seja sustentável e competitivo deve apresentar práticas socioambientais adequadas destacadas por meio da sustentabilidade local. O pressuposto desta análise parte da incorporação da variável sustentabilidade dos territórios turísticos como condição essencial para a competitividade sistêmica da empresa/APL ou cluster e a sustentabilidade da atividade econômica.
Labuschagne, Brent e Van Erck (2004) definem sustentabilidade empresarial como sendo a elaboração e utilização de estratégias e atividades que atendam às necessidades presentes da empresa e dos demais atores sociais envolvidos, e também protejam, mantenham e desenvolvam os recursos humanos e naturais.
De acordo com Renton, Manktelow e Kingston (2002), uma vinícola sustentável é aquela que garante produtos que não agridem a saúde dos consumidores, fornece um lugar seguro e saudável para aquelas pessoas que trabalham na propriedade e forneça uma oportunidade de negócio economicamente viável. 
Nesse sentido, empresas brasileiras do setor vinícola devem estar engajadas nas questões que envolvam o desenvolvimento sustentável, pois, para que o setor vinícola nacional possa equiparar-se ao internacional em termos competitivos, urge produzir mais, empregar mais, degradar menos e obter custos competitivos (SANTOS et al., 2002).
Em vista da dependência que as empresas possuem em relação à sociedade e aos recursos naturais, as empresas devem buscar a “sustentabilidade empresarial”, a qual abrange elementos econômicos, sociais e ambientais como forma de desenvolver práticas em direção às metas de desenvolvimento sustentável, e, dessa forma, garantir o uso dos recursos naturais e uma sociedade saudável no futuro.
A importância socioeconômica da indústria da uva e do vinho no Brasil é considerável e crescente. Como atividade agrícola a cadeia produtiva emprega mais de 20 mil famílias, não apenas no Rio Grande do Sul (RS), estado de maior produção, mas também nos outros 11 estados. No Rio Grande do Sul, a produção de vinhos representa 90% do total produzido no Brasil, em litros, por exemplo, em 2013 a produção de vinho no RS foi de 304.841.843 litros e no Brasil foi de 336.402.396 litros (COPELLO, 2014).
Diante da relevância atribuída aos indicadores, selecionou-se o Grid de Sustentabilidade Empresarial (GSE), proposto por Callado (2010) e aplicado, como ferramenta de diagnóstico da sustentabilidade das empresas vinícolas do Vale dos Vinhedos. O GSE reúne diversos indicadores oriundos de algumas das principais literaturas nacionais e internacionais sobre o tema, agrupados nas três dimensões da sustentabilidade (econômica, social e ambiental).
Perante as considerações levantadas nessa introdução, esta proposta teve como objetivo principal caracterizar a sustentabilidade empresarial das vinícolas localizadas no Vale dos Vinhedos.
A pesquisa utilizou-se da abordagem quanti-qualitativa, com objetivo exploratório e utilizou o Método de Estudo de Caso. Caracteriza-se como estudo de casos múltiplos sendo o objeto selecionado para aplicação empírica das métricas as vinícolas localizadas no Vale dos Vinhedos/RS/BR. Este estudo norteou-se pelo seguinte problema central: Quais são as características da sustentabilidade empresarial das vinícolas localizadas no Vale dos Vinhedos?
Em termos estruturais, além desta introdução, são apresentadas abordagens teóricas, sendo que na segunda seção o texto discorre sobre território, sustentabilidade ´os indicadores para análise da sustentabilidade das empresas Vinícolas. Na terceira seção constam as informações sobre a região Vale dos Vinhedos os quais são apresentadas características do sistema agroindustrial do vinho, na quarta e quinta seções apresenta-se a metodologia e são efetuadas as considerações finais e por fim estão listadas as referências utilizadas no projeto.

 

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Recibido: Julio 2018 Aceptado: Diciembre 2018 Publicado: Diciembre 2018

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