Observatorio Economía Latinoamericana. ISSN: 1696-8352


UM ESTUDO DAS PREFERÊNCIAS DE INVESTIMENTO E DO GRAU DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Autores e infomación del artículo

Luan Ramilo de Freitas Lima*

Liana Holanda Nepomuceno Nobre**

Fábio Chaves Nobre ***

Universidade Federal Rural do Semi-Árido-UFERSA, Brasil

Email: luanramilo@hotmail.com

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RESUMO
O objetivo do trabalho é analisar a relação entre os conhecimentos acerca da bolsa de valores, as preferências de investimento e o grau de educação financeira em habitantes da cidade de Mossoró-RN. Desenvolveu-se um estudo quantitativo, utilizando como instrumento de pesquisa um questionário que versa questões sobre sexo, idade, local de residência, estado civil, grau de escolaridade, segmento de trabalho, renda, sentimento a respeito dos conhecimentos financeiros para gerenciar seu próprio dinheiro, preferência por tipos de investimento, e quais as principais opções de investimentos costumam utilizar. A amostra corresponde a 189 respondentes localizados na cidade de Mossoró/RN. Para análise dos dados, adotou-se a técnica do Qui-quadrado de Pearson. Os resultados evidenciam que a relação entre os conhecimentos da bolsa de valores e a educação financeira apenas os indivíduos que se sentem seguros para gerenciar seu dinheiro, possuem conhecimentos com relação ao funcionamento da bolsa brasileira. No que se refere aos sentimentos a respeito dos conhecimentos para gerenciar seu próprio dinheiro e as preferências de investimentos, tem-se que não há associação entre essas variáveis. As opções de investimentos são segmentadas entre baixo risco e alto risco, as opções que representam baixo risco prevalecem dentre todos os indivíduos investigados. Associação da renda com a educação financeira evidencia que não há associação entre as preferências de investimento e a renda mensal individual. No que se refere à segmentação das preferências de investimentos associadas à renda, tem-se que as preferências de investimentos são associadas às opções que possuem riscos baixos.
Palavras-chaves: Educação Financeira; Preferências de Investimento; Finanças Comportamentais.

ABSTRACT
The objective of this work is to analyze the relationship between the knowledge about the stock exchange, the investment preferences and the degree of financial education in inhabitants of the city of Mossoró-RN. A quantitative study was developed using as a research instrument a questionnaire that addresses questions about gender, age, place of residence, marital status, educational level, job segment, income, feelings about financial knowledge to manage their own money, preference for types of investments, and which major investment options are commonly used. The sample corresponds to 189 respondents located in the city of Mossoró / RN. For analyzing the data, the Pearson Chi-square technique was adopted. The results show that the relationship between the knowledge of the stock exchange and financial education only the individuals who feel safe to manage their money, have knowledge about the operation of the Brazilian exchange. Regarding to the feelings about the knowledge to manage their own money and the preferences of investments, there is no association between these variables. Investment options are segmented between low risk and high risk, options that represent low risk prevail among all the individuals investigated. Association of income with financial education shows that there is no association between investment preferences and individual monthly income. With regard to the segmentation of the preferences of investments associated with income, one has to say that the investment preferences are associated with the options that have low risks.
Keywords: Financial Education; Investment Preferences; Behavioral Finance.

Para citar este artículo puede uitlizar el siguiente formato:

Luan Ramilo de Freitas Lima, Liana Holanda Nepomuceno Nobre y Fábio Chaves Nobre (2019): "Um estudo das preferências de investimento e do grau de educação financeira", Revista Observatorio de la Economía Latinoamericana, (julio 2019). En línea:
https://www.eumed.net/rev/oel/2019/07/grau-educacao-financeira.html
//hdl.handle.net/20.500.11763/oel1907grau-educacao-financeira


1 INTRODUÇÃO
A educação financeira no Brasil ainda é pouco explorada. De acordo com Grussner (2007), não existem na maioria das escolas disciplinas sobre dinheiro, orçamento pessoal e familiar, e planejamento financeiro. Nas universidades, nas mais diversas áreas, o tema é novamente ignorado. Mesmo se tratando de cursos relacionados, como Administração e Ciências Econômicas, não existem matérias específicas sobre o assunto, dessa forma o aluno se adapta por iniciativa própria aos conceitos do ambiente empresarial. Esta falha educacional influencia diretamente na qualidade de vida da população brasileira, uma vez que essa ignorância faz com que o indivíduo perca oportunidades de construir um futuro mais adequado para as suas necessidades, além de ter uma vida economicamente equilibrada.
De acordo com Silva (2004), as pessoas no Brasil não foram educadas para pensar sobre o dinheiro. A maioria da população gasta aleatoriamente sem parar para refletir sobre o seu contexto financeiro e os impactos futuros que estes atos causarão. Manter uma poupança é importante, contudo não é o suficiente. É preciso também saber investir. As sobras orçamentárias são normalmente aplicadas na caderneta de poupança por desconhecimento de outras alternativas de investimentos que trariam um maior retorno (SILVA 2004). Nota-se que a antiga crença de que esta é a única aplicação segura ainda persiste.
Tendo em vista todos estes problemas decorrentes da falta de informação, nota-se a necessidade de se estudar o perfil de atuais investidores e possíveis investidores na cidade de Mossoró, e através desse conhecimento, buscar trazer uma melhor elucidação das possibilidades de investimento que podem trazer maiores benefícios para esses habitantes.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2016), a cidade de Mossoró possui uma população estimada de 288.162 habitantes, sendo que desta, cerca de 48,40% é de indivíduos do sexo masculino e 51,60% de indivíduos do sexo feminino. O valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares na área urbana é de R$ 2.252,77. O intuito principal da pesquisa é descobrir mais sobre o processo de investimento para os moradores da cidade, aprofundando-se sobre a seguinte questão: Existe correlação entre os conhecimentos acerca da bolsa de valores, as preferências de investimento e a renda com os níveis de sentimento gerados pela educação financeira?
A pesquisa tem como objetivo principal analisar a relação entre os conhecimentos acerca da bolsa de valores, as preferências de investimento e o grau de educação financeira em habitantes da cidade de Mossoró-RN. 
Para melhor suprir as necessidades da pesquisa, o objetivo geral foi subdividido em objetivos mais específicos, sendo esses:

  • Investigar através de amostragem a taxa de residentes na cidade de Mossoró-RN quais suas preferências com relação as opções de investimentos;
  • Analisar os conhecimentos dos respondentes acerca da bolsa de valores;
  • Realizar levantamento com relação a renda individual dos respondentes;
  • Investigar os sentimentos acerca da educação financeira;
  • Fazer correlação entre as preferências de investimento, conhecimentos acerca da bolsa de valores, e renda com os sentimentos acerca da educação financeira.

A partir das pesquisas realizadas por Fernandes (2008), pode-se compreender que o trabalho fixo continua sendo o principal meio de sustento de grande parte da população mundial. Para muitas pessoas, esse trabalho fixo acaba por gerar um ganho que somente proporciona sua subsistência. Em outros casos, porém, um ganho salarial mais elevado ou uma melhor administração financeira pessoal, faz com que haja certa sobra na renda familiar ou individual. Quando este excedente existe, algumas pessoas optam por simplesmente comprar algum item de desejo, fazer uma viagem, ou realizar qualquer outra vontade momentânea. Por outro lado, alguns outros indivíduos optam por buscar algum tipo de investimento para esse excedente, com o intuito de fazê-lo crescer, e no futuro poder usufruir de um montante maior.
Segundo Andreatta, Pigosso e Badia (2009), com a constante crescente de opções de investimento no mercado atual, somente juntar dinheiro por conta própria ou até mesmo colocar esse dinheiro na poupança sem um planejamento mais aprofundado, talvez não seja a opção mais rentável e mais aconselhável para quem quer fazer crescer esse capital. Sendo assim, um maior conhecimento do mercado e da economia local da cidade de Mossoró e global, se faz necessário para que esse possível investidor venha a obter um maior êxito em sua empreitada.
O município de Mossoró localiza-se no estado do Rio Grande do Norte, Região Nordeste do Brasil. A cidade é considerada a segunda maior em território e população, além de também ocupar a segunda posição em importância econômica no estado. O município vem passando por um grande crescimento físico, populacional e econômico, uma vez que de acordo com dados do IBGE (2016), o PIB per capita da cidade aumentou mais de três vezes em um período de dez anos, entre os anos de 2001 e 2011.  Esse valor passou de R$ 4.519,57 para R$ 14.872,20 nesse período de tempo. Esse crescimento reflete-se diretamente no poder econômico de seus habitantes, que cresce em uma relação diretamente proporcional ao avanço econômico da cidade. Esse estudo buscará trazer para essas pessoas uma melhor elucidação de como lidar melhor com suas finanças pessoais, buscando conhecer melhor as principais opções de investimento, com o intuito de fazer com que essa melhora financeira obtida por alguns, tenha uma valia ainda maior para seus respectivos futuros. 

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Como apontam Savoia, Saito e Santana (2007), na atual sociedade os indivíduos precisam dominar um conjunto de propriedades formais que proporcionem um entendimento lógico e sem falhas das forças que influenciam o ambiente e as suas relações com os demais. O domínio de parte dessas propriedades é conseguido por meio da educação financeira, que é compreendida como um processo de transmissão de conhecimentos que permitem o desenvolvimento de habilidades nos indivíduos, para que esses consigam tomar decisões fundamentadas e seguras, melhorando o gerenciamento de suas finanças pessoais. Ao aprimorar tais capacidades, os indivíduos tornam-se mais integrados à sociedade e mais atuantes no âmbito financeiro, ampliando o seu bem-estar.
Segundo nos aponta Amadeu (2009), famílias em todos os níveis financeiros partilham as mesmas aspirações, procuram suprir suas necessidades básicas de alimentação, de educação dos filhos, adquirir a casa própria e fazer o planejamento do futuro. Viver em uma situação de pobreza, implica em não possuir renda suficiente para atingir objetivos como os que foram citados. Para que consigam poupar, até menos quantias pequenas, as pessoas pobres ou não, além de gastarem com cautela, necessitam ter acesso a informações e desenvolver habilidades que propiciem um melhor trato do dinheiro. Nesse sentido, o objetivo de uma melhor educação financeira é justamente oferecer-lhes as ferramentas e o poder de conseguir atingir esses objetivos.
Ainda de acordo com Amadeu (2009), as necessidades dessas ferramentas se intensificam à medida que se observa o crescimento do setor micro financeiro. Atualmente, em resposta às pressões de mercado e às dificuldades que as famílias enfrentam ao longo da vida, os produtos ofertados por esse setor sofreram um largo aumento na economia do país. Entretanto, se os clientes não compreenderem as especificidades de cada uma das alternativas oferecidas, não poderão utilizar de seus maiores benefícios. Para que possam comparar as possibilidades que estão ao seu alcance, os clientes necessitam, além de compreender as características das diversas opções, saber calcular e comparar os custos de cada produto, bem como determinar sua capacidade de endividamento. A educação financeira é, portanto, um investimento com ganhos tanto para os clientes quanto para os fornecedores de serviços financeiros, já que clientes bem informados constituem uma garantia de melhores resultados.
Apesar de possuir uma importância tão grande, e de ser tão relevante na vida da população como já citado, a educação financeira pessoal continua fora das grades curriculares das escolas do Brasil. Como mostrado por Savoia, Saito e Santana (2007), não há obrigatoriedade da educação financeira no sistema de ensino nacional. O Ministério da Educação e Cultura - MEC preconiza a contextualização do ensino, que pressupõe um processo de aprendizagem apoiado no desenvolvimento de competências para a inserção dos estudantes na vida adulta, através da multidisciplinaridade, do incentivo ao raciocínio e da capacidade de aprendizagem. No ensino de matemática, procura-se estimular: a capacidade de leitura e interpretação de textos com conteúdo econômico; a habilidade de análise e julgamento dos cálculos de juros nas vendas a prazo; a compreensão do relacionamento entre a matemática e os demais campos de conhecimento, como a economia; a utilização desta para promover ações de defesa dos direitos do consumidor. Tais orientações vem da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº 9.394/96), mas não demonstram, segundo os autores, preocupação explícita do Ministério da Educação com a inserção da educação financeira no ensino do país.
Marques (2006) também apontou para o mesmo problema, segundo a autora a educação financeira em países mais desenvolvidos cabe às famílias. As escolas ficam reservadas a função de reforçar a formação que o aluno adquire em casa. Já no Brasil, esse tipo de educação não é parte do universo educacional familiar e muito menos escolar. Dessa maneira, a criança não aprende a lidar com dinheiro. As diversas consequências deste fato são determinantes para uma vida de oscilações econômicas, com graves repercussões para o cidadão e para o país.

2.2 FINANÇAS PESSOAIS

                        Segundo Grüssner (2007), a Administração Financeira Pessoal é um tema que vem ganhando destaque no cenário brasileiro, principalmente após a estabilização econômica decorrente do Plano Real. Hoje, é possível visualizar os resultados de um planejamento a longo prazo e de um esforço de investir.  Em países mais desenvolvidos, a economia se mantém estável há muito tempo, a cultura e a preocupação com o desempenho das finanças pessoais estão mais enraizadas, o que acaba por contribuir para a economia e o desenvolvimento do país. Ao contrário da Europa, Estados Unidos, e grande parte da Ásia, a educação financeira nos países latinos foi postergada por décadas de pesada inflação, já que onde há inflação, o planejamento não possui espaço (GRUSSNER 2007).
De acordo com Halles, Sokolowski e Hilgemberg (2008), as principais dificuldades financeiras tem origem em diversos fatores, os quais costumam ser facilmente apontados, são exemplos: baixos salários, dificuldade de acesso ao crédito – ou a facilidade excessiva, sem a devida capacidade de pagamento – cobrança de juros abusivos, práticas consumistas, etc. No entanto, a falta de um correto planejamento financeiro dificilmente é apontada como um fator relevante e, ao mesmo tempo, é aquele que está diretamente sob o controle do usuário. As outras questões já citadas, são menos controláveis por eles e mais por fatores externos.  Através de um planejamento é possível adequar o rendimento familiar às suas necessidades, identificar e eliminar gastos supérfluos, planejar gastos futuros com compras evitando o pagamento excessivo de juros, realizar objetivos de vida e lidar melhor com eventuais problemas.
Ainda segundo os autores o planejamento financeiro precisa ser desenvolvido a partir do conhecimento dos objetivos, valores, e prioridades da família. Esses objetivos devem refletir diretamente as necessidades ao longo da vida e levar em conta possibilidades de serem atingidos. O orçamento financeiro é um instrumento pelo qual estratégias estabelecidas pelo planejamento podem ser colocadas em prática.
De uma forma muito simplificada, para Halles, Sokolowski e Hilgemberg (2008), o orçamento doméstico é uma espécie de planilha, onde são anotados todos os gastos e despesas familiares, mesmo as variáveis e os gastos considerados irrisórios. Ela tem como objetivo proporcionar um panorama geral da vida econômica e dos hábitos familiares. Inicialmente, pode-se parecer que o único objetivo da elaboração de um orçamento seja o corte de gastos, o que pode ser associado à queda no padrão de vida ou a um comportamento avaro, o que não reflete a realidade.
Como demonstrado através dos estudos de Sousa e Torralvo (2004), através do planejamento financeiro, é possível para o consumidor delimitar objetivos e tomar certas decisões de forma a atingi-los, algo que tende a ser uma boa opção para administrar bem os recursos pessoais, e dessa forma, satisfazer necessidades básicas como desejos de consumo e, paralelamente, formar uma poupança que sirva de suporte em caso de acontecimentos inesperados, além de servir como uma aposentadoria sem maiores turbulências.
Complementando o assunto, Gomes e Sorato (2010) afirmam que torna-se de grande valia além de controlar e planejar finanças, transformar o dinheiro que é poupado em novos rendimentos. Por este motivo, é de grande importância abordar formas de aplicação de recursos que trarão maiores acréscimos ao patrimônio pessoal e/ou familiar. Dessa forma, serão estudadas agora as principais opções disponíveis no mercado para investimento financeiro de pessoa física, com o intuito de conhecer melhor suas vantagens e desvantagens, e dessa maneira esclarecer que opção irá se adequar melhor para cada perfil de investidor.

2.4 PERFIL DO INVESTIDOR VERSUS RISCO E RETORNO

O perfil de cada investidor pode influenciar diretamente na tomada de decisão sobre os investimentos disponíveis no mercado financeiro. De acordo com Rodrigues (2009), a tolerância ao risco é um fator determinante na construção de um planejamento de investimento. Esse perfil mostrará as melhores opções de acordo com os riscos que o investidor estará disposto a correr.
É unanimidade entre os especialistas em finanças, segundo Santos e Ribeiro (2011), a ideia de que existem três tipos de perfis de investidor: conservador, moderado e agressivo. Segundo Rodrigues (2009), características como gênero, idade, renda, grau de instrução e o tempo disponível para a espera do retorno, podem ser utilizadas para a classificação dos investidores nesses tipos de perfis. A relação entre essas variáveis ou entre uma combinação entre elas é que irá definir o perfil de cada investidor.  A autora aponta ainda para o fato de que outros fatores também podem influenciar nessa definição, como é o caso da atividade profissional exercida pelo investidor, a expectativa de uma boa situação econômica no futuro, e até determinantes subjetivos, como fatores psicológicos.
De acordo com o que apontam Andreatta, Pigosso e Badia (2009), o investidor conservador é aquele que é avesso ao risco. Para esse tipo de investidor, é mais importante a segurança garantida pela aplicação do que o retorno esperado. Dessa forma, ele investe grande parte de seu portfólio em ativos de renda fixa, como poupança, CDBs, entre outros. Geralmente, é um indivíduo que possui compromissos com terceiros, com data e montante predefinidos, e que busca uma garantia do resgate de seu capital investido.
Segundo os mesmos autores, os investidores moderados já não se contentam somente com o retorno muito limitado oferecido por ativos de baixo risco, por isso procuram realizar aplicações diferenciadas, e um pouco mais arriscadas, para buscar obter assim melhores rendimentos.
Para o investidor agressivo, por outro lado, a tolerância ao risco é bem maior. Ainda segundo Andreatta, Pigosso e Badia (2009), são esses investidores que se arriscam mais em busca de obter mais no longo prazo. Para manter esse perfil, essas pessoas devem ser bem familiarizadas com o mercado financeiro, possuindo um conhecimento de estratégias eficazes que lhe possibilitem superar possíveis perdas e escolher entre as melhores alternativas.
Todas as pessoas que investem querem receber o maior retorno possível sobre o seu capital investido, mas grande parte dos investidores quer correr os menores riscos possíveis. Como no mercado a relação entre risco e retorno é proporcional, aqueles que escolhem opções com menores riscos, acabam recebendo também um menor retorno (SANTOS; RIBEIRO, 2011). O investidor precisa conhecer melhor sua sensibilidade ao risco, ou seja, seu perfil de investidor, além de conhecer melhor os tipos de risco existentes no mercado, antes de investir em alternativas que possuam possibilidades de perdas.      
De acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (2014), são três os principais riscos aos quais o investidor está invariavelmente sujeito: o risco de mercado, que é provindo de variações nos preços de ativos financeiros, sofrendo influência por exemplo, da ascensão ou queda do dólar, o risco de liquidez, que está ligado à falta de recursos financeiros imediatos para a quitação de dívidas, e o risco de crédito, que se  refere à certeza sobre a liquidação de um título em sua data de vencimento.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Nos capítulos anteriores, foram abordadas a introdução e as referências teóricas do tema investigado. Em continuidade, este capítulo apresenta os métodos e técnicas que foram utilizados para alcançar o objetivo desta pesquisa, sendo este o de analisar uma possível influência entre a renda familiar e o gênero acerca de decisões de investimentos na população de Mossoró-RN.

3.1 TIPO DE PESQUISA

Toda pesquisa tem suas particularidades, com seus próprios objetivos e propósitos. Esses detalhes particulares são as que as diferenciam umas das outras. Do ponto de vista de seus objetivos, este estudo foi realizado com fundamentação em um método descritivo e quantitativo. De acordo com Gil (2008), pesquisas descritivas são desenvolvidas com o intuito de descrever as características acerca de uma população ou fenômeno. Kauark, Manhães e Souza (2010), por sua vez, destacam que a pesquisa quantitativa leva em conta tudo aquilo que pode ser quantificável, traduzindo opiniões em números. A partir da mensuração destas respostas, é feito o uso de ferramentas estatísticas para realizar a análise de relações entre as variáveis.

3.2 UNIVERSO DE PESQUISA

Os indivíduos que participaram da pesquisa foram escolhidos de forma aleatória, desde que se encaixassem nos itens predefinidos, quais sejam: pessoas físicas, economicamente ativas e residentes na cidade de Mossoró-RN.
Para estimar o tamanho da amostra necessária, foi utilizado o cálculo para população desconhecida de Fonseca e Martins (2010).  Para fins desse cálculo, admitiu-se um nível de confiança de 95%, além de 5% de erro. Foi utilizada uma proporção populacional de 10%. Dessa forma, a quantidade amostral mínima para a pesquisa foi a de 139 pessoas. O número de participantes da pesquisa foi de 189 indivíduos.

3.3 INSTRUMENTO DE COLETA

O instrumento de coleta de dados utilizado nesta pesquisa foi o questionário. Sobre tal instrumento, Gil (2008) afirma se tratar da interrogação direta de pessoas cujo comportamento se deseja conhecer, sendo nesse caso um conjunto de questões respondidas por escrito pelo pesquisando.
O questionário utilizado no estudo foi adaptado do instrumento criado por Melo (2015), que versa questões sobre sexo, idade, local de residência, estado civil, segmento de trabalho, sentimento a respeito dos conhecimentos para gerenciar seu próprio dinheiro (grau de Educação Financeira), quais as principais opções de investimentos costumam utilizar, renda, e conhecimentos acerca da bolsa de valores. As questões selecionadas para integrar o questionário deste estudo foram aquelas alinhadas com os objetivos da presente pesquisa, sendo compostas por questões que estabelecem o perfil socioeconômico dos entrevistados, através de perguntas sobre faixa etária, renda, escolaridade, profissão; além das perguntas tratam especificamente do escopo desse estudo, preferências de investimento e grau de educação financeira.

3.4 ANÁLISE DOS DADOS

Sobre a análise dos dados, após o recolhimento de todos os questionários, os dados foram tabulados e preliminarmente analisados no Excel. Em seguida, os dados foram importados para o SPSS®, e utilizou-se além da estatística descritiva, a estatística inferencial, adotando-se a técnica de Qui-quadrado de Pearson para analisar as relações entre as variáveis do estudo.  
O uso da técnica do Qui-quadrado de Pearson se justifica para esta análise pois ela busca investigar se existe relacionamento entre duas variáveis categóricas, comparando frequências observadas com frequências esperadas (FIELD, 2009). Por meio desta técnica, portanto, testa-se se há associação entre as variáveis. Uma vez identificada a adequação da técnica aos objetivos da pesquisa, os dados foram processados e os resultados obtidos estão relatados na seção a seguir.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA

Com base na caracterização dos respondentes, tem-se que 60,8% dos respondentes são do sexo feminino e 39,2% são do sexo masculino. Com relação ao estado civil 70,4% são solteiros; 2,1% são separados ou divorciados; 27% são casados ou possuem união estável e 5% são viúvos. E sobre a idade a média dos respondentes é 26 anos.
Sobre o grau de escolaridade, tem-se as seguintes porcentagens: 6,9% possuem ensino fundamental incompleto; 22,2% ensino fundamental completo; 21,2% ensino médio incompleto; 30,2% ensino médio completo; e 19,6% ensino superior incompleto.
Com relação ao segmento de trabalho, tem-se que 39,7% são do setor privado; 18,5% do setor público; 5,3% são autônomos; 22,2% são estagiários; 13,8% são desempregados e 5% trabalham informalmente.

4.2 RELAÇÕES ENTRE AS VARIÁVEIS DA PESQUISA

Esse sub tópico que está dividido em três partes: conhecimentos sobre a bolsa de valores, preferências de investimentos e renda associadas com a educação financeira.

4.2.1 Conhecimentos sobre a bolsa de valores e educação financeira

No que tange os sentimentos de segurança a respeito dos conhecimentos para gerenciar seu próprio dinheiro (grau de educação financeira) e os conhecimentos acerca do funcionamento da bolsa de valores brasileira, tem-se os seguintes resultados:

  • Nada seguro: maioria não conhece o funcionamento da bolsa;
  • Não muito seguro: maioria não conhece o funcionamento da bolsa;
  • Razoavelmente seguro: maioria não conhece o funcionamento da bolsa;
  • Muito seguro: maioria conhece o funcionamento da bolsa.

Em síntese, pode-se afirmar que dentre as categorias listadas acerca da educação financeira, apenas os indivíduos que se sentem seguros para gerenciar seu dinheiro, possuem conhecimentos com relação ao funcionamento da bolsa brasileira. Essa associação pode estar atrelada ao fato de que investir na bolsa de valores requer um conhecimento acerca dos setores de mercado, entretanto, apenas aqueles indivíduos que se sentem seguros com relação ao gerenciamento de seu dinheiro, mostram-se tendenciosos a efetivar o investimento assumindo os possíveis riscos e retornos. Tal correlação pode estar associada ao otimismo que a segurança pode gerar.
Se o valor de significância é pequeno (sig <0,05), rejeita-se a hipótese de que as variáveis são independentes e aceita-se a hipótese de que elas estão de alguma forma relacionadas (FIELD, 2009). Com base nisso, tem-se que as pessoas mais seguras são as que afirmam conhecer o funcionamento da bolsa de valores. (sig = 0,000). Ou seja, os padrões de respostas (isto é, os conhecimentos sobre a bolsa e a educação financeira) são significativamente diferentes.

4.2.2 Preferências de investimentos e educação financeira

Sobre os sentimentos a respeito da segurança nos conhecimentos para gerenciar seu próprio dinheiro (educação financeira) e a preferências de investimentos, tem-se que a opção “poupança” representa preferências em todas as categorias da educação financeira. A poupança pode ser uma ferramenta básica de planejamento de modo a estabelecer controle sob as despesas, ajudando às famílias a terem disciplina para poupar (VIEIRA; BATAGLIA; SEREIA, 2011).

4.2.3 Renda e educação financeira

Aqui será feita a associação entre a renda e a preferência de investimento. É importante ressaltar que essa é uma questão de única escolha, ou seja, os respondentes só poderiam optar por uma única opção de investimento dentre as listadas no momento da resposta.

Os dados nos revelam que na maioria das categorias de renda (até R$788,00; 788,01 à R$1.000,00; R$1.000,01 à R$1.500,00; e acima de R$2.000,01) as preferências de investimento permeia a opção dos imóveis. A categoria de renda (R$1.500,01 à R$2.000) foi a única a possuir como preferência de investimento a poupança. De modo geral, as pessoas com maior renda provavelmente possuem uma capacidade maior de fluxo de caixa livre para fazer investimentos mais arriscados e se permitem algum tipo de possível perda, na medida em que tentam um maior retorno para seus investimentos, enquanto os respondentes com menor renda buscam investimentos com possibilidade mínima de perda.

O teste acima, nos permite concluir que não há associação entre as preferências de investimento e a renda mensal individual, pois o (p=0,353), com sig > 0,05.
Com base nos achados, tem-se que nas questões que davam permissão para que os respondentes escolhessem mais de uma opção, a opção de investimento “poupança” se destaca dentre todas as categorias salariais.

Os dados revelam que não há associação entre as preferências de investimento e a renda mensal individual (p=0,070), pois o sig > 0,05.

  • CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho fez uma análise a fim de averiguar a existência ou não da correlação entre os conhecimentos acerca da bolsa de valores, as preferências de investimento e a renda com os níveis de sentimento gerados pela educação financeira.
Em conformidade com o objetivo de pesquisa, em síntese, tem-se que com relação à associação entre os conhecimentos da bolsa de valores e a educação financeira, pode-se observar que dentre as categorias listadas acerca da educação financeira, apenas os indivíduos que se sentem seguros para gerenciar seu dinheiro, possuem conhecimentos com relação ao funcionamento da bolsa brasileira. Ou seja, tem-se que as pessoas mais seguras são as que afirmam conhecer o funcionamento da bolsa de valores.
Sobre os sentimentos a respeito dos conhecimentos para gerenciar seu próprio dinheiro (educação financeira) e as preferências de investimentos, tem-se que não há associação entre essas variáveis. Quando as opções de investimentos são segmentadas entre baixo risco e alto risco, as opções que representam baixo risco prevalecem dentre todos os indivíduos investigados perpassando por todas as categorias de sentimentos quanto ao conhecimento para gerir seu próprio dinheiro (educação financeira), apresentando resultados significativos. 
Com relação à associação da renda com a educação financeira, os dados nos revelam que não há associação entre as preferências de investimento e a renda mensal individual, tanto nas questões de escolha única quanto nas questões de escolhas múltiplas.
Quando feita a segmentação das preferências de investimentos associadas à renda, os resultados mostram que dentre todas as categorias de renda, as preferências de investimentos são associadas às opções que possuem riscos baixos, e esta associação possui resultados significativos.
Desta forma, tem-se que os resultados são importantes, apresentando desta forma, relevância instrumental no tocante gerencial e social. Finalmente, é importante frisar as limitações deste trabalho. Em primeiro lugar, registre-se que a pesquisa se limitou a apenas aos moradores da cidade de Mossoró-RN, em um corte transversal, não sendo recomendada a generalização dos resultados.
Dessa forma, sugere-se o desenvolvimento de outras pesquisas a serem realizadas que contemplem questionários e amostras mais extensas a fim de detectar resultados ainda não desvendados. Enfatiza-se a necessidade de explorar mais esse tema, do ponto de vista empírico e conceitual. Recomenda-se que estudos futuros contemplem outras variáveis associadas às opções de investimentos e dimensões acerca da educação financeira.

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Recibido: 24/05/2019 Aceptado: 31/07/2019 Publicado: Julio de 2019

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