Observatorio Economía Latinoamericana. ISSN: 1696-8352


FINANÇAS PESSOAIS: INVESTIR NESTE APRENDIZADO RENDE JUROS MELHORES

Autores e infomación del artículo

Leonardo Flach*

Luísa Karam De Mattos **

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Brasil

Email: leonardo.flach@ufsc.br

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RESUMO
O presente trabalho busca identificar o perfil de finanças dos alunos formandos do curso de ciências contábeis da Universidade Federal de Santa Catarina. Como método científico, aplicou-se uma pesquisa survey, o qual obtém dados sobre características de determinado grupo por meio da aplicação de questionários. Os resultados sugerem que os estudantes desenvolveram conhecimentos de finanças pessoais ao longo do curso de Ciências Contábeis, e em média houve aumento da aplicação dos conhecimentos estudados na prática. Com os dados obtidos percebe-se que a maior parte dos estudantes do último semestre possuem perfil saudável em suas finanças pessoais, fazem uso de algum controle financeiro pessoal, conhecem suas despesas mais significativas, programam-se financeiramente para atingir seus objetivos, e, possuem o hábito de poupar suas sobras financeiras.

Palavras-chave: Finanças pessoais. Planejamento financeiro pessoal. Investimentos financeiros.

Para citar este artículo puede uitlizar el siguiente formato:

Leonardo Flach y Luísa Karam De Mattos (2019): "Finanças pessoais: investir neste aprendizado rende juros melhores", Revista Observatorio de la Economía Latinoamericana, (junio 2019). En línea:
https://www.eumed.net/rev/oel/2019/06/financas-pessoais.html
//hdl.handle.net/20.500.11763/oel1906financas-pessoais


1 INTRODUÇÃO

O assunto planejamento financeiro e aplicação financeira de recursos vem ganhando destaque nas discussões. O sonho do carro e da casa própria, viagens e a faculdade dos filhos são alguns fatores que podem estimular o acúmulo de riqueza.
No Brasil, os currículos escolares são extensos e não abordam assuntos de utilidade pública como finanças, economia e matemática financeira, e, tanto na escola quanto em casa crianças, jovens e adultos ainda não aprenderam a lidar com o dinheiro (RASSIER, 2010).
Não saber lidar com o dinheiro é um problema que afeta a maioria dos brasileiros, ao final do mês alguns não conseguem quitar o que devem, dando início ou aumentando o seu endividamento.
É neste contexto que as chamadas finanças pessoais vêm surgindo no âmbito acadêmico. A necessidade que os jovens profissionais possuem para planejar suas finanças e o pouco preparo dos estudantes nessa área, foram aspectos motivadores para a realização de uma pesquisa sobre o tema.
Na Universidade Federal de Santa Catarina foi criada, no ano de 2002, a disciplina de finanças pessoais, a qual foi disponibilizada a todos os alunos da Universidade, esta está como uma disciplina optativa.
O trabalho possui como objetivo geral identificar o perfil dos formandos do ano de 2012 do curso de ciências contábeis da Universidade Federal de Santa Catarina sobre finanças pessoais. Para este objetivo ser atingido elaborou-se um questionário com as características sobre o tema finanças pessoais, planejamento financeiro pessoal e os tipos de investimentos mais conhecidos.
Assim, nesta pesquisa serão verificados alguns pontos de discussão: averiguar se os formandos possuem conhecimento e controle das suas finanças pessoais; verificar se os estudantes recorrem a investimentos, se fazem planejamento financeiro pessoal; identificar se ao cursar disciplinas como Finanças Pessoais lhe ajudaram a cuidar melhor dos seus investimentos e finanças pessoais.

2 REVISÃO TEÓRICA

As finanças podem ser entendidas segundo Ferreira (1999, p. 907) como a “situação econômica de uma instituição, empresa, governo ou indivíduo com respeito aos recursos econômicos disponíveis”.
Infere-se que as finanças se referem ao modo como o dinheiro está inserido na sociedade, assim, quando o dinheiro está inserido através dos indivíduos temos a chamada ciência das finanças pessoais.
A ciência das finanças pessoais é conceituada por Cherobim et al. (2011, p. 1) como “[...] a ciência que estuda a aplicação de conceitos financeiros nas decisões financeiras de uma pessoa ou família. Em finanças pessoais são considerados os eventos financeiros de cada indivíduo, bem como sua fase de vida para auxiliar no planejamento financeiro”. Trata-se de uma área que envolve os estudos de opção de financiamento, orçamento doméstico, cálculos de investimentos, gerenciamento de conta corrente, planos de aposentadoria, acompanhamento de patrimônio e acompanhamento de gastos são todos exemplos de tarefas associadas a finanças pessoais.
Sendo assim, as finanças pessoais é a ciência que estuda o modo como os recursos estão inseridos em uma pessoa ou um grupo de pessoas denominada família. O modo como os indivíduos ganham, gastam e investem seus recursos são os principais objetos das finanças pessoais.
Pires (2007, p. 13) descreve as finanças pessoais como área que possui por objeto de estudo e análise as condições de financiamento das aquisições de bens e serviços necessários à satisfação das necessidades e desejos individuais. Numa economia baseada em moeda e crédito, as finanças pessoais compreendem o manejo do dinheiro, próprio e de terceiros, para obter acesso às mercadorias, bem como a alocação de recursos físicos (força de trabalho e ativos pertencentes ao indivíduo) com a finalidade de obter dinheiro e crédito. Como ganhar bem e como gastar bem, em síntese, é o problema com que lidam as finanças pessoais.
Todo o processo de adquirir, usufruir e dar um destino final ao dinheiro pessoal e familiar faz parte das finanças pessoais. Aqui estão inseridos os estudos referentes à aquisição de recursos financeiros para suprir as vontades e as necessidades pessoais, o manejo do dinheiro para aplicações em investimentos e outros gastos.
De um modo geral finanças é a ciência que trata dos ativos financeiros de qualquer natureza e finanças pessoais é a ciência que estuda os ativos financeiros dos indivíduos ou grupo de indivíduos.
A ciência das finanças pessoais visa todo o processo de adquirir, usufruir e dar um destino final ao dinheiro pessoal e familiar, para isso é necessário fazer um planejamento tanto das entradas como saídas financeiras. Fazendo um planejamento se chega aos resultados desejados de forma mais rápida e precisa.
Cherobim et al. (2011, p. 28) define planejamento como “a reunião sistematizada de informações que nos permite avaliar a realidade, estabelecer procedimentos e identificar caminhos que nos permitam chegar a determinado fim”. O planejamento financeiro pessoal se relaciona com os objetivos na vida do indivíduo, isso porque cada pessoa tem uma meta estipulada e esse planejamento vai ser direcionado à essas metas.
Outra definição de planejamento financeiro é dada por Macedo Jr. (2007, p. 26): “Planejamento financeiro é o processo de gerenciar seu dinheiro com o objetivo de atingir a satisfação pessoal. Permite que você controle sua situação financeira para atender necessidades e alcançar objetivos no decorrer da vida”. O autor diz que são inclusos no planejamento financeiro três quesitos: programação de orçamento, racionalização de gastos e otimização de investimentos. Assumir as rédeas da vida e guiá-las para o caminho que mais agrada é o que o planejamento possibilita.
Planejamento financeiro pessoal segundo Frankenberg (1999, p. 31) “significa estabelecer e seguir uma estratégia precisa, deliberada e dirigida para a acumulação de bens e valores que irão formar o patrimônio de uma pessoa e de sua família”. Essas estratégias podem ser formuladas pelo indivíduo, pela família ou ainda através de um consultor financeiro. São considerados os perfis dos indivíduos, sua renda e seus objetivos. As estratégias podem ser de curto, médio e longo prazo e muitas vezes não são simples de se atingir.
Para Macedo Jr. (2007, p. 27) “o planejamento financeiro deve funcionar como um mapa de navegação para a vida financeira. Mostra onde você está, onde quer chegar e que caminhos percorrer para ser bem-sucedido”. Para isso enuncia seis passos para colocar em prática o planejamento: a) determine sua situação financeira atual; b) defina seus objetivos; c) crie metas de curto prazo para cada objetivo; d) avalie a melhor forma de atingir suas metas; e) coloque em prática seu plano de ação e; f) revise as estratégias.
Para a realização de um pleno planejamento financeiro é preciso guardar dinheiro e investi-lo nas mais variadas opções. Só guardar dinheiro no banco não basta, tem que fazer esse dinheiro render.
Ferreira (1999, p. 1133) define investimento como o ato ou efeito de investir. E define investir: “investir é aplicar dinheiro em títulos, imóveis, etc., em geral para obter ganho”. Assim sendo o investimento é a aplicação de dinheiro e recursos que gera retorno financeiro para o investidor.
Assim sendo investir é quando a pessoa tem sobra de dinheiro e através de empréstimos, compra de imóvel e outros, ganha dinheiro por ter realizado o empréstimo ou a valorização do imóvel.
Não basta apenas guardar dinheiro, está é a opinião de Cherobim et al. (2011, p. 93) que expressa que “é preciso guardar dinheiro em produtos financeiros que proporcionem segurança e rentabilidade. Não existe mágica: qualquer aplicação financeira que ofereça rentabilidade acima da média do mercado provavelmente é aplicação de maior risco”.
Mayo (2008, p. 23) comenta que “em cada caso o investimento é feito antecipando um retorno no futuro. No entanto, o retorno esperado poderá não ser atingido. Este é o elemento de risco”. Todos os investimentos envolvem algum elemento de risco, no qual este é a incerteza de que um retorno esperado não será alcançado.
Assim é evidenciado que todo o investimento traz um retorno futuramente, no entanto esse retorno pode ser positivo ou negativo, ocorrendo um elemento de risco no qual o investidor pode ou não receber o recurso financeiro que espera.
Todos os tipos de investimentos possuem a capacidade de trazer retorno financeiro para o investidor, no entanto o fator risco sempre deve ser considerado. Por este fato que os investimentos são agrupados em dois grupos: produtos de renda fixa que são os investimentos com menor taxa de risco (fundos de investimentos, a caderneta de poupança, crédito de depósito bancário e o Tesouro Direto) e produtos de renda variável que são os investimentos com a maior taxa de risco (ações, os fundos de ações e os clubes de investimentos). A seguir são expressos os tipos de investimentos mais conhecidos:
a) Fundo de investimento: são condomínios que reúnem recursos de um conjunto de investidores, com o objetivo de obter ganhos financeiros a partir da compra de uma carteira de títulos ou valores mobiliários (MACEDO JR, 2007).
b) Caderneta de poupança: regulada em 1964; Rassier (2010, p. 85) afirma que sua “principal finalidade no sistema financeiro nacional é a captação de recursos que são usados principalmente no segmento habitacional, como financiamento de construção, [...], e também para o financiamento do segmento de agronegócio”. Apesar de ser um investimento que perdeu participação para outros tipos de investimentos mais rentáveis, ainda é uma das mais populares aplicações no Brasil.
c) Certificado de depósito bancário (CDB): são títulos emitidos pelos bancos que no vencimento do título pagam taxas de juros. Comprar CDB é emprestar dinheiro ao banco, no qual este paga determinada taxa de juros para o investidor. Com esse dinheiro emprestado o banco concede empréstimos para outras pessoas cobrando delas uma taxa de juros maior (MACEDO JR, 2007).
d) Tesouro Direto: o Ministério da Fazenda (2012) define Tesouro Direto como “um programa de venda de títulos a pessoas físicas desenvolvido pelo Tesouro Nacional, em parceria com a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia – CBLC”. No Tesouro Direto, o investidor gerencia seus investimentos, que podem ser de curto, médio ou longo prazo e é uma ótima opção para quem quer investir com baixo custo, alta rentabilidade e liquidez quase imediata (RASSIER, 2010).
e) Ações: são partes de determinada empresa. Rassier (2010) afirma que as ações são papéis emitidos pelas empresas para a captação de dinheiro. O investidor compra esses papéis e se torna acionista da empresa, recebendo sua parcela de remuneração quando do resultado da empresa.

3 MÉTODO DE PESQUISA

A presente pesquisa tem abordagem quantitativa e caracteriza-se como uma survey descritiva de corte-transversal (cross-section). A pesquisa quantitativa, segundo Michel (2005) é uma atividade de pesquisa que usa a quantificação nas modalidades de coleta de informações, desde as mais simples como percentual, média, desvio-padrão, às mais complexas. Após o exposto, afirma-se que a modalidade de quantificação utilizada no trabalho ocorre por estatísticas descritivas e apresentação de gráficos de setor (pizza).
A pesquisa survey segundo Pinsonneault e Kraemer (1993) apud Freitas, Oliveira e Moscarola (2000, p. 105) pode ser descrita como a obtenção de dados ou informações “sobre características, ações ou opiniões de determinado grupo de pessoas, indicado como representante de uma população alvo, por meio de um instrumento de pesquisa, normalmente um questionário”.
Na pesquisa realizada fez-se o uso de questionário para identificar o perfil dos formandos de ciências contábeis do ano de 2012 da Universidade Federal de Santa Catarina referente suas finanças pessoais. Segundo Michel (2005) o questionário é constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador.
O questionário da survey aplicado com formandos de ciências contábeis do ano de 2012 da Universidade Federal de Santa Catarina foi realizado de duas formas: envio de questionário via e-mail para os respondentes e entrega em sala de aula via portador para os respondentes. Foram fornecidas informações e explicações acerca do questionário a ser aplicado como sua finalidade e o propósito da pesquisa.
Os tipos de perguntas empregadas foram questões fechadas dicotômicas e de múltipla escolha. De acordo com Martins e Theóphilo (2009), as questões fechadas dicotômicas são caracterizadas por uma pergunta com duas respostas possíveis e as questões de múltipla escolha quando há uma pergunta com várias alternativas de respostas.
Ao todo foram respondidos 70 questionários, dos quais estes foram aplicados com os alunos formandos do curso de ciências contábeis da Universidade Federal de Santa Catarina do ano de 2012.
A coleta de dados realizada através do questionário foi realizada no decorrer dos meses de abril e maio do ano de 2012 entre a população de alunos formandos do curso de ciências contábeis da Universidade Federal de Santa Catarina. Foram respondentes tanto os alunos do turno matutino quanto do turno noturno, para se ter uma amostra representativa. A amostra é composta por 70 formandos. A amostragem se caracteriza como amostragem não probabilística.

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Realizou-se a aplicação de um questionário aos formandos do curso de ciências contábeis da Universidade Federal de Santa Catarina. Primeiramente buscou-se caracterizar os respondentes da amostra da pesquisa, que resultou em 70 respondentes, dos quais 25 (36%) pertencem ao gênero masculino e 45 (64%) pertencem ao gênero feminino.
Após verificou-se o semestre de conclusão da amostra. Ficou evidente através da pesquisa que dos 70 entrevistados, 36 (51%) alunos se consideram formandos do primeiro semestre de 2012 e 34 (49%) alunos se consideram formandos do segundo semestre de 2012.
Quando questionados sobre planejamento financeiro pessoal, 50 (71%) formandos responderam que fazem regulamente planejamento financeiro pessoal contra 20 (29%) formandos que não o fazem.
A seguir verificou-se quanto a realização de planejamento financeiro pessoal para terceiros, aplicando assim os conhecimentos adquiridos, 43 (61%) formandos responderam que sim e 27 (39%) formandos responderam que não.

Outra indagação realiza foi a respeito da anotação e controle dos gastos pessoais mensais. Entre os 70 alunos que responderam o questionário, 54 (77%) alunos afirmaram que anotam e controlam seus gastos pessoais mensais, e 16 (23%) alunos não o fazem.
Quando os 70 formandos foram questionados se seus gastos mensais ultrapassam o valor mensal recebido, 11 (16%) entrevistados responderam que sim, seus gastos mensais ultrapassam o valor mensal recebido. No entanto, 59 (84%) dos alunos evidenciaram que seus gastos mensais não ultrapassam o valor mensal recebido.
Os respondentes foram interrogados se conhecem as suas despesas mais significativas. Entres eles, 68 (97%) responderam que conhecem suas despesas mais significativas e somente 2 (3%) alunos responderam que não conhecem suas despesas mais significativas.
Quando os respondentes do questionário foram investigados quanto ao fato de se planejarem financeiramente para atingir seus objetivos, 63 (90%) formandos responderam que sim e 7 (10%) formandos responderam que não.
No questionamento sobre possuir o hábito de poupar, dos 70 formandos entrevistados, 56 (80%) afirmaram que tem o habitor costumeiro de poupar, e 14 (20%) dos entrevistados afirmou que não tem o hábito de poupar.

Outra pergunta feita acerca do assunto finanças pessoais para os respondentes foi a respeito da consideração deles a respeito de serem ou não pessoas endividadas. Onze dos respondentes, 16%, assinalaram a alternativa que se consideravam endividados porque mais de 50% do salário que recebem é destinado ao pagamento de dívidas.
Já os demais 16 respondentes, 23%, responderam que se consideravam endividados pois mais de 25% do salário que recebem é destinado ao pagamento de dívidas. Os demais 18 respondentes, compreendendo 26%, responderam que possuem poucas dívidas. E os que responderam que não possuem dívidas, correspondem a 25 alunos, ou seja, 36% dos respondentes.
Quando os 70 alunos formandos do curso de ciências contábeis foram indagados da busca de informação sobre investimentos para obter a melhor rentabilidade sobre suas sobras financeiras, constatou-se que 33 (47%) deles informam-se sobre investimentos para obter a melhor rentabilidade sobre suas sobras financeiras e 37 (53%) deles responderam que não.
No que tange os tipos de investimentos, 3% investem em ações, 6% investem em crédito de depósito bancário, 6% investem no tesouro direto, 3% investem em fundo de investimentos, 63% investem na caderneta de poupança e 19% não possuem nenhum tipo de investimentos.

No que tange a disciplina finanças pessoais, ministrada na Universidade Federal de Santa Catarina, foi questionado aos alunos formandos de ciências contábeis se eles fizeram presença na sala de aula. Dos respondentes, 39 (56%) alunos se matricularam na disciplina e 31 (44%) não o fizeram.

No que tange a importância da disciplina finanças pessoais, tem-se os seguintes resultados obtidos através dos formandos. Para 41 (59%) alunos a disciplina finanças pessoais é importante, devendo ser obrigatória para o curso de ciências contábeis. Para 24 (34%) alunos a disciplina finanças pessoais é importante, devendo ser optativa para o curso de ciências contábeis. A disciplina foi caracterizada como pouco importante para 2 (3%) alunos, e por fim, a disciplina finanças pessoais é irrelevante para 3 (4%) alunos.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O tema de finanças pessoais pode tornar-se significativo para as pessoas que buscam obter controle das suas finanças. Saber entender e lidar com o dinheiro proporciona liberdade financeira e soluções nas diversas situações cotidianas.
O objetivo geral deste estudo foi identificar o perfil de finanças pessoais dos formandos do ano de 2012 do curso de ciências contábeis da Universidade Federal de Santa Catarina. Este objetivo foi alcançado na medida em que os formandos responderam questões acerca de suas finanças pessoais e foi possível identificar que no geral o perfil dos formandos é saudável.
A maioria dos entrevistados diz-se possuidor de conhecimentos relacionados às finanças pessoais, isso fica evidente quando se faz uma análise dos gráficos contidos no capítulo de análise dos resultados obtidos com a survey realizada. Grande parte dos formandos faz uso de controle financeiro pessoal, conhece suas despesas mais significativas, se programa financeiramente para atingir seus objetivos e, principalmente, possui o hábito de poupar suas sobras financeiras.
Foi possível também evidenciar que são poucos os formandos que aderem a investimentos mais rentáveis e ao mesmo tempo mais arriscados do que a caderneta de poupanças, sendo esta a opção feita pela maioria dos alunos.
Pode-se perceber pelo estudo que boa parte dos alunos assistiu à disciplina de finanças pessoais ministradas na Universidade Federal de Santa Catarina e que a maioria considera a disciplina importante. Esta disciplina, na opinião dos respondentes, ser obrigatória para o currículo do curso de ciências contábeis da referida universidade.
No entanto foi possível verificar, através do levantamento dos questionários, que os alunos que consideram a matéria finanças pessoais pouco importante são os que mais dão valor ao seu dinheiro e que mais investem nas diversas opções de investimentos disponíveis pelo mercado.
Finaliza-se que o tema proposto é de grande importância não só para os alunos formandos do qual o trabalho faz referência, mas também a todas as pessoas que querem controlar e obter rendimento das suas finanças.

REFERÊNCIAS

CHEROBIM, Ana Paula Mussi Szabo; PALUDO, Alice Weber; KOINSKI, Célia Regina; LIMA, Emanoel Marcos; ESPEJO, Márcia Maria dos Santos Bortolocci; KERSCHER, Patrícia Rueli; JACOMITTI, Thatiane Costa; EBERLE, Veronica. Finanças pessoais: conhecer para enriquecer. 2ª. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio século XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
FRANKENBERG, Louis. Seu futuro financeiro, você é o maior responsável: como planejar suas finanças pessoais para toda a vida. 12. ed. Rio de janeiro: Campus, 1999.
FREITAS, Henrique; OLIVEIRA, Zanela Saccol; MOSCAROLA, Jean. O método de pesquisa survey. Revista de administração, São Paulo v.35, n.3, p. 105-112, julho/setembro 2000.
MACEDO, Jurandir Sell Jr. A árvore do dinheiro: guia para cultivar a sua independência financeira. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
MARTINS, Gilberto de Andrade; THEÓPHILO, Carlos Renato. Metodologia da investigação científica para ciências sociais aplicadas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MAYO, Herbert B. Finanças básicas: tradução da 9ª edição norte-americana. São Paulo: Cengage Learning, 2008.
MICHEL, Maria Helena. Metodologia e pesquisa científica em ciências sociais: um guia prático para acompanhamento da disciplina e elaboração de trabalhos monográficos. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2005.
MINISTÉRIO DA FAZENDA. TESOURO NACIONAL. Site Oficial. Disponível em <http://www.tesourodireto.gov.br>. Acesso em: 03 abril 2012.
PIRES, Valdemir. Finanças pessoais: fundamentos e dicas. São Paulo: edição do autor, 2007.
RASSIER, Leandro. Conquiste sua liberdade financeira: organize suas finanças e faça o seu dinheiro trabalhar para você. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

*Pós-doutor em Contabilidade e Finanças e pesquisador Visitante pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT/EUA). Professor da graduação e pós-graduação em Contabilidade na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Doutor em Administração (UFRGS), com doutorado sanduíche na Freie Universität Berlin (Alemanha). Email: leonardo.flach@ufsc.br
** Mestre em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Possui graduação em Administração de Empresas pela Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC/ESAG (2005) e Especialização em Gestão em Marketing pela UNISUL (2011). Email: luisa.mattos@ufsc.br

Recibido: 21/02/2019 Aceptado: 10/06/2019 Publicado: Junio de 2019

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