Luís Henrique Tomaz De Souza*
Wálisson Júnio Domingues**
Adriano José De Barross***
Júnia Soares Alexandrino****
Telma Ellen Drumond Ferreira *****
UEMG. Brasil
adrianojosebarros@yahoo.com.br
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RESUMO
  A incidência de  casos de leishmaniose visceral canina no Município de João Monlevade nos anos  de 2016 e 2017 foi estudada, através de variáveis referentes a cães e os lugares  onde foram registrados casos da doença, cujas informações foram obtidas na  Vigilância Sanitária do Município. O presente estudo se fez necessário pela  gravidade da doença e devido à grande quantidade de cães infectados em João  Monlevade. Foi realizada análise espacial através do georreferenciamento e utilizado  método estatístico, sendo os mapas elaborados no laboratório da Universidade do  Estado de Minas Gerais através do ArcGIS™.  A grande quantidade de lotes vagos juntamente  com a falta de conscientização das pessoas, que leva ao acúmulo de matéria orgânica  (responsável pela proliferação do vetor), são fatores que contribuem para a  dispersão da doença. O georreferenciamento mostrou uma dispersão da doença e de  lotes vagos pela cidade. O estudo foi apresentado à Vigilância Sanitária do  Município.
Palavras-chave: Cães; Georreferenciamento; Leishmaniose.
ABSTRACT 
  The incidence of cases of canine visceral leishmaniasis in the municipality  of João Monlevade in the years 2016 and 2017 was studied through variables  related to dogs and the places where cases of the disease were recorded, whose  information was obtained in the Sanitary Surveillance of the Municipality. The  present study was made necessary by the severity of the disease and due to the  large number of infected dogs in João Monlevade. A spatial analysis was  performed through georeferencing and a statistical method was used, and the  maps were elaborated in the laboratory of the State University of Minas Gerais  through ArcGIS ™. The large number of vacant lots along with the lack of  awareness of people, which leads to the accumulation of organic matter  (responsible for vector proliferation), are factors that contribute to the  spread of the disease. Geo-referencing showed a dispersion of disease and  vacant lots throughout the city. The study was presented to the Sanitary  Surveillance of the Municipality. 
Keywords: Dogs; Georeferencing; Leishmaniasis.
RESUMEN 
  La incidencia de casos de leishmaniasis visceral canina  en el municipio de João Monlevade en los años 2016 y 2017 se estudió a través  de variables relacionadas con los perros y los lugares donde se registraron los  casos de la enfermedad, cuya información se obtuvo en la Vigilancia Sanitaria  del Municipio. El presente estudio se hizo necesario por la gravedad de la  enfermedad y debido a la gran cantidad de perros infectados en João Monlevade.  Se realizó un análisis espacial mediante georreferenciación y se utilizó un  método estadístico, y los mapas se elaboraron en el laboratorio de la  Universidad Estatal de Minas Gerais a través de ArcGIS ™. El gran número de  lotes vacantes junto con la falta de conciencia de la gente, que conduce a la  acumulación de materia orgánica (responsable de la proliferación de vectores),  son factores que contribuyen a la propagación de la enfermedad. La  georreferenciación mostró una dispersión de enfermedades y lotes vacíos en toda  la ciudad. El estudio fue presentado a la Vigilancia Sanitaria del Municipio.
  Palabras clave: Perros; Georreferenciación;  Leishmaniasis.
Para citar este artículo puede uitlizar el siguiente formato: 
Luís Henrique Tomaz De Souza, Wálisson Júnio Domingues, Adriano José De Barros, Júnia Soares Alexandrino y Telma Ellen Drumond Ferreira  (2018): "Estudo de caso- georreferenciamento e análise dos casos de leishmaniose visceral canina no município de João Monlevade em 2016 e 2017", Revista Observatorio de la Economía Latinoamericana, (octubre 2018). En línea: 
https://www.eumed.net/rev/oel/2018/10/georreferenciamento-leishmaniose-visceral.html
//hdl.handle.net/20.500.11763/oel1810georreferenciamento-leishmaniose-visceral
INTRODUÇÃO
O presente trabalho aborda o tema  leishmaniose visceral (LV), doença que afeta o homem e outros animais,  sendo os cães e roedores os principais reservatórios primários do agente. A sua  transmissão ocorre pela picada de insetos do gênero Lutzomya spp, também  conhecidos como “mosquito palha”. Esses mosquitos são contaminados com o sangue  de pessoas e animais doentes e transmitem o parasita para pessoas e animais  sadios. Ela ocorre pela picada da fêmea do flebótomo Lutzomia longipalpis, não ocorrendo  transmissão da doença de pessoa para a pessoa, nem de animal para animal. 
   No município de João Monlevade, houve um  grande número de casos de leishmaniose visceral canina nos anos de 2016 e 2017  (Prefeitura Municipal de João Monlevade, 2016 e 2017). Daí a necessidade de se  fazer o mapeamento dos bairros afetados pela doença, através do georreferenciamento. 
   É importante ressaltar que foram levados  em consideração para o georreferenciamento apenas os cães que realizaram o  exame de leishmaniose na Vigilância Sanitária.   Cães que realizaram o exame em clínicas particulares não foram  computados.
   Foi constatado um grande número de lotes  vagos na cidade. Esses locais são propícios à acumulação de matéria orgânica,  favorecendo a ocorrência de LV, uma vez que o inseto responsável pela  transmissão da doença prolifera em matéria orgânica.
   O georreferenciamento, em sua metodologia,  envolve a coleta, o tratamento e a exibição de informações referenciadas em um  determinado espaço geográfico.
   De acordo com o exposto, o problema que se  apresenta é: através do mapeamento, quais são os principais bairros do município  afetados pela leishmaniose visceral? Será possível realizar análises espaciais  e cruzamento de dados, para identificar as áreas mais susceptíveis à  proliferação da doença?
   Os dados para realização do trabalho foram  obtidos na Vigilância Sanitária de João Monlevade e o georreferenciamento das  áreas foi realizado no laboratório da Universidade do Estado de Minas Gerais,  com a utilização do programa Arcgis. Os dados foram agrupados por bairros onde  ocorreram casos de leishmaniose e cada um desses bairros foi georreferenciado,  criando assim um mapa da leishmaniose em João Monlevade, nos anos de 2016 e  2017. 
   O objetivo geral deste trabalho foi utilizar o georreferenciamento  para visualizar a dispersão da LV no munícipio de João Monlevade, criando um  mapa da doença e disponibilizando-o para o setor de endemias da Prefeitura de  João Monlevade. Em decorrência disso, os objetivos específicos são: estudar o  referencial teórico em torno da temática a ser pesquisada, compreender a proliferação  da doença, atentar para a situação epidemiológica na cidade de João Monlevade e  buscar alternativas para combater a dispersão da doença.
   Para tanto, o presente trabalho será pautado em uma  pesquisa aplicada, com o intuito de gerar conhecimentos e soluções para o  combate da doença objeto de estudo. Será realizado, portanto, um estudo de caso  para compreender a dispersão da doença no Município de João Monlevade. Trata-se  de uma pesquisa quantitativa, onde os dados coletados serão quantificados, facilitando  o entendimento em torno da temática. Foi utilizado o método de geovisualização Jenks.
   A importância desse trabalho se reflete em uma análise do  mapa obtido através do georreferenciamento dos casos de leishmaniose, o que será importante para entender a dispersão da  doença e buscar as melhores formas de combatê-la. 
   Essa pesquisa se baseia principalmente nos estudos de Nóbrega  (2010), Cabrera (1999), Brasil (2006), Bastos (2012) e Gontijo e Melo (2004).
   Este trabalho foi desenvolvido em cinco capítulos: o  primeiro apresenta a introdução. No segundo é feita uma revisão bibliográfica.  O terceiro descreve a metodologia adotada para a pesquisa. Já no quarto  capítulo serão os resultados obtidos, sendo mostrado os mapas georreferenciados  de leishmaniose e lotes vagos em João Monlevade. No quinto e último capítulo  serão apresentadas as conclusões e considerações finais deste trabalho. 
A leishmaniose visceral (LV) é tema que apresenta  relevância para a saúde pública por se tratar de uma zoonose de grande afetação  social, podendo levar crianças e adultos à morte. 
   De acordo com Cabrera (1999), trata-se de uma doença  crônica e debilitante, onde ocorre a infecção do Sistema Fagocítico Mononuclear  através do protozoário Leishmania chagassi.
   Segundo Nascimento (2011), a leishmaniose visceral é uma  doença cuja transmissão, no Brasil, tem sido atribuída, principalmente, pela  picada do mosquito-palha, da espécie Lutzomyia longipalpis. 
   Conforme Bruna (2011), o mosquito ao picar, introduz na circulação  do hospedeiro o agente etiológico que é o Leishmania chagasi. 
   Contudo, segundo Varella (2011) citado por D’Eça (2015), há  de se registrar que trata-se de uma doença que não é considerada contagiosa, na  qual a transmissão do parasita ocorre por meio da picada da fêmea do mosquito  que esteja infectada. 
   Segundo Montalvo et  al (2012) citado por Bastos (2012), países em maior situação de pobreza  possuem grande incidência de casos de leishmaniose Visceral como (Índia,  Bangladesh, Nepal, Sudão e Brasil), sendo a questão econômica um empecilho para  o controle da doença.
   Para Brasil (2014), crianças com idade inferior a 10 anos e  do sexo masculino, por causa da sua imaturidade imunológica celular e a  exposição maior ao vetor, são mais susceptíveis à contração da doença. 
   Segundo Brasil (2003), citado por Miranda (2008), há evidências  de que o período em que ocorre o maior número de transmissão da leishmaniose  visceral seja durante e logo após o período chuvoso, com isso ocorre um aumento  da densidade populacional desse flebótomo. 
Marzochi (1981) citado por Cabrera (1999) foi o primeiro a  descrever a leishmaniose visceral na Grécia em 1835, onde era denominada “ponos”  (Deus da dor, na mitologia grega). Em 1869, na Índia, a doença era denominada como  “Kala-jwar” (febre negra) ou “Kala-azar” (Calazar) devido ao escurecimento da  pele ocorrido durante o período da doença.
   Ainda Marzochi (1981), citado por Cabrera (1999), diz que William  Boog Leishman no ano de 1900, em Bengal na Índia, apontou a presença de um  protozoário no baço de um soldado que foi a óbito em decorrência da febre “Dum  Dum”. 
   Rogers (1904), citado por Cabrera (1999), foi o primeiro a  cultivar o parasita em sangue citratado a 22ºC e observou que nas culturas o  parasita se apresentava na forma flagelada. 
   Nicolle e Comte (1908), citados por Lopes (2014), foram os  primeiros a observarem o parasita em cães, indicando que estes eram os  principais reservatórios da doença.
   Michalick e Genaro (2005), citados por Nóbrega (2010),  afirmam que somente em 1931 é que os flebotomíneos foram identificados como vetores,  em que a transmissão da doença ficou conhecida através de xenodiagnóstico em  hamsters.
   Migone (1913), citado por Cabrera (1999), relatou o  primeiro caso da infecção no Brasil a partir de um material necropsiado de uma  pessoa no Mato Grosso. 
   Rangel e Lainson (2003) citados por Nóbrega (2010), afirmam  que os pesquisadores Leônidas Deane, Maria Deane e Joaquim Eduardo de Alencarem,  após um surto de LV no Ceará, Brasil, em 1953, realizaram uma investigação epidemiológica  da doença e verificaram infecções naturais em raposas Lycalopex vetulus. 
                Missawa  e Lima (2006) citados por Nóbrega (2010) destacam que a leishmaniose visceral americana  tem ampla distribuição, ocorrendo na Ásia, na Europa, no Oriente Médio, na África  e nas Américas. Para Melo (2004) citado por Nóbrega (2010), nas Américas, a LV está  presente na Argentina, Paraguai, Bolívia, Colômbia, Venezuela, Costa Rica, Guatemala,  Honduras, Nicarágua, México, El Salvador e Brasil. 
   Gontijo e Melo (2004) citados por Nóbrega (2010), afirmam que  no Brasil a LV, que anteriormente era restrita somente às áreas rurais do  Nordeste, avançou para outras regiões que eram consideradas livres da doença,  atingindo inclusive a periferia de grandes centros urbanos. 
2.3 Etiologia
Para Brasil (2006), os agentes etiológicos são protozoários que pertencem ao gênero Leishmania, parasita intracelular obrigatório das células do sistema fagocítico mononuclear. Os parasitas apresentam uma forma aflagelada ou amastigota, encontrada nos tecidos dos flagelados e também apresentam a forma flagelada ou promastigota, que é encontrada no tubo digestivo do vetor.
2.4 Ciclo Parasitário
De acordo com Rey (2001) citado por Nóbrega (2010), a forma  infectante para os hospedeiros vertebrados são os promastigotas metacíclicos,  consideradas as fêmeas que se alojam no intestino anterior e faringe do vetor. 
   Segundo Júnior, Bergman, Heinemann et al. (2012),  as formas  amastigotas são ovais ou esféricas, com flagelo interno e cinetoplasto visível  em forma de bastão. Elas vivem e multiplicam-se no interior de células  fagocitárias dos hospedeiros.
   Para Júnior, Bergman,  Heinemann et al. (2012), ao picarem  um animal parasitado, os insetos podem sugar, juntamente com o sangue, formas  amastigotas. No interior de seu tubo digestório, elas transformam-se em formas  promastigotas e multiplicam-se. Essas formas promastigotas são responsáveis  pela infecção e disseminação da doença. Apresentam forma alongada e são  encontradas geralmente na região central do parasito.
   De acordo com Júnior, Bergman, Heinemann et al. (2012), no  trato alimentar do vetor, são encontradas as formas promastigotas e  paramastigotas com flagelos longos.
Basano e Camargo (2004) e Silva (2008) citados por Nóbrega  (2010), afirmam que um inseto não infectado adquire o parasita quando se  alimenta do sangue de um mamífero que esteja infectado, ingerindo as formas  amastigotas livres ou intramacrofágicas no tecido subcutâneo e assim são  liberadas no seu trato digestivo, que se diferenciam para formas promastigotas  procíclicas. 
   Para Nóbrega (2010), durante o respasto sanguíneo ocorre a  transmissão dos promastigotas metacíclicas aos hospedeiros. Eles se dirigem  para fígado, baço, dentre outros órgãos, causando a infecção do sistema  fagocítico mononuclear.
   Segundo Fraser (2008), citado por Nóbrega (2010), os  parasitas responsáveis pela disseminação da leishmaniose visceral estão  divididos em três classes de gêneros: Leishmania (Leishmania) chagasi,  Leishmania (Leishmania) donovani e a Leishmania (Leishmania) infantum. 
2.5 Vetor e Transmissão
Para Gontijo e Melo (2004) citados por Nóbrega (2010), o  principal vetor responsável pela transmissão da LV na América Latina, com  exceção do Chile, é a Lutzomyia longipalpis.
   Ferreira et al, (2003); Almeida et al, (2005) citados  por Nóbrega (2010), destacaram que a  Leishmania  infantum e a Leishmania donovani são os agentes causadores da doença nas áreas  do mar Mediterrâneo e do Oriente Médio. Contudo, a Leishmania chagasi é a  responsável pela leishmaniose visceral nas Américas Central e do Sul.
   Coelho (2010) citado por Martins e Lima (2013), diz que os  insetos que transmitem os parasitos são as fêmeas hematófagas de diversas espécies  de flebotomineos. Estes insetos pertencem à ordem Diptera, à família  Psychodidae, à subfamília Phlebotominae, aos subgêneros Nyssomyia e  Psychodopygus, pertencentes a várias espécies e diferentes gêneros  (Psychodopygus, Lutzomyia).
   Para Brasil (2002), no Brasil, o principal vetor  responsável pela transmissão da Leishmaniose é o Lutzomyia longipalpis.  Trata-se de um inseto pequeno, cor de palha, que se alimenta do sangue de  humanos, de cães e de outros mamíferos. 
   De acordo com Júnior, Bergman, Heinemann et al. (2012), o gênero Lutzomyia é  conhecido popularmente por mosquito-palha, birigui, cangalhinha, asinha branca,  tatuquira, entre outros.
   Para Júnior, Bergman, Heinemann et al. (2012), eles possuem o corpo com intensa pilosidade, hábitos  de voo crepusculares, abrigando-se em locais úmidos e sombrios. Necessitam de  carboidratos para garantia de suas funções vitais, como voo, acasalamento e  postura.
   Segundo Júnior, Bergman, Heinemann et al. (2012), o ciclo de vida desses insetos é composto pela fase  de ovo, fase de larva, pupa e a fase adulta. Os ovos eclodem de 7 a 10 dias. O  desenvolvimento das larvas dura, em média, de 20 a 30 dias. O período pupal,  tem duração de uma a duas semanas. O desenvolvimento do ovo ao inseto adulto é  aproximadamente de 30 a 40 dias, dependendo da temperatura.
   Segundo Brasil (2006), na fase adulta esses insetos  conseguem adaptar a diversos ambientes. Já na fase larvária, eles necessitam de  ambientes úmidos, ricos em matéria orgânica e baixa luminosidade para o seu  desenvolvimento, além de terem como características a capacidade de voar em  pequenos saltos e voar com as asas entreabertas. 
   Para Camargo e Barcinski (2003) citados por Nóbrega (2010),  as fêmeas transmitem a doença pelo fato de seu aparelho bucal ser adaptado para  picar a pele e posteriormente sugar o sangue. 
   Camargo e Barcinski  (2003) citados por Nóbrega (2010), afirmam que as várias formas da doença são  transmitidas de animais silvestres ou domésticos para o homem por intermédio da  picada de mosquitos hematófagos do gênero Lutzomyia (figura 1).
Gontijo e Melo (2004) citados por Nóbrega (2010), explicam  que estes mosquitos são da família Psychodidae, sub-família Phebotominae,  conhecidas também por flebotomíneos.
   Para Nóbrega (2010), os mosquitos também conhecidos como  flebótomos possuem aproximadamente 0,5 cm de comprimento, com pernas longas.
   Conforme a OMS (Organização Mundial de Saúde), (2006)  citado por Nóbrega (2010), nas regiões Norte e Nordeste, a Lutzomyia  longipalpis foi deixando de habitar apenas as matas e se adaptando ao ambiente  rural, devido à presença de animais silvestres nestas áreas. Verificou-se a  adaptação desse vetor aos ambientes urbanos, em periferias de grandes centros, abrigos  de animais domésticos, entre outros ambientes.
   Para  Nóbrega (2010), apesar da transmissão por flebotomíneos ser a mais importante  na epidemiologia da leishmaniose, a participação de outros vetores tem sido  avaliada.
   De acordo com Brasil (2002), a  principal forma de transmissão no Brasil, ocorre pela picada do flebótomo. Não  ocorre transmissão de pessoa para pessoa e após 8 a 20 dias, o protozoário  evolui no tubo digestivo do vetor. A partir deste momento já estão prontos para  infectar outros indivíduos.
   A  transmissão ocorre enquanto houver o parasitismo na pele ou no sangue  periférico do hospedeiro (BRASIL, 2006).
   Para Brasil (2006), determinados autores consideram a  possibilidade de transmissão da doença entre cães, quando os mesmos ingerem  carrapatos infectados, através de mordidas, cópula, dentre outros. Contudo, não  existem evidências de que isso afete humanos.  
   Cerqueira et al, (2000) citado por Nóbrega (2010), observaram em raposas espécies de pulgas que  infestam humanos e outros mamíferos sugerindo a existência de uma possível  conexão. 
   Segundo Coutinho et  al (2005) citado por Nóbrega (2010), macerado de carrapatos e pulgas  provenientes de cães positivos foi capaz de infectar animais como hamsters.
   Shaw (2007) citado por Nóbrega (2010) relatou que outro  meio possível de transmissão seria a transfusão sanguínea de humanos com  leishmaniose visceral.
2.6 Meios Reservatórios
Para Júnior, Bergman, Heinemann et al. (2012), os ciclos de transmissão de leishmaniose dependem  dos movimentos de seus reservatórios. A identificação desses hospedeiros é de  suma importância para que se obtenha o controle efetivo da transmissão. 
   Para Brasil (2006), a Leishmania chagasi é capaz de  infectar e produzir doença em canídeosdomésticos ou silvestres. Na área urbana  o cão (Canis familiaris- figura 2) é  o principal reservatório. Já no ambiente silvestre, as raposas (Dusicyon vetulus e Cerdocyon thous - figura 2) e os marsupiais (Didelphis albiventris) são as principais fontes de contaminação.
   Genaro (2000), citado por Nóbrega (2010), descreve que em  todos os focos de doença humana, os cães têm sido encontrados infectados. Isso  faz com que os mesmos sejam considerados o principal elo de transmissão de leishmaniose  visceral.
Rey (2001) citado por Nóbrega (2010), afirma que, individualmente,  uma raposa é fonte de infecção tão eficiente quanto o cão.
   Naveda et al, (2006) citado por Nóbrega (2010), dizem que não há predisposição sexual, racial  ou etária relacionada com a infecção canina. Há uma maior probabilidade em animais  com pelo curto e verificaram uma maior frequência em animais de 1 a 3,9 anos. 
   Cabrera et al, (2003) citado por Nóbrega (2010), diz que cães que moravam próximo a matas  estavam mais sujeitos à infecção em relação aos que viviam a 100 metros de  distância.
2.7 Manifestações e Diagnósticos
De acordo com Gontijo e Melo (2004), a doença  pode permanecer inaparente por longos períodos. Trata-se de uma doença  sistêmica crônica que dependendo da fase e condições imunológicas da doença,  faz com que os cães não apresentem os sintomas. Nesses casos os cães são  denominados oligossintomáticos.
   Para Fernandez-Cotrina et al (2012) citado por Bastos (2012), os primeiros sinais mais  observados em cães são: enfartamento do lifonodo, conjuntivite, dermatite e  hipertemia. Febre, anemia, perda de peso, lesões cutâneas também são outros  sinais a serem observados (LINHARES et  al, 2005) citado por Bastos (2012). Os cães também podem apresentar pelo  opaco, onicogrifose (crescimento exagerado da unha) e paralisia dos membros  posteriores.
   Segundo Gontijo e Melo (2004), o diagnóstico da  doença em humanos é complexo, uma vez que os sintomas da leishmaniose são  comuns a outras doenças como Malária, Tuberculose, Esquitossomose, dentre  outras. 
   De acordo com Brasil (2006), os principais  sintomas da doença em humanos são: febre com duração inferior a quatro semanas,  palidez, diarreia, tosse não produtiva. Perda de apetite, emagrecimento, lesões  na pele podendo afetar nariz, boca e garganta, fraqueza, aumento do volume da  barriga, por crescimento do fígado e baço, dor abdominal, são outros sintomas  da doença em humanos.
   Segundo Júnior  (2011), o teste imunocromatográfico (TR DPP®) e ELISA, são as duas técnicas  sorológicas preconizadas pelo Ministério da Saúde. O TR DPP® é um teste rápido  para triagem e o ELISA é o teste confirmatório.
   Filho e Marcelino (2015), afirmam que o DPP® é um teste  rápido imunocromatográfico que utiliza proteínas recombinantes rK39 como  antígenos. A presença de anticorpos anti-rK39 indica uma possível infecção. Apresentam  resultados em aproximadamente 20 minutos, necessitando de apenas uma gota de  sangue do animal, sendo assim ideal para uso no campo.
   De acordo com Júnior (2011), o teste DPP® consiste em  adicionar 5 µL de sangue ao local identificado como “Amostra + Tampão”, em  seguida adiciona-se 2 gotas do tampão. Após 5 minutos as linhas de controle (C)  e teste (T) desaparecem. Em seguida coloca-se 4 gotas no local identificado  como “Tampão”. Passados 15 minutos é realizada a análise do resultado. O  aparecimento de uma linha vermelha indica resultado negativo. O aparecimento de  duas linhas vermelhas indica o resultado positivo. 
   Segundo Maia e Campino (2008), citados por Júnior (2011), o  teste ELISA (Ensaio Imunoenzimático), é extremamente útil para laboratórios uma  vez que permite análise de grandes quantidades de amostra em pouco tempo. 
   Para Gontijo e Melo (2004), citados por Souza et al. (2013), trata-se de um teste que  apresenta sensibilidade, permitindo a detecção de baixos títulos de anticorpos,  mas sendo pouco preciso na detecção de casos assintomáticos.
   De acordo com o Ministério da Saúde (2006), citado por Souza et al. (2013), o teste ELISA é  caracterizado pela reação de anticorpos presentes no soro com antígenos de  Leishmania obtidos por uma cultura in vitro.  
   Camargo-Neves e Santucci, (2000-2001) citados por Nóbrega  (2010), afirmam que o diagnóstico definitivo da doença depende da demonstração  do parasito em tecidos ou do isolamento do organismo através de cultura in  vitro. 
   Rodriguez-González et al, (2006) citado por Martins e Lima (2013), afirmam que o exame parasitológico consiste em primeiro  lugar na pesquisa microscópica das formas amastigotas a partir do material  obtido da borda da lesão, em seguida ocorre o isolamento em cultivo in vitro  para confirmação do agente etiológico. Então, ocorre a identificação da espécie  de Leishmania envolvida e posteriormente é realizado o isolamento in vivo através da inoculação em animais.
2.8 Tratamento
De acordo com a OMS (2006) citada por Nóbrega (2010), o  tratamento de cães não é uma medida recomendada, porque ocorre o desaparecimento  dos sintomas, mas os animais ainda continuam portadores da doença, elevando  assim a resistência do parasita às drogas utilizadas para o tratamento humano.
   Para Nóbrega (2010), a portaria interministerial nº 1.426 de  11 de julho de 2008, proíbe o tratamento de leishmaniose visceral canina com  produtos de uso humano ou não registrados no Ministério da Agricultura,  Pecuária e Abastecimento. 
   Segundo Brasil (2006), o tratamento em cães não  é recomendado, pois isso não diminui a importância destes como reservatório.  Ainda segundo o autor, o uso de drogas como Antimoniato de Meglumina, Anfotericina  B, dentre outras, mostrou baixa eficácia no tratamento da doença. 
   Mesmos que os sintomas desapareçam, os animais  continuam transmitindo a doença, representando risco aos humanos e aos cães das  proximidades. Sendo assim, Nóbrega (2010) afirma que a eutanásia é recomendada  como alternativa para que os cães contaminados deixem de ser um risco á saúde  pública.
   De acordo com Brasil (2006), o tratamento em  humanos é realizado principalmente com o uso de compostos antimoniais. Antes de  iniciar o tratamento, deve ser realizado no paciente a avaliação clínica,  estabilização das condições clínicas e tratamento das infecções concomitantes. 
   Segundo Brasil (2014), o Antimoniato de  Meglumina atua nas formas amastigotas do parasita. 
   Para Brasil (2014), é importante realizar o  eletrocardiograma durante o diagnóstico para todos os casos de LV. Em pacientes  com mais de 50 anos é obrigatório durante todo tratamento.
   Devido a sua gravidade a Leishmaniose tem  tratamento gratuito para os humanos, disponível no Sistema Único de Saúde.
2.9 Medidas de prevenção
Para Brasil (2006), devem ser estimuladas algumas medidas  preventivas, tais como: uso de repelentes, mosquiteiros, não se expor aos  horários de atividade do mosquito (crepúsculo e noite), limpeza de quintais e  terrenos baldios. Outras medidas a serem adotadas são: eliminação de matéria  orgânica e de umidade, utilização de telas em canis coletivos ou individuais,  coleiras impregnadas com Deltametrina 4%, dentre outros. 
   Segundo Opas (2012) citado por Bastos (2012), deve-se  controlar a entrada de animais vindos das áreas de risco e fazer o uso de  repelentes em coleiras ou aplicação tópica, para a interrupção da transmissão  do agente.
De acordo com Santos (2000),  georreferenciamento é o processo de referenciar dados a um sistema de  coordenadas terrestre ou a uma unidade territorial (bairro, município, etc),  utilizando um geocódigo.
   Segundo Deus e Nascimento (2001), citados  por Barros, Santos, Alexandrino et al. (2017), o sistema de informações geográficas (SIG) é definido como um conjunto  integrado hardware e software com o intuito de armazenamento, manipulação e análise  de dados que se encontram espacialmente ligados a uma posição específica no  globo terrestre.
   Para Medeiros (2012), o SIG é composto por  softwares, metodologias aplicadas, hardwares, dados (coletados e tratados) e  recursos humanos. Os dados são integrados em um único sistema onde os mesmos  podem ser cruzados gerando novas informações.
   O georreferenciamento toma  como unidade os setores censitários, onde serão realizadas análises conforme  dados cedidos pela Secretaria de saúde de João Monlevade. A análise de  distribuição espacial da doença demonstrou onde se obtve o maior número de casos  em meio urbano do município, dados esses de 2016 e 2017.
   Esse processo auxilia na  visualização de áreas com maior risco de transmissão e permite a otimização de  recursos humanos.
   Os casos de leishmaniose  visceral em cães fornecidos pela Vigilância Sanitária do município de João  Monlevade, juntamente com a relação de lotes vagos existentes na cidade  fornecidos pela PMJM, foram georreferenciados utilizando o sistema ArcGIS™, para  a confecção dos mapas e análise espacial da ocorrência da doença e existência  de lotes vagos pela cidade.
Segundo IBGE citado por Barros (2018), o município de João Monlevade possui uma área territorial de 99,283km², e uma população de 73.610 habitantes. Divide-se em 62 bairros oficiais. A maior parte da população é concentrada na área urbana e seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,807, considerando elevado se comparado aos índices de outras regiões do Brasil (figura 03).
De acordo com a Prefeitura Municipal de João Monlevade  (2018), o município conta com uma grande quantidade de terrenos baldios que em  alguns casos se encontram abandonados. Esses terrenos causam transtornos para a  população uma vez que propiciam o aparecimento de animais peçonhentos, bem como  acumulo de água (risco de dengue). Outra situação que envolve esses locais é a  grande quantidade de lixo que é jogada neles pela população.
   O acúmulo de matéria orgânica em terrenos baldios facilita  a ocorrência de leishmaniose, uma vez que o fato de ter muitos cães abandonados  nas ruas e presentes em residências próximas a estes locais fazem com que os  mesmos fiquem expostos ao vetor.
   Segundo a Prefeitura Municipal de João Monlevade (2018), no  município há muitas residências que se encontram em uma situação preocupante  com relação ao excesso de matéria orgânica acumulada nas mesmas.
4 METODOLOGIA
Para a elaboração deste estudo, a princípio, foram  realizadas pesquisas na Vigilância Sanitária do Município de João Monlevade com pessoas que trabalham no setor de  endemias, sempre questionando sobre os possíveis focos, controle e preocupações  em relação à leishmaniose.
   Tratou-se de uma pesquisa aplicada, que segundo Silva  (2004) citado por Universidade do Estado de Minas Gerais (2016), busca gerar  conhecimentos para uma aplicação prática e dirigida à solução de um problema  específico, e de uma pesquisa exploratória, em relação aos objetivos.
   Envolveu uma pesquisa quantitativa, que segundo Mattar  (2001) citado por Oliveira (2011), é um tipo de pesquisa que busca validar as  hipóteses com a utilização de dados estruturados, analisando uma grande  quantidade de casos representativos. Essa pesquisa quantifica os dados e  propaga o resultado para os interessados. De acordo com Richardson (1999)  citado por Oliveira (2011), a pesquisa quantitativa caracteriza-se pelo uso da  quantificação, tanto na coleta quanto no tratamento de dados.
   Tratou-se também de uma pesquisa bibliográfica, que segundo  Silva (2004) citado por Universidade do Estado de Minas Gerais (2016), é tipo  de pesquisa caracterizada por ser realizada através de material anteriormente  publicado. Para o desenvolvimento deste trabalho, foram realizados inúmeros  estudos bibliográficos dentre as principais pesquisas relacionadas à  leishmaniose, para que se pudesse agrupar conhecimento a respeito, abordando as  características principais da doença. 
   Envolveu uma pesquisa descritiva que segundo Silva (2004)  citado por Universidade do Estado de Minas Gerais (2016), este tipo de pesquisa  descreve as características de determinada população ou fenômeno, utilizando  técnicas da estatística descritiva.
   Para a realização dessa pesquisa, foi aplicado método  estatístico. Segundo Rogerson (2012) citado por Barros, Laudares, Carvalho et. al (2018), os estudos de fenômenos  geográficos geralmente requerem aplicação de métodos estatísticos para uma nova  compreensão. 
   Utilizou-se o método Jenks ou quebra natural, que segundo  Esri (2017) citado por Barros, Laudares, Carvalho et. al (2018), é um método que prioriza sua análise estatística em  um conjunto uniforme, sendo este específico aos dados da pesquisa. Ainda  segundo o autor, as rupturas de classe são distribuídas em padrões homólogos  intensificando as distâncias entre as classes da pesquisa.
   Para Barros, Laudares, Carvalho et. al (2018), o uso da geovisualização Jenks permite uma  distribuição mais harmoniosa dos dados. 
Os mapas dez e onze mostram a distribuição espacial dos  casos de LV canina no Município de João Monlevade, nos anos de 2016 e 2017. Foi  observado que os casos dessa doença em cães encontram-se espalhados  praticamente por toda a cidade, excluindo-se as áreas de matas e alguns bairros  como Serra e JK, por exemplo. É importante ressaltar que só foram  georreferenciados os casos de leishmaniose em cães que foram realizados os  exames pela Vigilância Sanitária do município (figuras 10 e 11).
   De acordo com o mapa  Nove, que mostra a distribuição espacial de lotes vagos no Município de João  Monlevade, observou-se através da comparação do mesmo com os mapas dez e onze,  que há relação entre a existência desses lotes com o número de casos de  leishmaniose em alguns bairros como o Cruzeiro Celeste, Loanda, Metalúrgico,  Laranjeiras e Belmonte. Sendo estes alguns dos bairros com maior número de  casos de LV (figura 12).
   Alguns bairros como Sion e Nova Aclimação, apresentaram uma  grande quantidade de lotes vagos, porém poucos casos de LV em ambos os anos. 
   São João, Alvorada e São Geraldo apresentaram poucos lotes  vagos em comparação a outros bairros, porém tiveram alguns casos de  leishmaniose em 2017, o que pode ser explicado pela falta de conscientização  das pessoas, que deixam matéria orgânica acumularem. 
   Como os lotes vagos são locais propícios ao acúmulo de  matéria orgânica, estes contribuem para a proliferação da doença, já que o vetor  responsável pela transmissão da LV depende do acumulo dessa matéria para seu  desenvolvimento.
Portanto, a grande quantidade de lotes vagos espalhados pela cidade, somados à falta de conscientização das pessoas quanto à eliminação da matéria orgânica que ficam expostas nesses lotes e nas residências, são os principais fatores responsáveis pelo grande número de casos de leishmaniose visceral canina em João Monlevade.
O objetivo do deste trabalho foi utilizar o georreferenciamento  de dados para visualizar a dispersão da LV no munícipio de João Monlevade,  criando um mapa da doença.
   Com  base nos dados coletados e a construção dos mapas foi possível identificar um  crescimento dos casos de LV canina no município, e que este crescimento em  determinados bairros estava relacionado com a quantidade de lotes vagos, uma  vez que estes podem se tornar depósitos de matéria orgânica, contribuindo para  a proliferação do inseto transmissor.  Em  bairros com poucos lotes vagos e vários casos de LV, a incidência da doença se  deve à falta de conscientização das pessoas, que acumulam em suas residências  matéria orgânica, favorecendo a proliferação do vetor. 
   Os dados obtidos foram coletados  junto à Vigilância Sanitária e Prefeitura da cidade, sendo fundamentais para a  construção dos mapas, que apresentaram o crescimento e a distribuição da doença  na cidade, relacionando com o número de lotes vagos.
   Durante a elaboração  do trabalho encontramos algumas dificuldades na criação dos mapas, devido à  obtenção e seleção dos dados relacionados à quantidade de lotes vagos no município.
   Sendo assim foi concluído que as  conscientizações da população tanto em relação à eliminação da matéria orgânica  quanto ao cuidado com os lotes vagos tornam-se primordiais para reduzir o  avanço da LV canina.
   O presente estudo foi  disponibilizado para a Vigilância Sanitária do município de João Monlevade,  para auxiliar no combate aos avanços da doença.
REFERÊNCIAS
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*Discente Engenharia de Ambiental. Universidade do Estado de Minas Gerais UEMG.