Elias Colares Meireles Neto *
Hévila Maria Silva Cardoso **
Mirela De Cássia Dinoá Mendes ***
Heriberto Wagner Amanajás Pena ****
Universidade Do Estado Do Pará – UEPA
heriberto@uepa.br
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Resumo
Este artigo tem como objeto de análise a história colonial  e sua respectiva herança nas nações brasileira e estadunidense. Nosso objetivo  é investigar até que ponto o catolicismo lusitano e o protestantismo inglês  influenciaram no desdobrar político-econômico de suas colônias, que  posteriormente tornaram-se nações independentes politicamente, mas ainda com  fortes influências dessas tradições religiosas e sociais.
Palavras-chave: Herança, Catolicismo, Protestantismo,  Colônias.
Abstract
This article analyzes the colonial history and its  respective heritage in the Brazilian and American nations. Our aim is to  investigate the extent to which Lusitanian Catholicism and English  Protestantism influenced the political-economic unfolding of its colonies,  which later became politically independent but still strongly influenced by  these religious and social traditions.
Key-words: Heritage, Catholicism, Protestantism,  Colonies.
Resumen
  Este  artículo tiene como objeto de análisis la historia colonial y su respectiva herencia  en las naciones brasileña y americana. Nuestro objetivo es investigar hasta qué  punto el catolicismo lusitano y el protestantismo inglés influyeron en el  desarrollo político y económico de sus colonias, que más tarde se volvieron  políticamente independientes, pero aún fuertemente influenciadas por estas  tradiciones religiosas y sociales.
  Palabras-llave:  Herencia, Catolicismo, Protestantismo, Colonias.
Para citar este artículo puede uitlizar el siguiente formato: 
Elias Colares Meireles Neto, Hévila Maria Silva Cardoso, Mirela De Cássia Dinoá Mendes y Heriberto Wagner Amanajás Pena  (2018): "Econômica colonial brasileira e estadunidente", Revista Observatorio de la Economía Latinoamericana, (agosto 2018). En línea: 
https://www.eumed.net/rev/oel/2018/08/economica-colonial-brasil.html
//hdl.handle.net/20.500.11763/oel1808economica-colonial-brasil
O presente artigo focará na herança colonial  brasileira, mais especificamente no por que do Brasil, bem como outros países  latinos, não tiveram o mesmo êxito político-econômico que outras nações (que  também foram colonizadas) no período posterior à descolonização. Traçaremos uma  análise comparativa dos modelos de colonização britânico e lusitano e como cada  metrópole influenciou no processo de desenvolvimento de suas colônias.
   Sendo assim, analisaremos o modelo de Colonização de  Povoamento norte-americano e o modelo de Colonização de Exploração brasileiro e  suas respectivas consequências na formação político-econômica desses países. Ademais,  nossa análise também abordará o porquê desses sistemas coloniais terem sido  diferentes e como as tradições culturais e religiosas da Inglaterra protestante  e da Portugal católica influenciaram no desenvolvimento da cultura das suas  respectivas colônias.
   Essa noção das tradições de cada metrópole é de  imperativa análise na medida em que foram herdadas posteriormente por suas  colônias, influenciando nos seus processos de desenvolvimento, respectivamente.  Sendo assim, nosso desafio principal é responder por que o Brasil é um país  subdesenvolvido enquanto que outros países que também foram colonizados  conseguiram se desenvolver.
São diversos os autores que se propuseram a pensar  sobre a inter-relação religião e economia-política. John Stuart Mill afirma que  a Igreja influencia no posicionamento político dos fiéis; Friedrich Engels  afirma que o cristianismo, que com o passar dos séculos tornou-se religião  majoritária, estimula a comodidade dos fiéis, isto é, aqueles que considerados oprimidos  são ensinados a se contentarem com o que têm e a aguardarem o “paraíso”.
   É inegável afirmar que a religião influencia e muito  no comportamento das pessoas e, consequentemente, dos Estados; muitas vezes  conduzindo posturas dos indivíduos com relação a determinadas temáticas. O  cristianismo como um todo, por exemplo, tem sua história confundida com a  história do que conhecemos como ocidente, logo, influencia diretamente na forma  como os ocidentais pensam e agem socialmente, politicamente e economicamente.  Portanto, é possível afirmar que a moralidade ocidental é orientada pela moral  cristã. Partindo desse pressuposto, iniciamos nossa análise sobre como a  religião influencia na política econômica de um país. 
   Evidentemente, não se trata de um debate simples e não  existe uma resposta exata para explicar essa relação. Contudo, a reflexão sobre  esse debate demonstra-se de extrema importância para a discussão desse artigo  na medida em que a diferença religiosa estadunidense e brasileira é fruto da  colonização e, de fato, influenciou no desenvolvimento político-econômico  dessas nações.
Porém, antes de tudo, é importante entender de onde  vem essa diferenciação entre Católicos e Protestantes. Assim como quase todas  as religiões, o cristianismo não é homogêneo, existindo mais de uma tradição  cristã. Essa heterogeneidade tem como primeiro marco histórico a cisma da  Igreja Católica em 1024, quando esta ficou dividida entre a Igreja Romana e a  Igreja Ortodoxa.
   Contudo, sem dúvida, o maior marco da constituição  dessa heterogeneidade é a Reforma Protestante. Com o surgimento do Estado  Moderno (século XVI), o poder papal entrou em declínio e juntamente com o  contexto político caótico vindo desde o século XV (declínio do Feudalismo,  revoltas camponesas, miséria, extrema desigualdade social) o feito da reforma  foi favorecido.
   O estopim da Reforma Protestante foi quando Martinho  Lutero pronunciou-se contrário à venda de indulgências pela Igreja Católica e,  diante delas, afixou na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, em 31 de  outubro de 1517, 95 Teses ou convites para o debate na comunidade acadêmica,  desafiando a autoridade da Igreja.
   Em 1520, Lutero recebeu uma Bula papal para  retratar-se ou seria excomungado. E Lutero, estudantes e professores de  Wittemberg queimaram a Bula em praça pública. Posteriormente, por volta de 1546  a 1555, ocorreram guerras político-religiosas entre católicos e protestantes  que só tiveram seu fim com o tratado de “Paz de Augsburgo” que reconheceu a  legalidade do luteranismo como religião oficial de um território cujo príncipe  a adotasse como tal.
   A fé reformada, também chamada de Calvinismo, além dos  aspectos religiosos que a diferencia da orientação católica antes da reforma,  valoriza o trabalho e a poupança (acumulação de capital) como virtudes cristãs  (diferente mente da igreja católica, que condenava o enriquecimento). Sendo  assim, o protestantismo atraiu atenção da burguesia emergente e ganhou força,  assim como o Capitalismo dava seu primeiro indício de surgimento.
   Max Weber (1864-1920), em sua obra Ética Protestante e o Espírito do  Capitalismo, afirma que o pensamento teológico calvinista foi o primeiro  passo para o desenvolvimento da mentalidade capitalista, pois mais do que  legitimar a acumulação de capital, essa nova ideologia criou uma nova concepção  de trabalho, que não mais era voltado para manter um padrão fixo de  subsistência, mas que criaria uma mentalidade de aperfeiçoamento para obter-se  maior lucro e aumentar esse padrão de vida.
   É evidente que este não foi o estopim do surgimento do  Capitalismo moderno, tampouco que Calvino legitimou a exploração do proletariado  presente nesse sistema e apontada por Karl Marx. Contudo, é inegável afirmar a  importância dessa Fé reformada para a construção e legitimação, numa sociedade  teísta, da mentalidade burguesa-capitalista. 
No início da Idade Moderna, a Europa emergia de um  período conturbado e de instabilidade no século XIV. As cidades voltaram a  crescer, a produção feudal não era capaz de suprir a demanda dos habitantes das  cidades, o mediterrâneo estava sob domínio árabe, e as cidades italianas  exerciam monopólio pelas rotas marítimas o que encarecia os produtos importados  para o restante da Europa.
   Em vista dessas  questões, as nações buscaram novas rotas marítimas, e com isso, a oportunidade  de expansão de mercado consumidor. Tem início, portanto, o período das Grandes  Navegações. 
   O mercantilismo foi uma política econômica praticada  na Europa na idade moderna. As monarquias europeias foram se firmando como  Estados modernos, os reis, recebiam o apoio da burguesia comercial, que buscava  a expansão do comércio para fora das fronteiras do país. Tinha como principais  características o intervencionismo Estatal por meio do protecionismo, o Metalismo  (acumulação de metais preciosos como sinal de riqueza da nação), e o  colonialismo. 
   A atividade econômica recebia extrema intervenção  estatal na medida em que deveria ter a finalidade principal de construir um  Estado forte. Ora, sendo a economia um instrumento da política, constituiu-se  como a base do poder político desse contexto. A economia internacional,  portanto, foi considerada como uma arena de conflito entre interesses nacionais  opostos.
   O colonialismo  era uma politica que tinha como objetivo conquistar e controlar territórios  fora da Europa. As colônias tinham como proposito fornecer produtos (matérias  primas e metais preciosos) para as metrópoles, que seriam posteriormente  vendidos no mercado europeu; além de comprar produtos manufaturados pelas  metrópoles a preços elevados. Além disso, essa intervenção no território  americano também foi de caráter social-religioso, o povo que aqui vivia passou  por um processo de cristianização e aculturação-ocidentalização, ou seja, além  da influência política exercida pela metrópole, a colônia também passou a  receber influência religiosa (cristã).
  3. A colonização  Brasileira
  3.1. Modelo  de colonização 
   O Brasil foi  descoberto em 1500 pelos portugueses, e sua ocupação foi do tipo comercial. A  colonização brasileira era baseada na exploração, que ocorreu por meio de  diversos ciclos. Portugal não tinha interesse em fazer do Brasil uma colônia de  povoamento, o objetivo era extrair o máximo possível de seus recursos e enviar  o lucro para a metrópole, devido ao mercantilismo europeu, onde o acumulo de  capital era importante, e o comércio de produtos como metais preciosos era  valorizado. Entretanto a descoberta desse tipo de mercadoria só foi feita dois  séculos após o descobrimento do Brasil.
   No primeiro momento, a economia brasileira ocorreu a  partir da exploração do Pau-Brasil, e do sistema de plantation. Devido ao pacto  colonial estabelecido por Portugal, a colônia só poderia fazer comercio com a  metrópole, ou com nações que os colonizadores permitissem, logo o mercado  interno não é o fator principal e todo tipo de comercialização está voltado  somente ao mercado externo. Com isso grande parte das riquezas brasileiras  ficou retida por Portugal.
   Com o exclusivismo mercantilista, os produtos  brasileiros eram importados para a Europa, quando transformados em produtos  acabados pelos portugueses, eram vendidos a colônia com preços acima da média.  Além disso, a utilização da mão de obra escrava foi um fator primordial para  economia colonial brasileira. A compra e venda de escravos era lucrativa, e sua  força de trabalho nas lavouras da cana de açúcar era mais rendável que a  indígena, já que o pagamento não era necessário, e mais vantajoso que a  europeia, que não pretendia vir até a colônia.
   A colonização brasileira feita pelos portugueses,  baseada no mercantilismo, foi uma forma da Metrópole Portugal, explorar a  colônia Brasil, como um gerador de lucro, e extrair suas riquezas, montada  apenas para fornecer produtos para o comercio, sem se importar com a situação  econômica, ou ambiental do país, que foi afetada pelo latifúndio, monocultura e  escravidão.   
  3.2. Ocupação  Brasileira
   A ocupação geográfica do Brasil, ocorreu por meio de  diversos ciclos que se passaram no país durante sua colonização. Com a chegada  dos portugueses na costa brasileira, o litoral que possuía uma extensa área de  Mata Atlântica, e grande potencial de riqueza, passou por seu primeiro ciclo da  extração do Pau-Brasil, que ocorreu de 1500 e 1530. Essa foi a primeira  atividade econômica da colônia, que ocorria através do escambo entre indígenas  e portugueses.
   Devido a fatores climáticos e características do solo,  o cultivo da cana-de-açúcar começou a ser produzida no Nordeste. O auge da produção  açucareira foi de 1570 a 1670, que é chamado por Fausto (2006) como o “Século  do açúcar”. Com esses dois ciclos, ocorreu a ocupação da área litorânea da  colônia, com características de monocultura e latifúndio.
   Com as expedições dos bandeirantes paulistas, houve a  descoberta de ouro e outros metais preciosos na região mais central do Brasil,  mais precisamente em Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. Assim deu-se início ao  ciclo do ouro, e a ocupação do centro brasileiro. O fluxo migratório para a região  das Minas foi intenso, e grande parte da população do país passou a ocupar essa  área.
   No fim do século XVIII um novo ciclo se iniciou, e  ficou conhecido como ciclo do café. Foi inicialmente estabelecido no Rio de  Janeiro, depois foi introduzido ao Vale do Paraíba, porém logo se expandiu pelo  Estado de São Paulo, Sul de Minas e Norte do Paraná. Esse ciclo foi de extrema  importância para o desenvolvimento das regiões Sul e Sudeste do país, pois  houve a dinamização de centros urbanos com a construção de ferrovias e com a  vinda de muitos imigrantes.
   A ocupação da Amazônia ocorreu desde o século XVII  pelos portugueses para proteger seu território de invasores ingleses, franceses  e holandeses. Expedições foram realizadas para explorar o interior da Amazônia  em busca de drogas do sertão. No entanto, o desenvolvimento dessa área ocorreu  com o ciclo da borracha a partir do século XIX. Com um grande número de  nordestinos que migraram para a região devido as secas, e a guerra que fez com  que o governo incentivasse as pessoas a irem para os seringais, ficando  conhecidos como “soldados da borracha”.
   Esse período é conhecido como “Belle Époque”, que se  instalou de 1890 a 1920. Nessa época cidades próximas a região amazônica como  Belém e Manaus, eram consideradas desenvolvidas, e seguiam os padrões de  cidades europeias, principalmente Paris.    
   3.3. História: período pré-colonial e  colonial
   O período pré-colonial brasileiro consiste no  descobrimento do Brasil, em 1500 por Pedro Álvares Cabral, até 1530. Nesse  período Portugal não colonizou o Brasil, as expedições mandadas pelos  portugueses tinham o único intuito de extrair o pau-brasil através do escambo  feito entre os colonizadores e os indígenas, e procurar por metais preciosos.
   Feitorias foram instaladas no território brasileiro, e  tinham como função armazenar o pau-brasil extraído a partir da mão de obra  indígena, feitas pela troca de bugigangas como espelhos, tecidos e facas. E  ainda tinham como ofício proteger o litoral de invasões estrangeiras.
   A madeira dessa árvore era útil para a produção de  tintas de tecidos por conta de sua coloração, e era utilizada na construção de  caravelas. Porém, após 30 anos de exploração, a Mata Atlântica ficou devastada,  e o pau-brasil entrou em risco de extinção. Com a diminuição dos lucros da  exploração, e a constante invasão do território por outros povos, o monarca  português D. João III deu início a colonização brasileira.
   No período colonial, Portugal se preocupou em  colonizar o Brasil ocupando seu território. Por meio das capitanias  hereditárias, cidadãos portugueses receberam terras doadas pela coroa, com o  dever de plantar a cana de açúcar. Que foi a atividade econômica mais lucrativa  da época. Assim, foram criados os engenhos de açúcar, que usavam mão de obra  escrava como força de trabalho. A capital do Brasil era Salvador, devido a  prosperidade da economia na região nordeste.
   Com a produção do açúcar na América central, no fim do  século XVII, o mercado brasileiro começou a entrar em declínio. Expedições  foram organizadas, e houve a descoberta do ouro na região de Minas Gerais. O  centro econômico passa a ser localizado na região Sudeste, houve grande  crescimento demográfico das cidades, e devido essa urbanização, ocorreu a  geração de emprego. A capital foi transferida para o Rio de Janeiro, e o Brasil  desenvolveu seu campo artístico com o Barroco, tendo como representante  Aleijadinho.
   Devido à  excessiva cobrança de impostos feita pela coroa portuguesa, o movimento da  Inconfidência Mineira, liderada pela elite local, tinha como objetivo alcançar  a independência da colônia, por conta da exploração da metrópole. A revolta foi  descoberta, e teve um de seus líderes, conhecido como Tiradentes, executado. 
   Em 1800 com a invasão de Napoleão Bonaparte em  Portugal. A corte foi transferida para o Rio de Janeiro, e o Brasil passou a  assumir as funções de metrópole, devido a presença da família real em  território brasileiro. E assim deu-se início ao processo de independência.
   Em 1821, decretos foram enviados a D. Pedro para que  retornasse a Portugal, e abolisse a regência. No entanto, com ajuda da elite  brasileira o príncipe regente se tornou Imperador, cortando os laços de união  política com Portugal quando declarou sua independência em 7 de setembro.
  3.4. O  catolicismo na cultura e economia
   Grande parte da população brasileira atualmente é  católica. Esse fato deve-se a colonização portuguesa, que teve uma grande  presença da igreja católica na formação do Brasil. Em 1549 com a chegada dos  Jesuítas, cidades foram formadas, indígenas catequizados, e sofreram com a  aculturação, sendo disciplinados a abandonar sua religião e seguir a europeia.
   Porém, o catolicismo no Brasil vai muito além de uma  religião. É uma forma de pensamento e visão, que abrange as áreas da cultura,  economia e política.  A igreja católica  teve um importante papel no período barroco brasileiro. A arquitetura e obras  dessa época estavam voltadas ao catolicismo. Além disso, a igreja se confundia  com o Estado, a instituição era responsável por tarefas administrativas, e  possuía representantes na política.
   Apesar de o Brasil ser atualmente um país laico, a  igreja católica ainda exerce grande influência na vida pública do Estado. A  bancada cristã no congresso, e a existência de feriados e festas nacionais  homenageando santos católicos, são exemplos dessa herança.
   No âmbito econômico, a formação religiosa do Brasil  também exerceu uma grande influência. Segundo Max Weber (1905) nações que  tinham como base o catolicismo, tinham menos chances de se tornarem  desenvolvidas. Esse fator deve-se a ideologia da igreja católica, que ensina o  indivíduo a ser bom por conta de sua fé. E quando morrer, ira ascender aos céus  por ter sido benevolente e não praticar pecados.
  3.5. A  herança brasileira
   As diferenças do tipo de colonização entre Brasil e  Estados Unidos, explicam o porquê de um ter se tornado potência e outro não.  Portugal fez do Brasil uma colônia de exploração, baseada no mercantilismo, que  tinha como objetivo extrair o máximo possível de riqueza da colônia. Instaurou  o pacto colonial, para que tivesse exclusividade no comercio, e não tinha a  intenção de ocupar o território até os primeiros 30 anos.  Protestantes que não gostavam da hierarquia  católica e anglicana, foram para os Estados Unidos, criando uma colônia de  povoamento. Houve o desenvolvimento voltado para o mercado interno, favorecendo  o movimento econômico da colônia.
   A escravidão é um fator que diferencia os dois países.  Apesar de ter ocorrido nos Estados Unidos, sua duração foi de 221 anos,  enquanto no Brasil duraram 350. No entanto, o território brasileiro foi o que  mais recebeu escravos, e sofre com problemas raciais até os dias de hoje. É  certo que os Estados do Sul da América do Norte, também tiveram escravidão e  sofrem marcas sensíveis atualmente, porem os estados do Nordeste, que não eram  escravistas, lideravam a industrialização do país. O que fez com que houvesse  um avanço na economia e desenvolvimento.
   A formação religiosa da colônia Inglesa foi uma grande  influência para o desenvolvimento da economia. Como já evidenciado neste  trabalho, nações que tem o catolicismo como base, são mais propícias a uma  economia mais fraca. No caso dos Estados Unidos, sua religião era a  protestantismo, que foi considerada a força motriz do capitalismo no Ocidente.
   A visão protestante, era que nem todos iriam ser  salvos, como não poderiam ter certeza de quais seriam, o modo de vida concedia  indicações. Se o indivíduo possuísse sucesso social e trabalhasse duro, era  sinal que estava em um bom caminho. Esse pensamento fazia com que a população  atribuísse um grande esforço para alcançar glória e fortuna, e ter sua salvação  garantida.   
4.1 Modelo de  colonização
   No século XVI chegaram na América do Norte  exploradores franceses, holandeses, espanhóis e britânicos. Os exploradores  europeus buscavam novas terras com a intensão de criar assentamentos, dominar e  povoar novos territórios para que fosse possível a expansão do mercado  consumidor de suas respectivas nações. Os britânicos fizeram se instalaram no  litoral leste, e criaram treze colônias. O modelo de colonização britânico  implantado foi o da colônia de povoamento.
   Colônia de povoamento tem como principais  características o desenvolvimento econômico interno através de atividades como  a agricultura. As fazendas ocupadas pelos colonos sustentavam somente o mercado  interno. Havia, portanto, autonomia comercial em relação à metrópole, a  produção da colônia era comercializada internamente, ao contrário de uma  colônia de exploração, cuja  produção  colonial possui o objetivo de enriquecer somente a metrópole.
   A colônia possuía autonomia política, as decisões  relativas à administração interna eram tomadas pelos colonos europeus, enquanto  os nativos foram completamente excluídos da nova estrutura social. Ocorriam  reuniões de trabalhadores em assembleias onde era debatido o futuro das terras.  A economia não dependia de somente um produto, a policultura era praticada. 
   Nessas colônias, ocorria também a pratica da  manufatura, ou seja, os produtos que circulavam no mercado interno eram feitos  na própria colônia. A qualidade desses produtos era semelhante aos que  circulavam na metrópole. Ou seja, não havia a necessidade de pagar preços  altíssimos à metrópole por produtos.
   Mas a principal característica desse modelo de  colonização é a necessidade de desenvolver uma infraestrutura de qualidade, uma  vez que os colonizadores que iam para essas novas terras o faziam com o intuito  de permanecer lá. Por isso, foram criadas escola, implantadas igrejas e  fábricas. Além do desenvolvimento da infraestrutura das cidadãs à medida que  elas foram implantadas. Essa infraestrutura possibilitou o desenvolvimento  técnico-cientifico, o que é essencial para o crescimento de um país e o  surgimento de uma potência global.
  4.2 Como a  América do Norte foi ocupada
   À princípio, os colonizadores britânicos ocuparam a  porção leste do que se tornaria Estados Unidos, área que compõe a costa banhada  pelo oceano Atlântico. A porção central foi ocupada pelos franceses, enquanto a  parte oeste foi ocupada pelos espanhóis. 
   Os britânicos implantaram 13 colônias ao longo da  costa leste estadunidense, a primeira delas foi fundada na cidade de Jamestown  na atual Virginia, em 1607. Algumas ocupações iniciais ocorreram na região da  Nova Inglaterra, mais ao norte. 
   Em 1620, chegaram os peregrinos, que eram puritanos  protestantes calvinistas fugidos da perseguição religiosa na Inglaterra. Nesse  período, na Inglaterra se estabelecia a igreja luterana, liderada pelo monarca  britânico, que é reconhecida tanto como católica quanto reformista. Os  peregrinos estabeleceram a Colônia de Plymouth no atual estado de  Massachusetts, e difundiram a sua cultura e sua religião.
   Os assentamentos em Massachusetts expandiram e geraram  novas colônias. Connecticut e New Haven, que se fundiram em 1665. Puritanos  mais liberais, que consideravam os colonos de Massachusetts muito restritos,  formaram a colônia de Rhode Island, onde todos, inclusive judeus, aproveitavam  de liberdade de preocupações religiosas. 
   Mais ao norte de Massachusetts, alguns colonos se  aventuraram contra as condições climáticas e formaram a colônia de New  Hampshire. Essas quatro colônias, Massachusetts, Connecticut, Rhode Island e  New Hampshire compunham a região conhecida como Nova Inglaterra.
   Middle Colonies, ou as colônias do meio, diz respeito  às colônias que se encontravam no centro da faixa leste estadunidense. Em 1633,  foi fundada a colônia de Delaware pelos holandeses, por Peter Minuit, um líder  religioso protestante. Em 1664, os holandeses são expulsos por Sir Robert Carr,  e torna uma colônia britânica.
   Em 1664, o rei Charles II deus a terras entre Nova  Inglaterra e Virginia para seu irmão James, o duque de York. Essa área já era  em parte ocupa por comerciantes e donos de terra holandeses, tinha o nome de  Nova Holanda e foi renomeada como Nova York. A presença desses holandeses além  de belgas, alemães, escandinavos e huguenotes franceses, fez com que a Colônia  de Nova York fosse bastante diversa e prospera.
   Também em 1664, foi fundada a colônia de Nova Jersey,  por Lorde Berkeley e Sir George Carteret. Foi nomeada assim por conta da ilha  de Jersey, situada no canal inglês. Essa área anteriormente esteve sob posse  dos holandeses.
   Em 1680, o rei deu aproximadamente 117 mil km² de  terra a oeste do rio Delaware para William Penn, um Quaker dono de terras na  Irlanda. As terras de William na América do Norte ficaram conhecidas como  Penn’s Woods algo “mata do Penn”, ou simplesmente Pennsylvania. Atraídos pela  promessa de terras férteis e tolerância religiosa, pessoas vindas de diversas  partes da Europa, pagaram pela sua própria viagem, e tinham dinheiro suficiente  para se instalarem quando chegaram. Isso resultou na prosperidade e certa  igualdade na colônia.
   A terceira região é a das colônias do sul. A primeira,  delas, a ser fundada foi a colônia de Maryland, em 1633, por George Calvert,  Lorde Baltimore e outros colonos. A colônia recebeu esse nome por escolha do  rei Charles I, em homenagem a sua esposa, rainha Henrietta Maria.
   A colônia de Carolina possuía um vasto território que  se estendia do sul de Virginia até a Flórida (pertencia aos espanhóis). Essa  colônia era mais agrária e, portanto, menos cosmopolita. Na porção norte era  praticada a agricultura de subsistência. No Sul era cultivado milho, carne de  boi e de porco, além da extração de madeira, e a partir de 1690, arroz. A  colônia foi dividida em 1729, em Carolina do Norte e Carolina do Sul.
   Em 1732, foi criada a colônia de Geórgia, pelo inglês  James Oglethorpe, como uma espécie de barreira entre as Carolinas e a Flórida,  que na época era colônia espanhola. O desenvolvimento dessa colônia se  assemelha ao da Carolina do Sul.
   Essas treze colônias posteriormente se uniram e  batalharam contra os britânicos e declararam a sua independência, dando origem  aos Estados Unidos da América.
  4.3 História  do período colonial estadunidense
   Durante o período colonial, as treze colônias  britânicas desenvolveram economias variadas; bastante influenciada por fatores  geográficos, como o clima e o solo.
   As colônias da Nova Inglaterra se localizavam ao  norte, essa região possui um clima mais ameno e o solo é menos propicio para a  plantação. A proximidade com o mar foi determinante para o desenvolvimento da  economia loca. Era praticada a pesca, caça às baleias, a construção de  embarcações marítimas, além do cultivo do milho, abobora, feijão e centeio. 
   As colônias mais ao norte da Nova Inglaterra  praticavam atividades mais cosmopolitas, como a manufatura e o desenvolvimento  de pequenas indústrias. Houve investimento na infraestrutura, como estradas,  pontes, balsas e hospedarias. O empreendedorismo era bastante praticado, a  ponto de ser uma das características da região, e o trabalho especializado  passou por um crescimento.
   A prosperidade da região a tornou atraente e a  população cresceu rapidamente, provocando a habitação de terras mais a oeste na  colônia. Surgiam oportunidades de emprego inclusive para mulheres, como ensino,  alfaiataria e a tecelagem. Tudo isso foi possível graças a chamada “ética  protestante”.
   Essa região era habitada por peregrinos e era  intolerante à outras religiões, somente era permitida a prática da religião dos  puritanos, que se opunham fortemente à igreja católica.
   As colônias do meio exportavam bens de agricultura e  recursos naturais, a região inclusive ficou conhecida como “cesta de pão” por  conta dos diversos produtos cultivados nas colônias, principalmente o trigo. Manufaturando  produtos a partir do minério de ferro, como ferramentas, pregos, arados e  chaleiras que eram então exportados para o Reino Unido.
   Por conta de sua inicial colonização por parte dos  holandeses, essa região era habitada por holandeses, além de belgas tanto  flamengos quanto valões, além de russos. Isso fez com que seus habitantes  fossem diversificados, com culturas e religiões variadas. Era, portanto, mais  tolerante, e não havia uma religião oficial, eram habitadas por quakers,  católicos, luteranos, judeus e outros grupos religiosos. 
   As colônias do Sul eram mais rurais, e tinham sua  economia totalmente baseada na agricultura. O principal produto cultivado na  região era o tabaco, também era cultivado o algodão, milho, vegetais, frutas,  grãos e a agropecuária. As plantações eram feitas em grande escala e para tanto  necessitavam de mão-de-obra.
   Nas plantações trabalhavam escravos africanos, a  região teve a maior população de escravos das treze colônias. Milhões de  escravos foram trazidos para trabalha nessas plantações, cerca de 2,5 milhões.  Esses escravos moravam nas fazendas que consistiam de uma casa grande, senzala,  casa de fumo, ferraria e celeiros. Essa estrutura tornavam as fazendas  autossuficientes.
   Os escravos viviam e condições desumanas, trabalhavam  do nascer do sol até o pôr do sol, moravam em casas superlotadas sem estrutura  adequada, em extrema pobreza. Havia também os escravos de casa, que eram  responsáveis pelos afazeres domésticos nas casas grande. 
   Nas colônias do Sul, existiam leis que impediam que  escravos se casassem, terem posses ou mesmo a sua liberdade, além de impedir  que os escravos recebessem educação. 
   Alguns proprietários de escravos davam ordens através  de punições físicas e por vezes psicológicas, ameaçavam vender membros da  família do escravo. Muitos escravos foram executados por seus donos por  suspeita de algum crime, os executados eram queimados ou enforcados. A posse de  escravos era sinônima de poder.
   A escravidão se disseminou nas colônias do Sul por  motivos econômicos. Mais tarde, após a independência dos Estados Unidos, se  tornaria motivo para uma guerra civil entre os estados do Norte e os estados do  sul.
   Nessa região, havia a predominância de anglicanos e de  batistas, e até os dias de hoje a religião possui um papel importante na vida  dos moradores dessa região. A colonização nessa área se assemelha a de colônias  de exploração, é semelhante com a colonização no Brasil. Então nos Estados  Unidos colonial existiam três regiões, e a região sul era a que mais se  distinguia das outras. É a região mais conservadora e intolerante do país.
  4.4 Como o  protestantismo influenciou a cultura e a economia
   O protestantismo, como já mencionado nesse texto,  valorizava uma virtude que seria o trabalho, pelo qual a prosperidade seria  alcançada. Além disso, nota-se um maior individualismo advindo da fé reformada,  o qual teve potencial de imprimir uma nova dinâmica nas relações sociais. Tanto  a questão da busca pela prosperidade, como o caráter individualista conferiam  ao cidadão-cristão uma maior autonomia e maior capacidade de desenvolvimento  pessoal na esfera social.
   Esses valores cristãos harmonizam com a ideia de  liberdade civil, o que traz novas responsabilidades político-sociais para o  cidadão cristão norte-americano. Pode-se afirmar uma afinidade entre essa  tradição religiosa e a democracia. Com a fundação dos Estados Unidos como nação  independente, formam-se diversas seitas religiosas na medida em que não havia  uma religião oficial do estado, cada igreja, portanto, adquirindo uma própria  conduta e um código de sociabilidade entre si, reforçando a ideia de liberdade  de expressão.
   Tudo isso contribuiu, na nação estadunidense, para a  construção de um ideal liberal e democrático de influenciaria de forma direta  nas decisões político-econômicas do país, bem como na mentalidade comum da  sociedade americana, a qual valoriza a democracia e as liberdades individuais.
  4.5 Como os  EUA se tornaram uma grande potência
   No século XVIII os habitantes das treze colônias  exigiram o direito de escolher seus próprios representantes para administrar e  coletar impostos, as exigências foram negadas. Eles então passaram a boicotar  os produtos vindos da metrópole, o que foi respondido com a rejeição de seus  direitos. Foi iniciada então a revolução americana, em 1775.
   As treze colônias se uniram para combater e expulsar  os britânicos. Tinham como objetivo a defesa de direitos como a vida, liberdade  e a busca pela felicidade. A revolução acreditava nos ideais do liberalismo, e  valorizava a liberdade econômica e individual, e o empreendedorismo, além do  republicanismo. Era, portanto, uma revolução liberal e republicana.
   Durante oito anos, estadunidenses lutaram por sua  independência. Houve diversos conflitos, ao todo foram 36 batalhas. Cerca de 35  mil soldados lutaram com o apoio de 44 mil milicianos. Foram 25 mil  casualidades. O exército foi liderado por George Washington, que se tornaria o  primeiro presidente dos Estados Unidos.
   A partir da sua independência e formação, os Estados  Unidos adotaram uma constituição em 1787, e estabelecia a união entre os  estados, um mercado comum, sem tarifas internas. A princípio houve uma  discussão a cerca da extensão do poder federal. O primeiro secretário do  tesouro, Alexander Hamilton, propôs o “poder implícito”, politica em que a  constituição autorizava o governo federal a criar qualquer lei que apoiasse o  conteúdo da constituição.
   A revolução industrial ocorreu nos Estados Unidos teve  ocorreu no século XIX. Após a guerra civil, vencida pelos estados do Norte, as  máquinas começaram a substituir o trabalho manual, aumentando a capacidade de  produção. Uma rede de ferrovias cobria todo o território, e os bens produzidos  eram transportados mais facilmente. 
   A ciência era valorizada e se desenvolvia. Como  resultado, inventores criavam produtos que satisfaziam o interesse do mercado  consumidor. A produção de bens ocorria em larga escala, e havia investimento por  parte dos bancos para a expansão de negócios. Esse crescimento industrial foi  concentrado no Norte do país. Os estados do Sul se desenvolveram de maneira  tardia e lenta, tanto economicamente quanto cientificamente.
   Os Estados Unidos investiram em suas forças armadas e  tornaram fortes belicamente, aumentando a sua influência nas relações  exteriores. No século XX o país se tornou uma grande potencia global. Durante  os pós I Guerra Mundial, a Europa encontrava-se devastada e, portanto, teve sua  influencia reduzida, o que gerou um vácuo no domínio global, que foi  posteriormente ocupado pelos Estados Unidos.
  5. Conclusão
   Em vista do presente estudo, podem-se extrair as  seguintes conclusões: Primeiro que, de fato, a religião tem o poder de  influenciar um povo, o qual está diretamente ligado a um Estado, influindo nas  políticas públicas; Segundo que os países católicos, geralmente apresentam um  perfil de menos desenvolvimento econômico e uma mentalidade social de maior conformação  político-social do que em países protestantes; Por fim, pode-se evidenciar a  correlação entre o protestantismo e a criação da noção de cidadania dentro do  contexto da democracia liberal, principalmente no caso norte-americano. 
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