Observatorio Economía Latinoamericana. ISSN: 1696-8352


GESTÃO DE UMA INDÚSTRIA BENEFICIADORA DE ÓLEO DE PALMA NO MUNICÍPIO DE MOJU- PA, NO PERÍODO DE 2009 A 2013

Autores e infomación del artículo

Karyne Dias Bernardes Piol*

Ingryd Diógenes de Araújo Lima**

Fabrini Quadros Borges***

Educélio Gaspar Lisbôa****

Silvane Vatraz *****

Universidade Do Estado Do Pará – UEPA

karynebernardes1@gmail.com

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Resumo: O estudo tem como objetivo principal apresentar uma análise da gestão econômica financeira de uma empresa voltada ao agronegócio, mediante avaliações do balanço patrimonial. Os indicadores econômicos financeiros, por meio das avaliações verticais e horizontais foram empregados para melhor caracterizar o diagnóstico dos resultados da empresa avaliada. O estudo foi realizado com dados de uma indústria beneficiadora de óleo de palma, localizada na cidade de Moju, Estado do Pará. A metodologia de análise dos dados ocorreu de forma quantitativa e indutiva, onde todas as informações utilizadas foram coletadas no site da Imprensa Oficial do Estado do Pará, no Diário Oficial, como: o Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Exercício e Demonstrações dos Fluxos de Caixas, dos anos de 2009 a 2013. Os resultados apontaram que a empresa avaliada, dentro do período avaliado, encontra-se em situação satisfatória a curto e médio prazo. Porém, é sugerido que a empresa considere novos investimentos para que consiga quitar as suas dívidas em longo prazo.

Palavras-chaves: Gestão, Indicadores econômico-financeiros, Análise Vertical, Análise Horizontal.

Abstract: The main objective of this study an analysis of the financial economic management of a company focused on agribusiness, through evaluations of the balance sheet. The financial economic indicators, through the vertical and horizontal evaluations were used to better characterize the diagnosis of the results of the evaluated company. The study was carried out with data from a palm oil processing industry located in the city of Moju, State of Pará. The data analysis methodology was quantitative and inductive, where all the information used was collected on the Official Press of the State of Pará, in the Official Gazette, such as: the Balance Sheet, Statement of Income for the Year and Statements of Cash Flows from 2009 to 2013. The results showed that the company evaluated, within the assessed period, in the short and medium term. However, it is suggested that the company consider new investments so that it can settle its debts in the long term.

Keywords: Management, Economic-financial indicators, Vertical Analysis, Horizontal Analysis.

Resumen: El estudio tiene como objetivo principal presentar un análisis de la gestión económica financiera de una empresa orientada al agronegocio, mediante evaluaciones del balance patrimonial. Los indicadores económicos financieros, por intermedio de las evaluaciones verticales y horizontales, fueron empleados para mejor caracterizar el diagnóstico de los resultados de la empresa evaluada. La metodología de análisis de los datos ocurrió de forma cuantitativa e inductiva, donde toda la información utilizada fue colectada en el sitio de la Prensa Oficial el Estado de Pará, en el Diario Oficial, como: el Balance Patrimonial, la Demostración del Resultado del Ejercicio y Demostraciones de los Flujos de Cajas, de los años 2009 a 2013. Los resultados apuntaron que la empresa evaluada, dentro del período evaluado, en una situación satisfactoria a corto y medio plazo. Sin embargo, se sugiere que la empresa considere nuevas inversiones para que pueda retirar sus deudas a largo plazo.

Palabras claves: Gestión, Indicadores económico-financieros, Análisis vertical, Análisis horizontal.


Para citar este artículo puede uitlizar el siguiente formato:

Karyne Dias Bernardes Piol, Ingryd Diógenes de Araújo Lima, Fabrini Quadros Borges, Educélio Gaspar Lisbôa y Silvane Vatraz (2018): "Gestão de uma indústria beneficiadora de óleo de palma no município de Moju- PA, no período de 2009 a 2013", Revista Observatorio de la Economía Latinoamericana, (marzo 2018). En línea:
//www.eumed.net/2/rev/oel/2018/03/industria-beneficiadora-oleo.html
//hdl.handle.net/20.500.11763/oel1803industria-beneficiadora-oleo


1. INTRODUÇÃO

O objetivo desta investigação é analisar a gestão de uma empresa beneficiadora de óleo de palma no município de Moju - PA, junto ao seu processo de desenvolvimento produtivo.
Muitos investimentos foram realizados na empresa alvo deste estudo pela inciativa privada, com o intuito de aperfeiçoar a gestão por meio de melhorias econômicas financeiras. Desta forma, alavancando a receita operacional da empresa, o resultado imediato seria o aumento da geração de empregos e também de renda. Esse processo seria o reflexo de uma melhor gestão por meio do uso de melhorias econômicas e, por conseguinte, financeiras.
O desenvolvimento da cidade e o conhecimento da demanda leva as empresas a investirem no setor de óleo de palma no sentido de aumentar a produção interna do município assim como o progresso da região. Consequentemente isso contribui financeiramente tanto para as empresas, quanto para o município que irá arrecadar mais com os impostos maximizando assim, o desenvolvimento econômico da cidade de Moju.
A literatura publicada sobre o tema deixa claro que a gestão financeira tem apresentado um crescimento substancial para as empresas de beneficiamento do óleo de Palma, que propõe investimentos no setor. Meyer et.al (2012), expõe que com o surgimento da globalização apareceram várias mudanças no mundo dos negócios, que consequentemente alteraram a forma de se administrar uma empresa. Para Silva e Silva (2013) as demonstrações financeiras são dispostas de acordo com as regras contábeis, e oferecem uma série de dados sobre a empresa. A análise de balanço se faz necessária para qualquer tipo de empresa, independente de seu ramo de atuação.
As discussões sobre a dinâmica do desenvolvimento por meio da gestão econômico financeira contribuem de forma relevante, principalmente em regiões onde o grau de integração às novas tecnologias ainda é baixo. Entretanto, além da tecnologia, para que ocorra equilíbrio entre crescimento econômico e a sustentabilidade em nível municipal, é necessária que a parceria pública privada tenha o mesmo discurso no sentido de melhorias para o desenvolvimento do município.
Apesar de todos os esforços da iniciativa privada para o aumento do beneficiamento do óleo de palma na região, não há uma uniformidade no que tange a gestão pública, pois existe a carência de serviços públicos essenciais (como coleta de lixo, rede de esgoto, rede de água, energia elétrica e iluminação pública), que  caracterizam a formação de aglomerados subnormais (IBGE, 2017). Neste sentido o presente estudo propõe responder o seguinte questionamento: Qual é o grau de viabilidade econômico e financeiro da iindústria bbeneficiadora de óleo de palma no município de Moju, no período de 2009 à 2013?
Esta análise tem a pretensão de contribuir com informações pertinentes ao desenvolvimento socioeconômico do município de Moju - PA, onde está inserida a indústria avaliada neste estudo. Além de promover debates entre as iniciativas privadas e públicas sobre o desenvolvimento, impulsionando o surgimento de novas possibilidades de compreensão das relações entre os setores.
Nesta perspectiva este artigo está dividido em cinco partes: A primeira compreende a presente introdução; na segunda apresenta-se o referencial teórico, a terceira os procedimentos metodológicos aplicados à pesquisa; na quarta os resultados e discussões e por último as considerações finais.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

A crise mundial do petróleo em meados da década de 70 expôs o Brasil a buscar alternativas de fontes de energia renováveis. Muitos programas de incentivos do governo foram criados nesta época, como o Pró-álcool e posteriormente na década de 80, o Pró-óleo (Programa Nacional de óleos Vegetais para fins Energéticos) (CÉSAR; BATALHA, 2010).
A soja (Glycine max), girassol (Helianthus spp.) e o óleo de palma, extraído do dendê (Elaeis oleifera), fizeram parte do Pró-óleo (IICA, 2007). No entanto, o programa foi abandonado devido à queda do preço do petróleo, que se deu no ano de 1986 (POUSA et al. 2007).
O óleo de palma, por sua vez, é produzido a partir das frutas da palma de óleo (Elaeis guineesis) originárias do Oeste Africano e tornou-se uma commodity agrícola mundial utilizada em uma variedade de produtos alimentares e não alimentares (ALMEIDA, 2012). Atualmente vem sendo considerado um importante insumo para a produção de biodiesel. A palma é cultivada inteiramente em países em desenvolvimento que se localizam nas proximidades dos trópicos onde geralmente constitui-se em importante recurso para as economias locais, tanto na pauta de exportações como servindo de matéria prima para a indústria local (TEOH, 2010). No Brasil também é conhecido como dendê.
O óleo de dendê extraído do dendezeiro destaca-se entre as demais oleaginosas por apresentar a maior produção de óleo por unidade de área, além de produzir dois diferentes óleos. Um produzido pela extração na polpa, designado de óleo de palma e o da amêndoa, chamado óleo de palmiste (SAMBANTHAMURTHI et al., 2000). O primeiro é marcado por sua cor avermelhada reservada à presença de carotenoides, e sua utilização na alimentação (POKU, 2002), e o segundo pela sua utilização no setor cosmético e farmacêutico (SEAGRI, 2013).
Segundo a Agropalma (2002) e a Seagri (2013), o óleo de dendê possui uma reputação positiva na alimentação humana, uma vez que o seu consumo proporciona benefícios a sua saúde, como a redução do colesterol sérico sanguíneo (LDL) e a aumento do índice de HDL, apresentando características oxidantes exploradas na prevenção de doenças cardíacas e câncer.
O óleo de palma é óleo vegetal mais comercializado do mundo. Em 2010, foram comercializadas 71.6 milhões de toneladas do óleo de palma em comparação com 18.5, 8.4 e 6.7 milhões de toneladas dos principais concorrentes, os óleos de soja, girassol e canola (ALMEIDA, 2012).
O desenvolvimento da Indústria de óleo de palma está se deparando, desta forma, com o desafio de expandir a produção ao mesmo tempo em que precisa desenvolver políticas e estabelecer padrões que permitam o desenvolvimento sustentável.
A regulamentação referente aos empreendimentos de óleo de palma no Brasil, citados em literatura pertinente, indicam que esse mercado ascende de maneira promissora para novos investimentos em diversos municípios do interior do País. Com isso a expectativa aumenta para os novos mercados e instrumentos financeiros que venham a ser criados para viabilizar as transações de crédito, no sentido de potencializar as indústrias de beneficiamento de óleo de palma.
O balanço patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e quantitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira de um empreendimento. Ele é um modo conveniente de organizar e resumir aquilo que ela possui (seu ativo), o que ela deve (seu passivo) e a diferença entre os dois (o patrimônio líquido da empresa) em determinado momento (ROSS et al, 2013)
Segundo Padoveze (2010) o balanço patrimonial é uma ferramenta obrigatória e fundamental para que o gestor financeiro da empresa tome conhecimento da situação em que a mesma se encontra, e que de posse desses dados possa transformá-los em informações valiosas para o futuro da empresa e auxiliar grandiosamente tomada de decisão.
Uma das técnicas mais simples de aplicação e, ao mesmo tempo, mais importante no que se refere à riqueza das informações geradas para a avaliação do desempenho de um empreendimento, refere-se à análise horizontal e vertical.
Segundo Sousa e Martins (2010) ao fazer o uso da técnica de aanálise vvertical, o analista transforma valores monetários das demonstrações financeiras em coeficientes ou percentuais, cuja a finalidade é de mostrar a participação de cada conta (ou grupo) em relação ao total do ativo ou passivo.
Com isso, a análise vertical pode servir para uma empresa fazer uma visualização rápida das contas que mais sofreram alteração no período em análise, além de poder observar-se as contas de com maiores importâncias. Mais precisamente, a análise vertical expõe de maneira detalhada a estrutura do Ativo do Passivo e suas modificações ao longo do tempo em análise.
Para Alves e Silva (2013) na análise horizontal é feita uma comparação em diferentes exercícios, entre valores de uma conta ou grupo de contas, onde objetiva a avaliação do crescimento em decorrer do tempo em cada conta das demonstrações contábeis possibilitando uma análise de tendência.
Portanto, a técnica enfatiza as modificações ou evoluções ocorridas em cada conta das demonstrações em relação a uma demonstração básica geralmente a mais antiga de forma a evidenciar as tendências existentes.

3. METODOLOGIA

3.1 Local de estudo

Optou-se por estudar uma empresa do setor do agronegócio, na qual produz e beneficia a palma, porém escolheu-se realizar o estudo somente na indústria beneficiadora do óleo de palma, localizada em Moju no Pará. Iniciou suas atividades em 1982, no município de Tailândia, tornando-se o maior produtor de óleo de palma da América Latina, com a produção de semente de óleo refinado, gorduras vegetais e margarina.
Foi realizado um estudo de caso em uma indústria beneficiadora de óleo de palma para observar dados que serão analisados a partir do bbalanço ppatrimonial.

3.2 Tipo de pesquisa

Gil (2008) destaca que cada autor pode seguir seu modelo de estruturação das etapas da pesquisa pois não há precisão e sistematização. Porém, é apresentada uma estrutura por Gerhardt e Silveira (2009), que é uma forma didática de compreender as diferentes etapas.
Segundo Prodanov e Freitas (2013), do ponto de vista da sua natureza é uma pesquisa aplicada, pois tem por objetivo gerar conhecimentos para aplicação práticas que serão dirigidos a solução dos problemas característicos.
Para este estudo a forma de abordagem do problema será considerada pesquisa quantitativa, pois traduz opinião e números em informações que serão analisadas. Miguel (2012,) conceitua que “o ato de mensurar variáveis em uma pesquisa é a característica mais marcante da abordagem quantitativa”.
É exploratório quanto a vista dos objetivos, pois envolve levantamento bibliográfico e descritiva porque estabelece relações entre as variáveis. Quanto aos procedimentos técnicos é considerado estudo de caso pois estuda de forma intensa e exaustiva com um ou poucos objetos permitindo conhecer o assunto de forma ampla e detalhada, segundo o conceito de Gil (2008). De acordo com Yin (2015) este estudo considera documentação, registro em arquivos, entrevistas, observação direta, observação participante e artefatos físicos.
De acordo com Gerhardt e Silveira (2009), os elementos das etapas são (Figura 1): formulação da questão, a exploração da questão inicial, a elaboração da problemática, a construção de um modelo de análise, a coleta de dados, a análise das informações e as conclusões. As flechas retroativas mostram a interação constante, ou seja, para manter a coerência da pesquisa, é necessário reportar à etapa apontada.

As sete etapas que compõem a pesquisa segundo o autor são:

  1. Etapa 1 – Também tratada como a questão inicial, esta fase consistiu em definir o tema, especificar o motivo para a pesquisa, esclarecer os objetivos e justificar a importância do assunto abordado.
  1. Etapa 2 – Considerada a fase da exploração, utilizou-se de leituras buscando o amplo embasamento das fontes teóricas, através de periódicos, livros e monografias.
  1. Etapa 3 – É a problemática, desenvolveu-se questões para que fossem respondidas no decorrer do estudo e com base nas pesquisas bibliográficas realizadas foram extraídas as abordagens mais relevantes para a pesquisa. Aborda-se o problema que foi definido na questão inicial.
  1. Etapa 4 – Construção do modelo de análise onde foram desenvolvidas questões de estudo que responderam as problemáticas levantadas, a partir dos conceitos descritos. Neste ponto teorias e hipóteses se inter-relacionam.
  1. Etapa 5 – Fase da coleta de dados, foram colhidas informações úteis para análise e resolução da problemática proposta. Meios de coleta foram pesquisados e determinado a forma pela qual se obteriam os dados.
  1. Etapa 6 – Nesta etapa foram analisadas as informações dos dados obtidos. Revisou-se o conteúdo, tanto para a proposta provisória como para a coleta de dados.
  1. Etapa 7 - Por último, na conclusão sintetizou-se o que foi abordado em toda a pesquisa, além de propor trabalhos futuros.

3.3 Arranjos matemáticos

São agrupadas (Quadro 1), no balanço patrimonial, as contas do Ativo (coluna esquerda), bem como as do Passivo e Patrimônio Líquido (coluna direita).

3.4 Tratamentos dos dados

Os dados relacionados a este estudo foram obtidos por meio da internet, no site da Impressa Oficial do Estado do Pará, no Diário do Oficial, onde foram coletados informações de Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício e Demonstrações do fluxo de caixa para estudo e análise. Delimitou-se, portanto, ao período de 2009 à 2013 e selecionou-se os documentos de maior relevância para pesquisa.
Os dados para a realização dos estudos foram organizados em planilhas eletrônicas do Excel e através de tabelas e fórmulas, os dados desenvolveram-se e transformaram-se em informações para análise possibilitando a interpretação dos mesmos.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Após a composição das contas da empresa observou-se a seguinte estrutura para os balanços de pagamentos nos anos de 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013 (Quadro 2).
Nota-se que as contas do ativo e do passivo estão bem equilibradas, nos anos estudados, tendo a cada ano um aumento nas contas do circulante tanto do lado ativo quanto do passivo. As contas da empresa apresentam-se bem alocadas, especialmente o ativo permanente e o patrimônio liquido.
Por outro lado percebe-se que o patrimônio líquido da empresa foi o responsável pela depreciação e queda do valor nos rendimentos do ativo total, haja vista, que as contas capital social e reserva de lucros tiveram um valor substancial para o saldo do passivo total (Quadro 3).

Por outro lado a DRE da empresa apresentou um lucro líquido satisfatório nos anos entre 2009 a 2012, o que financeiramente fez alavancar o crescimento contábil da empresa, o que não aconteceu no ano subsequente, onde o saldo líquido apresentou um saldo negativo, e teve que ser depreciado da conta patrimônio líquido da empresa do mesmo ano.

4.1 Aanálise vertical

Os resultados da análise vertical estão computados no Quadro 4, a seguir. Pode-se observar, de acordo com o quadro, que do ano de 2009 à 2013, a participação do ativo circulante no valor total do ativo, comportou-se da seguinte forma: aumento de 0,49% de 2009 para 2010, enquanto que do ano de 2010 para o de 2011 verifica-se queda de 0,12%, já no ano de 2011 para o de 2012 verifica-se aumento de 0,18% e no ano de 2013 novamente queda de 1,14%.

Ainda, de acordo com o quadro 4, pode observar, que a participação expressiva do ativo não circulante no valor total do ativo, não obteve grandes mudanças com o passar dos anos e comportou-se da seguinte forma: queda de 0,49% do ano de 2009 para 2010, enquanto que de 2010 para 2011 obteve aumento de 0,12%, já no ano de 2011 para 2012 obteve queda de 0,18%, e por fim do ano de 2012 para 2013 obteve alta de 1,14%.
Em relação ao passivo circulante, pode-se observar, que sua participação no Passivo Total, de acordo com quadro 4, obteve alta de 2,83% do ano de 2009 para 2010, enquanto que de 2010 para 2011 houve uma pequena queda de 0,19%, já de 2011 para 2012 verifica-se uma alta de 1,79%, e de 2012 para 2013 alta expressiva de 6,70%.
A análise vertical no passivo não circulante, de acordo com o quadro 4, revelou que do ano de 2009 para 2010 obteve-se uma queda de 1,62%, verifica-se que do ano de 2010 para 2011 houve uma aumento de 0,47%, enquanto que de 2011 para 2012 verifica-se queda de 0,53%, já do ano de 2012 para 2013 é possível verificar-se uma alta de 1,37%. O patrimônio líquido, no decorrer dos anos em estudo vem diminuindo sua participação no passivo total. De acordo com o quadro 4, do ano de 2009 para 2010 verifica-se queda de 1,21%, do ano 2010 para 2011 queda de 0,28%, do ano de 2011 para 2012 queda de 1,26%, por fim, do ano de 2012 para 2013 também obteve queda de 8,07%.

4.2 Análise horizontal
De acordo com o quadro 5, por meio da análise horizontal, pode-se perceber que houve expressivo aumento no ativo circulante de 27,54 % do ano de 2009 para 2010, fato que explica-se pelo aumento principalmente nos impostos a recuperar. De 2010 para 2011, uma inexpressiva alta de 1,07%, enquanto que de 2011 para 2012, obteve alta de 10,92%. De 2012 para 2013 o ativo circulante caiu -33,50%, em razão da em razão dos baixos preços do óleo de palma e da redução de produtividade devido a fatores climáticos.
A análise horizontal nas contas do ativo não circulante, demonstrou estabilidade, com pequenos e sugestivos aumentos no decorrer dos anos. De acordo com o quadro 4, do ano de 2009 para 2010 obteve 6,02% de aumento, de 2010 para 2011 verifica-se 5,35% de aumento, de 2011 para 2012 observa-se 4,05% de aumento. O aumento mais expressivo de 8,06 % foi do ano de 2012 para 2013, marcado principalmente pelo alta de bens imobilizados.
As contas do passivo circulante, ainda de acordo com quadro 5, do ano de 2009 para 2010 obteve alta de 30,99%, enquanto que do ano de 2010 para 2011 aumento de 3,9%, do ano de 2011 para 2012 verifica-se alta de 16,67%. De 2012 para 2013 verifica-se alta de quase 50%, em razão do aumento significativo da dívida com credores diversos, que aponta para a tentativa de conter os prejuízos advindos da baixa produção e preço de exportação do óleo de palma.
Nas contas do passivo não circulante, de acordo com quadro 5, houve expressiva queda de 47,09% do ano de 2009 para 2010. Enquanto que, do ano de 2010 para 2011 obteve-se alta 36,26%, já de 2011 para 2012 queda novamente de 22,42%. De 2012 para 2013 é marcado pelo significativo aumento de 102,07%, devido a aquisição de novos empréstimos e financiamentos.
A análise horizontal nas contas do patrimônio líquido, de acordo com quadro 4, do ano de 2009 para 2010 obteve alta de 5,01%, enquanto que do ano de 2010 para 2011 verifica-se alta de 4,87%. Do ano de 2011 para 2012 alta de 4,24%, por fim, do ano de 2012 para 2013 queda 3,74%, devido a retirada de capital da reserva de lucro.
Quanto ao total do ativo e passivo, de acordo com quadro 5, do ano de 2009 para 2010 verifica-se aumento de 6,55%, já de 2010 para 2011 aumento de 5,22%, de 2011 para 2012 aumento de 2,67%, enquanto que de 2010 para 2013 alta de 6,81%.

5.  CONSIDERAÇÕES FINAIS

           A análise das demonstrações contábeis com a utilização dos indicadores econômicos e financeiros tem grande proeminência como ferramenta para a tomada de decisão, pois possibilita conhecer a situação econômica e financeira da empresa, podendo assim ser utilizada para realizar projeções com base em eventos passados identificados na análise.
A primeira análise feita em nosso trabalho foi a análise vertical, que é capaz de despontar a importância relativa de cada conta dentro da demonstração patrimonial e através da comparação com padrões com as relações da própria empresa em anos anteriores, podemos inferir que não há itens fora das proporções usuais. E além disso, pode-se relatar que o ativo não circulante possui maior participação no total do ativo, enquanto que, o patrimônio líquido possui maior participação no total do passivo.
Já na análise horizontal, que mede a evolução de cada conta (ou grupo de contas) ao longo dos anos, nota-se que a empresa passou por dificuldade entre os anos de 2012 e 2013 pelo fato de apresentar queda de 33,50% em seu ativo circulante e queda de 3,74% em seu patrimônio líquido. Fora isso, a empresa só apresentou queda de crescimento no passivo não circulante nos anos de 2009 para 2010 com -47,09% e -22,42% de 2011 para 2012, o que pode ser explicado, pela quitação de empréstimos e financiamentos a longo prazo.
Por fim, de acordo com o objetivo deste trabalho, concluímos que a indústria beneficiadora de óleo de palma, no período estudado, encontra-se em situação satisfatória a curto e médio prazo. Porém, salienta-se que para que a empresa consiga quitar suas dívidas a longo prazo, deve considerar outros investimentos.

6.  Referências

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*Engenheira de Produção, graduada pela da Universidade Estadual do Pará – UEPA, Avenida Hiléia, s/nº – Agrópolis do Incra, Bairro: Amapá Cep: 68.502-100 Cidade: Marabá-Pará- Brasil. Email: karynebernardes1@gmail.com
**Engenheira de Produção, graduada pela da Universidade Estadual do Pará – UEPA, Avenida Hiléia, s/nº – Agrópolis do Incra, Bairro: Amapá Cep: 68.502-100 Cidade: Marabá-Pará- Brasil. Email: in.gryddiogenes@gmail.com
*** Economista, Professor MSc. na área de Gestão Organizacional para a Agroindútria, da Universidade Estadual do Pará – UEPA, Rua do Una, nº 156 Bairro: Telégrafo Cep: 66.050-540 Cidade: Belém - Pará - Brasil. Email: fabrini.borges@gmail.com.
**** Economista, Professor MSc. Departamento de Ciências Sociais Aplicadas- DCSA, da Universidade Estadual do Pará – UEPA, Rua do Una, nº 156 Bairro: Telégrafo Cep: 66.050-540 Cidade: Belém - Pará - Brasil. E-mail: lisboa.uepa@gmail.com
*****Engenheira Florestal, Doutora em Ciências Florestais pela Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA, Avenida Presidente Tancredo Neves, Nº 2501 Bairro: Terra Firme Cep: 66.077-830 Cidade: Belém-Pará-Brasil. Email: vatraz@yahoo.com.br

Recibido: 25/02/2018 Aceptado: 01/03/2018 Publicado: Marzo de 2018

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