Tainá Agostinho Cardoso*
Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, Brasil
Correo: tainaagostinho@hotmail.com
RESUMO
      Este artigo  objetiva analisar aproximações dos sistemas de mão-de-obra empregados na  América Espanhola, a partir do texto base de Murdo Macleod intitulado “Aspectos  da economia interna da América Espanhola Colonial: mão-de-obra; tributação e  troca” relacionando-o a outros documentos, incluindo audiovisuais que irão  apresentar as condições de trabalho atuais da população Peruana e Boliviana. A  produção então se reservou em explorar condições implicadas no trabalho da  Extração do Guano no Sul do Peru, na Iha Chincha Sul, o trabalho nas Minas de  Prata, na cidade de Cerro Rico, na Bolívia, e o trabalho análogo à escravidão  sofrido pela população boliviana em território Brasileiro, nas fábricas  clandestinas de confecção de roupas. Há que se verificar que esta análise não  busca simplificar, generalizar ou invisibilizar outras relações trabalhistas,  no tocante que o recorte escolhido foram estas três questões específicas.
  PALAVRAS-CHAVE: Trabalho  latino-americano, Repartimientos, Extração de Guano, Extração de Prata,  Trabalho análogo ao escravo na Indústria Têxtil.
  RESUMEN:
      Este  artículo tiene como objetivo analizar aproximaciones de los sistemas laborales  utilizados en la América española, en base al texto básico de Murdo Macleod  titulado “Aspectos de la economía interna de la América colonial española:  trabajo; tributación e intercambio ”en relación con otros documentos, incluidos  los audiovisuales que presentarán las condiciones laborales actuales de la  población peruana y boliviana. Luego, la producción se reservó para explorar  las condiciones implicadas en el trabajo de extracción de guano en el sur del  Perú, en Ica, en Iha Chicha Sul, el trabajo en las Minas de Prata, en la ciudad  de Cerro Rico, en Bolivia, y un trabajo análogo a la esclavitud sufrida por la  población boliviana en territorio brasileño, en fábricas clandestinas de ropa.  Cabe señalar que este análisis no busca simplificar, generalizar o hacer  invisibles otras relaciones laborales, en la medida en que el corte elegido fue  estos tres temas específicos.
      PALABRAS  CLAVE: Trabajo latino-americano, Repartimientos, Extracción de Guano,  Extracción de Plata, Trabajo análogo a la esclavitud em la Industria Textil.
Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato: 
Tainá Agostinho Cardoso (2020): “2020): “Trabalho latino-americano: aproximações entre os repartimientos da américa espanhola e as condições trabalhistas na contemporaneidade para bolivianos e peruanos”, Revista Caribeña de Ciencias Sociales (marzo 2020). En línea:
 https://www.eumed.net/rev/caribe/2020/03/trabalho-latino-americano.html
http://hdl.handle.net/20.500.11763/caribe2003trabalho-latino-americano
A  marginalização, a exploração exacerbada, o abandono, e o massacre do contingente  humano e cultural, exercidas pelo Europeu sob os nativos da América Espanhola,  deixam cicatrizes na organização social dos habitantes nos dias de hoje. Depois  de ceifadas suas riquezas, lhes restam pouco desenvolvimento, correspondendo a  uma vida muito dura. Inserida no sistema de mercado capitalista, e sem  condições de competitividade com os Países industrializados e desenvolvidos, a  resposta mais adequada para este empasse estaria na produção de matéria-prima e  da própria força de trabalho. Como País, tem que adaptar a sua realidade à esta  funcionalidade, e o mercado de trabalho continua a ser um desafio, como aponta  Jürgen Weller
          [...]  no contexto de uma estrutura produtiva heterogênea, a limitada cobertura das  regulações laborais, os limites ao crescimento da produtividade e a debilidade  sociopolítica dos principais atores contribuíram para que a pauta-modelo – o  trabalhador assalariado com emprego permanente, seguridade social e organização  sindical – nunca chegasse a representar uma proporção majoritária da força de  trabalho, e menos ainda da população com idade para trabalhar. (WELLER, 2012,  p.30)
          Portanto,  vê-se que apesar das investidas dos Países da América Espanhola em regularizar  a oferta de mão-de-obra, ainda é insuficiente diante a industrialização, o que  faz com que grande parcela populacional do continente seja empurrada para  serviços precários, com péssimas condições de salubridade, horas trabalhadas e  inseguranças legais, ou em outros casos, estejam tão imbricados a estes  problemas, que se assemelham ao tipo de operação laboral que era realizado no  início da colonização. E é esta discussão que aprofundaremos a seguir. 
A  colonização espanhola na América dependeu de uma ressignificação e  aproveitamento de sistemas que já funcionavam no território antes da chegada  dos Europeus no continente. Seguindo interesses que cada região podia lhes  oferecer. Os locais com grandes contingências populacionais e acúmulo de  matérias-primas foram alvos centrais da colonização, em outros casos, com  população densa e pouco acúmulo de capital, serviriam como exportadores de  mão-de-obra. O repartimiento foi um sistema utilizado num segundo momento da  colonização, quando o sistema de encomiendas, que era a distribuição de  mão-de-obra nativa, já estava declinando, em função da tributação e do  definhamento populacional. O repartimiento era outro sistema de distribuição de  força produtiva indígena, no entanto obedecia a uma iniciativa de recrutamento  rotativo, que estava vinculado à questão do declínio demográfico. Procurava-se  manter um rodízio da mão de obra indígena masculina e sã, trocando o grupo a  cada período de tempo. Para discutir os pontos levantados, tomemos o que diz  Murdo Macleod
          Se  a encomenda fora em parte uma forma de uma elite emergente controlar e  partilhar um recurso importante, a mão-de-obra, os recrutamentos de  rapartimiento eram uma maneira de racionalizar uma oferta cada vez mais  escassa. Pelos nomes usados para designá-los, é obvio que no México e no Peru  esses recrutamentos eram de origem pré-colombiana; o coatequil mexicano e a  mita peruana foram os exemplos da tendência dos invasores a adotar as  instituições funcionais existentes e a alterá-las gradativamente à medida que  as circunstâncias o exigissem. (MACLEOD, 2012, p. 225)
          O  repartimiento foi responsável por uma desestruturação das relações sociais,  hierárquicas e produtivas das aldeias, além disso, a aldeia passou a ser um  local opressivo para os nativos, onde havia uma forte manipulação por parte de  ações espanholas, em relação à tributação, conversão religiosa pela igreja  Católica e local de fácil acesso para a escolha de recrutamento para o  trabalho. Desta forma, expulsou os nativos para outras formas de  arregimentação, aculturando-se e marginalizando-se em outras categorias de  trabalhos. 
          Assim  torna-se contundente a análise das condições de trabalho no qual esta  população, acrescida de outros agentes, como o negro e o criolo, ainda se  encontram atualmente expostas, assegurados por um ciclo de violências que vão  além da questão física, mas adentraram nos âmbitos psicológicos e de direitos,  no tocante que houve certa institucionalização de preconceitos, que os  marginaram para uma vida com poucos recursos.
          Traçando uma aproximação entre os  repartimientos de mão-de-obra expostos acima, à extração de Guano no Peru, ao  trabalho no que ainda restam das Minas de prata na Bolívia e a mão-de-obra  boliviana ‘escrava’ nas facções têxteis no Brasil, poderemos visualizar os fins  que a construção deste cenário levou nos dias atuais.
          Todavia,  há que se considerarem os objetos de análise que foram selecionados para as  constatações deste estudo. Levando em consideração à Nova História Cultural,  que faz possível a pesquisa de outras fontes que não apenas as oficias, e em  razão da falta de documentação historiográfica recente sobre as condições  trabalhistas específicas a que levantamos, serão avaliadas produções  audiovisuais. Sobre estes materiais, ressalto a contribuição de Rafael  Hagemeyer:
          As relações entre a produção do conhecimento histórico e os  registros audiovisuais são variadas (...) cada um desses produtos possui sua  própria história, que pode ser compreendida a partir do seu desenvolvimento  técnico, das convenções de sua linguagem, das diferentes formas de exploração  comercial e do seu impacto no imaginário social e histórico (...) porque o  historiador pode usar o audiovisual de várias maneiras: como fonte de  informações especifica para sua pesquisa, como objeto privilegiado de análise  ou para o estudo das diversas formas de representação da História. (HAGEMEYER,  2012, p. 9) 
          Entendendo  o audiovisual como fonte histórica, abordaremos o primeiro escolhido para a  análise, este narra uma atividade econômica importante para a economia peruana,  mas ao mesmo tempo, muito problemática. A discussão acerca da exploração de  Guano no Peru foi identificada no documentário produzido pela  "BossaNovaFilms" para o Discovery Brasil, estando disposto na série  intitulada "Missão Extrema com Karina Oliani" sendo o terceiro  episódio da 1° temporada da mesma, lançado em 20151 . 
          A  expedição foi realizada por Karina Oliani2  na Ilha Chincha Sul na região de Pisco no Peru. A produção audiovisual visa  compreender a extração do Guano, tal é um importante adubo natural, proveniente  das fezes das aves marinhas Guanai, Piquera e Pelicana que ficam depositadas  nestas ilhas pacíficas ao Sul do País, este já foi um importante produto de  exportação do século XIX, como expõe Myrna Santiago "[...] o guano  peruano, empilhado em pequenas montanhas por milhões de aves ao longo dos  milênios, nutriu a agricultura inglesa entre as décadas de 1840 e 1870, quando  a matéria orgânica chegou perto do esgotamento". (SANTIAGO, 2013, p. 84)
          As  condições de trabalho são muito adversas neste ambiente, os trabalhadores  enfrentam o fétido odor que se espalha até mesmo a centenas de metros da ilha  contendo gases tóxicos, o pó que levanta em função das atividades e do vento  forte podem causar problemas de saúde, assim como a doença que pode ser  contraída pelo carrapato, que é muito presente naquelas condições. Outro fator  é a questão do esforço físico extremo, dos processos de extração. As etapas do  trabalho são: quebra do Guano com a picareta, depois a separação do material da  areia, em seguida o recolhimento em sacos, para seguir até uma peneira,  separando o pó do Guano aos restos mortais de animais. Em seguida é colocado o  Guano já processado em sacas de 60 quilos, que irão para a comercialização.  (MISSÃO Extrema..., 2015) Lembrando que todos estes procedimentos são  realizados manualmente, contando apenas com instrumentos como pás, caminhões, e  esparsos equipamentos de proteção. 
          O  que é mais relevante à nossa observação das aproximações com as atitudes  espanholas na América é o fato de que este trabalho é realizado a partir de  recrutamento de homens de outras regiões, para o serviço sazonal, no caso  sondado pelo documentário, os homens migram 700 quilômetros, de Cordilheira  Branca até Pisco, onde utilizam embarcações para chegar na Ilha. Este trabalho  é caracterizado pela exploração intensa da matéria-prima em cada ilha durante 3  a 5 meses até o esgotamento do mesmo, e tendo que ser reservada a mesma que  passou pela extração, por pelo menos 6 anos. 
          No  entanto, este trabalho pode oferecer o dobro do salário mínimo peruano, ou  seja, não se caracteriza como trabalho escravo. Poderemos visualizar estas  aproximações com a afirmativa de Murdo Macleod: “Em princípio, o repartimiento  de mão-de-obra era um recrutamento remunerado, no qual uma determinada  percentagem da população indígena sadia, do sexo masculino, era obrigada a  viajar para longe de casa e trabalhar em projetos específicos ou em locais  designados” (2012, P. 226). Identifica-se que o recrutamento no caso atual a  oferta é aceita em função do salário, que é uma alternativa aos baixos salários  dos outros serviços. Mas as condições de trabalho insalubres, manuais e  rotativos são aspectos que dão certa noção de continuidade ao método Europeu  investido no período colonial nestes espaços.
          Diante  do exposto, abordaremos a seguir o segundo tópico de trabalho escolhido para o  estudo, sendo esta a questão da mineração que se encontra atualmente decadente,  em uma mina em Potosí em território Boliviano, que será abordada a partir do  documentário chamado “el documental la mina del diablo” de produção espanhola  da RTve – ES de 2012 3.  Onde versa a extração da prata em Cerro Rico, local em que a prata está quase  esgotada, e que 5.000 homens organizados em cooperativa, continuam buscando  restos de minerais na chamada “la montaña que come ombres”. No entanto, o  documento aborda a perspectiva de um adolescente de 14 anos, que traz  especificidades muito interessantes para a discussão com os processos  coloniais.
          Basílio  Vargas começou a trabalhar na mina com 10 anos, tem um irmão de 12 que já está  trabalhando ao seu lado. Ele executa manualmente as técnicas dentro da mina,  trabalha em uma mina já explorada intensamente com mais 10 homens. Eles  trabalham sem salário, apenas recebem alguma remuneração quando encontram o  minério. Seu pai faleceu em um acidente dentro da mina, por isso o garoto é o  responsável pela família, também é quem dá suporte psicológico para os mais  novos, e busca com muita dificuldade estudar, pois diferente do pai, não quer  morrer trabalhando no local, como mesmo mencionou o adolescente mineiro. (EL  Documental..., 2012)
          A  aproximação com o repartimiento de mitas é apresentada neste aspecto,  pois levando em consideração o recrutamento exclusivo de homens para os locais  de trabalho, neste caso, nas minas, havia uma perca considerável do contingente  masculino nas comunidades. Este fato gerava uma profunda melancolia na  população nativa, sendo possível de ser percebida também hoje, através do  discurso do menino, da situação difícil que vive sua família, e pela trajetória  abordada pela produção do audiovisual, que tem um olhar sensível e empático  para a situação. Segundo Macleod, “as terríveis condições vigentes em algumas  minas provocavam morte, fuga, e outras manifestações de miséria e desespero”.  (MACLEOD, 2012, p. 233). Outra observação interessante é a remuneração, no caso  colonial, por vezes não existia em função do trabalho forçado, e no caso atual  não existe algumas vezes, pois a matéria prima já não é abundante e é de baixa  qualidade, perdendo seu valor no mercado.
          Ademais,  outro debate deve ser considerado, e este se configura no último levantamento  sobre o trabalho atual que o estudo pretende ocupar-se, no entanto este, ao  contrário dos anteriores, conta com a participação de um número significativo  de pessoas nos trabalhos das confecções têxteis no Brasil, sendo de ambos os  sexos e idades, inclusive crianças, tal utiliza de mão-de-obra boliviana de  maneira informal e exploratória, sendo previsto até mesmo como um trabalho  análogo ao escravo nas facções. Esta situação se identifica com as Obrajes  têxteis investidas no período colonial na América, onde o recrutamento se dava  de forma violenta, de exploração, mas que também se utilizou de mão de obra  escrava. Para identificar a situação atual sobre o trabalho escravo, apontamos:
          O trabalho escravo é,  sobretudo, consequência de um sistema complexo, no qual está presente a  desigualdade social, a falta de oportunidades, a vulnerabilidade social, a  falta de políticas sociais, o subdesenvolvimento econômico, a rede de tráfico  de pessoas, os entraves jurídicos que dificultam a legal permanência e  regularização do trabalhador imigrante etc. O imigrante latino-americano  indocumentado que trabalha no setor de costura no Brasil tem seus direitos  humanos sistematicamente violados. (ILLES; FIORUCCI; TIMOTEO, 2008, p. 2015)
A  imigração boliviana para a cidade de São Paulo é decorrente da década de 1980 e  estão indissociáveis da figura do comerciante têxtil coreano, que desde a  década de 1960 já estavam envolvidos na profissão, e que alocaram estes  imigrantes que vinham em busca de trabalho em suas oficinas, sob o acordo de  “cama adentro” que consistia no modo de comer, trabalhar e dormir no mesmo  local. (AZEVEDO, 2005. Apud TIMÓTEO, 2011, p. 115). No entanto, o que mais  caracteriza atualmente esta produção é o tráfico de pessoas, que se iludem com  propostas falsas de atravessadores, ou de donos de confecção, acabando por se  inserindo num sistema exploratório de força produtiva escravista. 
          As Obrajes têxteis eram  locais de produção que se sustentava a partir de arrecadação de matéria-prima  recolhida em forma de tributação dos indígenas e que pagavam assim, preços  desvalorizados. O ciclo da produção continuava com a prisão dos índios  recrutados e cadeados em seu local de trabalho – o que se repete nas facções  Paulistas – sob um forte controle e vigilância, além de maus-tratos por longos  períodos, naqueles casos também se utilizou da mão-de-obra escrava africana.  Assim, vê-se que o local da fabricação de vestimentas, continua sendo um local  agressivo às populações marginalizadas da sociedade Latino Americana.
          Além disso, “o status imigratório irregular desses indivíduos é um  fator de vulnerabilidade que facilita situações de superexploração laboral, já  que por medo da deportação eles tendem a não procurar autoridades públicas e a  não realizar denúncias”. (TIMÓTEO, 2011, p. 113). Desta forma, percebemos os  riscos que as migrações espontâneas, nestes casos, prejudicadas com  atravessadores ilegais ou mesmo àquelas que estão relacionadas ao tráfico de  pessoas, estão expostas as condições impostas pelos mercadores brasileiros.  Podemos observar estes encargos na passagem a seguir:
Nas oficinas que empregam imigrantes jornadas exaustivas são  comuns. Geralmente a remuneração é calculada com base na produtividade e o  trabalhador, por receber apenas alguns centavos por cada peça costurada, busca  laborar até seu limite. Isto contribui para que trabalhadores explorados muitas  vezes não acreditem vivenciar uma situação de trabalho análogo à escravidão. O  indivíduo justifica sua jornada exaustiva dizendo que encara a situação como  transitória, pois tem como objetivo economizar, pagar as dívidas com o  empregador e posteriormente abrir uma oficina de costura própria. (TIMÓTEO,  2011, p. 116)
          Assim, estas pessoas estão incorporadas a um mercado de trabalho  alienante e violento, com baixíssimas oportunidades de mudanças de suas  realidades. Pois vivenciam um círculo de dependências com seus patrões,  endividados pelos próprios alugueis dos locais de trabalho/moradia, e também  pela exaustão ou problemas de saúde, que são possíveis de ocorrerem graças a  insalubridade das facções clandestinas, assim, sem direitos trabalhistas,  agravam suas situações em casos de impossibilidades para o serviço.
          Portanto, percebemos que os processos históricos desde a  colonização a quais foram submetidos os latino-americanos podem ser comparáveis  à modelos de trabalhos empregados na atualidade, demonstrando uma problemática  em relação ao desenvolvimento das relações trabalhistas. Da mesma forma como  estes mesmos, foram responsáveis pela miserabilidade da população ao passar dos  anos. Salientamos que não estamos perto de alcançar uma reparação à estas  violências, tendo em vistas os problemas recorrentes em relação as leis  trabalhistas, por exemplo, a conquista de direitos durante a vida produtiva,  que contrariamente, os latino-americanos enfrentam em relação ao fortalecimento  da terceirização do trabalho, ou em aspectos   de garantia de aposentadoria, quando pensamos nos casos de colapso da  previdência do Chile e das alterações promovidas recentemente no Brasil, na  mesma área, que expõe os trabalhadores a penas irreparáveis, mesmo depois de  toda a sua contribuição para a construção e funcioidnto do País. 
  Referências:
Hagemeyer,  RR. (2012): “História & audiovisual”. Belo Horizonte: Autêntica.
          Illes, P.  Fiorucci, ES; Timóteo, GLS. (2008): “Trafico  de Pessoas para fins de exploração do trabalho na cidade de São Paulo”. Cadernos Pagu [online]., n.31, pp.199-217. ISSN  0104-8333. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-83332008000200010&script=sci_abstract&tlng=pt.  Acesso em: 12 de nov. 2019
          Macleod, M.(2012)  “Aspectos da economia interna da América espanhola colonial: Mão-de-obra,  tributação, distribuição e troca”. In: Leslie, B. (org.). História da  América Latina: América Latina Colonial. São Paulo; ed. USP; Brasília, DF:  Fundação Alexandre de Gusmão, Vol. II. Pág. 219 – 268. 
Santiago, M.  (2013). “Extraindo histórias: mineração, trabalhadores e ambiente”. In:  Leal, C. Pádua, JÁ. Soluri, J. Novas  Histórias Ambientais da América Latina e do Caribe. RCC Perspectives. 2013.
          Weller, J.  (2012) “Panorama das condições de trabalho na América Latina”. Tradução  de Eduardo Szklarz.  Nueva Sociedad: ISSN: 0251-3552. Junho de 2012. Disponível em: https://www.nuso.org/articulo/panorama-das-condicoes-de-trabalho-na-america-latina/  Acesso em: 10 de out. 2019.
          Timóteo,  GLS. (2011) “Os trabalhadores bolivianos em São Paulo: uma abordagem  jurídica”. Universidade de São Paulo:  São Paulo.
Fontes:
          MISSÃO Extrema com Karina Oliani - 1ª Temporada  Episódio 03. Produção: Discovery Channel. Daily Motion: [s. n.], 2015.  Disponível em: https://www.dailymotion.com/video/x2qruu9. Acesso em: 16 set. de  2019. 
          EL documental La mina del diablo. Produção:  RTve.es. TheHond504: [s. n.], 2012. Disponível em:  https://www.youtube.com/watch?v=OkzFHaggNBo. Acesso em: 16 de set. 2019.