Andrieli de Fátima Paz Nunes*
Ricardo Alberti**
Denise Adriana Johann***
Deoclécio Junior Cardoso da Silva****
Antonio Vanderlei dos Santos*****
Universidade Federal de Santa Maria, Brasil
Correo: andriieli.nunes@gmail.com
    RESUMO: 
O presente estudo teve por objetivo analisar  qual é a influência da identidade organizacional dos colaboradores de uma  cooperativa de crédito da região central do rio grande do sul em relação aos  princípios do cooperativismo. Para isso, o estudo caracteriza-se como  descritivo, de natureza aplicada. Realizou-se uma a pesquisa de campo e a  coleta de dados se deu por meio de um questionário com 35 perguntas, sendo  destas duas questões abertas, que foram respondidas por 199 colaboradores. Para  a análise dos dados, os mesmos foram tabulados com a utilização do Survey Monkey, os quais passaram por  análises estatísticas como média, frequência e correlações através dos  resultados obtidos pelo software  Statistical Package for the Social Sciences. Através desta pesquisa foi possível evidenciar a importância do  treinamento e de capacitações dos colaboradores em relação aos princípios  cooperativistas. Em relação a análise do conhecimento dos colaboradores da  cooperativa investigada a respeito do cooperativismo, concluiu-se que a chance  de um colaborador acertar as questões propostas nessa pesquisa é de 67,70%,  pois entre as questões erradas ou quando o colaborador não soube responder soma  um montante de 32,30% das respostas, o que é representa um sinal negativo, já  que se trata de funcionários de uma cooperativa.
PALAVRAS-CHAVE: Cooperativismo. Identidade Organizacional. Princípios Cooperativistas. Colaboradores.
ABSTRACT: 
  The present study had as objective to  analyze the influence of the organizational identity of the employees of a  credit cooperative of the central region of Rio Grande do Sul in relation to  the principles of cooperativism. For this, a literature review was carried out  under the theme of cooperativism, seven cooperative principles and  organizational identity. The study was characterized as descriptive, the  research used was the field research, in addition, the information collection  was given through a questionnaire with 35 questions and of these two open  questions, which were answered by 199 employees, in the analysis of the Data  were tabulated using Survey Monkey, followed by statistical analyzes such as  mean, frequency and correlations through the results obtained by the  Statistical Package for the Social Sciences software. Through this research it  was possible to highlight how important is the training and training of  employees in relation to cooperative principles. In relation to the analysis of  the knowledge of cooperative X employees regarding cooperativism we arrived at  the following conclusions: The chance of a collaborator to answer the proposed  questions in this survey it is 67.70%, because between the wrong questions or  when the employee was not able to answer, 32.30% of the answers are concerned,  which is a concern for employees of a cooperative.
KEYWORDS: Cooperativism. Organizational Identity. Cooperative Principles. Contributors.
Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato: 
Andrieli de Fátima Paz Nunes, Ricardo Alberti, Denise Adriana Johann, Deoclécio Junior Cardoso da Silva y Antonio Vanderlei dos Santos  (2019): “Influência da identidade organizacional dos colaboradores de uma cooperativa de crédito da região central do Rio Grande do sul em relação aos princípios do cooperativismo”, Revista Caribeña de Ciencias Sociales (agosto 2019). En línea:
 https://www.eumed.net/rev/caribe/2019/08/identidade-organizacional-colaboradores.html
//hdl.handle.net/20.500.11763/caribe1908identidade-organizacional-colaboradores
INTRODUÇÃO:
O cooperativismo, não só no Brasil, mas em  diversos Países surge frente a grandes transformações. Para Singer (2002) as  ideias cooperativistas se constituíram através dos imigrantes europeus, que para  sua sobrevivência onde produziam sua subsistência e trocavam os excedentes,  transformando-se em organizações onde um determinado número de pessoas se unem  em busca de um de algo em comum para todos. Valadares (2003), acrescenta que o princípio  de identidade é o elemento que distingue as cooperativas das demais sociedades.  Os associados possuem características próprias, afinal, são simultaneamente os  donos e usuários de seus serviços e do empreendimento (VALADARES, 2003). 
       É importante que os  colaboradores estejam alinhados a identidade da cooperativa, pois caso a missão  da cooperativa não seja a mesma do colaborador, as perspectivas acerca do  rendimento do trabalho podem diminuir além de gerar insatisfação para o  colaborador (ASHFORTH et al., 2008). Dado o interesse em analisar os princípios  cooperativistas entre os funcionários de uma cooperativa, é fundamental  analisar a identidade organizacional, definida por Gioia (1998) como  características centrais, distintivas e contínuas de uma entidade. 
       Na  perspectiva acadêmica a essência de uma entidade, no caso seu objetivo, tende a  se concentrar na missão ou papel da organização. Essa essência é pensada para  refletir uma realidade objetiva ou a construção de uma (CORLEY et al., 2006;  WHETTEN 2006). 
       Dessa  forma, os colaboradores são fundamentais na construção da identidade  organizacional da cooperativa, assim é importante que tenham conhecimento sobre  os princípios cooperativistas que servem como ponto guia para o desenvolvimento  da cooperativa. Neste contexto, criou-se os princípios para servirem de  inspiração para idealização e criação da identidade das cooperativas, que  diante de um cenário de rápidas transformações, adaptaram e acompanharam a  evolução de seus princípios ao longo da transformações que vem ocorrendo no  mundo, em especial na dinâmica das cooperativas de crédito (CANÇADO; SOUZA;  PEREIRA, 2015)
       Após a  presente introdução, a seção subsequente apresenta-se o embasamento teórico  sobre a cooperativismo, os sete princípios cooperativistas e identidade  organizacional. Em sequência, a terceiro seção refere-se a metodologia  utilizada no estudo, seguida da análise e discussão dos resultados. Por fim, na  última seção elucida-se as considerações finais do estudo, seguida das  referências.
REFERENCIAL  TEÓRICO
       
       Esta seção tem o  objetivo de fornecer um melhor aporte teórico a respeito da temática. Por isso,  apresenta-se uma revisão da literatura sobre cooperativismo, cooperativismo de  crédito, os sete princípios cooperativistas e identidade organizacional.
COOPERATIVISMO
Segundo a Organização das Cooperativas  Brasileiras (OCB, 2016), foi em 1889, na cidade de Ouro Preto, então capital do  estado de Minas Gerais que o Brasil inicia suas atividades cooperativistas. O  movimento teve intensa participação de imigrantes europeus, sobretudo italianos  e alemães, mais tarde o sistema de cooperativas chega ao estado de São Paulo,  Pernambuco e Rio Grande do Sul.
       Menegário (2000) define as cooperativas como  uma organizações destinadas a  realizar divisão  de lucros ou resultados de maneira equilibrada, mantendo a liberdade dos  associados, baseando-se no conceito de cooperação, alavancando a integração  social e responsabilidade socioambiental. Neste contexto Menegáro (2000)  descreve as cooperativas como sociedades de, no mínimo, vinte pessoas físicas, dedicadas  a atividades sociais e econômicas, de forma livre e em benefícios de todos.
       Sob essa perspectiva, Singer  (2002) aborda as cooperativas como organizações constituídas por indivíduos de grupos  econômicos ou sociais, com intuito em desempenhar determinada atividade  econômica e/ou social em benefício dos demais membros.
       Conforme Silva (2005) é  através da união de interesses aliadas a princípios de solidariedade e  igualdade, administrada de forma democrática, assumindo benefícios e perdas que  se dá a constituição de uma cooperativa.
              A identidade organizacional que diferencia uma cooperativa das  demais sociedades embasada no princípio de identidade onde os próprios usuários  do serviços são os proprietários do empreendimento. Para Valadares (2003) os  cooperados são cotistas, o que os torna proprietários aptos a tomarem decisões  e usuários porque utilizam os serviços prestados pela cooperativa. 
       Assim, a identidade organizacional descrita por  Machado (2003) compreende o processo onde a organização por meio das crenças  compartilhadas torna-se específica nas mente de seus membros. Dessa forma, essa  organizações existem na mente de seus integrantes, fazendo com que a identidade  organizacional seja parte de sua identidade individual (MACHADO, 2003).
COOPERATIVISMO DE CRÉDITO
Esse  modelo de cooperativa surgiu na Alemanha, a partir da fusão de dois modelos: Schulze-Delitzsch  e Raiffeisen. As cooperativas com estas características não foram criadas a  partir da organização popular, como na Inglaterra, mas do trabalho de Hermann  Schulze, prefeito de Delitzsch e Friederich W. Raiffeisen, burgomestre de  várias aldeias em torno de Neuwied, na Renânia (CANÇADO; SOUZA; PEREIRA, 2015). 
       A partir desta concepção os autores acrescentam  que o propósito destas organizações é promover o encontro entre produtores com  mais recursos aptos a emprestar e financiar agricultores menos favorecidos sem  a perspectiva de ganhos exagerados.  Ainda  com este entendimento Cançado, Souza & Pereira (2015) caracterizam as  cooperativas de crédito como   organizações democráticas composta por pessoas que além de se conhecerem  atuam e tem interesse na mesma área. 
       Conforme  Jacques e Gonçalves (2016) as cooperativas de crédito fomentam crédito de  maneira diferenciada dos bancos tradicionais, já que assumem riscos em prol da  comunidade alavancando desta forma negócios locais, sendo reconhecidas como  instituições alternativas de crédito. Sob a perspectiva da falta de agências  bancárias em diversos municípios brasileiros essa forma de tomar crédito  aparece para suprir uma demanda e impulsionar o desenvolvimento regional  (JACQUES; GONÇAVES, 2016).
       Diversos  autores corroboram a importância do crédito para o desenvolvimento econômico de  uma região, portanto as cooperativas assumem um importante papel no  desenvolvimento local. Segundo Jacques e Gonçalves (2016) as sociedades  cooperativas são constituídas por pessoas focadas em prestar serviços aos seus  associados, os autores ressaltam a Cooperativa de Crédito Rural além de ser a mola  propulsora para muitas localidades também supriu a falta de agências bancárias  em diversas regiões onde os bancos não tinham interesse em se estabelecer. Na década  de 1990 a Cooperativa além de estimular a produção agrícola também a  diversificou, modernizando a colheita através de capital cedido para  modernização de equipamentos aumentando desta forma a produtividade. Nesse  sentido, a prática cooperativista de crédito demonstra ser eficaz em suas ações  reflete a transformação por meio da cooperação.
SETE PRINCÍPIOS COOPERATIVISTAS
A Aliança Cooperativa Internacional (ACI, 2011)  define os princípios cooperativistas como fundamentais para adoção de regras de  conduta a serem seguidas pelos cooperados e pelas cooperativas. Sendo assim, a  aderência e a compreensão dos princípios se torna um fator determinante a  disseminação das práticas dos sete princípios básicos do cooperativismo (OCB,  2017). 
       Os sete princípios principíos das cooperativas são:  adesão voluntária e livre, gestão democrática pelos membros, participação  econômica dos membros, autonomia e independência, educação, formação e  informação, intercooperação e interesse pela comunidade (CANÇADO & GONTIJO,  2009; ACI, 2011).
       Cançado e Gontijo (2009) em seu estudo defende  a atualização dos princípios cooperativistas como meio de  acompanhar a realidade que estava sendo vivida  em determinada época.  De acordo com  Crúzio (2002), a existência de princípios é importante para a adesão dos  associados, visto que não faz sentido a entrada de um novo cooperado que não  possua os mesmos propósitos da cooperativa. 
Dessa maneira, são expostos os princípios que norteiam as  cooperativas segundo a ACI e OCB, o princípio da adesão livre e voluntária defende que as cooperativas são  organizações voluntárias, abertas a qualquer pessoa apta a utilizar os seus  serviços e assumir as responsabilidades como membro, sem discriminação de  classe, religião, política e sexo.
       Da mesma forma que é garantido o direito de  escolha na entrada do associado, garante-se também o direito de saída do mesmo  da cooperativa. Esta saída deve ser totalmente sem obstáculo e voluntária,  conforme o estatuto de cada organização. A tomada de decisões dos associados de  forma democrática é um dos princípios que determinam estas entidades serem  controladas pelos seus membros que participam de forma ativa na formulação de  suas práticas e políticas (ACI, 2011). 
       Portanto as ações da organização são planejadas  e executadas por cada sócio ou associado e cada um tem direito ao voto e a  decisão, o que de fato diferencia uma empresa convencional de uma cooperativa. Neste  princípio é possível mostrar a importância de cada sócio para a cooperativa,  pois é através da participação ativa nas assembleias que os mesmos irão alinhar  as metas e objetivos de trabalho e então tomar decisões (CANÇADO & GONTIJO,  2009).
              Para ingressar em uma  cooperativa, o associado deve integralizar um número de quotas estipulado pela  cooperativa de forma pré definida em estatuto.
Este princípio está relacionado com a participação econômica dos membros, os quais contribuem equitativamente para o capital das suas cooperativas e o controlam democraticamente. Parte desse capital é normalmente propriedade comum da cooperativa. (VALADARES, 2002a, p.21-22).
Neste caminho é possível perceber que esse  princípio contribui o impedimento de se usar as quotas-parte para fins de uso  individual alavancando assim no que diz respeito as operações do associado. No  que se refere a autonomia e  independência tem-se que as cooperativas, são controladas pelos seus  associados de forma democrática o que possibilita a participação do associado  nas decisões da cooperativa (MACHADO, 2006). Neste processo, o sistema  cooperativista aconselha as cooperativas a se desenvolverem de forma  independente com o mínimo de interferência externa, inertes à incentivos  governamentais, porém respeitando os órgãos regulamentadores. 
       No  que tange ao princípio de educação,  formação e informação, é de fundamental a educação dos cooperados em  relação ao cooperativismo, pois os cooperados devem estar preparados e  orientados para as tomadas de decisões e assim garantir o sucesso do  empreendimento.
       Sob essa perspectiva, O  princípio da educação, formação e informação na cooperativa, é a principal  ferramenta para o sucesso de uma organização cooperativista quando bem  orientados os cooperados. Além disso, este princípio se faz necessário para que  os associados entendam o que realmente é uma cooperativa como empreendimento e  como eles podem tirar proveito disso, ajudando os demais cooperados e a  sociedade em geral (CANÇADO, 2007). 
              É  necessário ressaltar que a intercooperação é a união entre as  cooperativas com o objetivo de buscar qualidade no desenvolvimento dos  empreendimentos realizados pelos cooperativas e também nos serviços prestados  por elas. Seguindo essa prorrogativa, as cooperativas de forma geral servem de  forma mais eficaz aos seus associados impulsionando o movimento cooperativo com  trabalho através de estruturas locais, regionais, nacionais e também  internacionais (VALADARES, 2002).
       Após  o exposto, conclui-se que dentro os fatores determinantes pelo interesse nas  cooperativas está o interesse da comunidade, pois o foco das cooperativas concentra-se no desenvolvimento  sustentável da sua localidade, através de políticas aprovadas por seus membros. 
IDENTIDADE ORGANIZACIONAL
            Dado  o interesse em analisar os sete princípios cooperativistas entre os  funcionários de uma cooperativa, é fundamental analisar a identidade  organizacional, definida por Gioia (1998) como características centrais,  distintivas e contínuas de uma entidade. É importante que os colaboradores  estejam alinhados a identidade da cooperativa, pois caso a missão da  cooperativa não seja a mesma do colaborador as perspectivas acerca do  rendimento do trabalho podem diminuir além de gerar insatisfação para o  colaborador (ASHFORTH et al., 2008).
       Na  perspectiva acadêmica a essência de uma entidade como relativamente o objetivo,  tende a se concentrar na missão ou papel da Organização. Essa essência é  pensada para refletir uma realidade objetiva ou uma construção de uma (CORLEY  et al., 2006; WHETTEN 2006). Dessa forma, os colaboradores são fundamentais na  construção da identidade organizacional da cooperativa, assim como ter o  conhecimento sobre os sete princípios cooperativistas que servem como ponto  guia para o desenvolvimento da cooperativa.
       O conjunto de valores,  objetivos, crenças, traços, conhecimentos e habilidades são invocados para  articular a identidade organizacional (ASHFORTH, ROGERS & CORLEY, 2011).  Os autores complementam que independentemente da perspectiva, é difícil  conceber uma identidade organizacional razoavelmente forte, juntamente com  certos valores, objetivos, crenças e assim por diante, pois esse conjunto é  formado por quem faz parte da organização, neste caso principalmente associados  e colaboradores, de maneira que a liderança aqui toma um papel transitório,  onde existe um presidente eleito por tempo indeterminado que pode ser deposto  mediante assembleia.
       Na construção da Identidade Organizacional (IO), a mesma passa por um  processo cognitivo contínuo, iterativo e corporificado para o membro  organizacional individual que recorre a múltiplas modalidades para assimilar a  mesma situação organizacional, com cada capacidade explorando diferentes  modalidades de informação e evocando uma perspectiva diferente dessa  experiência (KOGUT & ZANDER, 1996; OCASIO, 2001; HARQUAIL & KING,  2010). 
       Harquail e King (2010) descrevem que a interpretação sobre IO se  baseia no processamento, exame, interpretação e expressão de informações  corporais, formais e informais, oficiais e não oficiais, simbólicas e  materiais, bem como informações amplamente compartilhadas, interpessoais e  específicas para esse indivíduo. Além disso, a interpretação de um membro da OI  baseia-se não apenas em estímulos físicos ou experiências objetivas, mas também  em experiências socialmente construídas (HARQUAIL & KING,  2010). 
       Dessa forma o discurso sobre a organização é interpretado e enriquecido  pelas pessoas e suas crenças, onde incorporadas refletem no conhecimento que  será gerado para um novo membro. Assim, a interpretação de um membro da IO  também será influenciada pelas características da coletividade social na qual o  membro está inserido ou tentando definir, por processos de influência social  que contribuem para as percepções de um membro do ambiente organizacional (DALE,  2005; REICHERS & SCHNEIDER 1990), e por ações gerenciais intencionais para  elaborar certas crenças sobre uma organização (REGER et al., 1993; DUTTON et  al., 1994; HUMPHREYS & BROWN, 2002). 
            
       MÉTODO
O estudo caracteriza-se  como descritivo, pois tem a intenção de descrever determinados comportamentos  de uma população, mais especificamente, identificar apercepção de conhecimento  dos colaboradores de uma Cooperativa em relação aos princípios cooperativistas.  Para Gil (2002), a pesquisa descritiva tem por objetivo descrever as  características de determinada população ou fenômeno e o estabelecimento de  relações entre as variáveis, envolvendo a utilização de técnicas padronizadas  de coleta de dados como questionário e observação sistemática.
       Visando atender aos  objetivos elencados, realizou-se uma pesquisa de campo com colaboradores para  obter informações e/ou respostas acerca do problema definido. A pesquisa de  campo define-se pela observação de fatos ou fenômenos que ocorrem  espontaneamente, buscando respostas em relação a tais fatos (MARCONI &  LAKATOS, 2009). Além disso, esse estudo visou coletar as informações junto à  amostra definida por meio da utilização de um questionário eletrônico.
       Dessa maneira, aplicou-se  um questionário com 35 perguntas, sendo destas duas questões abertas, aos  colaboradores da Cooperativa de Crédito da região central do Rio Grande do Sul. 
       
       A população do estudo  foi constituída por 332 colaboradores da Cooperativa de Crédito. Para definir a  amostra desta pesquisa, considerou-se um erro amostral de 7%. Assim, definiu-se  uma amostragem aleatória mínima de 92 respondentes, em que se obteve 99  respostas.
       Através da análise deste questionário  objetiva-se identificar as características que compõe a cultura organizacional  da cooperativa em questão. Pode-se considerar que a cultura é definida como um  conjunto de diversos fatores que são refletidos e observados através do  comportamento do individuo.
       Para a  análise dos dados, os mesmos foram tabulados com a utilização do Survey Monkey, aplicativo baseado no  desenvolvimento de pesquisas online, que inclui análise de dados, seleção de  amostras e ferramentas de representação de dados. Posteriormente foram  realizadas as análises estatísticas como média, frequência e correlações  através dos resultados obtidos pelo software  Statistical Package for the Social Sciences (SPSS v.21).
  RESULTADOS E DISCUSSÃO
Neste capítulo, apresenta-se os resultados encontrados na pesquisa. Analisou-se o perfil dos respondentes e o conhecimento dos colaboradores sobre o cooperativismo.
4.1 Perfil dos Respondentes
Por meio da aplicação dos questionários pode-se compreender o perfil dos participantes da pesquisa, onde foram coletadas informações de 99 colaboradores. No que se refere ao gênero dos respondentes, o resultado foi 51 respondentes do gênero masculino (51,5%) e 48 do gênero feminino (48,5%). Em relação à faixa etária, destaca-se que a mesma variou entre 18 e 57 anos de idade. Percebe-se que há uma concentração de colaboradores entre 18 e 41 anos, totalizando um percentual de 78,7%. O maior percentual ficou com a faixa etária entre 26 a 33 anos, correspondendo a 34 colaboradores (34,3%), representando em sua maioria, pessoas experientes. Para Fleury (2000) administrar esta diversidade de idades significa adicionar valor para a cooperativa, além de ser uma estratégia voltada para a busca de vantagens e diferenciação das demais organizações.
Referente ao percentual de escolaridade,  47,4% dos respondentes possuem especialização/pós, 26,2% possuem nível superior  completo e 24,2% estão com graduações em andamento. É um grande índice, que  comprova que cada vez mais as cooperativas estão se profissionalizando. 
       Quanto ao tempo de serviço, o percentual  mais elevado refere-se aos colaboradores estão na cooperativa entre 4 a 7 anos,  totalizando um percentual de 28,2%. Outro fato importante é 71,7% dos  colaboradores possuem 4 anos ou mais de cooperativa, ou seja, neste período  existe tempo hábil para que o colaborador conheça o cooperativismo. Além disso,  este fato corrobora com a experiência dos profissionais, além de fortalecer o  vínculo de comprometimento na instituição. 
       Os autores  Bosma, Van Praag e De Wit (2000) em seus estudos provaram que ter experiência  profissional é decisiva para o sucesso de um empreendimento. Isso se aplica  também as cooperativas, pois o tempo de serviço facilita a capacitação do  colaborador, a compreensão do ambiente organizacional, além de fortalecer o  vínculo entre a cooperativa e o colaborador. 
  4.2 Conhecimento dos  colaboradores sobre o cooperativismo
As cooperativas são organizações abertas,  voluntárias, a todas as pessoas aptas a usar serviços e dispostas a aceitar as  responsabilidades de sócios, sem discriminação social, racial, política ou  religiosa (ACI, 2011). Na sequencia do trabalho estão dispostas as respostas  das perguntas realizadas na pesquisa, onde cada pergunta tem uma resposta  correta e uma falsa, além da opção “não saberei responder”. Na primeira  afirmativa, os colaboradores da cooperativa foram questionados acerca da origem  do cooperativismo, onde somente 27,27% acertaram a afirmativa, 16,16%  desconhecem e 56,56% erraram a afirmativa. A resposta correta é que a origem do  cooperativismo, onde sabemos que o início foi na Inglaterra em 1844 e não no  Brasil como indicado na afirmativa.
       Na segunda questão foi investigado se os  colaboradores achavam que as cooperativas visam lucro. Através do  questionamento notou-se que 82,83% dos funcionários discordam ou discordam  totalmente que a cooperativa é uma sociedade de capital que visa lucro. Desta  forma podemos sinalizar que há conhecimento deste assunto perante os  colaboradores, pois as cooperativas são instituições que não visam o lucro,  além de distribuir suas sobras com os associados e investir na comunidade em  que está inserida, porém 15,15% dos colaboradores erraram e 2,02 não souberam  responder a questão. Na terceira questão buscamos entender como os  colaboradores diferenciam as cooperativas das demais empresas, onde 85,86%  entendem as cooperativas como sociedades de pessoas que se unem para que se  atinja um objetivo comum entre todos os associados, que era a resposta correta,  este resultado positivo demostra que os colaboradores conseguem identificar que  é cooperativa frente as demais empresas, entretanto 14,14% dos colaboradores  erraram a questão.
       Na  quarta questão os colaboradores foram questionados sobre o voto na cooperativa  96,97% dos colaboradores conseguem identificar que cada associado possui  direito a um voto, independente do capital integralizado no seu ingresso na cooperativa  ou da sua movimentação financeira. Esta informação condiz com o princípio Gestão democrática pelos associados, que cita  que todas as ações da cooperativa estão nas mãos dos associados e a cada  sócio cabe o direito de um voto, 3,03% não acertaram a afirmativa o que chama a  atenção é que por meio deste princípio é possível identificar a diferença entre  uma empresa e uma cooperativa. Dessa maneira 94,95% dos colaboradores acertaram  a afirmativa que independente do investimento do cooperado o poder de voto é  igual para todos. Nessa questão 3,03% dos colaboradores erraram e 2,02% se  mostraram indiferentes, o que é preocupante, pois vai de encontro diretamente a  um dos princípios cooperativistas.
       Ainda na questão seis  com relação à distribuição igualitária das sobras para todos os associados, somente  54,55% dos colaboradores acertaram a questão, sabe-se que as sobras são  distribuídas conforme a movimentação financeira do associado junto à  cooperativa. Desta forma o associado que utiliza mais produtos e recursos da  cooperativa vai receber mais, do que aquele que não investe tanto durante  determinado período, 38,38% dos colaboradores erraram a questão e 7,07% não  souberam responder, o número de colaboradores que errou a questão pode refletir  uma ineptidão na equipe. 
       Sobre  a afirmativa sete “As cooperativas são organizações autônomas, controladas  pelos seus associados” 42,43% dos associados responderam corretamente a  afirmativa. Sabe-se que as cooperativas são organizações controladas pelos seus  sócios através do voto. No Princípio da Gestão democrática pelos sócios é  possível mostrar a importância de cada sócio para a cooperativa, pois é através  da participação ativa nas assembleias que os mesmos irão alinhar as metas e  objetivos de trabalho e então tomar decisões, 44,44% dos colaboradores responderam  a afirmativa de maneira errônea e 13,13% não souberam responder. Chama-se  novamente a atenção nessa questão, pois mais de 55% dos colaboradores não sabem  ou erraram a afirmativa.
       Foram  questionados na questão oito sobre quantos princípios universais do  cooperativismo existem, a afirmativa apresentava que existiam 9 princípios  universais, porém sabe-se que o correto são 7 princípios. Observou-se que 33,33%  erraram a afirmativa e 32,32% não souberam responder, dessa forma percebe-se  que 65,65% dos colaboradores não tem conhecimento desta informação e somente  34,35% sabe a quantidade correta de princípios cooperativistas. Na questão nove  foram questionados sobre a governança corporativa que é o conjunto de  mecanismos e controles internos e externos, que permite aos cooperados definir  e assegurar a execução dos objetivos da cooperativa, garantindo sua  continuidade e os princípios cooperativistas. Nesta perspectiva os  colaboradores responderam de forma satisfatória sobre a assertiva, onde 82,82%  dos respondentes sabem da importância da gestão qualificada e profissional para  o crescimento da cooperativa, porém 6,06% erraram e 11,11% não souberam  responder.
       Na  seguinte questão, de número dez, abordou-se Outro princípio fundamental para o  cooperativismo é o da educação, formação e informação. Na assertiva “É de  fundamental importância à educação dos colaboradores e cooperados em relação ao  cooperativismo” 94,95% dos colaboradores responderam concordar com a  afirmativa. Através da educação cooperativa tanto os colaboradores, quanto os  cooperados são orientados e preparados para as tomadas de decisões e assim  garantir o sucesso da cooperativa, 4,04% dos colaboradores discordam e 1,01%  não soube opinar.
       Na  afirmativa onze os respondentes questionados se todos os associados devem ser  tratados com igualdade, sem distinção política, racial, religiosa, social ou de  gênero. 98,99% acreditam que sim, todos os associados devem ser tratados com  igualdade, sem distinção política, racial, religiosa, social ou de gênero e um  colaborador (1,01%) não concorda com a afirmativa. Na questão doze sobre o  princípio da Adesão Livre e Voluntária, obteve-se um percentual alto de  concordância da afirmativa onde 92,93% dos respondentes acertaram 6,06 erraram  e 1,01 não soube responder. Conforme os princípios do cooperativismo qualquer  pessoa pode ingressar na cooperativa, desde que concorde com os princípios  cooperativistas e com o que está escrito no estatuto Social da cooperativa. 
       A assembleia geral é  tema da afirmativa treze, que diz que a assembleia geral é o órgão máximo da  sociedade cooperativa, composta pelos associados para determinar assuntos do  empreendimento. Percebe-se que os respondentes estão cientes desta importância,  visto que, 85,85% responderam corretamente a afirmativa, 9,09 erraram e 5,05  não souberam responder. Na questão quatorze os entrevistados são questionados  sobre a formação do conselho fiscal, que é formado por três membros efetivos e  três suplentes, eleitos para fiscalizar a administração, das atividades e das  operações da cooperativa, examinando livros e documentos. Dessa forma 46,47%  dos associados acertaram, 33,33% erraram e 20,20% não souberam opinar.
       Na questão quinze,  questionou-se de o associado é dono e usuário da instituição, 96,97% acertaram  a resposta da afirmativa e 3,03 erraram, pois na cooperativa o associado e dono  e usuário da cooperativa. Na afirmativa dezesseis é questionado se “Para  ingressar em uma cooperativa, o cooperado tem que integralizar um número mínimo  de quotas-partes, previsto em estatuto”, 95,96% acertaram dando uma resposta  afirmativa para a questão o restante, 4,04% erraram a afirmação. Na questão  dezessete os colaboradores foram questionados de as cooperativas são obrigadas  a realizar educação cooperativa para os cooperados. 63,64% concordam que sim a  cooperativa é obrigada a realizar a educação cooperativa, 19,19% discordam e  17,17% não souberam opinar, dessa maneira está correto quem concorda com a  afirmativa.
       Na questão dezoito  questionava se a educação cooperativa é voltada principalmente para os gestores  da cooperativa. 65,66% acertaram a questão discordando dela, pois como vimos  anteriormente que a cooperativa é obrigada a realizar a educação cooperativa  aos cooperados, 22,22% erraram e 12,12% não souberam opinar. Na pergunta  dezenove questiona-se se através de cursos sobre finanças e boas praticas de  administração é possível gerenciar melhor uma cooperativa, isso acontece porque  a cooperativa investe apenas para obter melhores resultados e lucro. Nessa  questão 31,31% dos colaboradores acertaram e são os mesmos que concordam com a  afirmativa, 58,59% discordam e 10,10 não souberam responder.
       Na afirmativa vinte os  colaboradores são questionados se o processo de educação e formação dentro da  cooperativa serve apenas para reunir os associados e promover a interação entre  eles? 12,12% dos colaboradores erraram e 7,07% não souberam responder, a  questão, pois concordaram com ela, já 80,81% dos associados acertaram, pois  esse processo além de promover a integração entre os associados é um canal que  serve para atrair novos parceiros que possam vir a se tornar associados no  futuro (SINGER, 2002). No questionamento vinte e um foi questionado se as  cooperativas são extremamente proibidas de estabelecer parcerias com  cooperativas do mesmo ramo? 79,80% acertaram a afirmativa, pois não existe  nenhuma barreira que impeça cooperativas de colaborarem umas com as outras.  4,04% erraram a questão e 16,16% não souberam opinar.
       Quando  questionados se as cooperativas organizam-se em empresas lucrativas criando estruturas  paralelas a fim de atingir apenas o lucro, na questão vinte e dois, os  colaboradores em sua maioria acertaram com um percentual de 91,92%, 4,04%  erraram e 4,04% não souberam responder. Na questão vinte e três abordou se as  ações que uma cooperativa deve estimular em benefício de toda a comunidade  estão vinculadas com a cobrança de organismos internacionais, a individualidade  do associado e a geração de lucro. Nesta questão 68,69% dos associados  acertaram, pois essa não é uma finalidade da cooperativa. 18,18% erraram e  13,13% não souberam responder a afirmativa.
       A  decisão sobre a distribuição de resultados da cooperativa é tomada pelo  Conselho de Administração da cooperativa, foi o questionamento da questão vinte  e quatro. Neste questionamento 71,72% acertaram, pois não é função do conselho  de administração da cooperativa distribuir os resultados, 21,21% erraram e 7,07%  não souberam responder. Na afirmativa vinte e cinco foram questionados sobre o  Conselho de Administração é responsável por reunir-se a cada semestre e  representar os associados nas assembleias gerais. Somente 29,30% acertaram,  57,57% erraram e 13,13% não souberam responder.
       A  eleição dos membros dos conselhos e prestação de contas é deliberada nas  reuniões de núcleos? Nesta questão 56,57% concordaram, 32,32% discordaram e  11,11% não souberam responder, sendo que a afirmativa correta é a discordância,  então somente 32,32% acertaram. Na questão vinte e sete, questionou-se se na  cooperativa as sobras são distribuídas conforme a movimentação e utilização dos  produtos e serviços da cooperativa. 91,92% acertaram a afirmativa, pois como já  foi colocada anteriormente à distribuição é feita conforme a movimentação e  utilização dos produtos e serviços da cooperativa. Dentre os que erraram e discordaram  estão às mesmas proporções de 4,04%. 
       Além  das perguntas fechadas, foram acrescentadas ao questionário duas perguntas  abertas, na pergunta vinte e oito os colaboradores foram questionados sobre as  vantagens e na pergunta vinte e nove as desvantagens de uma cooperativa. Sobre  as vantagens que os colaboradores mais evidenciaram podemos citar o crescimento  econômico da região em que a cooperativa está inserida. Outro ponto bastante  citado foi que a cooperativa tem o foco nas pessoas e não no dinheiro,  diferente de outras instituições bancárias e possui custos menores que os  bancos. 
       Além disso, foi citado  que através da cooperativa é possível fazer uma gestão compartilhada, onde cada  associado tem direito a voto, tem também participação nos resultados e sobras,  conforme sua movimentação financeira. Em relação às desvantagens, os  colaboradores de forma geral afirmam não perceber que tenha, apenas foi citado  que a burocracia nos processos de tomada de decisão poderia ser mais ágil e que  às vezes a falta de conhecimento em relação ao cooperativismo atrapalha algumas  negociações. 
CONCLUSÕES
Esta pesquisa teve como  objetivo analisar qual é a influência da identidade organizacional dos  colaboradores de uma cooperativa de crédito da região central do Rio Grande do  Sul em relação aos princípios do cooperativismo. Através desta pesquisa foi  possível evidenciar como é importante o treinamento e capacitação dos  colaboradores em relação aos princípios cooperativistas, de maneira que os  mesmos atuem compreendendo o meio e incorporando a identidade cooperativista,  que se torna diferente das demais empresas.
       Em relação a analise do  conhecimento dos colaboradores de uma Cooperativa de Crédito em relação ao  cooperativismo chegamos as seguintes conclusões: A chance de um colaborador  acertar as questões propostas nessa pesquisa é de 67,70%, pois entre as questões  erradas ou quando o colaborador não soube responder toma um montante de 32,30%  das respostas, o que é preocupante tratando-se de funcionários de uma  cooperativa.
       Com base nos resultados,  percebe-se que a identidade dos colaboradores da organização investigada está  desalinhada. Conforme Ashforth et al. (2008), é importante que os colaboradores  estejam alinhados com a identidade da cooperativa, pois caso a missão da  cooperativa não seja a mesma do colaborador as perspectivas acerca do  rendimento do trabalho podem diminuir além de gerar insatisfação para o  colaborador. Desta forma, os colaboradores que atendem diretamente os  associados podem transmitir informações que não estão alinhadas com os  objetivos da cooperativa, tornando o processo desvirtuado quando ao esperado. 
Dessa forma indica-se  que a identidade organizacional seja fortalecida dentro da organização, a fim  de gerar a disseminação dos princípios cooperativistas, informar os  colaboradores a respeito das funcionalidades e aspectos de gestão, a fim de  ensinar como eles ocorrem, qual o papel dos conselhos, quais são as finalidades  do trabalho cooperativo para a imersão do colaborador no meio, de forma que  esse se capacite com definições corretas sobre a cooperativa e o  cooperativismo.  
       Apresenta-se como  sugestão para pesquisas futuras, a aplicação e o aprofundamento do estudo em  demais cooperativas e, assim, realizar possíveis comparações entre o  conhecimento dos colaboradores em relação ao cooperativismo entre elas, e,  verificar a possibilidade de influência, positiva ou negativa, de outras  variáveis, outra oportunidade é realizar o acompanhamento antes durante e  depois de capacitações, podendo medir assim a evolução de conhecimento dos  participantes.
       Como limitações de  estudo, cabe salientar a resistência por parte de alguns respondentes em  participar da pesquisa. Houve a necessidade também, de aprender a trabalhar com  o software Survey Monkey, um grande  diferencial para a pesquisa, pois era a única forma dos colaboradores terem  acesso ao questionário. Além disso, constatou-se que há poucos livros sobre o  assunto, e sim, mais teses e dissertações. Através deste estudo foi possível  ampliar o conhecimento sobre cooperativas, cooperativismo, cooperativas de  créditos e princípios cooperativistas. Por ser um tema em construção e recente  para muitas pessoas, foi possível criar uma visão sobre a importância do  cooperativismo e dos princípios nestes empreendimento.
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*Mestranda em Administração pela Universidade Federal de Santa Maria. Formada em Gestão de Cooperativas pela Universidade Federal de Santa Maria e em Administração pela Faculdade Integrada de Santa Maria. Email: andriieli.nunes@gmail.com