Revista: Caribeña de Ciencias Sociales
ISSN: 2254-7630


UMA OLHADA SOCIOINTERACTIVA À COMUNICAÇÃO PEDAGÓGICA, CONTRIBUTO Á FORMAÇÃO DOS ESTUDANTES

Autores e infomación del artículo

Ramiro Leónides Paz Companioni*

Israel Acosta Gómez**

Universidad de Sancti Spíritus José Martí, Brasil

Email: rlpaz@uniss.edu.cu


RESUMO:
No presente trabalho faz-se referência a uma das prioridades que se deve ter em conta no contexto educativo: a comunicação pedagógica, onde se utiliza como baseamento teórico, diversos critérios de estudiosos no campo da Filosofia, a Psicologia e a Pedagogia. Para desenvolver exitosamente esta atividade o mestre como modelo comunicativo por excelência, deve ter em conta uma série de exigências didáticas que se concretizam nas constantes estratégias de melhoras comunicativas que deve lograr no âmbito escolar, não só desde o ponto de vista teórico, senão também na ordem prático para que os alunos sejam agentes do seu processo de desenvolvimento, onde tenha a oportunidade de sugerir, analisar, opinar em relação aos planos, problemas, atividades, ás formas de agir em relação ás diferentes situações que compreende o quefazer diário da escola para lograr uma aprendizagem com bom desenvolvimento.
Palabras claves: comunicação pedagógica - relação professor-aluno - aprendizagem da compreensão

ABSTRACT:
In the present work reference is made to one of the priorities that must be taken into account in the educational context: pedagogical communication, where it is used as a theoretical basis, several criteria of scholars in the field of Philosophy, Psychology and Pedagogy. In order to successfully develop this activity, the teacher as a communicative model par excellence, must take into account a series of didactic requirements that are concretized in the constant strategies of communicative improvement that must be achieved in the school environment, not only from the theoretical point of view, but also in the a practical order for students to be agents of their development process, where they have the opportunity to suggest, analyze, express opinions about plans, problems, activities, ways of acting in relation to different situations that learning.
Keywords: pedagogical communication - teacher-student relationship - understanding learning

Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato:

Ramiro Leónides Paz Companioni e Israel Acosta Gómez (2019): “Uma olhada sociointeractiva à comunicação pedagógica, contributo á formação dos estudantes”, Revista Caribeña de Ciencias Sociales (marzo 2019). En línea:
https://www.eumed.net/rev/caribe/2019/03/formacao-estudantes.html
//hdl.handle.net/20.500.11763/caribe1903formacao-estudantes


INTRODUÇAO:
“A sociedade não existe apenas através da comunicação, ela existe nela. Desta forma, a comunicação é dialética e reconstrói a experiência”.
John Dewey

“... comunicação existe na medida em que é verificável, em que o estímulo produz uma resposta e em que o reforço atinge intencionalidade definida”.
David Berlo

Destaca-se como a comunicação nas salas de aulas está baseada nas relações com os estudantes, o que confere um sentido pessoal e irrepetível á interação pedagógica e influem de maneira decisiva na qualidade do processo na pessoalidade de cada um dos estudantes de maneira pessoal e grupal.

O objetivo de nossa sociedade socialista é o desenvolvimento multilateral e harmônico da pessoalidade, para elo estão criadas todas as condições que fazem permissível este projeto educativo.

Uma das bases em que se sustenta este projeto na escola é a comunicação, cujo propósito está mediado pela linguajem, um elemento essencial que conforma a nacionalidade e está encaminhada á formação do individuo desde uma óptica mais valorativa e humana, o qual contribui a aperfeiçoar á sua competência comunicativa durante o processo de ensino-aprendizagem e fora dele. Portanto, como está bem dito por parte de Esteinou, (1998)

O conhecimento torna-se aprendível, apropriado por quem o possui. No entanto, melhorar os níveis de eficiência da comunicação pedagógica não é um problema de meios de transmissão, mas de sistematização dos fatores do processo de ensino-aprendizagem, com a finalidade de produção, desempenho e controle de conhecimentos e habilidades. (Esteinou,1998:107)

Isso significa que a comunicação pedagógica sistêmica, ininterrupta e gradual contribui para a aprendizagem consciente; porque se forma a partir do avaliativo e reflexivo. Isso é para se comunicar na pedagogia: sensibilizar para atingir a eficiência e desempenho escolar ideal, que é a melhoria contínua da instituição.

Entre as prioridades em que descansam os programas de língua materna desde o nível primário está o trabalho para alcançar as habilidades comunicativas como uma poderosa ferramenta de trabalho imprescindível na aprendizagem de todas as disciplinas.

A escola como toda instituição, deve criar um espaço interativo bem definido, tanto ao nível geral, institucional, como ao nível particular na sala. É preciso formar no educando uma concepção científica do mundo que o rodeia deve desenvolver suas capacidades e habilidades, formar juízos, conceitos e valores éticos e estéticos, ademais de brindar no processo comunicativo, independência nos enfoques da realidade. O coletivo pedagógico tem de exercer um sistema de influências que elimine a deformação nos problemas comunicativos que os estudantes trazem da família e o meio circundante.

Para alcançar este propósito è essencial basear-se nos estúdios que faz a filosofia marxista- leninista sobre a comunicação.

Na exposição que realiza Federico Engels em: O papel do trabalho na transformação do macaco em homem resume de maneira genial o surgimento da linguagem: os homens em formação chegaram ao ponto em que tiveram necessidade de se dizer algo. A necessidade criou o órgão.

A linguagem constitui um elemento valiosíssimo nas relações do individuo como ser social, pois o mesmo è o médio fundamental de aquisição, fixação e transmissão dos conhecimentos. Através da palavra o homem fixa seu conhecimento da realidade que o rodeia e elabora os conceitos, o que põe de manifesto a indissolúvel relação que existe entre linguajem e pensamento, este último tem como função essencial reflexar a realidade objetiva que o homem conhece, mas nada disto seria possível sem o concurso da palavra.

O estudo da comunicação entre os homens tem sido revitalizado nos últimos anos também na Psicologia, não embora na realidade tenha sido interesse desta ciência desde muito antes e è natural que seja assim. O homem, tanto desde o ponto de vista do seu desenvolvimento histórico como de seu desenvolvimento individual, não pode viver e satisfazer suas necessidades sem se comunicar com seus semelhantes.

Enquanto ao estudo da atividade comunicativa dentro da psicologia è meritório destacar os trabalhos de (Leontiev, 1986;. Rubinstein, 1987; Vigotski, 1987). Os que interpretam a comunicação como um intercâmbio de pensamentos, sentimentos e emoções. Outros como M. Andreieva ressaltam como a comunicação... “è um modo de realização das relações sociais que tem lugar através dos contatos direitos e indiretos das pessoalidades e os grupos no processo de sua vida e atividade social”. (Andreieva, 1986:76). “Pela outra parte, Predvechni e Sherkovin recalcam ao definir a comunicação em que esta...” “ao tempo que representa o intercâmbio de informes que contem os resultados do reflexo da realidade por parte das pessoas, è ademais inseparável de seu ser social e è um médio de formação e funcionamento da sua consciência individual e social”. (Predvechni, 1986: 105).

Estas definições servirão para analisar como independentemente das diversas formas em que o apresentam os autores, enfatizando num ou outro aspecto da comunicação, existem elementos essenciais nela:

1.   A comunicação está muito vinculada às formas de inter-relação humanas. Nela se expressa como os homens interagem e à sua vez esta constitui uma via para a inter-relação .
2.   A comunicação não pode ver-se à margem da atividade dos homens. Desde a sua origem o homem precisou relacionar-se com outros ao se fazer mais complexa sua atividade laboral, o que à sua vez, estimulou a necessidade de comunicar-se com seus semelhantes e deu origem à linguagem.

Isto significa que desde sua origem a necessidade de comunicação tem estado afiliada à atividade do homem, se forma e desenvolve sobre a base da atividade conjunta. Tão è assim que as especificidades da comunicação estão permeadas entre outras coisas (como a idade, particularidades de sua personalidade, etc.) pelas particularidades da atividade em que os homens participam, e participação é uma categoria implícita do processo pedagógico; que transcende à sociedade, como gerente de vontade.

As pessoas se comunicam quando interagem, entanto realizam determinadas ações em comum. Isto não quer dizer que dita comunicação não possa transcender os marcos da atividade conjunta que lhe deu origem. A atividade conjunta dos estudantes na escola propicia sua comunicação. Os labores escolares e demais atividades propiciam um intercâmbio acerca de muitos outros temas e da origem a relações que podem perdurar por muito tempo mais que estar juntos na escola.

  • A comunicação está condicionada pelo lugar que ocupa o homem dentro do sistema de relações sociais. Isto está muito vinculado ao expressado anteriormente e tem sido muito estudada. A comunicação è às vezes resultado e expressão do processo de produção.
  • O homem ao se comunicar com os outros è expressão não só da sua personalidade, da sua consciência individual, senão também expressão do lugar que ocupa na sociedade, da sua classe; è portador de valores e elementos da consciência social.
  • A comunicação è um elemento transcendental no funcionamento e a formação da personalidade.

A relação atividade e comunicação têm sido muito discutidas na Psicologia. Considera-se necessário recalcar a necessidade de abordar as duas categorias  na especificidade e  na sua  inter-relação  no estudo da personalidade.

Tem-se explicado como a personalidade forma-se dentro do sistema de relações; o homem as estabelece com seus semelhantes, mas è necessário também destacar que o sujeito da comunicação è a personalidade, esta se expressa na comunicação. Ao se expressar o homem está a manifestar suas motivações, conflitos, suas capacidades, seus rasgos de carácter, o desenvolvimento da sua vontade e do seu intelecto.

Põe-se em jogo mediante a comunicação não só a linguagem, senão que este è portador de todo o mundo interno do homem. Quem se comunica è a personalidade na sua integralidade.

Até aqui temos visto os elementos essenciais que devem estar presentes na compreensão da categoria de comunicação como outra categoria importante dentro da Psicologia. A comunicação, por tanto, pudera ser estudada duma maneira geral como a expressão mais complexa das relações humanas, onde se produz um intercâmbio de ideias, atitudes, representações e vivências entre os homens que constituem um médio essencial de funcionamento e de formação de sua personalidade. Em tal caso, González,(1997), explica que:

Comunicar é transmitir ideias para modificar o comportamento e a vontade daqueles que recebem a mensagem (...). A comunicação é o processo pelo qual os significados são transmitidos de uma pessoa para outra, é a troca através de palavras, símbolos (....) é a capacidade de transmitir sentimentos. (González,1997:26)

É necessário entender a comunicação como um estado de consciência, onde os interlocutores constroem situações de troca de atitudes e sensações recíprocas, intercambiáveis para se obter uma avaliação adequada dos fatos.

Desde o ponto de vista pedagógico consideramos a comunicação pedagógica (ou educativa) como uma variante peculiar da comunicação interpessoal que estabelece o mestre com os alunos, pais e outras pessoas, as quais possuem grandes potencialidades formativas e desenvolvedoras na personalidade dos educandos. Possui certo carácter obrigatório, pois do contrário não terá continuidade o processo.

DESENVOLVIMENTO:
1-Comunicação Pedagógica: Uma aproximação
Existem inúmeros autores que tem discutido com precisão o valor da comunicação na educação, aliás, não há unanimidade de critérios enquanto à sua definição conceptual. A partir destas considerações far-se-á referência à comunicação mestre – aluno, dos valores profissionais do primeiro para mais do que impor um respeito, ganhe com sabedoria.

O modelo escolar aspira à necessária horizontalidade, diálogo, reflexão, desenvolvimento de interações e relações interpessoais, no trabalho pedagógico, para o qual a estruturação do processo com uma abordagem comunicativa representa um componente essencial deste modelo de trabalho de lá escola como sistema social. Porque como afirma Calderón, (2001):

As salas de aula abertas ao diálogo e a participação de todos fomentam um ambiente de aprendizagem adequado à construção do conhecimento. (Calderón, 2001:137)

Isso pressupõe uma ordem e uma sistematização adequadas dos conteúdos pelo professor, para que possam ser construídos pelos estudantes a partir do significado que lhes é atribuído.

A comunicação mestre-aluno tem sido um tema tratado por diferentes investigações, nas que tem sido abordado elementos essenciais sobre esta atividade que brinda informação e serve de ponto de partida para a análise reflexiva da necessidade duma adequada comunicação mestra - aluno. Porque, sem duvidas, “o professor que sabe reconhecer e identificar seu estilo de comunicação, atitudes e comportamentos é uma pessoa que possui um conhecimento suficientemente bom para ajudá-los a lidar com situações difíceis na sala de aula”. (Vieira, 2007:20)

Ou seja, que professor e aluno se tornam entidades assertivas a partir da valorização de seus próprios relacionamentos, quer dizer que uma comunicação em sala de aula os ajuda a conhecer e respeitar em um diálogo cognitivo e cultural. Eles constroem a dinâmica.

Nas análises referentes à organização da vida da escola, tem-se comprovado que ainda subsistem sérias limitações para afrentar à comunicação entre mestre e aluno durante o processo pedagógico. Assim, o normativo deve se inter-relacionar com o dialógico e comunicativo-comportamental, para potencializar o sistema afetivo-motivacional dos estudantes. Entende-se que a escola e o professor devem gerenciar uma comunicação estratégica, baseada no: A escola, para ter uma categoria de centro educacional, deve colocar em prática essas atitudes. Valero, (1989), afirma que essas atitudes podem ser:

a) Aceitação: eu, professor, mas consegui que meu povo me aceite, vou perder o ritmo. A rejeição que é dada ao professor é muitas vezes projetada para o assunto ensinado e o aprendizado se torna mais difícil. Aceitação não deve ser implorada, você tem que merecer isso, ganhar com a mão.

b) Compreensão: O professor deve tentar entender cada um dos seus alunos. (Valero, 1989: 110)

Independentemente que se propiciam estratégias de melhoras comunicativas na escola limita-se as possibilidades na ordem prática para que os alunos sejam agentes do seu processo de desenvolvimento, onde tenham a oportunidade de sugerir, analisar, opinar em relação aos planos, problemas, atividades, às formas de agir em relação às diferentes situações que compreende o quefazer diário da escola. Porque conforme o observado:

A emissão e transmissão de informações e sua recepção correspondente é apenas uma das funções de comunicação entre o professor e seus alunos. A comunicação é um processo de inter-relação pessoal (...). Por outro lado, a comunicação eficiente depende não apenas da aprendizagem, mas também do respeito mútuo, cooperação e criatividade. (Díaz, 1982:219)

É evidente, porque a comunicação não deve ser entendida apenas como informação, mas como um relacionamento e uma troca criativa para especificar ou organizar sistemas onde as atividades possibilitem o desenvolvimento integral da personalidade. Porque é comunicação pedagógica, uma experiência de significados e significados em interação.

È válido destacar que nestes momentos em que se realiza um labor extraordinário por elevar a qualidade do ensino se tem posto de manifesto a grande potencialidade existente em cada centro educacional na solução de seus problemas e como a planificação prévia neste trabalho garante a participação dos estudantes como protagonistas.

E, sendo protagonistas, os alunos, é que o professor o ensina a pensar, fazer e agir; isso exige paciência, e senso de uma atividade sustentável do professor, e de um trabalho do aluno que determina que ele possa desenvolver ações para seu próprio aprendizado. Porque, Ortiz, (1994), explica:

O processo de ensino-aprendizagem deve ser estruturado a partir da busca da eficiência comunicativa do professor com os alunos e entre os alunos, para que os processos comunicativos em sala de aula sejam intensificados. (Ortiz, 1994: 75)

2-Eficiência e comunicação. Estudante e professor
Porque a eficiência da comunicação constrói no aluno a ideia de expressar opiniões e expressar suas experiências, enriquecendo sua herança, sua cultura e porque a mediação do professor estimula uma forma mais elevada de criatividade para tornar essa interação mais agradável. E também, León, (2014), afirma que:

O mediador garante a criação de condições ótimas de interação, cria formas de perceber, levando o sujeito a adquirir comportamentos adequados, formam mais efetivas de aprendizado, estratégias cognitivas e hábitos de trabalho sistemáticos e organizados. (León, 2014: 140)

O papel do mestre, como educador e formador da nova geração não deve reduzir-se à atividade intelectual, senão que deve exercer uma labor mais ampla e desenvolvedora, que lhe permita conhecer e influir em todo momento na formação da personalidade dos alunos com os quais trabalha.

Para lograr estas aspirações no processo, faz-se necessário que se cumpram as funções da comunicação tendo em conta cada um dos elementos ao longo do processo comunicativo, independentemente da forma de organização que se adopte no trabalho docente e extra- docente.

                            

O processo de ensino-aprendizagem deve ser estruturado com base na busca do a cada uma dessas funções de comunicação, garante o valor da mensagem que o professor codifica no ambiente pedagógico. Porque os estados afetivo-motivacionais geram condições perceptivas para interpretar e identificar os modos. Por ele, Cerda, Mayorga y Amezcua, (2006) explicam que:

A comunicação linguística supõe a realização de algumas funções específicas em cada afirmação, as quais permitem conhecer a intencionalidade do emissor e a natureza das mensagens. (Cerda, Mayorga y Amezcua, 2006:16)

As exigências comunicativas que se estabelecem na aula não podem ser em abstrato, o aluno tem que sentir que ocupa um lugar, que è compreendido e pelo tanto isto dá-lhe a possibilidade de poder expressar-se, sem temor a cometer erro. Robas, Lozano y Gan Fat, (2003) ilustram:

Assim, a escola, como socialista, deve promover, para ser coerente com o modelo proposto, espaços atrativos para que os estudantes tenham a oportunidade de opinar, discordar, discutir, criticar, atuar, reflexões individuais e coletivas, bem como chegar a acordos, onde aprendem a ouvir atentamente e respeitar os critérios dos outros, ou seja, formar uma cultura de diálogo e tolerância racional. (Robas, Lozano y Gan Fat, 2003:18-19)

Porque a escola deve ser proposta como modelo de construção, para treinar não apenas um aluno preparado a partir do conteúdo do ensino, mas para que ele possa se comunicar, refletir e pensar por si mesmo, para que analise e transforme seu ambiente com respeito e limites. Porque do ponto de vista dialético - hermenêutico, a comunicação pedagógica deve atingir que o aluno, como bem explica Valverde, (2009):

  • Durante o processo comunicativo os ajustes dos desequilíbrios são realizados nas suas próprias estruturas conceituais.
  • Como há uma maior diversidade de encontros comunicativos, no uso de estratégias comunicativas.
  • Suas construções, formas de entender e ver o mundo ou outras pessoas é enriquecido através de uma negociação entre significados subjetivos e desafio imposto pelos outros sujeitos com quem existe comunicação.
  • É possível criar um clima de troca e compreensão profunda entre os sujeitos participantes no ato de comunicação ao discutir suas idéias, construções ou significados. (Valverde, 2009:5)

Se a relação que se estabelece è de autoritarismo, se o mestre atua como possuidor da verdade e assim transmitisse-o aos seus alunos, a comunicação não será real, pelo que o aluno se retrai, sente temor ou simplesmente, afasta-se, e à hora de se expressar tenta responder de uma forma que resulte do agrado do mestre ou limita-se e só expressa o indispensável, do contrário estaria exposto à reprimenda deste e por suposto, evita-o.

Noutros casos os mestres subvalorizam ou rejeitam aos seus alunos e praticamente não lhe dão a oportunidade de estabelecer nenhum tipo de comunicação. Nos dois dos casos não há uma comunicação efetiva.

Desde o ponto de vista didático è preciso ter em conta determinadas exigências:

  • Desenvolver a criatividade nos alunos por diferentes vias formais e informais.
  • Promover o desenvolvimento de aulas que motivem ao diálogo, à polémica com os estudantes em estreita relação com sua experiência pessoal e com a vida cotidiana.
  • Plantear interrogantes no transcurso da aula que exijam respostas com argumentos que façam pensar.
  • Combinar rigor do razoamento lógico do conteúdo com a anedota e a aparente digressão que permita diminuir a tensão no auditório, para retomar posteriormente fio condutor da aula.
  • Ajustar-se adequadamente ao tempo previsto para a aula; tão  daninho  que lhe falte tempo ao mestre para culminar o que traz previsto como que sobre em demasia.
  • Promover sempre uma motivação desde o inicio e tratar de manter-lhe até o final.
  • Expor desde o princípio a lógica ou o esquema do conteúdo que se deverá tratar, de forma breve e resumida.
  • Combinar harmonicamente a preparação prévia para expor a aula com a improvisação que exige o próprio carácter criador que tem a atividade pedagógica na situação comunicativa da sala de aulas.
  • Incitar a realização de discussões formais para a toma de decisões grupais, de forma que se desenvolvam sequências ordenadas de passos e se pratique o pensamento reflexivo.
  • Ensinar os alunos a argumentar nas discussões sobre diferentes temas, de acordo com os problemas atuais sobre a didática da argumentação na escola.

CONCLUÇÕES:

  • Educar com base em uma comunicação pedagógica organizada permite que professores e alunos alcancem uma integração do processo educacional, que é intervir para modificar comportamentos, conhecimentos e aumentar o sistema de experiências.
  • O intercâmbio entre mestres e alunos como ato intelectual coletivo, cooperador de ideias, pensamentos, opiniões, conduz necessariamente a atos intelectuais individuais, a reflexões internas; ambos, pelo tanto determinam o desenvolvimento intelectual e as formações psicológicas de uma ordem superior.
  • A comunicação pedagógica exerce una função essencial nos diferentes entornos comunicativos do processo docente- educativo, por elo o mestre deve aperfeiçoar e socializar constantemente a linguagem de modo que os estudantes vejam neste um modelo comunicativo por excelência.
  • A aula deve ser percebida num ambiente de cálida acolhida, que inspire confiança seguridade e onde impere uma ordem participativa e de maior diálogo para promover uma aprendizagem verdadeiramente desenvolvente e, por suposto, uma comunicação também desenvolvente; para lográ-lo necessita-se da integração dos elementos que compõem esta comunicação com uma acertada condução comunicativa.
  • Estas situações de aprendizagem devem ser construídas no processo didático, para desenvolver uma aprendizagem mais eficaz e prazerosa, pois promove uma motivação adequada nos alunos, permitindo a aquisição de conhecimentos e habilidades científicas, através de sua participação ativa como criador e construtor próprio de saberes, e para lá, a comunicação pedagógica deve ser direcionada a partir da abordagem sócio afetiva. Sem entrincheiramentos, a persuasão é alcançada.

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*Licenciado em Educación. Especialidad: Historia y Ciencias Sociales. Profesor Asistente del Departamento de Preparación para la Defensa. Máster em enseñanza y aprendizaje del idioma portugués. Profesor de Portugués de la Universidad de Sancti Spíritus José Martí.
** Profesor de Español-Literatura. Departamento de Español. Universidad de Sancti Spíritus José Martí.

Recibido: 13/12/2018 Aceptado: 26/03/2019 Publicado: Marzo de 2019


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