Revista: Atlante. Cuadernos de Educación y Desarrollo
ISSN: 1989-4155


MUSICALIZAÇÃO INFANTIL: A MÚSICA COMO FACILITADORA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM E SOCIALIZAÇÃO DA CRIANÇA

Autores e infomación del artículo

Lucicleide de Souza Barcelar*

Raimunda Débora Coelho Paz**

Faculdade Ateneu. Brasil

projetoscientiicos@gmail.com


RESUMEN
El presente estudio aborda la importancia de la música en la educación de los niños, su objetivo general es verificar la importancia del uso de la música como recurso pedagógico del docente. Por su parte, los objetivos específicos buscan los beneficios que la música puede aportar al desarrollo del niño e identifican las dificultades del maestro para trabajar con la música en el aula. Las metodologías utilizadas en la investigación fueron la investigación bibliográfica y de campo, con la recolección de datos a través de la observación informal y la aplicación de entrevistas a informantes intencionales. En este caso, se seleccionaron cuatro maestras. El resultado apunta a la importancia del uso de la música como recurso pedagógico, tanto para los alumnos como para el docente, y su desarrollo en el proceso de construcción del trabajo del conocimiento. Los profesores respectivos aplican la música regularmente para obtener resultados pedagógicos, a pesar de tener poco conocimiento en el área musical. Expresaron el deseo de profundizar en el tema para mejorar su desempeño como profesional. Concluye con el estudio que existe un potencial musical como factor de aprendizaje lúdico y asertivo cuando los niños están expuestos al universo de los sonidos. El ejercicio de la música en la educación de los niños es mucho más que cantar mecánicamente: es llevar la vida y la liberación a la infancia y eso fluye en el contexto escolar.
Palabras clave: socialización, música, educación infantil, recurso pedagógico, musicalización.

ABSTRACT

The present study deals with the importance of music in early childhood education, how it is used within the classroom and the teacher's conscience when using the musical resource to achieve their pedagogical goals. It aims to analyze how the educator is working the music in the school, if there is a prior knowledge about the subject (the music in the children's education), how the educator uses the music as a socializing medium, and if there is any difficulty found by the teacher, whether it is a personal or external obstacle, and whether there is a positive return of children in the application of musical activities. The methodologies used in the research were bibliographical and field research, data collection through informal observation, the application of a questionnaire with two classes of children from IV and two from children V. The result was the affirmation of the importance of the use of music as a very important didactic resource, both for the students and for the teacher, and its development in the process of knowledge construction. However, it is understood that the benefits of music are understood by the entire pedagogical community, and that the family and the students' leaders can understand that, besides being pleasurable, many aspects of the child's development are worked out when music is applied conscious and objective way. Exercising music in early childhood education is much more than singing mechanically, it is bringing life and liberation from childhood and this becomes urgent in the school context.

Keywords: socialization; music, children's education, pedagogical resource, musicalization.

Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato:

Lucicleide de Souza Barcelar y Raimunda Débora Coelho Paz (2018): “Musicalização infantil: a música como facilitadora no processo de aprendizagem e socialização da criança”, Revista Atlante: Cuadernos de Educación y Desarrollo (abril 2018). En línea:
https://www.eumed.net/rev/atlante/2018/04/musicalizacao-infantil-aprendizagem.html
//hdl.handle.net/20.500.11763/atlante1804musicalizacao-infantil-aprendizagem


1 INTRODUÇÃO

 A humanidade de um modo geral está intrinsecamente ligada às vibrações sonoras. Desde os primeiros dias de vida a criança já escuta e em pouco tempo já diferencia os sons. E mesmo no ventre materno já se sente estimulada não só por vozes e sons de pessoas próximas, mas também de ambientes externos que fazem parte do cotidiano da mãe. É comum vermos nos noticiários de TVs, revistas e vários outros meios de comunicação, especialistas no assunto incentivando que os pais não só conversem com os filhos enquanto ainda estão no ventre materno, como também incentivam que bebês, após o nascimento, escutem músicas e que seus pais conversem com o bebê. E culturalmente falando, os pais, de forma instintiva, reconhecem que ao embalar as crianças e cantar canções de ninar elas tendem a se acalmar ao ouvir o som musical.
Sabemos, através da história do Brasil que os padres jesuítas foram enviados para difundir a fé católica aos primeiros habitantes do Brasil, os indígena, usando a música como forma de doutrinação catequista, principalmente com crianças, que diferente dos adultos, demonstravam menos resistência à fé católica.  A partir dessas informações houve um interesse em saber sobre a influência que a música tem no ser humano, tendo como enfoque as crianças, o que está diretamente ligada a minha profissão. Também houve o interesse em averiguar o entendimento dos professores de uma determinada escola que oferece a música na educação infantil e em saber como acontece essa musicalização nas suas respectivas salas de aula sendo essa instituição de ensino que, além de se localizar na periferia de Fortaleza, mantém um padrão de ensino significante levando muitos alunos a competições locais e nacionais.
Sabendo disso, a musicalização infantil dentro do ambiente escolar se torna uma continuidade desse processo sonoro adquirido desde o seu período fetal, pois a ferramenta musical estimula as primeiras sensações dessas crianças dando continuidade ao desenvolvimento da criança, tornando-os pessoas que sabem se expressar, resolver conflitos e desafios.
Para tanto, é necessário averiguar:
-Como a música é trabalhada como recurso pedagógico pelos professores na sala de aula?
-Como estes percebem a importância musical no desenvolvimento da criança?
Estas perguntas são de fundamental  importância, pois nunca a infância foi tão evidenciada no Brasil em toda sua história. Estamos vivendo no ápice da educação infantil onde a criança, além de ter conquistado direitos exclusivos garantidos por lei (ECA – Estatuto da criança e do Adolescente), é motivo de estudos e investigações. Percebe-se sobre a importância da qualidade do desenvolvimento da criança na primeira infância como um fator muito importante na sua vida adulta e a escola é a primeira experiência em um ambiente externo alheio aos olhos da família e seus cuidados, onde ela se vê cercada de pessoas que não fazem pare do seu convívio diário.
O objetivo deste trabalho é verificar a importância da utilização da música como recurso pedagógico para o professor. Tem como objetivos específicos: averiguar os benefícios que a música pode trazer para o desenvolvimento infantil e identificar as dificuldades do professor para trabalhar com a música em sala de aula.
Para melhor compreensão do assunto abordado esse trabalho subdividiu-se em duas partes: na primeira fez-se um breve passeio a trajetória da introdução musical  nos primeiros dias de vida da criança e a importância de incluir a ferramenta musical a favor da educação; na segunda parte apresenta-se a metodologia, análise das informações e considerações finais.

2 CONTRIBUIÇÃo DA MÚSICA  no desenvolvimento infantil

Quando uma mulher espera o nascimento da sua criança dentro do seu ventre é recomendável por médicos e especialistas que os pais conversem com o feto o máximo de tempo possível, que mantenham contato com a criança, seja cantando para ela ou acariciando a barriga da gestante, pois as crianças estão aptas a receber o afeto externo perfeitamente, sendo essas atitudes contribuintes para que, ao nascer, a criança se sinta acolhida e amada nesse novo ambiente totalmente diferente ao da placenta. Nos primeiros meses de vida da criança, dentro do útero materno, ela já é capaz de distinguir sons, o que estimula a afetividade do bebê antes mesmo do seu nascimento, como Teca Brito (2003) bem destaca em seu livro:

O envolvimento das crianças com o universo sonoro começa ainda antes do nascimento, pois na fase intrauterina os bebês já convivem com um ambiente de sons provocados pelo corpo da mãe, como o sangue que flui nas veias, a respiração e a movimentação dos intestinos. A voz materna também constitui material sonoro especial e referência afetiva para eles (BRITO,2003: 35).

Jeandot (1993), também afirma que “na verdade, antes mesmo de nascer, ainda no útero materno, a criança já toma contato com um dos elementos fundamentais da música, como o ritmo, através das pulsações do coração de sua mãe”.
Para os pesquisadores Ilari (2003) e Beyer (1988) vale a pena ressaltar que existem vários estudos que afirmam que bebês expostos à música durante a gravidez demonstram alterações nos batimentos cardíacos e, após o nascimento, ao escutarem as mesmas musicas, demonstram que a reconhecem. Ilari (2002) afirma que dos órgãos sensitivos, o sistema auditivo, é o primeiro a funcionar, na 25ª semana da gestação, e na 32ª semana, já estará formado.
As atividades com  música são um meio de expressão e de conhecimento acessível aos bebês e às crianças, inclusive àquelas que apresentam necessidades especiais. A linguagem musical é um dos canais que desenvolve a expressão, o autoconhecimento e o equilíbrio, sendo poderoso meio de interação social (UNESCO, 2005).
    Podemos concluir que o contato inicial da criança acontece antes da aquisição da linguagem e esse fato reforça a ideia de que o musicalizar nas escolas deve ser uma continuidade do que acontece  antes  mesmo da criança vir ao mundo, pois “contrariamente ao que muitos pensam, a audição permite explorar e conhecer o mundo circundante de modo mais profundo e rico do que os outros sentidos”(MÁRSICO,1982: 42).
É na infância o momento em que as crianças estão mais atentas a buscar o novo, captar tudo ao redor, aprendendo a associar os sons dos chocalhos, vozes dos pais, entonação de voz e com o decorrer do tempo,  aprendem a reproduzir sons, como de carrinhos, animais, etc. E quando chega o momento da linguagem descobre que há muitas variações de se expressar, além do choro. Aprendem que a entonação e o volume de voz também são uma variante da linguagem: falar alto quando querem chamar a atenção, falar baixo para contar um segredo, decifrar quando escutam  uma repreensão ou um  reconhecimento pela entonação de voz dos adultos .
Para Jeandot (1993 ) as crianças desenvolvem habilidades musicais nas diferentes etapas do seu desenvolvimento. Para a autora existe uma particularidade em relação à música de acordo com cada fase de seu desenvolvimento.

Em contrapartida, o exercício musical não está relacionado excepcionalmente aos sons. A musicalização vai além de instrumentos e voz: ver, ouvir, sentir gestos e movimentos com vibrações sonoras são atos que iniciam o contato cognitivo da criança com a música. É fácil perceber que as crianças, de um modo geral, gostam de imitar sons de cachorro, gato, buzina de carro, etc, e isso contribui para ampliar e diversificar a sua percepção na aquisição da educação auditiva e vocal.
Se pararmos nesse momento para observar os sons do ambiente podemos  perceber a variedade de sons e ruídos que nos cercam.  Por exemplo: o barulho do ar condicionado, das aves cantando, o latir do cachorro, o miado do gato, o som das ondas do mar, sons fortes ou fracos, agradáveis ou desagradáveis, eles estão presentes na nossa vida e a criança está exposta a inúmeros tipos de sons todos os dias. A educadora  musical Brito (2003: 9) diz que “o Universo vibra em diferentes frequências, amplitudes, durações, timbres e densidades, que o ser humano percebe e identifica, conferindo-lhes sentidos e significados”.

A realização musical implica tanto em gesto como em movimento nos diferentes sons que percebe. Os movimentos de flexão, balanceio, torção, estiramento, etc., estabelecem relações diretas com os diferentes gestos sonoros. (BRASIL,1998: 61).

Em Agosto de 2008, foi sancionada pelo Ministério da Educação (MEC) a lei 11.769 tornando obrigatório o ensino de música na escola onde o MEC disponibiliza diretrizes para o trabalho musical dos professores da educação infantil. Apesar de não ser obrigatório, é importante para os educadores observar os materiais legais disponíveis, como o RCNEI, que, no que tange a faixa etária de 0 (zero) a 3 (três) anos, afirma que a criança já manifesta desenvolver a  “exploração, expressão e produção do silêncio e de sons com a voz, o corpo, o entorno e materiais sonoros diversos; interpretação de músicas e canções diversas; participação em brincadeiras e jogos cantados e rítmicos” (BRASIL, 1998: 58). Já na fase abordada nesse artigo (4 a 6 anos),o RCNEI recomenda que haja a continuação desse processo musical há a ampliação dos seus conhecimentos e possibilidades de no fazer musical. Para essa etapa, o RCNEI propõe que se façam relações aos conteúdos da linguagem musical para desta etapa:

Reconhecimento e utilização expressiva, em contextos musicais das diferentes características geradas pelo silêncio e pelos sons: altura (graves ou agudos), duração (curtos ou longos), intensidade (fracos ou fortes) e timbre (característica que distingue e “personaliza” cada som).Reconhecimento e utilização das variações de velocidade e densidade na organização e realização de algumas produções musicais. Participação em jogos e brincadeiras que envolvam a dança e/ou a improvisação musical. Repertório de canções para desenvolver memória musical. (BRASIL, 1998: 59).

O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) afirma que “a apreciação musical refere-se à audição e interação com músicas diversas” (BRASIL, 1998: 63).
Portanto, percebem-se nesse tópico as diferentes fases e capacidades auditivas, assim como a importância do exercício da interação musical.

2.1 A música como recurso socializador infantil

Desde muito cedo as crianças começam a ter contato com alguns tipos de música que refletem, na sua maior parte, o gosto musical das pessoas que as cercam. Conforme aconteçam as interações sociais da criança, seja na escola ou em outros ambientes, a diversidade de sons musicais  poderá influenciar na sua cultura musical a partir do momento em que a criança começar a ter contato e a interagir com outras crianças - e até com adultos - partilhando informações e conhecimentos musicais e culturais, pois cada família e cada pessoa têm suas particularidades e variações de viver e se expressar. “Como uma das formas de representação simbólica do mundo, a música, em sua diversidade e riqueza, permite-nos conhecer melhor a nós mesmos e ao outro, próximo ou distante”. (BRITO, 2003: 28).
A influência musical que estamos dispondo para as crianças, seja na escola ou no meio familiar, deve ser repensada de forma consciente. Sabemos que a música pode influenciar comportamentos e se for usada sem discernimento poderá interferir de forma negativa nas crianças. A música brasileira é plural e diversificada e, nessa pluralidade, nem tudo convém a uma criança se expor. Existem músicas de boa qualidade, mas também podendo ser de má qualidade, como muitas existentes atualmente.

A frequência com que somos levados a ouvir e a apreciar músicas de boa qualidade é responsável direta pelo desenvolvimento do gosto musical e o despertar da vocação natural do ser criador, o que pode acontecer no homem em qualquer idade. (BUENO, 2012: 66).

A Música também está relacionada as emoções s e transmite várias sensações boas ou não. Por exemplo: quem  nunca sentiu saudades de alguém ou de alguma situação ouvindo determinada música? Ou quem não se sentiu melhor em um momento de dificuldades ao ouvir uma música de mensagem motivadora ou religiosa? Ou percebeu uma determinada “resposta” para uma indagação pessoal através de uma letra musical? Há quem diga que ouvir música em volume baixo, porém audível, inspira boas noites de sono. A música tem o poder de despertar o lado afetivo de uma pessoa. Dificilmente encontraremos alguém que não goste de música. A maioria das pessoas tem alguma música preferida e sempre existe aquela música nostálgica que faz lembrar a infância, adolescência, primeiro amor, levando a épocas e momentos inesquecíveis pois

Traduzem em formas sonoras, capazes de expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio da organização e relacionamento expressivo e [...] além de favorecer o desenvolvimento afetivo da criança, amplia a atividade cerebral, melhora o desempenho escolar dos alunos e contribui para integrar socialmente o individuo (BRÉSCIA, 2003: 81).

No contato com os sons e as vibrações sonoras, a criança dá significado para si, seja quando os adultos entoam canções para ela, seja quando escuta jingles do seu desenho favorito ou um comercial de brinquedos. Através dessa troca de comunicação entre a criança e o que ela escuta desenvolve-se a personalidade, sentimentos, a compreensão da linguagem musical fortalecendo a sua área social, afetividade e o cognitivo “Os momentos de troca e comunicação sonoro-musicais favorecem o desenvolvimento afetivo e cognitivo, bem como a criação de vínculos fortes tanto com os adultos quanto com a música” (BRITO, 2003).
Percebemos que o benefício da música na sociedade se dá de forma relevante quando aplicada em terapias alternativas, em pessoas com Alzheimer, com problemas mentais, cognitivos e de aprendizagem.. Há diversas Instituições e projetos voltados para atender a juventude, principalmente nas periferias do Brasil, que têm por finalidade  trabalhar com os jovens tirando-os de meios que levam a criminalidade e proporcionar melhores oportunidades de vida  A música é uma forte aliada para tratar a solidão na terceira idade, depressão, doenças, e muitos outros males que os idosos estão suscetíveis,  levantando a sua  auto estima dentre muitos outros  fatores.
Há muito que conhecer sobre o universo musical e precisamos nos aprofundar cada dia mais para assim nos beneficiar de tudo o que a música pode nos acrescentar.
 
2.2 A música como recurso pedagógico

Na história da educação no Brasil, a educação infantil não era considerada relevante na sociedade. Isso permaneceu  por mais tempo do que deveria, e aos poucos a música era usada para manter a ordem  na sala de aula e interação entre os alunos como afirma Loureiro (2003).
Já no ambiente escolar, a música tem sido tratada como algo mecânico, onde muitas vezes as crianças têm que imitar o professor, que por sua vez precisam que as crianças apresentem coreografias e musicais exatamente como foi ensaiado, tornando a expressão artística musical das crianças algo desvirtuado de valores emocionais; “a música é tratada como se fosse um produto pronto, que se aprende a reproduzir, e não uma linguagem cujo conhecimento se constrói” (BRASIL, 1998: 47).
É no contexto escolar, especificamente na educação infantil, a primeira experiência da criança no que diz respeito à socialização e aprendizagem sendo importante que esse momento seja o mais prazeroso e favorecedor de desenvolvimento e aprendizagem. E o lúdico tem como uma das suas funções a de tornar o aprendizado prazeroso e estimulante e o seu entendimento aliado à prática torna o ambiente escolar um lugar agradável e alegre. “Uma das tarefas  primordiais da escola é assegurar a igualdade de chances,  para que toda criança possa ter acesso a música e possa educar-se musicalmente, qualquer que seja o ambiente sócio cultural que provenha” (MÁRSICO, 1982: 148).
Para Piaget (1998), o lúdico está intrinsecamente ligado ao intelecto da criança e essa prática se torna essencial à prática educativa. Através da ludicidade musical é possível desenvolver melhores resultados na afetividade, companheirismo, altruísmo, convivência, respeito e dentre outros valores incluindo não só a aprendizagem, mas também a socialização entre as crianças. Vivemos em um mundo onde as crianças estão cada vez mais cedo tendo acesso a aparelhos tecnológicos e menos se socializam com outras crianças ao seu redor, pois esses aparelhos têm sido o entretenimento das crianças, conforme as necessidades dos pais. As crianças têm passado tempo considerável em aparelhos eletrônicos e poucos aprendem a socializar-se com outras crianças, o que no futuro pode haver consequências comprometedoras,  onde a amizade e a empatia serão cada vez mais raras de acontecer, pois é a partir das relações cognitivas e afetivas que acontece o amadurecimento emocional. “os movimentos de troca e comunicação sonoro-musicais favorecem o desenvolvimento afetivo e cognitivo, bem como a criação de vínculos fortes tanto com os adultos, quanto com a música” (BRITO, 2003: 35).
Se um educador fizer uma paródia, ou até mesmo inventar uma música bem divertida com regras de matemática, com algum conteúdo de Português, Matemática, inglês, enfim, se o conteúdo a ser estudado for apresentado às crianças de forma musical, as chances de a música permanecer em sua memória por muitos anos serão altas. O que se observa é esse fenômeno acontecer com maior frequência em aulas de língua estrangeira, mas não como ferramenta pedagógica  mais abrangente. Vale ressaltar que além de conteúdos curriculares, a música e os seus benefícios são bem mais amplos do que se imagina, pois através dela podemos trabalhar diversas áreas do conhecimento e temas transversais do ser humano como valores, higiene, respeito à natureza e aos coleguinhas, diversidade racial, a fraternidade, entre outros.

Pode-se incorporar a educação musical como parte integrante da formação do indivíduo desde a infância, atendendo a vários propósitos, como a formação de hábitos, atitudes e comportamentos: ao lavar as mãos antes do lanche, ao agradecer a “papai do céu”, por mais um dia de estudo, ao escovar os dentes, na memorização de conteúdos, de números, de letras e etc. (BUENO, 2012: 55).

Portanto, não é exagerado afirmar que a linguagem musical é riquíssima em vários aspectos, sendo plural em todos os sentidos, tornando impossível limitar os seus benefícios para as crianças, adultos e idosos, pois ela desperta e é libertadora, símbolo de expressão, socialização, linguagem e comunicação. “Por seu poder criador e libertador, a música torna-se um poderoso recurso educativo a ser utilizado na Pré-Escola.” (WEIGEL,1988: 12)

2.3 A importância do professor lúdico

Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB - Lei nº 9394/96), no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI - Lei nº 11.769 de 18 de Agosto de 2008), e ainda nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) verificamos que a arte (e a música está descrita como manifestação artística) na escola é um direito das crianças da educação infantil.
O teórico Piaget (1998) é  considerados um dos mais respeitados teóricos da historia da pedagogia, e este afirma que o lúdico é de grande importância na aprendizagem.  “A atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança sendo por isso, indispensável à prática educativa” (PIAGET, 1998).  É necessário que o professor não só conheça sobre ludicidade, mas que a exercite e tenha sempre um olhar investigador sobre suas práticas e seus resultados pedagógicos, pois cada criança é particularmente singular.
Se música e ludicidade caminham juntas no processo de construção da aprendezagem na  educação infantil, cabe ao educador usar essas  ferramentas a seu favor e a favor dos seus educandos direcionando sua metodologia didática para alcaçar seus fins pedagógicos. O educador precisa ampliar a criatividade e atuar de forma ativa, incluindo a criança como protagonista dos seus métodos pedagógicos.
Para tanto, faz-se necessário que o educador conheça o universo lúdico permitindo-se entender como melhor se relacionar com suas possibilidades, como aproximá-lo das crianças, com relacioná-lo com a cultura social, enfim, com o mundo que o cerca.
O professor é um agente mediador na construção do conhecimento e para tal é necessário que haja uma formação profissional pedagógica adequada e uma consciência social, buscando sempre o melhor, com muita imaginação e criatividade, usando de repertórios, de objetos que promovam o som, ritmo, coordenação motora fina e ampla, respeitando a criança e sua diversidade física e cultural.

Há várias formas de se trabalhar a música na escola, por exemplo, de forma lúdica e coletiva, utilizando jogos, brincadeiras de roda e confecção de instrumentos. A imaginação é uma grande aliada nesse quesito, lembrando que a musicalidade está dentro de cada pessoa (BUENO ,2011: 231).

Cabe então ao educador ser assertivo ao mediar situações lúdicas para que este processo promova a construção da aprendizagem no ambiente escolar fazendo-se necessária a formação profissional adequada ou buscar meios de informação sobre o assunto. Com as diversas possibilidades de acesso ao conhecimento, como revistas, livros, internet, canais que de cunho educacional na TV, é possível que o profissional busque o conhecimento e o fortalecimento das suas práticas pedagógicas através da música.

Integrar a música à educação infantil implica que o professor deva assumir uma postura de disponibilidade em relação a essa linguagem. Considerando-se que a maioria dos professores de educação infantil não tem uma formação específica em música, sugere-se que cada profissional faça um continuo trabalho pessoal consigo mesmo (BRASIL, 1998: 67).

A sociedade e, por consequência, as crianças não são as mesmas do passado. A forma de se aprender mudou e o professor precisa estar atualizado e preparado para essa nova geração de crianças de uma sociedade moderna e isso torna necessário que o professor seja capaz de refletir e se reinventar ampliando seus conhecimentos pedagógicos, pois a própria pedagogia defende o conhecimento como algo contínuo e a educação continuada. Por isso, faz-se necessário a formação lúdica para o docente. Segundo Santos (1997: 14) “a formação lúdica deve proporcionar ao futuro educador conhecer-se como pessoa, saber de suas de possibilidades e limitações”.

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Nesta parte do trabalho apresentam-se os principais aspectos que compõem a metodologia da pesquisa (destacados em negrito).
A natureza que guia este estudo foi de cunho qualitativo. Chizzotti (1991) afirma que os pesquisadores se dedicam à análise dos significados que os indivíduos dão às suas ações.
As fontes  metodológicas deste Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) constituiu-se através da pesquisa bibliográfica e de campo pois José Filho (2006: 64) afirma que  “o ato de pesquisar traz em si a necessidade do diálogo com a realidade a qual se pretende investigar e com o diferente, um diálogo dotado de crítica, canalizador de momentos criativos”.
A técnica de coleta foi definida através da entrevista semi-estruturada, para a qual foram preparadas dez questões dissertativas referentes às noções teóricas da música na educação infantil e à prática com fins pedagógicos desses professores, suas noções teóricas e dificuldades. Para complementar as informações realizou-se observação assistemática (realizada informalmente).
Participaram dessa pesquisa quatro professores do sexo feminino, com idades entre 25 e 41 anos, todas graduadas em Pedagogia, e uma delas também com uma segunda graduação em Educação Física. O tempo de atuação na área pedagógica varia de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.
Cada participante foi escolhido intencionalmente,  pois responderam aos requisitos da pesquisa, sendo estes cientes do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido o qual é um documento básico e fundamental do protocolo e da pesquisa com ética.
O lócus de pesquisa deu-se em uma escola que fica localizada no Bairro Arvoredo, cidade de Fortaleza, estado do Ceará. Sendo respondentes quatro professores da educação infantil nível IV e V (quatro e cinco anos).
A  Instituição educacional, que no segundo semestre de 2017 serviu de referência para a presente pesquisa, fora fundada no ano de 2006  com a missão de oferecer aos alunos um ambiente seguro, acolhedor e motivador, em prol de uma educação construtivista que permita uma formação sólida de conceitos e valores humanísticos, promovendo integração e convívio social, desenvolvendo habilidades para que seus alunos alcancem grandes conquistas em todas as dimensões da vida. A referida escola é uma instituição escolar do setor privado que é referência em qualidade de ensino, oferecendo do infantil II (dois anos) ao Ensino fundamental II (9º ano), além de escola em período integral de ensino da educação infantil até o 5º ano do ensino fundamental I.

4 ANÁLISE DA INFORMAÇÃO

Nessa fase do trabalho, seguem as descrições do aspecto estrutural da escola e suas peculiaridades educacionais.

4.1Observação

Para a realização da observação informal foram realizadas algumas sessões (visitas) ás quais serviram para compreender  melhor o contexto da instituição educacional e sua relação com o objeto de estudo.
As observações foram  realizadas de forma assistemática pela pesquisadora com quatro turmas da educação infantil (IV e V – quatro e cinco anos). Nessa escola, uma vez por semana as crianças participam da aula de música com um professor qualificado na área. Porém, o foco da pesquisa se restringiu à ação das professoras regentes de sala.
A instituição educacional pertence ao setor privado de ensino e segundo o seu Projeto Político Pedagógico (PPP), sua missão é oferecer aos alunos um ambiente seguro, acolhedor e motivador, em prol de uma educação construtivista que permita uma formação sólida de conceitos e valores humanísticos, promovendo integração e convívio social, desenvolvendo habilidades para alcançarem grandes conquistas em todas as dimensões da vida. A escola adota uma educação construtivista, promovendo a autonomia pessoal e coletiva, intensificada em valores como respeito, solidariedade, disciplina e amor, apoiados em princípios cristãos. 
A escola possui um ambiente adaptado às crianças do infantil, de 2 a 5 anos, dispondo de brinquedos de plástico adequados às idades em área com tapetes emborrachados, prevenindo assim, o impacto de acidentes. Todas as salas do infantil II ao infantil V se localizam no térreo da escola. Porém, ao que pude observar, as salas do ensino fundamental funcionam no primeiro andar e a escola não possui rampa de acessibilidade para casos de deficiência física. A escola possui ainda uma área verde, não coberta, mas ampla, proporcionando valioso contato com a natureza e a possibilidade de ter um espaço atraente para atividades diversificadas. 
Com relação à rotina das salas da educação infantil observadas (infantis IV e V),os alunos são recebidos com brinquedos ou massinha de modelar já dispostos sobre a mesa. Às 07h30min pontualmente, começa a roda de conversa com cantigas e brincadeiras com os alunos. Duas vezes na semana, acontecem acolhidas coletivas com todas as turmas da educação infantil. Bem se observou que no infantil V, logo ao chegar, os alunos já começam a escrever a agenda do dia, copiando da lousa. No infantil IV, as agendas são coladas. Logo após, é iniciada a transmissão dos conteúdos do dia, sempre de forma lúdica.
A escola cumpre os critérios estabelecidos pelos Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil (2006) ao definir que as crianças precisam ser apoiadas em suas iniciativas espontâneas e incentivadas a brincar, movimentar-se em espaços amplos e ao ar livre, expressar sentimentos e pensamentos, desenvolver a imaginação, a curiosidade e a capacidade de expressão, ampliando permanentemente conhecimentos a respeito do mundo da natureza e da cultura apoiadas por estratégias pedagógicas apropriadas, diversificando atividades, escolhas e companheiros de interação em creches, pré-escolas e centros de Educação Infantil.

 
4.2 Análises das entrevistas

Com o objetivo de obter maiores informações sobre a aplicação do recurso musical como meio pedagógico e socializador na educação infantil e de como essas quatro professoras aplicam essa ferramenta para atingir seus objetivos educacionais, foi possível perceber que existe uma reflexão e consciência da importância da música na Educação Infantil, não só por parte dos docentes, mas também da instituição escolar que percebe a musicalização como um meio para atingir importantes fins pedagógicos.
Neste sentido, todos concordam que a música é muito importante para o desenvolvimento infantil, pois favorece a sensibilidade, criatividade, comunicação, os sentidos sensoriais e perceptíveis da criança além de facilitar a assimilação dos conteúdos disciplinares. Tal suposto corrobora a teoria de Bueno (2012: 49) em que diz que “a música, é uma grande ferramenta, muito importante para a assimilação dos diversos conteúdos na rotina dos alunos, pois transporta para o universo dos mesmos, de forma lúdica, os conceitos científicos de diversas matérias”.
Na pergunta às professoras sobre o papel da música como recurso pedagógico, as entrevistadas responderam que a música é de grande importância. Assim, corrobora com a perspectiva de Bueno (2012: 54)o qual aponta que a criança estimulada por meios musicais, passa a decodificar as palavras através dos sons, ritmos, gestos e pronúncias silábicas, se alfabetizando mais rápido, além de melhorar seu vocabulário.
Vale salientar que uma das entrevistadas ressaltou que quanto mais empolgante é a música e a entrega emocional do professor no momento que ele canta, que faz gestos, que muda a entonação da voz, mais as crianças se envolvem com os objetivos da aula:“é o entusiasmo do professor que desperta o interesse das crianças e não a qualidade do seu canto”.
Conforme Weigel (1988: 56) é muito importante que a música não seja exercitada  de forma mecânica ou desvirtuada de alegria e da vida, pois esta deve exercer a sua função libertadora e viva no aprendizado das crianças da educação infantil.
As entrevistadas foram unânimes em afirmar que a música facilita o aprendizado das crianças e que reconhecem a necessidade de, sempre que possível, fazer deste recurso um meio para se chegar ao fim. Faz-se necessário que parta do professor o interesse em aprender, a modificar, a reaprender e reinventar as suas práticas pedagógicas musicais contemplando as diversas capacidades que estão disponíveis no âmbito educacional. Nesta direção Ilari comenta:

ninguém precisa fazer mágica: para desenvolver a inteligência musical e o cérebro da criança, basta fazer música. O educador deve utilizar de grande variedade de atividades e tipos de músicas. Cantar, bater ritmos, movimentar‐se, dançar, ouvir vários tipos de melodias e ritmos, manusear objetos sonoros e instrumentos musicais, participar de jogos musicais, acompanhar rimas e parlendas com gestos, construir instrumentos musicais, cantar espontaneamente, entre outros, devem fazer parte da musicalização das crianças. Todas essas atividades são benéficas e podem contribuir para o desenvolvimento do cérebro da criança (ILARI, 2003: 14).

As  reações das crianças em atividades musicais é bastante positiva, pois a música facilita o entrosamento e estimula a percepção não só do eu na criança, mas a do próximo também. A música permite a ação de movimentos que incluem outras crianças, principalmente quando o seu contexto trata de valores como amor, solidariedade, respeito, emprestar os brinquedos, compartilhar, etc., descobrindo suas capacidades e estabelecendo relações com o ambiente em que vive. Essa troca favorece o desenvolvimento da crinça em diversos aspectos. Bueno ainda acrescenta que:

a participação em atividades musicais aumenta a habilidade da criança para aprender matemática básica e leitura. Também desenvolve habilidades cruciais para ter uma vida bem sucedida, como por exemplo, a autodisciplina, o trabalho em grupo e habilidades para a resolução de problemas (BUENO, 2011: 189).

Sobre a questão relacionada às sensações causadas pela música, três entrevistadas não recordaram com fidelidade o período da pré-escola, porém uma delas relatou boas lembranças desse momento, demonstrando agradável nostalgia ao relembrar sua infância escolar, onde ainda afirmou que uma determinada professora sua usava de paródias para ensinar conceitos pedagógicos. Usando de músicas já existentes naquela época a professora explorava os conteúdos disciplinares, o que tornava a aula muito mais divertida e proveitosa.
Nenhuma das entrevistadas possui formação específica em educação musical, porém há professoras que buscam um melhor envolvimento com a área musical através da tecnologia e ferramentas digitais. Todas afirmaram que integram a música nas disciplinas de matemática, linguagem, natureza e sociedade, como também nos momentos para lavar as mãos, fazer fila, pedir silêncio, além de reforçar aprendizagens sobre valores. Outras ainda usam a música como exercício de relaxamento após o recreio. É perceptível que as professoras entrevistadas exploram os benefícios da música na educação infantil de modo satisfatório, aspecto este comentado na literatura:

a Música pode estar presente em todas as áreas do currículo e, no planejamento de suas atividades, aos períodos de exuberância e dispêndio de energia devem suceder períodos de calma, repouso, concentração e acúmulo de energias (MÁRSICO, 1982: 38).

As dificuldades  relatadas  pelas entrevistadas para o exercício musical foram quanto à falta de material, tendo que os poucos elementos serem revezados entre os educadores, além de repertório e fragilidade de conhecimento específico no assunto musical. Foi lembrado pelas professoras ainda a falta de espaço físico dentro da sala e dificuldades, às vezes, de se explorar a área externa da sala devido ao uso por outras turmas.
Diante das informações obtidas, é importante ressaltar que a música na educação infantil é muito importante para o desenvolvimento das crianças e que devem continuar acontecendo no ambiente escolar.  Sendo assim, as situações que permitem a inserção da música como facilitadora pedagógica, construídas intencionalmente pelo professor para atingir seus objetivos pedagógicos, terão grande influência e contribuição significativa no desenvolvimento infantil.

CONCLUSÕES

Em conformidade com os objetivos inicialmente traçados nesse estudo, foi possível compreender que a música proporciona um ambiente de aprendizagem e desenvolvimento prazeroso tanto para a criança, como também para o educador e que a música é trabalhada em diversas áreas do conhecimento e nas relações sociais, pelas professoras entrevistadas. Constatou-se que elas percebem a importância da música na aprendizagem, na socialização e no desenvolvimento cognitivo da criança, apesar de não se dispor de informações mais profundas sobre o assunto, porém manifestam total interesse em adquirir conhecimento específico.
O recurso musical pode e deve ser contextualizado para fins pedagógicos e socializador no ambiente escolar possibilitando uma diversidade de recursos pedagógicos ao se trabalhar através dela. O ensino da música além de necessário é legal sendo referendado pela lei nº11.769/2008 (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil– RCNEI), onde é preciso conhecimento e aprofundamento sobre esse assunto.
Na Educação Infantil as crianças precisam que o desenvolvimento cognitivo, afetivo, social, linguístico e psicomotor recebam estímulos assertivos e a música oferece ferramentas adequadas para o desenvolvimento da criança.
Com relação à metodologia usada pelo professor no trabalho musical, observou-se que todas as entrevistadas exploram a música de forma diversificada, porém reconhecem que ainda há muito que se aprender nessa área.
Vale ressaltar que este trabalho proporcionou às entrevistadas uma reflexão não só sobre as suas práticas pedagógicas, seus acertos e suas fragilidades, mas também sobre a importância da busca do conhecimento e de melhorias para si e para seus  educandos.  Escritos como estes são esclarecedores para a educação.
Não restam dúvidas sobre o que a musicalização na escola representa não só um meio facilitador de aprendizagem curricular, mas também funções sociais, uma vez que permite a fusão e a integração da criança com o meio, desenvolvendo a linguagem e expressividade infantil e a interação social.
Para finalizar, é importante refletir sobre a importância do despertar e o repensar a educação infantil e as práticas pedagógicas do professor que detém o poder de abrir passagem para o desenvolvimento totalitário dos seus alunos e que pesquisas como esta possam facilitar essa discussão.

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*Professora da Faculdade Ateneu. Doutora em Educação pela Universidade Autônoma de Barcelona.
** Licenciada em Pedagogia pela Faculdade Ateneu.

Recibido: 19/02/2018 Aceptado: 13/04/2018 Publicado: Abril de 2018

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