GEOTECNOLOGIAS E O PLANEJAMENTO DA AGRICULTURA DE ENERGIA

Heloísa Rodrigues Nascimento
Yolanda Vieira de Abreu

Capítulo II

GEOTECNOLOGIAS

As geotecnologias podem ser descritas como o conjunto de tecnologias que envolvem a coleta, processamento, análise e disponibilização de informação com uma posição definida no espaço, ou seja, com referência geográfica. Dentre as geotecnologias estão o SIG – Sistema de Informação Geográfica, Cartografia Digital, Sensoriamento Remoto, GPS – Sistema de Posicionamento Global, Aerofotogrametria, Geodésia e Topografia, dentre outros (FAVRIN, 2009).

Segundo Castanho (2006), o entorno das geotecnologias é muito mais amplo do que se estabelece, não somente como mero instrumental para mapeamentos, localizações pontuais e outros, mas sim um conjunto de fatores que levam a resultados almejados por diferentes profissionais. A aplicação das geotecnologias tanto no espaço urbano quanto rural, passa a ser um meio de controle, conhecimento e coerência em relação ao uso e ocupação da terra, tendo em vista a necessidade de planejamento, seja ele ambiental, urbano, agricultura entre outros (CASTANHO; TEODORO, 2010).

De acordo com Monzane (2008), diversas são as possibilidades de aplicações de geotecnologias no agronegócio e agricultura. O uso de softwares específicos e imagens de satélite permitem monitorar e prever safras. Da mesma forma, o conhecimento de coordenadas geográficas possibilita planejamento e uso do solo, gestão das bacias hidrográficas e detecção de pragas.

Em Silva e Silva (2009), foram utilizados dados obtidos via sensoriamento remoto e geoprocessamento para apresentar as vantagens destes em relação aos métodos convencionais para a avaliação de áreas agrícolas no Brasil, com informações sobre a área de plantio, distribuição espacial e temporal de cada região e culturas em desenvolvimento. Uma das vantagens da aquisição de dados utilizando o sensoriamento remoto é o baixo custo e agilidade no fornecimento de informações de dados coletados de sensores remotos.

Dentre os trabalhos que utilizam imagens de satélite para levantamento e quantificação da ocupação agrícola de um determinado município, microrregião ou Estado pode-se citar os de Assad; Sano et al. (1998), que propôs o monitoramento da ocupação agrícola com sensoriamento remoto e SIG para três municípios maranhenses: Alto Parnaíba, Balsas e Tasso Fragoso. Como produto deste monitoramento obteve-se um mapa de áreas cultivadas através do método da classificação de imagens. A partir desses dados foram geradas tabelas quantificando as áreas cultivadas presentes e suas classes, tais como: arroz, soja, pastagem, milho, caju e áreas preparadas não cultivadas.

Segundo os pesquisadoras Rudorff e Sugawara (2007) realizaram o trabalho de mapeamento da cultura de cana-de-açúcar na Região Centro-Sul via imagens de satélites, obtendo como produto final após a classificação das imagens, um mapa temático contendo os temas: cana-safra, cana-planta expansão e cana-planta-reforma, ou seja, identificando as etapas de cultivo da mesma.

Pode-se observar que diversas pesquisas relacionadas à identificação de culturas, bem como a quantificação da área por elas ocupada estão concentradas principalmente na classificação de imagens adquiridas por sensores ópticos de média resolução espacial, tendo como auxílio informações obtidas em campo através de visitas para validar as informações existentes nas imagens (MEDEIROS; RUDORFF; SHIMABUKURO, 1996; IPPOLIT-RAMILO et al., 2003 apud RIZZI, 2004).

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