Não obstante a sua importância política, social e econômica, a moeda parece ser pouco compreendida na sociedade. Sua descoberta representou um notável avanço na história da humanidade. A moeda proporcionou ao indivíduo generalizar seu poder de compra e obter da sociedade aquilo que sua moeda lhe dá direito, sob a forma que melhor lhe convém. Sob este ponto de vista, alguns autores destacam que a moeda aparece como criadora da propriedade individual, característica que a acompanha desde o princípio. A magnitude e a importância da moeda exigem um estudo detalhado e objetivo para que se possa compreender o seu papel na economia. Através da divisão do trabalho e do desenvolvimento das economias, a moeda passou a incorporar novas funções, tornando-se sinônimo de riqueza e de poder coletivo e pessoal. Não é por outra razão que alguns autores clássicos como Marx, Weber e Simmel, davam grande destaque ao papel do dinheiro, ao analisarem o funcionamento dos sistemas econômicos. Marx discutiu os conceitos de valor de uso e valor de troca das mercadorias no capitalismo. Weber estudou o papel do dinheiro nas sociedades ocidentais modernas, a sua importância para racionalização da vida social e a definição dos preços dos bens e serviços. Simmel referenciou o dinheiro como sendo uma instituição fundamental no desenvolvimento das relações econômicas. Enfim, o uso do dinheiro, desde os primórdios das civilizações até os nossos dias, trouxe diversas consequências econômicas e sócio-culturais.
No Brasil, vários foram os fatos que impactaram a história da moeda. Em cada um desses momentos históricos o suprimento, a aceitação e até as próprias funções da moeda foram fortemente modificados.
A moeda está estreitamente relacionada com a história e o estágio de evolução da humanidade. Hoje, o uso da moeda na economia é tão generalizado que se torna difícil imaginar o funcionamento do sistema econômico sem a mesma.
Na realidade, existiram grupos humanos primitivos que não utilizavam quaisquer formas de moeda. Esses grupos humanos, em geral nômades, sobreviveram sob padrões simples de atividade econômica, onde não conheceram a moeda e realizavam trocas diretas em espécies, denominadas escambo.
Essas formas de relacionamento econômico, com o passar do tempo, foram sendo modificadas pelo processo de especialização e divisão social do trabalho, ainda que em estágio primitivo. A vida social tornou-se mais complexa, a produção diversificou-se com a criação de instrumentos de trabalho exigidos pelas novas formas de produção e pelos novos padrões de vida. Dessa forma, o escambo foi gradativamente dando lugar a processos indiretos de pagamentos. A aceitação generalizada de determinados produtos recebidos em pagamento das transações econômicas, configura a origem da moeda.
Entre os instrumentos criados e continuamente melhorados pelo homem, a moeda aparece como um dos mais preciosos para atuar sobre a atividade econômica. Sem ela, nenhum progresso material e humano teria sido ou seria possível. Ela é hoje parte integrante da sociedade, por isso, o estudo dos problemas suscitados pela moeda é considerado bastante delicado, pois grande parte do seu valor provém do julgamento e do comportamento daqueles que a utilizam: os indivíduos, os grupos e as nações.
Assim, é necessário um estudo progressivo e relacionado às grandes evoluções que permitiram a nossa moeda ser o que é hoje. O conhecimento do tempo histórico em que as mudanças de moeda e de suas características físicas e nominais são indispensáveis, é o meio de se entender as longas e incessantes readaptações. Assim, a moeda acompanha a evolução do seu tempo para se adaptar à sua representação de valores das mercadorias e dos costumes em relação às suas trocas. Enfim, o estudo histórico dos costumes, da cultura e das políticas econômicas é crucial para determinar a criação de uma dada moeda ou tipos de moeda em dada época.
Este trabalho tem como meta estudar e responder a seguinte pergunta:: Quais foram os fatos históricos que levaram às mudanças das características e dos tipos de moedas entre 1889 a 1989 no Brasil?
Pretende-se responder esta pergunta estudando a evolução da moeda brasileira, os fatos históricos que estão relacionados com os principais eventos que levaram às mudanças do tipo e das características da mesma, tais como: a introdução da moeda no Brasil e sua influência no comércio da época; a criação de novas moedas brasileiras e as políticas econômicas que influenciaram para tal acontecimento. Serão também notificados os instrumentos monetários que podem mudar o valor da moeda no tempo e no espaço.
O objetivo geral deste estudo é analisar historicamente a evolução da moeda no Brasil entre 1889 a 1989. Os objetivos específicos são:
• Descrever a evolução histórica da moeda e sua importância como intermediária nas trocas de mercadorias;
• Apresentar os fatos e a necessidade que levou o uso da moeda e mostrar historicamente sua influência no comércio da colônia brasileira;
• Relacionar a criação de novas moedas no Brasil e o fato histórico que a determinou;
• Demonstrar os instrumentos monetários e históricos que determinaram as mudanças do valor da moeda ou a criação de uma nova moeda.
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1647 - Investigaciones socioambientales, educativas y humanísticas para el medio rural Por: Miguel Ángel Sámano Rentería y Ramón Rivera Espinosa. (Coordinadores) Este libro es producto del trabajo desarrollado por un grupo interdisciplinario de investigadores integrantes del Instituto de Investigaciones Socioambientales, Educativas y Humanísticas para el Medio Rural (IISEHMER). Libro gratis |
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