EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MOEDA


Yolanda Vieira de Abreu
Sanay Bertelle Coelho

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A POLÍTICA MONETÁRIA APÓS 1964

Uma nova fase começou com o golpe militar de 31 de março de 1964. O movimento militar de março destituiu o Governo Goulart e levou à Presidência da República o Marechal Castelo Branco. Em novembro de 1964 foi apresentado o Programa e Ação Econômica do Governo (PAEG), elaborado pelo novo Ministério do Planejamento e Coordenação Econômica.

Segundo Resende (1990), as três “normas básicas” do programa desinflacionário do PAEG eram: a contenção dos déficits governamentais, a política salarial e a política de crédito às empresas. A primeira norma (contenção dos déficits) foi a mais bem-sucedida. Os impostos diretos e indiretos foram aumentados. O déficit do governo que era de 4,2% em 1963, chega à apenas 1,6% em 1965 e, em 1966 foi de 1,1%. A forma de financiamento do déficit foi alterada, pois desde 1960 o mesmo era financiado pelas emissões de papel-moeda e, em 1965, mais da metade do déficit foi financiado através da venda de títulos da dívida pública e, em 1966, foi financiado totalmente pelos empréstimos junto ao público.

No segundo trimestre e 1964, a moeda e o crédito expandiram-se igualmente com os preços, ocasionando um aperto na liquidez no último trimestre do ano. Porém, em 1965, as políticas monetárias e creditícias foram bastante folgadas, elevando assim os índices de liquidez real.

De acordo com Resende (1990), as taxas de expansão da moeda no ano de 1965, sempre foram acima da taxa de aumento dos preços. Mesmo com a queda da inflação em 1965, a expansão monetária atingiu 83,5%. A previsão do PAEG que era de 30% de expansão dos meios de pagamentos em 1965, foi, portanto, errada. A principal razão para este desequilíbrio na política monetária parece ter sido o resultado do balanço de pagamentos. A redução da taxa de crescimento tanto em 1964 como em 1965, reduziram as importações. As exportações atingiram um nível recorde em 1965, onde o resultado foi o superávit de US$ 331 milhões no balanço de pagamentos. As reservas passaram de US$ 245 para US$ 484 milhões. A política monetária não teve agilidade suficiente para combater o influxo de moeda gerado pelo superávit do balanço de pagamentos e, até o início de 1966, a liquidez real da economia foi folgada.

Entretanto, a política monetária sofre uma forte mudança ainda no primeiro trimestre de 1966. O governo alertado com a perda do controle monetário em 1965 inicia em 1966 uma verdadeira experiência com a doutrina monetarista. Segundo Resende (1990), o déficit do tesouro foi reduzido a 1,1% do PIB, através da elevação dos impostos e no corte das despesas. Este financiamento do déficit foi feito através da colocação de títulos junto ao público e pelo levantamento de empréstimos externos. Pela primeira vez, o déficit da União não foi financiado pelo recurso de emissão. Assim, o controle das fontes de emissão monetária manteve a taxa de crescimento da moeda em 35,4%, enquanto os preços continuaram crescendo a taxas superiores a 50%, causando um aperto da liquidez na metade de 1966.


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