ANTECEDENTES DO CAPITALISMO

ANTECEDENTES DO CAPITALISMO

Carlos Gomes

Volver al índice

 

 

 

 

7.4 – INVESTIMENTO ECONÓMICO

O investimento económico é a operação que consiste em obter bens duradouros, susceptíveis de produzir outros bens e que podem ser utilizados no decurso de vários ciclos de produção. A longo prazo, o investimento aumenta a capacidade de produção, estimula a actividade económica, desempenha um papel importante no desenvolvimento da economia e permite avaliar com mais precisão o seu crescimento. Constitui um componente da procura e favorece a oferta de bens e serviços. Esta noção de investimento aplica-se tanto no processo de produção como no processo de distribuição

O investimento económico significa a aplicação de recursos que conduzam ao crescimento da capacidade produtiva, como máquinas, equipamentos, edifícios, instalações, meios de transporte, ou à realização de projectos que se presumem benéficos. Este investimento pode destinar-se também à formação de estoques, a substituir equipamentos já desactivados, a modernizar os meios de produção com o fim de melhorar a produtividade.

O investimento traduz-se na aplicação de novos dos meios técnicos. Podem distinguir-se três categorias de investimentos físicos, conforme se destinam ao aumento de capacidade de produção, à substituição de equipamentos gastos ou obsoletos ou ao aumento da produtividade. Os investimentos físicos ou materiais são representados pelas máquinas, os edifícios ou os veículos de transporte de mercadorias. Os investimentos de capacidade são destinados a aumentar a produção como, por exemplo, a construção de novas unidades ou duma maior quantidade de máquinas, propícios à criação de empregos. O investimento de substituição corresponde ao investimento visando compensar a perda de equipamentos desactivados, as eliminações devidas ao desgaste ou à obsolescência. Os investimentos de produtividade têm como objectivo a redução dos custos unitários de produção através da contenção de factores, por exemplo, substituindo máquinas, utilizando diferentes consumos intermédios, poupando energia ou utilizando mão-de-obra em menor quantidade e melhor formação.

O processo de investimento diferencia-se do processo de consumo, quando não se destina a bens úteis de satisfação directa, mas afectados à produção doutros bens, embora alguns acumulem as duas qualidades segundo os fins alternativos a que se destinem. À integração contínua destes bens no processo de consumo deve corresponder um processo de amortização que garanta a sua substituição e renovação futura dos meios fixos de produção. O processo de investimento económico diferencia-se igualmente do aforro porque é um gasto, um desembolso e não uma reserva retida em dinheiro ou objectos valiosos.

O investimento bruto representa o montante total do investimento. O investimento é líquido quando inclui as despesas com a manutenção e reposição de peças, equipamentos e instalações desgastadas pelo uso. Corresponde ao investimento bruto deduzido do investimento de substituição.

Investimento imaterial, ou incorpóreo, designa despesas da empresa afectadas a actividades imateriais com o fim de melhorar a capacidade de produção ou a sua eficácia. É o caso: das despesas de investigação, gastos com criação de redes comerciais, formação de pessoal, inovação, organização ou concepções logísticas, capaz de suscitar um desenvolvimento futuro.

O domínio estatal era constituído também por bens imobiliários com carácter económico, de bens de consumo duradouro, como casas de habitação nas áreas rurais, prédios para habitação nas povoações, balneários públicos. Trata-se dum investimento a fundo perdido, ou não produtivo, realizado sem expectativa de retorno, em geral realizado pelas instituições estatais no sentido de realizar obras de infra-estruturas, como irrigação, urbanização, saneamentos básicos, estradas, aquedutos, etc., tudo obras de demorada construção, de manutenção e protecção rígida.

O investimento governamental aplicado no estrangeiro é realizado geralmente por razões de expansão colonial, económicas, políticas ou militares. Tem como consequência acentuar o grau de dependência económica e política do país receptor em relação aos países exportadores do capita