ANTECEDENTES DO CAPITALISMO

ANTECEDENTES DO CAPITALISMO

Carlos Gomes

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8.4 – FORMAÇÃO ESCOLAR

No Egipto, uma escola preparava aqueles que viriam a ser os homens mais cultos, a elite, uma minoria. As escolas encontravam-se dentro dos templos e em certos departamentos da administração, mas eram reservadas para aqueles que se destinavam a cargos sacerdotais ou de administração. Frequentavam a escola, com o objectivo de aprender a ler, os filhos dos altos funcionários do Estado. Eram professores, os sacerdotes ou os escribas profissionais. A instituição escolar abrangia a instrução moral, ideológica e religiosa. No caso dos escribas, eram aumentados os anos de estudo e de preparação.

Na Grécia, a alfabetização difundiu-se largamente entre o povo e mesmo entre os escravos; aperfeiçoou-se a arte da oratória.

Na China, a segunda metade do I milénio d.C., foi assinalada pelo progresso da educação, arte e literatura. A educação estava sobre a influência do confucionismo; havia escolas oficiais e privadas em cada distrito, cidade e vila; na capital havia universidades para estudos superiores. O sistema de provas escritas para seleccionar funcionários de governo foi cuidadosamente regulamentado.

Na Índia, na segunda metade do I milénio d.C., a educação primária foi confinada às castas superiores. A educação superior era feita nas universidades e faculdades que tinham sido originalmente criadas pelos budistas e mais tarde pelos hindus, fazendo parte dos mosteiros.

No Islão, século VIII, foi adoptado um sistema popular de educação escolar elementar com escolas em todas as cidades e povoações. O ensino nas mesquitas deu origem aos colégios religiosos que começaram a aparecer no século XI. Alguns colégios eram de facto universidades.

No século X, a Igreja, herdeira do Império Romano, tornou-se padroeira da educação através da criação e do apoio às escolas. A maioria dos homens instruídos eram padres ou monges e todos os ramos do conhecimento estavam subordinados ao estudo de teologia. No século XII, as guildas que reuniam mestres e estudantes deram origem às universidades.

A educação africana subsariana era concebida para preparar as crianças a ter responsabilidades em casa, na aldeia e na sociedade.

No continente americano, os maias tinham grande consideração pela sua classe sacerdotal, o estudante recebia uma rigorosa educação escolar. Os incas não possuíam uma linguagem escrita ou registada e, por isso, a sua história e cultura era apenas transmitida por tradição oral. A sua educação dividia-se em duas categorias distintas: educação vocacional para a gente comum e um treino altamente formalizado para a nobreza.