Artigos de Economia

Luiz Gonzaga de Sousa

 

VARIANTE DE FRANKEL: O CASO DA INDÚSTRIA BRASILEIRA

RESUMO

Dentro das teorias do crescimento econômico e eficiência neoclássicos, têm-se utilizado muito as funções de produção tipo Cobb-Douglas, de Elasticidade de Substituição Constante (CES), translog e muitas outras que demonstram as fases de crescimento da produção, da renda e da conjuntura nacional. Como se sabe, a teoria da produção também demonstra o processo de distribuição dos retornos gerados na atividade econômica entre o capital e o trabalho. Pois, no que respeita a “Variante de Frankel”, pode-se verificar que ele levanta as seguintes hipóteses, de fundamental importância para a economia, quando afirma que a produtividade marginal do capital privado é menor do que a produtividade marginal do capital social e da mesma maneira no que respeito ao trabalho é maior.

Foi neste sentido que M. FRANKEL (1962) intentou estudar as funções de produção micro-macro que possuíssem muitas características do modelo de K. ARROW isto significa dizer, considera a questão do learning by doing, ou um aprendizado que reflete no dia a dia do trabalhador. Com isto, procurou-se aplicar ao caso brasileiro esta metodologia, isto é, utilizar as funções de produção neoclássicas, ou especificamente a Cobb-Douglas para investigar a questão do "aprender fazendo" dentro dos princípios da “Variante de Frankel”. Esse autor levantou também a hipótese de que “os salários estariam fixados em contrato”, pois isto implica que a taxa de retorno do capital ser maior do que o antecipado, porém menor do que a produtividade marginal do capital social.

São estes pontos que induzem a conclusões interessantes sobre a economia industrial brasileira, sem deixar de esquecer que estão se considerando neste trabalho retornos de escala constantes, como já traz consigo a função de produção Cobb-Douglas. Frente a esta ótica, pode-se colocar a produção agregada atualmente produzida em cada estabelecimento ser maior do que a produção agregada antecipada pelo empresário, isto denota os ganhos de produtividade que advém de uma boa ou má alocação dos recursos escassos da sociedade. Finamente, é necessário que se procure testar estas hipóteses para o caso brasileiro para se averiguarem os rumos que caminha o setor industrial do país, quanto a uma eficiência econômica e social que a economia deve ter.


Google
 
Web eumed.net

  Volver al índice de Artigos de Economia

Volver a "Libros Gratis de Economía"

Volver a la "Enciclopedia y Biblioteca de Economía EMVI"