Artigos de Economia

Luiz Gonzaga de Sousa

 

SOBERANIA & PODER

CENTRALIZAÇÃO DE CAPITAL

Complementando a espiral de condução do capitalismo, resta falar sobre a centralização feita por algumas empresas ou grupos de empresas que demandam o princípio de monopolização da economia dentro de seu ramo de atividade. A centralização passa pelo crivo da concentração econômica. Pode-se até colocar que não há centralização sem concentração, entretanto, pode haver concentração sem centralização. Um exemplo cotidiano de centralização é a formação de cartéis, de trustes, de pool e alguns outros processos de dominação monopolística. As multinacionais constituem exemplos de concentração e centralização não muito abertos, considerando que essa organização tem seus objetivos voltados para uma hegemonia do capital, portanto, buscando a monopolização de alguns ramos de indústrias que estejam mais propícias a este processo.

Detalhando mais um pouco sobre o processo de centralização, Nikolai I. BUKARIN39 (1917) explica que distinguem-se dois tipos de centralização: o primeiro, quando uma unidade econômica absorve outra similar. O segundo, a centralização vertical, quando uma unidade econômica assimila outra pertencente a um ramo estranho. No segundo caso, estamos em presença de um 'complemento econômico', ou de uma unidade econômica combinada. Hoje, quando a concorrência e a centralização dos capitais se reproduzem em escala mundial, reencontramos esses dois tipos de centralização. Esses dois tipos de centralização mostram de um lado, a horizontalização de agregamento e, em segundo lugar, a verticalização da tomada do poder de outrem que participam da economia como agentes ativos no processo.

A centralização é um instrumento da acumulação de capital, muito mais perigoso do que a concentração propriamente d, tendo em vista que aí está a formação das sociedades anônimas, os grandes conglomerados e, especialmente, os trustes. Todos estes elementos da economia industrial capitalista são destruidores e degradantes, pois a concentração e centralização eliminam a concorrência e dm normas monopolizantes, algumas vezes mascaradas de oligopólios que alimentam o processo de exploração. Inegavelmente, o poder do Estado que deveria ser para dirigir a economia de maneira igualitária e justa, é praticamente desviado para quem manipula seus dependentes participantes, pois isto é próprio de quem tem recursos econômicos e sabe manusear os venáveis homens do sistema.


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