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Economia Industrial
Luiz Gonzaga de Sousa


 

CAPÍTULO VII

 

INFLUÊNCIA DA COMPETIÇÃO

 

 

            Uma das formas de conseguir crescimento industrial ou até mesmo de uma empresa é via competição, tendo em vista que competir significa trabalhar com eficiência ou próximo dela, porque num sistema oligopolista ou de competição monopolista, não existem condições de se conseguir a eficiência real ou plena, tal como explicita a competição perfeita dos clássicos. No mundo moderno, a liberdade econômica ou o retorno ao ideal da competição perfeita (laissez faire) tem demonstrado que a economia, de maneira geral, ou especialmente a industrial, deve caminhar dentro do princípio da lei da demanda e da oferta, sem a interferência do Estado, que cria normas de manipulação mercadológicas, adulterando o funcionamento correto da economia. Isso significa dizer que, cada indústria ou empresa para agir com as suas próprias condições fica inviável, mesmo que o empresário seja o mais eficiente possível, devido formas de incentivos e/ou subsídios que muitos recebem do Estado, sem a devida contra partida, que é o ganho social, que tanto a sociedade necessita para o seu desenvolvimento sustentável para poder assegurar uma estabilidade econômica do sistema.

            Quem demarca a competição num mercado é a relação existente entre as forças de mercado, cuja oferta diferenciada já não proporciona condições de que estes agentes concorram de igual para igual uns frente aos outros, porém, criam uma competição desleal entre todos os participantes de uma estrutura que exige individualidade, hedonismo e, sobretudo, propensão ao risco que é o alimento do sucesso. O individualismo e o hedonismo são elementos fundamentais na busca do sucesso, ao considerar que o empresário sem criatividade e sem a ganância de competição no mercado tende facilmente ao insucesso, tendo em vista que a competição num sistema econômico industrial é a base de todo um processo de crescimento que a empresa deve perseguir. Sem dúvida, a competição gera economias de escala e até mesmo, podem se conseguir economias externas quando consegue na observação aos seus competidores melhores formas de diminuírem seus custos médios, de ter eficiência, de atender a demanda e de sobreviver aos ferozes ataques de uma competição desleal de uma estrutura de mercado oligopolista concentrador.

            Muitos estudiosos têm investigado a questão da competição que leva ao crescimento, isto significa dizer que os mais diferentes ganhos pela participação no mercado, isto em temos de guerra extra-preços, trazem retornos e deixam o empresário em condições de poder expandir com mais facilidade o nível de abrangência de seu processo mercadológico, conseqüentemente, bom grau de crescimento industrial. Assim sendo, coloca ZOBER[1] que,

conforme observou Triffin, a competição entre as várias indústrias se efetua no campo dos produtos substitutos. Essa tese amplia o conceito de competição, por um lado, porque ignora a demarcação de fronteiras entre as indústrias por outro lado, restringe o conceito, pela insistência quanto á classificação de produtos. Sob a concorrência pura, aponta Triffin, as vendas de uma empresa dependem dos preços de todas as outras companhias. No entanto, a empresa não é capaz de afetar os preços de seus competidores em última análise, o fator determinante é a elasticidade cruzada.

Daí a necessidade de compreender o processo de como se dinamiza a competição industrial para se conseguir um crescimento compatível com a estrutura de sobrevivência.

            Não se pode negar que o mundo moderno está repleto de oligopolistas diferenciados, numa tendência muito forte a um sistema monopolista, ou de tomada de poder para se manter sozinho no mercado, nem que seja com a utilização de uma marca que ludibria os espectadores que demandam tal mercadoria, ou para o seu consumo real, necessário, ou um consumo levado pela imposição da mídia. A permanência de um industrial no mercado inicia justamente pela habilidade que ele deve ter quanto ao seu trabalho no processo competitivo de poucos participantes no ambiente mercadológico que almeja o seu sucesso ou pelo menos a sua permanência por um longo período de tempo, cuja competição é um forte limitante aos que fraquejam como concorrentes. Uma competição correspondida a altura, criativa e direta proporciona ao industrial ou empresário condições de que a empresa possa crescer, porque vai gerar internamente as bases de um crescimento sustentado, forte e com abertura suficiente para acumulação de capital que leve a que a indústria ou empresa possa expandir-se para portes maiores, ou conseguir eficiência dentro das relações de mercado, que é o símbolo de progresso.

            Um argumento forte quanto á questão do crescimento econômico é no que respeita á diversificação da produção industrial, como explica SANÉN[2] quando comentou que

a queda e concentração do mercado interno a partir da década de setenta, propiciou o aumento da competitividade da indústria nacional ligada ao mercado interno, o que provocou mudanças e uma relocalização da atividade industrial ao interior da região. Posteriormente, esta situação se reforçou a raiz da mudança do modelo e a abertura da economia, o que propiciou a especialização econômica dos setores nos quais se contava com vantagens frente á competição das importações e para mercado de exportação. A transformação produtiva na região se caracteriza por duas tendências definidas: 1) uma depuração seletiva de atividades industriais com especialização nacional e uma redução da função da região como centro industrial e 2) o reforçamento e impulso dos serviços como atividade econômica especializada e a função nacional da região como centro de serviços avançados, com vantagens quase exclusivas com respeito ao resto do país.

Sem dúvida, o crescimento industrial deve ser visto com muito cuidado, especificamente se um país tem dimensões continentais, cuja especialização algumas vezes pode prejudicar um crescimento eqüitativo da indústria.

            O sistema competitivo mais direto é o preceito maior do capitalismo, de uma industrialização mais eficiente, todavia, deve-se ter o cuidado de que essa mesma competição possa aumentar e o faz, incrementando o diferencial entre as pequenas, médias e grandes industrias ou empresas, que devem crescer, sem comprometerem as bases comerciais de todos aqueles que estão participando do mercado direta ou indiretamente. Inegavelmente, a competição é uma fonte de crescimento, mas quando todos têm condições iguais de participação no mercado, contudo, quando o processo de mortandade de estabelecimentos é maior do que o de nascimento de empresas, os cuidados devem advir pelas autoridades políticas para que não possam sufocar as condições dos consumidores, que é quem paga a conta por tudo isto, sem perspectivas de retorno. Em suma, o crescimento industrial não deve olvidar de que a competição é um elemento primordial para o crescimento de uma indústria ou empresa que está no mercado, trabalhando para que possa sobreviver, dentro de um clima cada vez mais restrito de um oligopólio concentrador, eliminando a possibilidade de que outros participem do mercado com objetivo de sobrevivência e participação ativa.       


 

[1] ZOBER, Martin. Administração Mercadológica. São Paulo, Universidade de São Paulo, 1971, pp. 82-83.

[2] SANÉN, Normand Eduardo Asuad. Transformaciones Económicas de la Ciudad de México e su Región en  los Inícios del Siglo XXI: Perspectivas y Políticas.  Revista El Mercado de Valores. Octubre 2000, p. 96.


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