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Economia Industrial
Luiz Gonzaga de Sousa


 

CAPÍTULO IV

 

A QUALIDADE DOS INSUMOS

 

 

            O uso dos insumos ou fatores de produção na dinâmica da transformação industrial, especificamente quando se trata do processo produtivo, são necessários aqueles imprescindíveis para que se obtenham as respectivas produções para um mercado exigente e carente de produtos que supram suas necessidades de consumos direto e indireto. Como se sabe, os insumos dizem respeito a tudo que entra na transformação do processo produtivo, tais como material secundário, matéria-prima, capital físico, mão-de-obra e alguns outros elementos que participam direta ou indiretamente da manufatura de um produto. Como se vive num sistema de mercado oligopolístico, a competição é muita direta e forte, tendo em vista que existem os grandes, médios, pequenos e micros industriais que tentam sobreviver á guerra preço no conseguir sua participação no bolso do consumidor moderno.

            Inegavelmente, os insumos podem assumir condições de material de inferior ou superior qualidade, ou podem até ser insumos que participam como paradoxo de giffen, cujo título só pertence normalmente aos bens de consumo tratados pela teoria do consumidor tradicional da microeconomia. Com o mesmo raciocínio, quando se fala de insumos de inferior qualidade, está-se colocando o sinal na elasticidade renda do industrial ser negativa, que diz que quanto maior for o nível de renda da empresa menor será a utilização de tal insumo que vai ser utilizado na produção da empresa. Já quanto aos insumos serem normais ou superiores dizem respeito a que a elasticidade renda seja positiva, isto significa dizer que a renda industrial ao se aumentar, tem o consumo cada vez maior de tais elementos imprescindíveis no surgimento da produção industrial.

            Ao explicar melhor a utilização dos insumos na produção, que têm também as suas qualidades intrínsecas, ou seja, de fraca, boa ou de má qualidade, MANSFIELD[1] diz que

ordinariamente, o efeito-substituição de uma mudança de preço é suficientemente forte para compensar o efeito-renda de um bem [insumo] inferior, resultando daí que a quantidade demandada de um bem [insumo] estará inversamente relacionada com seu preço. É possível, entretanto, pelos menos em determinado intervalo de variação de preço, que um bem [insumo] inferior tenha um efeito-renda tão forte que supere o efeito-substituição, dando como resultado a relação direta entre a quantidade demandada e o preço. É o caso conhecido como paradoxo de Giffen. Para que ocorra. O bem [insumo] deve ser inferior, mas nem todos os bens [insumos] inferiores apresentam o paradoxo de Giffen.

A qualidade dos participantes na produção orienta o administrador á sua utilização do insumo ou fator de produção compatível com o seu crescimento, ao buscar sempre a substituição de insumos ou complementação deles se for o caso para que se possa competir com grande eficiência no seu mercado consumidor.

            No que diz respeito ao tamanho da indústria é inegável que quanto maior for o tamanho da empresa, melhor será a qualidade dos insumos utilizados na confecção da mercadoria que deverá ir ao mercado, ou de maneira contrária, quanto menor seu tamanho, mais inferiores serão seus insumos empregados. Isto acontece também quanto ao processo competitivo, que diante de uma concorrência mais direta e mais forte, os industriais camufladamente usam insumos de fraca qualidade para diminuírem seus custos e poderem concorrer com certa folga mercadológica para variações de preços. Este processo torna a mercadoria mais descartável, ludibriando os consumidores através da mídia e mexendo com o psiquê de todos aqueles que desejam produtos bons e melhores, somente aos olhos dos demandadores desligados dos efeitos de uma divulgação bem feita e séria.

            Para explicar melhor a questão da inferioridade ou superioridade de um insumo, observa-se que, na diversidade de empresas industriais concorrentes, tais como as micros, as pequenas, as médias e grandes empreendimentos, a qualidade dos insumos decorre das condições de compra pelo industrial e de como são utilizados na economia. Insumos de superior qualidade para um pequeno empresário faz aumentar os custos do produto e, por conseqüência, impedir a competição na busca de conseguir vender mais do seu produto, cujos preços não oferecem condições de tal conflito comercial entre pequenos, e grandes industriais. Finalmente, a qualidade dos insumos e fatores de produção é fundamental quanto ao se conseguir mercado no processo de venda comercial, assim como condições de competitividade entre todos aqueles que querem deixar o seu produto em boa qualidade para todos os consumidores de sua mercadoria.


 

[1] Edwin MANSFIELD. Microeconomia (Teoria e Aplicações). Rio de Janeiro, Editora CAMPUS, 1978, p. 71/72.


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