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Economia Industrial
Luiz Gonzaga de Sousa


 

CAPÍTULO III

 

CONCENTRAÇÃO E DIVERSIFICAÇÃO

 

 

          Uma economia oligopolista industrial está caracterizada pela interdependência e pela concentração no agrupamento de indústrias, decorrentes do poder de monopólio que envolve aquela estrutura, que objetiva combater a competição e tornar sem poder de concorrência os demais, cujo objetivo dos poderosos é a sua dominação com poucos participantes no mercado de produtores e vendedores. Por outro lado, uma economia industrial neste sistema de mercado pode ter uma filosofia concentradora em termo da quantidade de produtores, mas ser ao mesmo tempo diversificada do ponto de vista de ter uma variedade muito considerável de produtos que participam do mercado. Assim sendo, pretende-se neste capítulo, fazer uma análise de uma estrutura de produção oligopolista que viva em uma situação de concentração e/ou diversificação e ainda, quais os seus efeitos para a economia, isto é, se traz ganhos ou malefícios para a população como um todo.

          Como é normalmente divulgado, a concentração industrial diz respeito a uma situação onde, diante das desigualdades empresariais, força-se a falência de algumas empresas, culminando com a compra de seus restos, para poder num grupo pequeno, agir com grande margem de certeza, obviamente com riscos mínimos, ditando suas próprias formas de produção e distribuição. A diversificação dos produtos gera condições para alcançar diversos outros mercados, inibindo a participação de agentes econômicos concorrentes a também usufruírem a uma demanda que cresce e todos terem sua cota de comercialização dentro do processo de venda de seu produto. Tanto a concentração como a diversificação são técnicas de mercado que visam aumentar o seu leque de demanda, necessária para poder incrementar uma faixa de crescimento e aumentar a segurança dos produtos comercializáveis a todos os níveis de renda.

            Tanto o processo de concentração como o de diversificação envolve uma contenda pela participação no mercado, condenado por uns e aceito por outros que almejam tirar proveito de algum poderio para se locupletar no mercado, que contempla o mais forte, que são os grandes trustes nacionais e/ou internacionais. Desta feita, justifica LABINI[1] que

o fato é que o processo de concentração depende basicamente da busca de uma crescente eficiência técnica e da tendência a produção a custos sempre decrescentes. Isto significou e ainda significa a formação de grandes e eficientes complexos produtivos e origina, nos mercados onde se desenvolve, situações estruturalmente incompatíveis com a concorrência.

Não há como negar de que as grandes corporações se beneficiam de economias que suplantam os pequenos e médios industriais, tornando-os mais ineficientes e sem condições de uma competição mais direta com aqueles que dominam o mercado, tentando desta forma, somente a sua sobrevivência.

          O poder de concentração numa economia industrial pode ser feito tanto de maneira vertical, como do ponto de vista horizontal, isto significa dizer que, tanto de uma forma como de outra, força o empresário a buscar incrementar uma estrutura de poder que conduz á exploração e usurpação monopolista. Todas as duas formas são maléficas para os produtores que participam e desejam participar da economia de qualquer país, pois se não partir para formas espúrias (ilegais) de comercialização, não consegue a famosa sobrevivência no mercado. Essas contravenções praticadas pelos industriais têm levado a uma ditadura dos cartéis, que não têm outro objetivo senão a dominação de poucos que querem eliminar a incerteza de uma economia industrial imperfeita, cujos resultados são as mais fortes técnicas de monopolização do mercado.

          Diversificar é sempre possível devido ao processo de substitutibilidade que existe na economia, contudo que não seja uma maneira de conseguir consumidor para sua marca, tornando-o dependente, por força de imposição mafiosa, e isto é prejudicial para que o sistema se desenvolva tecnologicamente para o progresso de todos. O processo de concentração por outro lado, não traz qualquer benefício para a sociedade de uma forma geral, devido ao número de falência que provoca, e, sem proporcionar solução para que se consiga ter uma economia industrial equilibrada. Em resumo, os cientistas da economia devem estar sempre de olhos abertos para que se exerça uma orientação ás autoridades a não permitirem que os empresários inescrupulosos, não trabalhem no sentido de ter sempre o seu grupo vivendo num sistema de concentração industrial, que seja prejudicial á dinâmica da economia no processo de industrialização.

            Com objetivo de justificar a participação do processo de diversificação industrial em uma economia, é fundamental entender a relação que existe com os ganhos que podem advir da concentração, ou da diversificação, quanto á competitividade ou ineficiência de uma ou de outra empresa industrial. Assim sendo, comenta HOLANDA FILHO[2]

ao contrário da concentração, a diversificação das empresas, como um dos elementos da estrutura industrial, foi e ainda é pouco realçada na literatura econômica. Entre os economistas que abordaram o assunto, grande parte considera a empresa diversificada como ineficiente, no sentido de que a produtividade tenderia a ser menor á medida que um dado conjunto de inúmeros de recursos produtivos de uma empresa fosse utilizado na produção de inúmeros bens.

Este posicionamento tem sentido, ao considerar que grande número de produtos diferentes, manufaturados por determinada empresa de transformação, conseqüentemente com várias técnicas, necessita de muito cuidado quanto ao processo de eficiência, dificultando assim, o equilíbrio geral das empresas.

 

 


 

[1] Paolo Sylos-LABINI. Oligopólio e Progresso Técnico. São Paulo, Forense/EDUSP, 1980, p. 253.

[2] Sérgio Buarque de HOLANDA FILHO. Estrutura Industrial no Brasil: concentração e diversificação. Rio de Janeiro, IPEA/IMPES, 1983, p. 21.


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