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Economia Industrial
Luiz Gonzaga de Sousa


 

CAPÍTULO II

 

O CRESCIMENTO CONJUNTO

 

 

            Uma outra maneira de verificar os objetivos do industrial, em termos de seu comportamento, é quanto á busca do crescimento da empresa, visto que os diretores demandam algumas metas e os acionistas aparecem com outras opostas, tal como explica R. MARRYS (1963). Inicialmente, a maximização do crescimento depende essencialmente da organização empresarial para que a alocação dos fatores de produção faça com que seja maximizado o crescimento da empresa em forma de utilização das disponibilidades naquele processo, tanto do lado gerencial como de acionistas. A empresa passa por diversos momentos de grande relevância para sua eficiência e perspectiva de demanda que são estipuladas para que possam ser combinados todos esses elementos que façam com que a empresa cresça, mas dentro de toda estrutura de eficiência e performance, onde diretores e acionistas saiam satisfeitos com os resultados econômicos do empreendimento.

            A teoria de MARRYS (1963), diz respeito ao crescimento equilibrado, isto é, aquilo que os proprietários/acionistas querem e que os gerentes desejam, visto que os proprietários/acionistas não estão diretamente envolvidos no processo de administração da empresas. Os proprietários/acionistas desejam maximizar o  crescimento do capital, caracterizado por  e os gerentes buscam maximizar o crescimento da demanda, denotada por . Nesta configuração, tanto  como  estão em função tanto da diversificação industrial, como dos lucros da indústria. No eixo vertical, tem-se a taxa de crescimento do capital,  e taxa de crescimento da demanda. E no eixo horizontal a taxa de diversificação industrial n(d). Disto, tem-se que a curva de crescimento equilibrado proposta por MARRYS fica determinada por ABC, como demonstra o gráfico ao lado, e muito bem elucidativo nesta realidade, que é muito comum nas grandes corporações multinacionais do mundo moderno, especificamente para as empresas caracterizadas pelas sociedades anônimas, que não tem donos explícitos, como os da concorrência perfeita.

          Um outro fator que tem uma interferência na maximização do crescimento é o investimento, que é necessário para suprir as inquietações da demanda e dos seus competidores. O investimento tem três funções básicas que são essenciais, isto para reposição do estoque de capital existente, da modernização de sua tecnologia e capacidade da empresa e da expansão das fábricas como um todo. Não existem condições de se buscar maximização de crescimento da indústria sem uma correspondência na implementação dos lucros, sem um rápido turn over nas vendas e sem uma organização na indústria em busca de retornos de escala crescentes. É um fato reconhecer que a maximização do crescimento apresenta diversas limitações e dentro das quais pode-se colocar a questão da política interna da empresa e o problema de que muitos empresários têm aversão ao risco, devido ao surgimento das incertezas neste contexto de mercado imperfeito, claramente oligopolístico.

            A teoria da maximização do crescimento quer simplesmente mostrar a incompatibilidade da competição perfeita num mundo de imperfeição de mercado, onde quem predomina são os oligopólios com dominação pelos gerentes por um lado e do dono do capital por outro. Para melhor explicar isto, ALBUQUERQUE[1] mostra que

Marris sugere que a maximização das funções de utilidade dos administradores não se contrapõe á maximização da utilidade dos proprietários. Embora sejam objetivos distintos, ambos estão diretamente relacionados com a taxa de crescimento da empresa, e, assintoticamente, relacionam-se com o tamanho das empresas, sua participação no mercado e seu nível de receita.

Este tipo de atuação denota a participação das sociedades anônimas, que praticamente implica a dinâmica da grande empresa em detrimento das pequenas que precisam sobreviver ás intempéries dos dominadores da economia industrial que são os trustes e cartéis da modernidade.

            Um ponto é verdade quanto ao caso da maximização da empresa, é que, para uma firma crescer faz-se necessário que sejam levantadas as diversas dificuldades que a empresa, ou indústria, possa atravessar, tais como: demanda, abertura de crédito, a incerteza, o risco, a concorrência e alguns outros de fundamental necessidade. Inegavelmente, a maximização dos lucros, a maximização das vendas e os retornos de escala estão intimamente ligados com a maximização do crescimento empresarial. Pois, desta forma, é provável que o empresário deverá abrir mão do processo de maximização e tentar conciliar todos esses fatores em busca de um crescimento equilibrado da empresa, ou indústria como um todo. Isto acontece dentro do princípio da imperfeição do mercado. Sem dúvida, os oligopólios impõem condições que dificultam partículas isoladas a terem facilidade em suplantá-las.

            A dinâmica da busca pelo sucesso, ou pelo menos a sobrevivência industrial de qualquer tamanho, faz com que as grandes empresas intensifiquem a sua participação no mercado, criando as barreiras á entrada e expulsando os competidores próximos. Neste sentido explica ALBUQUERQUE[2] que

conforme esta concepção da empresa moderna, os proprietários/acionistas têm como objetivo a maximização da taxa de crescimento do capital. Os proprietários obtendo a maximização da taxa de crescimento do capital estariam alcançando algumas metas constantes de suas respectivas funções de utilidade, tais como crescimento dos lucros, aumento da produção e maior participação no mercado. Já os administradores têm como objetivo a maximização da taxa de crescimento da demanda pelos produtos da empresa, pois assim estariam atingindo objetivos de suas funções de utilidade, como possibilidades de altos salários, estabilidade no emprego, projeção sócio-econômica etc.

Assim sendo, justifica-se que numa empresa existe o confrontamento de idéias entre o dono do capital e do gerente desse capital, na dinâmica do desenvolvimento de uma empresa.

            As grandes empresas são comandadas por diversos diretores e gerentes que tentam por em prática as suas habilidades administrativas, tentando ajustar da melhor maneira possível os objetivos dos acionistas que almejam os ganhos de seu capital e a posição da demanda emergente. Por este prisma, TISDELL[3] repete as palavras de Marris ao afirmar

que os gerentes visam ao crescimento máximo de sua empresa, sujeita á garantia de uma probabilidade de sobrevivência da companhia como uma identidade sob seu controle. Uma vez que a probabilidade de se assumir o controle da companhia depende em parte de suas retenções de lucros, esse objetivo pode ser empregado para prever a margem de retenção.

É com esta perspectiva que os empresários, esforçam-se para manter a posição social da empresa e conseqüentemente a sua criatividade de gerir bens de terceiros, que de qualquer forma, são os donos indiretos.

 

 


 

[1] Marcos Cintra Cavalcanti de ALBUQUERQUE. Microeconomia. Rio de Janeiro, McGraw-Hill, 1987, p. 271.

[2] Marcos Cintra Cavalcanti ALBUQUERQUE. Microeconomia. Rio de Janeiro, McGraw-Hill, 1987, p. 271.

[3] Clem A TISDELL. Microeconomia: A Teoria da Alocação Econômica. São Paulo, ATLAS S/A, 1978, p. 527.

 


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