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Economia Industrial
Luiz Gonzaga de Sousa


 

CAPÍTULO II

 

A META DOS GANHOS DE ESCALA

 

 

            Esta abordagem da meta dos retornos de escala indica que os industriais trabalham na economia com vistas a obter ganhos pelo uso dos fatores de produção de forma sempre crescentes, sem esquecer que existem industriais que vivem sob o clima de ganhos de escala decrescentes, pois uma coisa é o objetivo a conseguir e outra é o obtido. Quando se fala em ganhos de escala, imediatamente, tem-se na mente a problemática quanto á utilização dos recursos escassos da sociedade, isto significa dizer, o emprego do capital e do trabalho, como componentes fundamentais. Não se está colocando que a economia industrial deve viver sob o clima das economias de escala crescentes, mas almejando os maiores goodwill possíveis pela participação no processo produtivo dentro da industrialização nacional, que se dinamiza a todo instante, devido a tecnologias modernas, e, melhor poder de competição.

            Numa economia industrial, deve-se ficar claro que, especificamente, num sistema oligopolista, existem as pequenas, as médias e as grandes indústrias, cujo objetivo fundamental, não é somente a sobrevivência comercial, mas conseguir os maiores retornos possíveis no processo produtivo de transformação. Neste conflito empresarial, sabe-se que a situação dos pequenos empreendimentos é totalmente adversa das grandes indústrias, em que as condições para as big corporations são bem mais favoráveis, contudo, todas elas indiferentemente de tamanho têm economias e/ou deseconomias de escala. Inegavelmente, todas as indústrias têm como princípios básicos á maximização de seus retornos de escala, mesmo que o seu dia-a-dia  não lhe proporcione condições de que esses objetivos possam ser obtidos pelo seu grau de eficiência empregado, devido as formas de alocação dos recursos escassos da empresa diferençar de indústria para indústria.

            Na teoria do crescimento da firma de PENROSE[1], encontra-se uma colocação sobre os ganhos internos em uma empresa, cuja mensagem diz que

as economias internas disponíveis para uma firma individual tornam sua expansão lucrativa em determinadas direções. Elas derivam da coleção específica de serviços produtivos disponíveis a uma firma, que lhe dá vantagem comparativa em relação a outras empresas em colocação, no mercado, de novos produtos ou quantidades adicionais naquelas que já produzem. Em qualquer instante no tempo, a disponibilidade de tais economias é resultado do processo (...) pelo qual novos serviços produtivos são continuamente criados dentro da firma.

Isto é mais do que uma explicação, de que os retornos de escala são fundamentais no processo de acumulação de uma empresa que participa do mercado, sobrevivendo aos ataques do grande capital que almeja expulsar os concorrentes, especificamente os mais próximos, para eliminação dos riscos e incertezas que amedrontam os industriais de todos os tamanhos.  

            Todavia, dentro de uma indústria, quem proporciona maior rapidez no processo de acumulação industrial é a obtenção de retornos de escala crescentes, que não é privilégio unicamente das grandes empresas, mas também das pequenas que compartilham desses ganhos de escala, ou da eficiência, é claro de maneira diferente. Os retornos de escala geram os ganhos desproporcionais dentro da indústria, dando condições para que aumente o número de concentrações industriais e o poder de monopolização que algumas indústrias exercem sobre as demais, por conta de sua melhor alocação dos recursos em termos de sua divisão técnica do trabalho, do adestramento de seus trabalhadores e melhor uso da tecnologia. É neste sentido que, mesmo participando precariamente da maximização dos retornos de escala como objetivo, as pequenas e uma parte das médias empresas abocanham parte do mercado, visando além disto, a sua sobrevivência, numa guerra intransigente para conseguir a cesta do consumidor.   

Uma economia formada por oligopólios, trustes e cartéis, conglomerados e algumas outras formas de denominações que levam a monopolização dos agentes produtores, ou a formação de Clusters objetivam que as empresas atuantes persigam os retornos de escala serem crescentes de forma sustentável para todos. Como se sabe, a eficiência econômica e técnica diferem de indústria para indústria e de empresa para empresa, pois isto conduz a uma dinâmica de acumulação distinta para cada agente econômico, induzindo, por conseqüência, as concentrações e estratificações das empresas com ganhos crescentes e outras com ganhos decrescentes em sua escala de produção industrial. Um sistema econômico onde todos são iguais em sua fase de competição, não gera economia de escala crescente ou decrescente por longo tempo, mas retornos de escala constantes que mantém a economia numa estrutura de estabilidade e qualquer desajuste será pequeno, de curtíssimo prazo e facilmente ajustável, pelas condições de competitividade comercial.

            Os retornos de escala crescentes decorrem da habilidade do trabalhador, em termos de conhecimento (skill); do empresário poder criar novidades e inovar em sua dinâmica de trabalho; de comercializar de forma competente seus produtos numa estrutura totalmente heterogênea e montada dentro do princípio do salve-se quem puder, ou do sobrevivente. A qualidade da mão-de-obra e a imputação de melhores tecnologias criam condições de que a produção gerada traga retornos de escala cada vez maiores, pois este mecanismo acelera o processo de acumulação formando as diferenças em cada empresa em termos de qualidade e quantidade do produto. Os retornos de escala, adquiridos no processo produtivo, qualificam melhor a empresa, forma hegemonia perante a de menor escala, por causa de sua forma de inovar as suas marcas, o seu pessoal e, acima de tudo, aumentar a sua escala de produção, pelo acompanhamento aos avanços que os cientistas implementam em termos de tecnologia.

            Em resumo, os retornos de escala decrescentes levam a empresa, ou a indústria a uma situação totalmente reversa, pois a sua produção tende a ser de fraca qualidade, não tem condições de competição direta, existe uma grande qualidade de desperdícios e está fadada ao sumiço, ou á falência, própria de estrutura ineficiente na economia. Do ponto de vista microeconômico, e, oligopolisticamente falando, as empresas devem buscar sempre retornos de escala pelo menos no curto prazo, para que seja vislumbrada uma perspectiva de sucesso no empreendimento em que se está trabalhando, tal como acontece, ou aconteceu com os grandes grupos de produção em escala. O importante é a empresa viver sempre em equilíbrio, ou próxima ao equilíbrio, entretanto, demandar a eficiência é o ponto principal que todo empresário deve perseguir, para que o sucesso antes de ser da economia, seja da empresa que luta pela sua sobrevivência, diante de um mundo de imperfeições e de dificuldades.

 


 

[1] Edith Titner PENROSE. The Theory of the Growth of the Firm. 2ª ed.; Oxford, Basil Blackwell, 1980, p. 99.

 


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