Antonio Guerra Junior*
Paulo Eduardo Ribeiro**
Silvio Akira Hirassaka
p.eduardo.ribeiro@uol.com.br
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Resumo: O objetivo deste artigo é de abordar os principais conceitos de fluxo de  caixa como um instrumento de controle financeiro para tomada de decisões, tendo  como foco a sua utilização gerencial. Destaca-se a importância deste estudo,  uma vez que em um ambiente operacional altamente competitivo e com um alto grau  de dificuldade financeira, os gestores deverão tomar decisões rápidas e seguras  no que diz respeito à captação e aplicação de recursos no mercado financeira,  buscando sempre manter o equilíbrio e estabilidade financeira, pois podem levar  ao sucesso ou a falência dos negócios. Mesmo que não haja falta de caixa, os  gestores deverão administrar de forma eficiente os seus recursos, implantando e  mantendo os rígidos controles financeiros de pagamento e recebimento, políticas  de negociação com seus fornecedores e clientes, pois em determinado momento  esta situação confortável poderá mudar, provocando assim a retração econômica e  consequentemente a falta de dinheiro no mercado. Este fator levará ao comprometimento  do desempenho financeiro da organização, reduzindo a sua liquidez e poder de  geração de caixa por um longo período, prejudicando a toda a operação.  Utilizamos um método bibliográfico neste estudo, e desta forma chegamos a  conclusão de  que é extremamente  importante o conhecimento e a implantação do Fluxo de Caixa para controle das  movimentações diárias a fim de possibilitar ao administrador financeiro ter uma  visão ampla, minimizando os riscos financeiros de contratação de empréstimos  com altos juros cobrados pelos bancos e financeiras para honrar com as suas  obrigações, permitindo gerenciar melhor os recursos da sobra de caixa.
  Palavras-chave: Fluxo de Caixa, Tomada de Decisão, Empresas.  
CASH FLOW: THE NEED FOR  A BUSINESS TOOL IN COMPANIES
  Abstract: The purpose of this article is to address the main concepts of cash  flow as a financial control tool for decision making, focusing its management  use. Highlights the importance of this study, as in a highly competitive  operating environment and with a high degree of financial difficulty, managers  should make quick and informed decisions regarding the collection and use of  resources in the financial market, always seeking maintain balance and  financial stability, as they may lead to the success or failure of business.  Even though there is no shortage of cash, managers should manage efficiently  its resources, deploying and maintaining strict financial controls and payment  receipt, trading policies with their suppliers and customers, because at some  point this comfortable situation may change, thus causing the economic downturn  and consequently the lack of money in the market. This factor will lead to  impairment of the financial performance of the organization, reducing its  liquidity and cash generation power for a long period, jeopardizing the entire  operation. We use a bibliographic method in this study, and thus came to the  conclusion that it is extremely important knowledge and implementation of cash  flow for control of daily transactions in order to enable the financial manager  take a broad view, minimizing the use of financial risks loans with high  interest rates charged by banks and financial to honor its obligations,  allowing better manage the cash to spare resources.
  Key-words: Cash Flow. Decision Making. Company.  
Para citar este artículo puede uitlizar el siguiente formato: 
Antonio Guerra Junior, Paulo Eduardo Ribeiro y Silvio Akira Hirassaka (2017): “Fluxo de caixa: a necessidade de uma ferramenta gerencial nas empresas”, Revista Observatorio de la Economía Latinoamericana, Brasil, (mayo 2017). En línea: 
http://www.eumed.net/cursecon/ecolat/br/17/fluxo-caixa.html
http://hdl.handle.net/20.500.11763/br17fluxo-caixa
Considerações Iniciais
No ambiente dos negócios, é possível notar uma  grande batalha entre empresas rivais que competem em um mercado empresarial  predatório, onde cada produto vendido representa um acréscimo positivo nos  resultados da organização tendo como consequência um valor adicional agregado  em termos monetários, contribuindo para o pagamento de suas obrigações.
   Muitas organizações de diversos ramos de  atividade vêm sofrendo com a atual crise econômica e financeira instalada no  país, criando expectativas não muito positivas para a continuidade de suas  operações diárias.
   E dentro do ambiente operacional interno da  empresa, os diretores, chefes, supervisores e líderes são constantemente  cobrados para a geração de riquezas, tendo como foco o aumento da  produtividade, comprometimento com a meta estabelecida e consequentemente a  maximização dos seus resultados econômicos e financeiros, proporcionando uma  geração de caixa para honrar com os compromissos assumidos e aplicação das  sobras de recursos financeiros em investimentos de grande rentabilidade.
   Considerando-se a inserção em um mundo  competitivo de constantes mudanças, onde cada empresa de uma maneira ou outra  trabalha arduamente em busca de diferenciais para conquistar resultados mais  satisfatórios, fizeram com que os gestores passassem a dar maior atenção a uma  ferramenta (também conhecida como relatório de movimentação financeira) chamada  de Fluxo de Caixa, onde através dela permitissem visualizar e acompanhar a  realidade dos fatos. 
   O Fluxo de Caixa é de grande importância para  auxilio aos que buscam a medição do desempenho financeiro, possibilitando ao  administrador ter um controle muito eficaz de seus recursos.
   Essa ferramenta de gestão tem sido muito  utilizada pelos administradores para o controle das entradas e saídas de  recursos financeiros. 
   Constitui-se em um instrumento de essencial  importância para o controle financeiro, principalmente pela agilidade,  segurança e precisão das informações para a tomada de decisões de captação ou  aplicação de recursos, devendo sempre refletir a situação atual financeira e  econômica da empresa.
   No Brasil, a instabilidade econômica e  financeira causada pela inflação tem gerado impactos negativos tanto para as  pequenas, médias ou grandes corporações, que no cenário econômico atual, têm  buscado diversas maneiras para se manter no mercado,  seja realizando empréstimos com terceiros  (bancos ou financeiras) ou renegociando as suas dívidas de curto e longo prazo.
   Diante do cenário de grandes dificuldades empresariais,  os gestores passaram a dar maior importância na utilização do Fluxo de Caixa  para o controle diário, buscando através deste, realizar projeções de captação  e/ou investimentos futuros, uma vez que propicia ao gestor a elaboração de um  melhor planejamento financeiro, pois em uma economia tipicamente inflacionária  não é aconselhável excesso de caixa, mas o suficiente para honrar os  compromissos operacionais.
   Neste sentido, o objetivo principal da  apresentação do Fluxo de Caixa como Ferramenta Gerencial é de demonstrar a  importância de sua utilização como ferramenta indispensável para uma boa gestão  e tomada de decisão das organizações, possibilitando um melhor controle das  operações diárias e realizando estimativas para períodos futuros.
   Busca-se, através da fundamentação teórica,  sendo pesquisas em livros e artigos de contabilidade e administração  financeira, conceituar os principais termos utilizados neste artigo científico,  além de demonstrar as diferentes formas de análise das informações nela contidas. 
   Desta forma, o artigo foi organizado a partir  das seguintes etapas: na primeira foi tratada a metodologia de pesquisa adotada  para alcançar tal objetivo. Na mesma direção foram abordados os conceitos, a  estrutura e a importância da implantação do fluxo de caixa como ferramenta de  suma importância para a gestão empresarial. Nas considerações finais foram  abordadas impressões sobre o tema e a necessidade de implantação,  aperfeiçoamento e fortalecimento desta ferramenta nas organizações para o  controle das movimentações e tomada de decisões.
Método
A realização desta pesquisa torna-se relevante  em função da necessidade dos gestores em conhecer a real situação financeira da  empresa, pois em um ambiente de constantes mudanças econômicas, para manter-se ativamente  no mercado, necessita-se a implantação de melhores controles para a geração de  informações confiáveis para o gerenciamento empresarial.
   Este tema, como pesquisa originou-se na  identificação da falta de importância dada pelos administradores, no processo  de planejamento, administração e controle financeiro, fator determinante ao  surgimento de grandes dificuldades para a tomada de decisões de investimentos e  captações de recursos financeiros.
   A metodologia de pesquisa teve como sua  principal base as pesquisas bibliográficas de contabilidade e finanças que  tratam sobre o planejamento e administração financeira, acrescentando-se a  vivência e atuação nesta área em diversas organizações de pequeno e grande  porte.
Resultados e Discussão
Através deste trabalho é possível verificar que  o fluxo de caixa tem um papel importante para todas as organizações,  tornando-se uma ferramenta indispensável à boa gestão das organizações. 
  É possível identificar também a importância do  fluxo de caixa na vida da empresa, como ele auxilia de maneira eficaz os  gestores em suas tomadas de decisões, fornecendo informações rapidamente,  possibilitando-os assim ter uma visão maior para enfrentar aos acontecimentos  no âmbito mundial e principalmente no Brasil, onde muitas organizações estão  encerrando as suas operações em função de não possuírem mais recursos  financeiros disponíveis em caixa além de estarem como um endividamento  altíssimo com fornecedores, bancos, instituições financeiras e governo, além da  geração de prejuízos econômicas mediante a atividade operacional.
   Portanto, as informações demonstradas nesta  ferramenta devem ser confiáveis, registrando e controlando todas as entradas e  saídas de dinheiro, pois um fluxo de caixa mal elaborado pode ocasionar o endividamento  e consequentemente o fracasso da organização.
O fluxo de Caixa
            Com o nosso  dia-a-dia corrido, e com as constantes mudanças e diversos pagamentos a serem  efetuados é muito difícil controlar as finanças pessoais. A todo o momento  estamos recebendo ou efetuando gastos, mas como controlar isso? 
   Tanto na vida pessoal como em uma empresa, a  ferramenta de maior importância para administrar as nossas Finanças é o Fluxo  de Caixa. 
   Ela nos permite controlar o que efetivamente  recebemos e gastamos, proporcionando uma visão mais detalhada de tudo que entra  e sai de dinheiro das nossas contas.
              Fluxo de Caixa nada mais é do que o  registro das movimentações financeiras, ou seja, é o registro de todas as  entradas e saída, indicando quais as decisões devem ser tomadas na falta ou  sobra de recursos. 
  É um controle muito utilizado pelas empresas na  rotina financeira, sendo essencial para o monitoramento da movimentação  financeira diária de entradas e saídas de recursos financeiros. 
   Uma ferramenta muito relevante para as  organizações, pois através dela é possível visualizar a existência ou não de um  equilíbrio, permitindo projetar entradas e saídas de dinheiro no futuro  (semanas, meses e anos), demonstrando a capacidade de desembolsos sem afetar o  pagamento de suas obrigações em um prazo determinado.
   Assim, se torna um poderoso instrumento para a  realização de um planejamento financeiro, possibilitando estabelecer projeções  através de informações detalhadas de entradas e saídas de dinheiro,  demonstrando a real necessidade financeira para curto e longo prazo.
   De Acordo com Pereira (2009, p. 153) “define-se  Fluxo de Caixa, seja de um indivíduo, uma empresa ou de um investimento, como  conjunto de entradas e saídas de recursos, ao longo de um dado intervalo de  tempo”.
   Segundo Oliveira (2005):
   O fluxo de caixa é um  instrumento de gestão financeira que projeta para os períodos futuros todas as  entradas e saídas de recursos financeiros da empresa, indicando como será o  saldo de caixa para o período projetado. (OLIVEIRA, 2005, p.56).
              Assaf Neto e Silva (1997, p.35),  “definem que o fluxo de caixa é de fundamental importância para as empresas,  constituindo-se numa indispensável sinalização dos rumos financeiros dos  negócios”, uma vez que a descontinuidade das atividades operacionais está  relacionada com a falta de caixa.
              Em muitas situações, o descompasso  do fluxo de caixa ocorre em função das negociações realizadas pelo departamento  comercial, ou seja, o prazo médio de recebimento de vendas é inferior ao prazo  médio de pagamento dos fornecedores.
   Para exemplificar este desequilíbrio, podemos  citar as operações realizadas pelo setor de vendas, onde o executivo de contas  negocia uma venda ao prazo médio de recebimento de 30 dias. Por outro lado, o  comprador ao realizar a aquisição de matérias-primas do fornecedor negocia um  prazo médio de pagamento de 15 dias, ou seja, percebe-se nesta situação que a  empresa necessita realizar o pagamento de suas compras antes mesmo do  recebimento mediante as suas vendas. 
   Caso o gestor financeiro não dispunha de um  saldo de caixa referente operações realizadas em períodos anteriores, não  conseguirá arcar com as suas obrigações, necessitando até captar recursos de  terceiros, em bancos, financeiras, etc.
   Conforme destaca Assaf Neto e Silva (1997):
   A importância do fluxo  de caixa também está na abrangência de sua interferência, pois não só a área  financeira deve estar comprometida com os resultados de caixa, mas também as  demais áreas da empresa. (ASSAF NETO E SILVA. 1997. P.36).
              Assim, fica claro que o equilíbrio  do fluxo de caixa não é responsabilidade somente do departamento de Finanças,  mas também envolve a interação e comprometimento de todos os departamentos da  empresa como um todo. 
   Em termos gerais, todos devem estar inteirados  e “falar a mesma língua” para buscar um objetivo comum que é a continuidade das  operações.
Objetivos do Fluxo de Caixa
            Considerando-se  que o Fluxo de Caixa trabalha com informações extremamente dinâmicas, assume um  papel de muita importância na administração de uma empresa, principalmente por  auxiliar os gestores na tomada de decisão, possibilitando fornecer um parâmetro  para definição de contenção de gastos ou aplicação das sobras de caixa em novos  investimentos. 
   Tem como os seus principais objetivos:
Destaca-se que são inúmeros os objetivos e  finalidades da utilização da ferramenta gerencial do Fluxo de Caixa nas  organizações. 
   Porém vale destacar que o levantamento de todas  as informações gerenciais requer um comprometimento e dedicação muito grande, pois,  trata-se de um trabalho criterioso com muitos detalhes.
   Segundo Zdanowics (2000), entre as várias  finalidades do controle do fluxo de caixa, destaca-se:
   Controlar a atividade  financeira, pois a noção de responsabilidade relaciona-se com todas as operações  da empresa, controlar a atividade da empresa, em geral, quando as faltas, não  são apenas imputáveis às atividades financeiras; deve-se analisar todo o  sistema operacional da empresa. (ZDANOWICS. 2000, p.179).
               Em síntese, este instrumento só será  confiável após a sua correta estruturação, onde todos do ambiente operacional  deverão estar utilizando a linguagem universal com a finalidade de evitar  desvios de dados, gerando assim informações confiáveis.
A Estrutura Gerencial do Fluxo de Caixa
            Muitos gestores  de empresas ainda não utilizam o Fluxo de Caixa em suas rotinas diárias em  função da complexidade de sua estruturação organizacional. 
   Como já foi dito neste artigo, trata-se de um  trabalho criterioso e necessita da interação de todos os participantes da  organização, lembrando-se, porém que não é impossível, pois possui uma  linguagem única.
   A estruturação do Fluxo de Caixa é bem simples,  e utilizado como uma ferramenta gerencial de controle pode gerar diferentes  formatos de relatórios, dependendo da necessidade da empresa. 
   O desenvolvimento de um controle eficiente de  pagamentos e de cobrança é fundamental para alimentar esta ferramenta com dados  reais.
              A estrutura simplificada do Fluxo de  Caixa é demonstrada, conforme o quadro 01.
  1. SALDO INICIAL
  2. ENTRADAS DE CAIXA
   2.1 Vendas a  Vista
   2.2 Valores  a Receber
   2.3 Outros  Recebimentos
  TOTAL DAS ENTRADAS DE CAIXA
  3. SAÍDAS DE CAIXA
   3.1  Fornecedores
   3.2 Folha de  Pagamento + Encargos Sociais
   3.3 Despesas  Operacionais
   3.4 Outros  Pagamentos
  TOTAL DAS SAÍDAS DE CAIXA
  4. SALDO DE CAIXA ( 1+2 - 3)
  Quadro 01 - Estrutura Básica do Fluxo de  Caixa
              
   Seguem abaixo as descrições de cada item  relacionado no quadro 01:
  1. Saldo Inicial: é o valor  constante no caixa no início do período considerado para a elaboração do Fluxo.  É composto pelo dinheiro na “gaveta” mais os saldos bancários disponíveis em  conta.
  2. Entradas de Caixa: corresponde  aos recebimentos de vendas realizadas à vista, assim como a outros recebimentos  de valores referente às vendas à prazo, ou seja, disponíveis como “dinheiro” na  respectiva data.
  3. Saídas de Caixa: corresponde  aos pagamentos de fornecedores e as despesas operacionais da empresa tais como,  folha de pagamento e encargos sociais, impostos, água, luz, telefone, aluguel  etc.
  4. Saldo Final de Caixa: representa  o valor obtido da soma do Saldo Inicial com o Saldo Operacional. Permite  constatar a real sobra ou falta de dinheiro em seu negócio no período  considerado e passa a ser o saldo inicial do próximo período.
   Para um melhor entendimento da estrutura do  Fluxo de Caixa, apresenta-se um modelo gerencial da empresa Alpha que iniciou  as suas operações em 01/01/X1 conforme o quadro 02.
   No exemplo do Quadro 02 podemos verificar que o  Saldo Final de Caixa do mês de Janeiro é de R$ 2.181.700,00, porém esta sobra  de dinheiro não corresponde apenas às atividades operacionais da empresa. 
   Neste montante está incluso uma entrada de R$  2.000.000,00 pertinentes a integralização de capital dos sócios (capital  próprio), além do pagamento referente aquisição de imobilizado no valor de R$  320.00,00 (investimento). Itens de entradas e saídas que ocorreram  esporadicamente, não tendo uma frequência diária de movimentação.
   Já no mês de Fevereiro houve uma entrada  operacional maior do que o mês de Janeiro, porém ocorreram saídas operacionais  maiores em relação ao mês anterior, gerando um Saldo Operacional de R$  109.190,08.
   O gestor, para uma melhor análise da situação  real do caixa precisa se atentar aos valores de entradas e saídas constantes,  ou seja, dar maior atenção ao saldo operacional, pois é a partir dela que o  gestor poderá ter noções de necessidade ou não de recursos financeiros para o  próximo período.
   Para uma melhor compreensão, destacam-se os  conceitos das atividades operacionais e atividades não operacionais.
Atividades Operacionais
As atividades operacionais incluem todas as  transações que geralmente envolvem a produção e a venda do produto ou serviços.
   Exemplos de Entradas de Caixa Operacionais:
Exemplos de Saídas de Caixa Operacionais:
Atividades Não Operacionais
            As  atividades não operacionais incluem todas as transações que geralmente não  envolvem a atividade operacional de produção e a venda do produto ou serviços.
              Exemplos de Entradas de Caixa Não  Operacionais
Exemplos de Saídas de Caixa Não Operacionais
A estruturação do Fluxo de Caixa em atividade operacional e atividade não operacional é muito importante, possibilitando ao administrador ter uma melhor visão sobre o resultado financeiro do seu negócio, ou seja, o resultado do saldo operacional demonstrará o quanto sobrou de recursos financeiros mediante aos recebimentos e pagamentos da operação de sua empresa, desconsiderando o saldo não operacional, que são entradas e saídas de recursos que podem ocorrer esporadicamente, não devendo se levar em consideração para fins de análise do poder de geração de caixa do negócio.
A necessidade de implantação do fluxo de caixa nas empresas
            A Falta de  recursos financeiros nas pequenas, médias e grandes empresas são constantes; quase  todas estão sujeitas a problemas de caixa limitado em algum momento de sua  operação. As pequenas entidades sofrem muito para gerar caixa, necessitando  quase sempre captar recursos de terceiro com taxa de juros um pouco mais alta. 
   Por outro lado, as grandes corporações são mais  ricas, tem sobra de recursos financeiros e na necessidade, fazem captação de  recursos financeiros próprios ou conseguem empréstimos a uma taxa de juros bem  menor e mais atrativa. Isso ocorre em função do risco de falência do pequeno  empreendimento ser muito grande em relação as empresas de grande porte.
              O desequilíbrio de caixa é um  indício de problema e a sua causa é a administração inadequada, sendo que na  maioria das vezes o gestor de uma pequena empresa é o próprio proprietário do  negócio, agravando ainda mais a situação, pois muito destes empreendedores  utilizam os recursos da entidade para quitação das dívidas pessoais.
              A administração do caixa significa  controlar a sua disponibilidade com base em sua compreensão e planejamento das  necessidades financeiras e a sua implantação torna-se cada vez mais necessário. 
   Com a crise atual vivida por todos, a  disponibilidade de recursos tem sido muito escassa e a realização do  planejamento para os períodos seguintes têm se tornado cada vez mais difícil.
              A implantação desta ferramenta  requer tempo, estudo e comprometimento. 
   Estabelecer um controle de pagamento,  recebimento e cobrança é muito importante para alimentar o Fluxo de Caixa com  dados corretos, assim como a utilização de uma política de negociação de prazos  de recebimento junto aos seus clientes e prazos de pagamento junto aos seus  fornecedores.
   A  implantação do Fluxo de Caixa Real e o desenvolvimento de estimativas para a  elaboração do Fluxo de Caixa Projetado permitem ao administrador realizar  comparações de entradas e saídas de recursos, possibilitando uma análise para a  tomada de decisões. 
              Silva (2010) destaca que:
   Uma das funções do  administrador de caixa será a comparação entre o fluxo de caixa previsto e o  realizado, objetivando identificar eventuais variações e as causas de suas  ocorrências. A análise do fluxo de caixa auxiliará no entendimento da  proveniência e do uso do dinheiro na empresa e poderá levar as medidas  administrativas de correção de rota no gerenciamento dos negócios da empresa.  (SILVA, 2010, p.447).
              Os recursos financeiros disponíveis  não são meramente uma promessa, mas sim uma realidade que contribui para a  continuidade da operação empresarial em um mercado altamente competitivo e  mantê-lo sempre positivo pode significar a sua própria sobrevivência.
Considerações Finais
            Este artigo  procurou demonstrar a importância do fluxo de caixa como uma ferramenta  gerencial para a tomada de decisão dos gestores, seja no âmbito operacional ou  estratégico. 
   Uma ferramenta que tornou-se extremamente  importante e indispensável para o gerenciamento dos negócios empresariais,  permitindo a visualização de sobras ou faltas de recursos  financeiros em um determinado período de  tempo estabelecido, possibilitando ao executivo planejar melhor as suas ações,  além de auxiliar na tomada de decisões com maior rapidez e precisão.
              Torna-se importante destacar que o  Fluxo de Caixa tem um papel fundamental na movimentação diária de recursos  financeiros, onde cada empresa poderá ter modelos distintos demonstrados  através de relatório, porém sempre com o mesmo conceito e finalidade. 
   A necessidade da captação de recursos  financeiros ou a aplicação em investimentos será realizada em função dos  resultados apresentados nessas movimentações; e a falta de dados pode  representar uma tomada de decisão errada.
   Portanto, através deste trabalho foi possível  comprovar que o Fluxo de Caixa é indispensável em qualquer modelo de  organização. 
   Decidir implantar essa ferramenta de gestão  requer tempo e comprometimento, não só dos funcionários da área administrativa  financeira, mas também dos colaboradores de outros os setores, que buscam a  saúde financeira da empresa.
  Referências
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   GITMAN,  Lawrence J. Princípios da Administração  Financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice  Hall, 2010.
   GRIFFIN,  Michael P. Contabilidade e Finanças. 1.ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2009.
   HAYES,  Samuel L. Finanças para gerentes. 5.ed. Rio de Janeiro: Editora Record, 2010.
   MATARAZZO,  Dante Carmine.  Análise Financeira de Balanços: abordagem básica a gerencial. 6.  ed. São Paulo: Atlas, 2003.
   OLIVEIRA,  Edilson Campos. Manual Como Elaborar  Controles Financeiros.    Disponível  em:  hhttp://www.sebrae.com.br/uf/ceara/acesse/publicacoes-1/planeje-suas-acoes/PlanoFinanceiro.pdf.  Belo Horizonte: SEBRAE/MG, 2005.
   PEREIRA,  Agnaldo Santos. Finanças Corporativas. Curitiba, PR: IESDE, 2009.
   SILVA,  José Pereira da. Análise Financeira das  Empresas. 10.ed. São Paulo: Atlas, 2010.
   ZDANOWICZ,  José Eduardo. Fluxo de Caixa: uma  decisão de planejamento e controle financeiro. 8 ed. Porto Alegre: Sagra-DC  Luzzatto, 2000.
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