Observatorio Economía Latinoamericana. ISSN: 1696-8352
Brasil


A CONTABILIDADE GERENCIAL COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DECISÓRIO: ANÁLISE APLICADA A UMA EMPRESA DE COMERCIALIZAÇÃO DE POLPA DE FRUTAS NO ESTADO DO PARÁ

Autores e infomación del artículo

Fernanda Cristine Dos Santos Pacheco

Jéssica Gonçalves Rodrigues

Joicilene Ferreira de Almeida

Estudiantes

Heriberto Wagner Amanajás Pena
Docente

FACI DEVRY

fcspacheco@gmail.com

Archivo completo en PDF


RESUMO
Este artigo analisa por meio da contabilidade gerencial, as principais ferramentas de análise financeira para a gestão empresarial e tomada de decisões. O estudo sobre o processo de comercialização de polpas de frutas no município de Belém e o cenário financeiro da empresa representam o objeto de investigação deste estudo. Em termos específicos, por meio do estudo de caso da entidade no período de 2010 à 2012 foram determinados os principais indicadores financeiros e de gestão como auxílio utilizado no processo decisório, a fim de demonstrar o porquê deve-se utilizar deste procedimento contábil na gestão das empresas e que importância tem para a continuidade das mesmas. Conclui-se parcialmente que a atividade exercida pelo contador gerencial é de suma importância para a gestão das empresas assim como para a manutenção das mesmas no cenário mercadológico que encontra-se altamente competitivo.
Palavras-chaves: contabilidade gerencial, gerenciamento, tomada de decisão, principais ferramentas.

RESUMEN
En este artículo se analiza a través de la contabilidad de gestión, las principales herramientas de análisis financiero para la gestión empresarial y la toma de decisiones. El estudio del proceso de comercialización de pulpa de fruta en la ciudad de Belén y situación financiera de la empresa representan el objeto de investigación en este estudio. En concreto, a través de período de estudio de caso de la entidad 2010-2012 se determinó los principales indicadores financieros y de gestión como un dispositivo de ayuda en la toma de decisiones, para demostrar por qué debería utilizar este procedimiento contable en la gestión de y las empresas que tienen importancia para la continuidad de la misma. Se llega a la conclusión, en parte, que la actividad ejercida por el contable de la gestión es muy importante para la gestión de las empresas, así como su mantenimiento en el escenario de mercado que es altamente competitivo.
Palabras clave: gestión de contabilidad, gestión, toma de decisiones, herramientas principales.

Abstract
This article analyzes through management accounting, the main tools of financial analysis for business management and decision making. The study of the process of marketing of fruit pulp in the city of Belém and the company financial scenario is the research object of this study. Specifically, through the organization of case studies in 2010 to 2012 it was determined the main financial and management indicators as an aid used in decision-making, to demonstrate why you should use this accounting procedure in the management of and companies that have importance for the continuity of the same. It concludes in part that the activity carried out by the counter managing is very important for the management of companies as well as their maintenance in the market scenario that is highly competitive.

Keywords: management accounting, management, decision-making, main tools.


Para citar este artículo puede uitlizar el siguiente formato:

Fernanda Cristine Dos Santos Pacheco, Jéssica Gonçalves Rodrigues, Joicilene Ferreira de Almeida y Heriberto Wagner Amanajás Pena (2016): “A contabilidade gerencial como ferramenta no processo decisório: análise aplicada a uma empresa de comercialização de polpa de frutas no estado do Pará”, Revista Observatorio de la Economía Latinoamericana, Brasil, (noviembre 2016). En línea:
http://www.eumed.net/cursecon/ecolat/br/16/gerenciamento.html

http://hdl.handle.net/20.500.11763/br16gerenciamento


Introdução
Atualmente a comercialização de polpas de frutas, tem sido um dos setores que vem se desenvolvendo com o passar dos anos, sendo assim, houve a necessidade do aprimoramento destas empresas, para geração e criação de valores aos seus produtos, através do uso efetivo dos recursos e tecnologias para inovação organizacional.
Para conseguir suprir essas necessidades as empresas estão recorrendo à contabilidade gerencial como ferramenta subsidiária no processo administrativo das empresas, tendo como base os relatórios gerenciais que são de suma importância e indispensáveis para o controle e planejamento na tomada de decisão.
A Empresa de Comercialização de Polpas de Frutas, consiste na busca de informações contábeis para apresentar relatórios gerenciais com a intenção de elaborar um planejamento eficiente e eficaz, que satisfaça as necessidades da empresa.
A contabilidade gerencial trata-se de um processo onde visa identificar, analisar e interpretar dados extraídos da contabilidade financeira, com intuito de transformar em informações válidas e efetivas, buscando suprir características que enfoca várias técnicas e procedimentos conhecidos na contabilidade financeira, permitindo verificar valores reais e sua rentabilidade dando objetividade e focando no planejamento, avaliação e controle empresarial.
O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas, com cerca de 43 milhões de toneladas/ano, ocupando uma área de mais de 2 milhões de hectares. Paralelamente a esse segmento, a produção de polpas de frutas naturais vem se notabilizando pelo forte crescimento do consumo. Atualmente, esse tipo de agroindústria encontra-se espalhada em todos os estados do Brasil. É um segmento que, apesar de englobar grandes indústrias, está caracterizado pela presença de micro e pequenas empresas. O processamento de frutas propicia sua comercialização na forma de polpa congelada, a qual, além da praticidade para o consumidor, preserva as características químicas e organolépticas da fruta fresca praticamente inalteradas. Essa atividade agroindustrial tornou-se um grande negócio para o produtor, por ser o segmento mais rentável e dinâmico do complexo rural, com um investimento relativamente pequeno e retorno rápido. É de fundamental importância para o processo de desenvolvimento econômico e social, pois desempenha o papel de alavancar vários outros segmentos da indústria de alimentos.
Mesmo nas economias mais simples, é necessário sustentar os relatórios dos ativos, das dívidas e das transações com terceiros. A falta de planejamento de microempresas e até mesmo das grandes empresas levam ao fechamento da mesma. Sendo assim, a Contabilidade Gerencial contribui com dados que permitam o controle das atividades?
O contador gerencial é o controller da empresa, onde este tem como principal função a de assessoria e também a de coleta de dados para mostrar aos administradores para que possam tomar a melhor decisão. Toda informação contábil é útil desde que seja necessária e utilizada para o gerenciamento de uma empresa. As informações sobre eventos passados são bastante úteis na comparação com padrões ou dados orçados. Da análise de suas variações irão ser extraídas diretrizes para a alimentação das informações. Nesse sentido, toda informação passada é válida na medida em que ela auxilia o futuro.
Os fundamentos dos modelos de análise das demonstrações financeiras encontram-se no próprio sistema contábil, que se inicia com o lançamento contábil pelo método das partidas dobradas. Os principais lançamentos refletem os eventos econômicos das operações das empresas, bem como os eventos de financiamento dessas operações.

REFERENCIAL TEÓRICO
Balanço Patrimonial
“Este relatório gerencial, demonstra a situação patrimonial da empresa em determinada data. Sendo uma demonstração contábil que tem o objetivo de demonstrar a posição contábil, financeira e econômica da empresa em um determinado momento, representando a situação do patrimônio em determinado período. Ele mostra os ativos (bens e direitos), passivos (as obrigações) e o patrimônio líquido, que é obtido através da diferença entre o total de ativos e passivo”. (CORREIA NETO, 2007).
“O ativo é formado pelo circulante, realizável a longo prazo e permanente – que é subdividido em investimentos, imobilizado e diferido. O passivo é segmentado em circulante e exigível a longo prazo. O patrimônio líquido é dividido em: capital social, reservas de capital, reservas de lucro ou lucros ou prejuízos acumulados”. (CORREIA NETO, 2007).
“O ativo circulante é constituído por disponibilidades, estoques, aplicações financeiras de curto prazo e direitos executáveis no decorrer do exercício subsequente. O ativo realizável a longo prazo é constituído dos direitos executáveis após a finalização do exercício seguinte e créditos junto a controladas, coligadas, administradores e sócios, oriundos de atividades não operacionais. Os ativos a longo prazo devem estar no circulante do balanço patrimonial no período anterior ao que será realizado”. (CORREIA NETO, 2007).
“O ativo permanente tem como membros os investimentos, formado por participações constantes em outras sociedades e que não se destinem a manutenção a atividade da empresa. O imobilizado que são bens destinados à manutenção das atividades da empresa. O diferido que é formado de despesas incorridas que são amortizadas contra eles e não imediatamente quando acontecem”. (CORREIA NETO, 2007).
“O passivo é constituído por dívidas, obrigações, riscos e contingências. Para ser classificado no circulante ou no exigível a longo prazo, é necessário somente verificar o vencimento. O capital social é o valor efetivamente subscrito pelos acionistas e a parcela não realizada. As reservas de capital são formadas pela correção monetária do capital social integrado e valores recebidos pela empresa de sócios ou terceiros. As reservas de lucro são os lucros gerados e retidos. Lucros ou prejuízos acumulados são componentes da reserva de lucros que não tem destino final determinado”. (CORREIA NETO, 2007).
Demonstração de Resultado de Exercício
“A Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) ou Demonstração de Lucros e Perdas apresenta de forma resumida a rentabilidade de uma empresa durante um determinado período (geralmente 1 ano). Há de ser notado que, neste âmbito, resultado e lucro são sinônimos”. (BODIE e MERTON, 2001).
“A DRE é geralmente apresentada em forma de tabela que segue a sequência: vendas (é apresentado o que a empresa arrecadou com a venda de seus produtos), custo dos produtos vendidos, margem bruta (diferença entre os dois anteriores), despesas de vendas, gerais e administrativas, lucro operacional (diferença entre a margem bruta e as despesas), despesas financeiras, lucro tributável (lucro operacional menos despesas financeiras), valor do imposto de renda, lucro líquido (lucro tributável reduzido do imposto de renda) e mais alguns detalhamentos adicionais”. (BODIE e MERTON, 2001).

As demonstrações financeiras como auxílio para a tomada de decisão:
Índices Financeiros
O objetivo de analisar as demonstrações financeiras, é visar como recompor as informações que constam nas demonstrações financeiras (Balanço Patrimonial-BP e Demonstração do Resultado do Exercício-DRE) em índices que venham apresentar informações para concretizar as tomadas de decisões, tendo em vista que segundo Jaffe, Ross e Westerfield (1995), existem diversos estágios de desempenho financeiro, os quais irão verificar a disponibilidade em moeda corrente para efetuar pagamento:

  1. Solvência de curto prazo: É a capacidade da empresa para cumprir suas obrigações de curto prazo;
  2. Atividade: Capacidade da empresa para controlar seu investimento em ativos;
  3. Endividamento: É a intensidade com a qual a empresa utiliza financiamento com capital de terceiros;
  4. Valor: É o valor da empresa.

O parecer das demonstrações financeiras, é efetuado por meio de índices financeiros, de modo a analisar o comportamento entre o passado e o presente, bem como lançar os prováveis comportamentos para o futuro da empresa.          
SOLVÊNCIA DE CURTO PRAZO
“Os índices de solvência de curto prazo medem a capacidade de pagamento de uma empresa (ou seja, pagar suas contas), por meio da comparação entre os direitos realizáveis e as exigibilidades”. (CORREIA NETO, 2007).
“Quando a empresa possui fluxo de caixa suficiente, ela é capaz de evitar a inadimplência em relação às suas obrigações financeiras”. (ROSS, WESTERFIELD e JAFFE, 1995).
A liquidez contábil é composta por índices de liquidez geral, liquidez seca e liquidez corrente.
Índice de Liquidez Geral (ILG)
“Este índice indica o quanto a empresa possui em dinheiro, bens e direitos realizáveis a curto e a longo prazos para fazer face às suas dívidas. Ele é dado pela razão entre o ativo circulante mais o realizável a longo prazo e o passivo circulante mais o exigível a longo prazo”. (CORREIA NETO, 2007).
        
Sendo assim, quanto maior for o resultado obtido, melhor é a liquidez da empresa. Com isso, fazendo análise na Empresa, nos anos de 2010, 2011 e 2012, constata-se que seu resultado é igual a:
Ou seja, em 2010 seu resultado foi igual a R$ 5,84 de realizáveis para cada R$ 1,00 de dívida, ou seja, verificamos que a empresa arca com suas dívidas e ainda lhe restam 4,84 para que a mesma possa executar outras tarefas. Em 2011 e 2012 foi o seu maior grau de liquidez conseguindo arcar com dívidas de curto e longo prazo e ainda lhe restar R$ 6,15 para efetivar outras tarefas.
Através da análise realizada concluímos que em todos os anos a empresa é capaz de honrar com seus compromissos, pois apresenta mais direitos do que obrigações.
Índice de Liquidez Corrente (ILC)
Para Padovezi e Benedicto (2010), esse indicador é considerado o principal e o mais utilizado para avaliar a capacidade de pagamento da empresa. Relaciona todos os ativos realizáveis no curto prazo classificados nas demonstrações financeiras como ativos circulantes, com todos os passivos que deverão ser pagos no curto prazo, classificados contabilmente como passivos circulantes. Em outras palavras, indica a quantidade de recursos que a empresa tem nos ativos circulantes para utilização no pagamento dos passivos circulantes.
Em termos de parâmetros referenciais os bons índices são acima de R$ 1,00, os índices que ficam abaixo disto significam que, naquele momento, a empresa não teria condições de saldar seus compromissos de curto prazo, o que não ocorre com a empresa analisada, pois verificamos que no ano de 2010 a mesma dispõe de R$ 6,74, no ano de 2011 e 2012 a mesma dispões de seu maior índice, apresentando R$ 8,56 para arcar com suas obrigações de curto prazo.
No momento em que é verificado que o Índice de Liquidez Corrente tenderá a cair, pode ser o primeiro indício de problemas financeiros da empresa, é o momento em que deve ser feita análises internas para que possam ser tomadas decisões específicas para a solução do problema.
Índice de Liquidez Seca (ILS)
Para Padovezi e Benedicto (2010), este indicador é um prolongamento da LC. A base conceitual sobre a qual é estruturado é a maior dificuldade de realização dos estoques em relação aos demais componentes do capital de giro de curto prazo (ativo circulante). Em outras palavras, para que o estoque se realizem (se transformem em dinheiro), há que primeiro vender, produzir e, posteriormente, receber. Esse ciclo temporal é muito mais longo do que os demais ativos levam para se transformar em caixa.
Dessa maneira, calcula-se a liquidez de curto prazo excluindo-se os estoques. Tem-se então uma visão da capacidade de pagamento de curto prazo mais líquida.   
Desta forma, este indicador mostra a eficácia da empresa em realizar pagamentos de dívidas de curto prazo, tomando como base os ativos circulantes, menos os estoques e despesas do exercício seguinte. Ao excluir o estoque, podemos verificar se a empresa depende ou não das suas vendas para liquidar suas obrigações.
Segundo estudos, não há critérios conclusivos para que os dados sejam analisados, informando se é bom ou ruim, porém, adotam que acima de R$ 0,50 é considerável para o comércio.
Contudo, podemos verificar que no ano de 2010 a empresa apresenta R$ 4,34, no ano de 2011 e 2012 a mesma exibe R$ 5,51, onde vem mantendo seu grau de liquidez.
Atividade
“O índice de atividade mensura a eficiência da administração dos ativos da empresa. Essa mensuração deve considerar a dinâmica da empresa, os ciclos operacionais ou a rotação das atividades. Os índices de atividade contribuem para a interpretação da liquidez e rentabilidade da empresa, indicando os giros de ativos totais, giro das contas a receber e giro de estoques”. (CORREIA NETO, 2007).

Endividamento ou de Estrutura
“A finalidade básica desses indicadores é transformar em percentuais a participação dos valores dos principais grupos representativos do balanço patrimonial, bem como mensurar percentualmente sua relação com o capital próprio, representado pelo patrimônio líquido. Consegue-se, com isso, uma avaliação relativa que simplifica o entendimento geral desses elementos patrimoniais. De modo geral, esses indicadores mostram a porcentagem dos ativos financiada com capitais de terceiros e próprios ou se a empresa tem dependência de recursos de terceiros”. (PADOVEZE CLÓVIS LUÍS E BENEDICTO GIDEON CARVALHO, 2010).

Endividamento Geral (EG)
Este indicador orienta na verificação da possibilidade de que no futuro, a empresa tenha condições de arcar com todas as suas dívidas com seus próprios recursos. Como as dívidas estão alocadas no passivo circulante e no exigível a longo prazo, é relacionado o total de todas as exigibilidades com o valor do seu patrimônio líquido , onde estão representados os recursos próprios das empresas. Portanto, este indicador demonstra a intensidade com a qual uma empresa se apoia em recursos de terceiros para financiar suas atividades, em lugar de capital próprio.
Sendo assim, se a empresa recorre a contratação de dívidas através de seu próprio capital para aplicar em seu processo produtivo, a mesma encontra-se em um endividamento sadio. A partir do momento em que esta começa a contratar capital de terceiros para arcar com suas obrigações como, por exemplo, através de empréstimos, esta passa a ter um grau de endividamento ruim, se a empresa determinar uma situação de liquidez insustentável durante um determinado período.
Os dados obtidos são considerados razoáveis, pois em 2010 a empresa apresentou R$ 1,17, de capital de terceiros, onde a mesma entrou com apenas R$ 1,00 de recursos próprios, em 2011 e 2012 a mesma apresentou R$ 1,13, de capital de terceiros, onde a mesma entrou com apenas R$ 1,00 de recursos próprios, para se fazer justo a todos os investimentos no ativo. Este índice apresenta as mesmas características do índice de liquidez geral, tendo em vista que soma passivos de vencimento de curto prazo com os de longo prazo.
Metodologia
Método Empregado
Segundo Martins (2002, p. 34), a presente pesquisa pode ser reconhecida como um estudo empírico-analítico, uma vez que se utiliza de técnica de coleta, tratamento e análise de dados quantitativos.
Tomando base em dados passados, objetiva-se empregar ferramentas de análise dos índices financeiros na designação de indicadores para avaliação de desempenho nas empresas de distribuição de polpas de frutas, para a tomada de decisão.
Fonte dos dados
Os dados em estudos foram retirados do Balanço Patrimonial dos anos 2010, 2011 e 2012 da Empresa de Distribuição de Polpas de Frutas no Município de Belém, no segmento de comercialização de polpas de frutas regionais.  
Métodos de análise
No âmbito do setor de comercialização de polpas de frutas, os indicadores empregados para o controle econômico-financeiro das distribuidoras de polpas estão segmentados em:
Indicadores de Liquidez
Liquidez Geral (LG)
Liquidez Corrente (LC)
Liquidez Seca (LS)
Endividamento Geral (EG)
Análise Horizontal​ (AH)
Análise Vertical​ (AV)
Resultado
Análise Vertical e Horizontal
Segundo (PADOVEZE CLÓVIS LUÍS E BENEDICTO GIDEON CARVALHO, 2010), além dos indicadores, a transformação dos valores das demonstrações financeiras em números relativos ou percentuais é de grande valia para a análise financeira, cujo o objetivo é enumerar sua visibilidade e possibilitar a identificação de pontos positivos ou negativos. Este instrumento básico tem sido denominado análise vertical e horizontal. A primeira caracteriza-se como uma análise de estrutura ou participação, e a segunda consiste em uma mensuração da variação de crescimento ou decréscimo do valor dos elementos constantes das demonstrações financeiras.

Análise Vertical
Sobre a análise vertical, segundo Padoveze (2011, p.220):
"Denominamos Análise Vertical a verificação de participação percentual ou de estrutura dos elementos dos demonstrativos contábeis. Assume-se como 100% um determinado elemento patrimonial, que em princípio deve ser o mais importante, e faz-se uma relação percentual de todos os elementos sobre ele. Para o Balanço Patrimonial, convencionou-se adotar como 100% o total do ativo e do passivo. Para a Demonstração de Resultados, convencionou-se adotar como 100% o valor total das receitas de vendas líquidas dos impostos, denominada legalmente de Receita Operacional Líquida".
Padoveze (2011, p.220) explica que "a análise vertical da Demonstração de Resultados é muito mais significativa que a do Balanço Patrimonial, pois, pelo fato de atribuir 100% à receita operacional, permite uma visão da estrutura de custos e despesas da empresa". Em síntese o autor recomenda que ela deve ser discutida ao máximo, pois fornece informações muito úteis.
Através da análise vertical, foram utilizadas duas principais contas do ativo ( conta clientes que possui um valor total de 605.000 e a o  disponível da empresa no valor de 231.400, fazendo a, análise verificamos que a conta clientes representa em percentual 39,55% do ativo, e o disponível da empresa possui um percentual de 15,13% , às contas analisadas do passivo foram (fornecedores e duplicatas a pagar) as mesmas, possuem percentual de 5,12% e 1,78%, juntas formam um total de 6,9%, ou seja, a empresa consegue arcar com suas obrigações de curto prazo e ainda lhe restam 8,23% do seu disponível para que a mesma possa arcar com suas outras obrigações.
Análise Horizontal
Acerca da análise horizontal, segundo Padoveze (2011, p.220):
"A Análise Horizontal é uma avaliação de crescimento (ou de variação). Tomam-se como 100% todas as contas de um determinado período e faz-se uma relação percentual em cima dos dados desse período. O novo número relativo indica quanto o percentual subsequente é maior ou menor que o período anterior. Como é comum utilizar vários períodos, a variação sequencial e consecutiva acaba indicando uma tendência de crescimento (ou diminuição)".
A análise horizontal, considerando-se a moeda corrente do país, sem considerar a inflação é denominada análise horizontal nominal. No entanto, "há a possibilidade de utilizar uma alternativa de identificar o crescimento ou variação de período a período, levando-se em consideração a inflação da moeda de cada país" (Padoveze, 2011, p.220). É o que se chama de Análise Horizontal Real. Segundo Padoveze (2011, p. 220):
"[...] a análise horizontal real é a análise horizontal menos a inflação considerada para cada um dos períodos subsequentes. Essa técnica é totalmente recomendável quando se utiliza mais de dois períodos, ou sempre, em caso de ambiente conjuntural com altas taxas de inflação permanentemente".
A Análise Horizontal pode ser executada por meio de cálculo das variações em relação à um ano base, denominada de Análise Horizontal Encadeada, ou em relação ao ano anterior, quando será denominada Análise Horizontal Anual; preferencialmente deve-se usar a desencadeada.

As contas clientes e o disponível tiveram Oscilações proporcionais às alterações que ocorreram em seu passivo nos anos analisados, ou seja, ao mesmo tempo em que o disponível diminuiu o valor das obrigações também caíram, o que não acarretou em desequilíbrio entre os direitos e as obrigações da empresa. Assim, podemos concluir que a empresa apresenta total equilíbrio entre o que ela possui e entre suas obrigações. No exercício de 2011 para 2012, a empresa conseguiu aumento de seu disponível num percentual de 18,20%, ou seja, a empresa conseguiu aumentar seu faturamento e ainda se restabeleceu da queda de 5% que ocorreu no exercício anterior.
Considerações finais
Este estudo procurou demonstrar a relevância da aplicação da contabilidade gerencial no processo de tomada de decisão. Levando em consideração o objeto do estudo constata-se que o gestor contábil opera a função gerencial, onde necessita ter um vasto conhecimento em certos ramos contábeis, tais como legislação tributária, planejamento estratégico e as tecnologias, tendo em vista que irá atender às necessidades da empresa. Percebe-se que a contabilidade gerencial alcançou destaque diante da atualidade. O gestor contábil é responsável em conduzir dados que são indispensáveis para administração da empresa, visto que, auxilia no planejamento estratégico, redução de custos e lucratividade empresarial.
Nos anos analisados a empresa apresentou um resultado satisfatório na liquidação de suas obrigações, podemos observar que o disponível e duplicatas a receber nos anos de 2010, 2011 e 2012 correspondem em média de 54,68% a 55%  do seu ativo total, este resultado mostra que a empresa tem total equilíbrio de suas contas e que a mesma possui capital suficiente para liquidar suas obrigações de curto prazo que representam um montante de 12,26% no ano de 2010 e nos anos de 2011 e 2012 permanecem estáveis com um percentual de aproximadamente 10%.
Conclui-se que o objetivo principal deste estudo foi alcançado, pois mostra como o gestor gerencial auxilia no processo de tomada de decisão através das análises dos indicadores econômicos- financeiros.
Podemos identificar que a saúde financeira da empresa do ramo de distribuição de polpas de frutas encontra-se estável e propícia a novos investimentos.

Referências
CORREIA NETO, J. Excel para profissionais de finanças. Rio de Janeiro, Elsevier, 2007.
BODIE, Z.; MERTON, R. Finanças. Porto Alegre: Bookman, 2001.
ROSS, S.; WESTERFIELD, R.; JAFFE, J. Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 1995.
PADOVEZE, Clóvis Luís. (2011). Introdução à Administração Financeira: Texto e Exercícios. 2. ed. São Paulo: Cencage Learning.
PADOVEZE, Clóvis Luís; BENEDICTO, Gideon Carvalho. (2010). Análise das Demonstrações Financeiras. 3. ed. São Paulo: Cencage Learning.
Ribeiro Bezerra, Gonçalves Pereira, Erdmann de Oliveira, José Pinheiro Silva y Amanajás Pena: "Análise econômico-financeira de uma empresa de produtos de madeira", en Observatorio de la Economía Latinoamericana, Número 169, 2012. Texto completo en http://www.eumed.net/cursecon/ecolat/br/


Recibido: 09/11/2016 Aceptado: 15/11/2016 Publicado: Noviembre de 2016

Nota Importante a Leer:

Los comentarios al artículo son responsabilidad exclusiva del remitente.

Si necesita algún tipo de información referente al articulo póngase en contacto con el email suministrado por el autor del articulo al principio del mismo.

Un comentario no es mas que un simple medio para comunicar su opinion a futuros lectores.

El autor del articulo no esta obligado a responder o leer comentarios referentes al articulo.

Al escribir un comentario, debe tener en cuenta que recibirá notificaciones cada vez que alguien escriba un nuevo comentario en este articulo.

Eumed.net se reserva el derecho de eliminar aquellos comentarios que tengan lenguaje inadecuado o agresivo.

Si usted considera que algún comentario de esta página es inadecuado o agresivo, por favor,pulse aqui.