Luciano Torres Tricárico
Rafaela Canello Capra
Universidade do Vale do Itajaí
tricarico@univali.br Resumo  
  Este texto tem por objetivo desenvolver um  breve histórico de como ocorreram os meios de hospedagem e responder a algumas  indagações de como e porque as pessoas  procuram se hospedar em lugares muitas vezes incomuns. Usando a Teoria da Necessidade de  Maslow, que explica porque as pessoas são motivadas a buscar determinados  momentos por necessidades específicas, pode-se entender tal questionamento;  aliado ainda a uma possível crítica ao trabalho de Maslow. Como resultado,  verifica-se a emoção como possível categoria de análise que caracteriza  a arquitetura hoteleira contemporânea, enfatizando a relação entre prazer e necessidade (nos termos de Maslow). 
Palavras-Chave: meios de hospedagem, turismo-serviços, hotelaria, emoção, necessidade-marketing.
Sumario
Este texto tiene por objetivo desarrollar una breve historia cómo ocurrieron las instalaciones del alojamiento y responder a algunas preguntas de cómo y por qué la gente busca para permanecer en lugares a menudo inusuales. El uso de la teoría de la necesidad de Maslow, que explica por qué las personas están motivadas para buscar ciertos momentos con necesidades específicas, pueden comprender tales argumentos; aliado siendo una posible crítica de la obra de Maslow. Como resultado, existe la emoción como sea posible categoría de análisis que caracteriza la arquitectura hotel contemporáneo, haciendo hincapié en la relación entre el placer y la necesidad (en términos de Maslow).
Palabras clave: alojamiento-turismo-servicios-hotel-emoción-necesidades-de marketing.
Abstract
  This text aims to develop a brief  history of how the lodging facilities occurred and answer some questions of how  and why people seek to stay in places often unusual. Using the theory of  Maslow's need, which explains why people are motivated to seek certain times  for specific needs, can understand such arguments; ally still a possible  criticism of Maslow's work. As a result, there is emotion as possible category  of analysis that characterizes contemporary hotel architecture, emphasizing the  relationship between pleasure and necessity (in terms of Maslow).
Keywords: accommodation-tourism-services-hotel-emotion-need-marketing.
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 Luciano Torres Tricárico y Rafaela Canello Capra (2015): Justificativa do prazer e da emoção na hotelaria atual segundo Maslow (Trabalho oriundo de pesquisa financiada pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico  Brasil) a partir de 2013 com término em 2014 e pesquisa do Programa de Bolsas de Iniciação Científica (ProBIC) durante do ano de 2013.), Revista Turydes: Turismo y Desarrollo, n. 18 (junio 2015). En línea: http://www.eumed.net/rev/turydes/18/hotelaria-atual.html
Introdução 
   Pode-se inferir uma história social a partir dos meios  de produção. Assim, de modo genérico, há três distintos estágios acerca dos  modos de produção e suas interfaces econômicas: sociedade pré-industrial,  sociedade industrial e sociedade pós-industrial. Atualmente, fala-se em uma  sociedade da economia e dos meios de produção da terceirização, ou seja, uma  sociedade que se encontra no último estágio, caracterizado pela economia de  serviços, preocupação com a qualidade de vida e o crescimento populacional,  entre outros. Nesse contexto, amparado inclusive por um nível informacional que  incrementa as condições de conscientização dos indivíduos, há uma preocupação para  com a prestação de serviços na área de saúde, educação, lazer, transporte  público, aspectos financeiros, imóveis, seguros, etc. O setor de serviços vem  ocupando posição de destaque na economia mundial. Apesar de os ditos países “não  desenvolvidos” ou “em desenvolvimento” não acompanharem as mudanças ocorridas em  países ditos “desenvolvidos”. Por isso, no Brasil, percebe-se uma busca  referenciada à importância, desenvoltura e ao crescimento do setor de serviços,  o qual o turismo (e, por conseguinte a hotelaria) faz parte. 
   Há um cenário de mercados competitivos dentro do setor  de serviços devido à importância que tal setor vem conquistando diante dos  índices da produção econômica; com isso, as organizações reconhecem a  necessidade de conquistar e manter clientes como signo de lucratividade. Para  tanto, as empresas procuram a qualidade constante dos seus serviços e a satisfação dos consumidores.
   O serviço de hotelaria pode ser tido como um exemplo  representativo do setor terciário e que deve apresentar a satisfação dos  clientes como denotação para seu crescimento. Segundo Vieira (2002),  acompanhando-se o destacado desenvolvimento do setor de turismo que mais avança  no mundo, bem como no Brasil, há uma hotelaria também crescente como parte do  setor.
   Sabe-se que o relacionamento entre os determinantes da  satisfação dos clientes são diferentes para cada tipo de serviço oferecido;  vale uma exemplificação: para alguns serviços a imagem corporativa pode ser  essencial, para outros, a qualidade percebida ou o custo são os elementos  essenciais. Assim, existe a necessidade de investigar os determinantes e a  relação entre eles que conduzem à satisfação do cliente para cada serviço em  particular. E no caso específico aqui tratado, o serviço de hotelaria. Concomitantemente,  uma vez que a qualidade percebida é um dos principais determinantes que afetam  a satisfação dos clientes de serviços, fazem-se necessários os estudos e a  identificação dos critérios segundo os quais foi obtida a excelência do serviço  prestado, bem como as razões que levam a “consumir” esse tipo de serviço e não  outro da mesma linha. Dessa forma, o prestador de serviço pode priorizar seus  esforços para atender aqueles atributos considerados mais importantes pelos  clientes, constituindo-se então signos de personificação do produto e do serviço (por vezes em conjunto oferecido) segundo a opinião da  clientela.
   Assim, o objetivo dessa pesquisa é abranger um  entendimento entre a emoção (como uma  condição da arquitetura contemporânea) e o prazer  (como categoria de análise de Maslow) encontrado  na hotelaria atual; constituindo-se assim uma sistematização para constituir  alguns índices para “medição” do prazer e da necessidade de um hóspede. Para  se chegar a esse resultado, foram necessários os estudos de Maslow acerca do prazer e da necessidade dos indivíduos, temas já então conceituados que serão  aplicados a uma empiria e bibliografia específicos da hotelaria. De sorte então  que a pergunta de pesquisa é, de forma sintética, porque hóspedes procuram se  hospedar em lugares incomuns que fogem da natureza do cotidiano e de seus  lares. Vale lembrar, com isso, um devido questionamento de que a hotelaria  contemporânea não trabalha somente com o conceito de home way from home.
   Para tanto, vale retomar um tema próprio das condições  do espaço arquitetural – a funcionalidade do espaço, que se efetivou nos  preceitos da arquitetura moderna,  onde o mote de Le Corbusier seguia o princípio de que “a forma segue a função”; daí o desdobramento conceitual  aplicado, tal como que a casa seria uma “máquina de morar”, o qual  genericamente e pretensiosamente procurava organizar a vida do indivíduo e da  família no lar, e, por conseguinte em sociedade – eis a cidade setorizada para funções bem e previamente determinadas – morar, consumir, recrear,  estudar, trabalhar – todas de maneira “estanque” na cidade. Sabe-se da  “frustração” dessa promessa moderna da organização do espaço e da sociedade como manifestações empíricas;  acompanhadas, obviamente, por uma crítica especializada da arquitetura tal como  os trabalhos de Robert Venturi (2003 e 2004) e Kenneth Frampton (2008). 
   De sorte que a nova realidade da produção também  reconhece e põe em questão as bases de uma arquitetura e urbanismo pautados no  movimento moderno essencialmente pela funcionalidade. Uma “parafernália” de  equipamentos eletroeletrônicos dessa fase da produção vem cada vez mais  substituir as atividades que a “mecanicidade” do corpo podia realizar por  “sinais” eletrônicos que acabam por realizar tarefas que pertenciam  essencialmente à ação funcional do  corpo no espaço; vale uma exemplificação: já não é mais necessário se levantar  da poltrona para ligar um aparelho de televisão, faz-se pelo comando do  controle remoto; o que suprimiu um tempo e um espaço de tal atividade. De  sorte que tal “supressão” implica em rearranjos de espaço e tempo e, de alguma  maneira, outorgando ao espaço uma  fruição e deleite “aprazíveis”, dotado de signos “emotivos” e simbólicos, já  que os comandos eletroeletrônicos (e até eletrocibernéticos) cumpriam o papel  da funcionalidade.  
   Fato é que se arrisca aqui que a hotelaria tenha  oferecido alguns exemplares ditos “esquizóides” para o pensamento arquitetônico modernista e que hoje podem se  “consagrar” como exemplos emblemáticos para a prática da arquitetura  contemporânea enquanto manifestação de conteúdos simbólicos. Nesse sentido, a  “crítica” oferecida por algumas situações ao longo do tempo até hoje da  hotelaria estariam na base de uma arquitetura que se pautou por signos emotivos do espaço e dos seus serviços  de estada; porque muitas vezes trabalhava com o ideal de surpresa e  “distanciamento” da vida cotidiana próprios do gozo das férias e do  aproveitamento do tempo de ócio e lazer.   Uma possível justificativa conceitual na procura por emoção nesse tipo de serviço – a  hotelaria – fica aqui a cargo do psicólogo americano Abraham H. Maslow, o qual  teorizou hierarquicamente as necessidades de motivação das pessoas. Cabe,  portanto, relacioná-lo às necessidades que levam o hóspede à procura de um  hotel. E também vale lembrar que a escolha de Maslow é apenas como um dos  possíveis aportes teóricos, devendo-se fazer as reservas quanto a seu uso por  vezes muito vinculado a uma visão essencialmente “empresarial” como explicação.
 Breve histórico dos meios de  hospedagem  
   A demanda por hospedagem já existia no século VI a.C.,  devido ao intercâmbio comercial entre as cidades européias do mediterrâneo. A atividade  de meio de hospedagem se caracterizava pelo autosserviço, era parte de  residências ou mesmo quartos grandes ocupados com várias camas, independente de  os hóspedes se conhecerem ou não.
   Os jogos Olímpicos foram de suma importância para o desenvolvimento  dos deslocamentos em grande escala, havendo relatos de pessoas que se  deslocavam vários dias para participar e assistir os jogos; necessitando-se,  portanto, de entrepostos para a devida restauração.
   Na Idade Média a hospedagem era feita em mosteiros e  abadias. Os hostellum, espécie de  palacete na época do Império Romano, eram os locais onde reis e nobres se  hospedavam em suas viagens. A fama dos hostellum dependia do luxo e dos serviços oferecidos à nobreza.
   O Cristianismo e as Cruzadas também contribuíram para o  desenvolvimento dos meios de hospedagem. No final da Idade Média surgiram os estabelecimentos  com o propósito comercial, conhecidos como tabernas e também pousadas, sendo  que estas eram públicas com fins lucrativos, ofereciam alimentos e bebidas aos  viajantes e também o comércio e troca de mercadorias. Surgiram as leis para  regulamentar a atividade hoteleira, sendo a França a mais adiantada nesse  serviço. Com a revolução mercantil, os serviços começaram a se diferenciar nos  meios de hospedagem, assim englobavam alojamento, refeições e bebidas,  cocheiras e alimentação para cavalos, serviços de manutenção e limpeza para  charretes. Diferentes níveis de tratamento aos hóspedes já eram oferecidos  nesse período, mostrando tendências de mordomias e níveis de tratamento nas  hospedarias.
   No Brasil, durante o período colonial, os viajantes se  hospedavam nas grandes casas de engenhos e fazendas à beira das estradas, sendo  comum famílias receberem os hóspedes em suas casas, havendo assim em muitas  delas o quarto de hóspedes com entrada separada para os mesmos. Somente no século  XVIII, nas grandes cidades de então, Rio de Janeiro e São Paulo, é que começaram  a surgir hospedarias para alojar os viajantes europeus.
   No final do século XVII há a criação de resorts e spas localizados próximos a estações de águas minerais e estâncias  balneárias voltadas para tratamento de doenças (através de banhos de mar e de  águas minerais). Nota-se nesse momento então que o meio de hospedagem passa a  se associar a uma espacialidade que pode promover o bem estar e o prazer do  hóspede, além de se vincular a um ideal de cura – eis os signos “emotivos” que  o hotel poderia suscitar.
   O primeiro projeto como um prédio especialmente  construído para ser um hotel se deu em 1794 na cidade de Nova York, contando-se  com 73 unidades habitacionais.  Era  considerado um “imenso estabelecimento”, pois 70% da sua área total construída  era área social e de convívio coletivo; de modo que a população da cidade, que  era de 30 mil habitantes naquele momento, passou a usufruir para encontros  sociais; denotando-se o valor “emotivo” desses encontros, pois podia se  formular através dos espaços do hotel, por vezes monumentais como impacto de  imagem espacial, reificando muitas vezes uma memória material que amparava o  convívio em sociedade. 
   A hotelaria sempre esteve ligada ao desenvolvimento dos  meios de transportes; e com a revolução industrial, através da introdução da  viagem com trens, verificou-se a efetivação do meio de hospedagem como um hotel.
   Nos anos 20 e 30 do século XX a hotelaria se expandiu,  mas com a crise da Bolsa de Nova York e depois da II Guerra Mundial, a  hotelaria foi gravemente abalada, sendo que 85% das propriedades hoteleiras nos  EUA ficaram sob intervenção judicial.
   Segundo Fantini (2004), as redes internacionais, na  década de setenta do século XX, receberam incentivos fiscais e financiamento de  longos prazos disponibilizados pela EMBRATUR, e começaram a se estabelecer no  Brasil. Já na década de oitenta do século XX, devido à crise econômica,  encerram-se os financiamentos e se abre um novo mercado, os flats ou apart-hotéis;sendo que a cidade de São Paulo foi a  que mais desenvolveu o setor para estes, devido ao forte mercado imobiliário e  à carência de produtos hoteleiros no município. Diante dessa carência, a região  Sudeste do Brasil foi a que mais se desenvolveu no ramo hoteleiro, com 4.146  empreendimentos nas mais variadas classificações de categoria. Até 2003, São  Paulo contava com 1.150 estabelecimentos nas várias categorias e que 55,18% da  hotelaria direcionam-se na área urbana e para turistas de negócios ou lazer.
   Conforme Martins (2000), num projeto hoteleiro estão  envolvidas várias empresas: de arquitetura, engenharia, paisagismo e também  empresas especializadas nas análises de viabilidade econômica dos  empreendimentos e empresas de consultoria hoteleira; os vários profissionais  somam conhecimento para elaborar a melhor solução para o produto hoteleiro  solicitado. Assim, do ponto de vista espacial e da empresa hoteleira, o projeto  de um hotel sempre esteve pautado por atender leis municipais, estaduais, e dos  meios de hospedagem como um todo, interpretar os parâmetros e padrões da rede à  qual pertence o meio de hospedagem, adequar o projeto à disponibilidade de  recursos dos incorporadores, incorporar as recomendações da consultoria  hoteleira e dos estudos de viabilidade, coordenar os projetos complementares (estrutura,  instalações hidráulicas e elétricas, ar condicionado, automação predial,  paisagismo, comunicação visual e arquitetura de interiores), adequar o projeto  à disponibilidade de recursos dos incorporadores, interagindo com suas  determinações e especificações, e principalmente satisfazer as necessidades e  expectativas dos hóspedes. Esse último item, por vezes não sistematizado ou até  menosprezado pelo ideal da empresa e do empreendedor hoteleiro, tem sido cada  vez mais abordado (inclusive) como condição do “sucesso” do empreendimento; e  esse item tem abordado um aspecto das necessidades humanas que muitas vezes é  de difícil “dimensionamento” e teorização racionalizados – o valor “emotivo” do  espaço e do serviço oferecidos pela hotelaria. Ainda segundo Martins (2000), os  hóspedes querem cada vez mais um ambiente não só confortável como os seus  lares, mas ambientes promotores de experiências inusitadas que lhes provoquem  “emoções”, inclusive em espaços do destino turístico que vão além dos espaços  dentro de um hotel. Sabe-se que toda construção desses novos postos de  hospedagem, com toda a infraestrutura necessária para atender as necessidades  básicas e votivas de um cidadão em férias não é um investimento barato, por  isso se deve ter um planejamento estruturado onde os signos da “emoção” também  são considerados.
 A teoria da necessidade de Maslow aplicada à hotelaria 
   O psicólogo americano Abraham H. Maslow concluiu que um  indivíduo procura satisfazer suas necessidades dentro de uma sequência lógica, numa  espécie de hierarquia, em que as necessidades de nível mais baixo dominam o  comportamento do indivíduo até estar suficientemente satisfeitas, quando então  entram em ação outras necessidades, consideradas de nível mais elevado. Para  Abraham H. Maslow, a motivação é  conceituada como as forças internas, conscientes ou inconscientes, que levam o  indivíduo a determinado comportamento. Essas forças são denominadas  necessidades ou motivos. A incapacidade do indivíduo de satisfazer uma dessas  necessidades aumenta sua motivação para satisfazê-la, ou seja, a pessoa  aumentará seu esforço para satisfazer uma necessidade insatisfeita. Caso todo o  esforço não a leve a atingir a satisfação, ela ficará frustrada. Por outro  lado, quando a necessidade é satisfeita, cessa seu efeito sobre o organismo e  aumenta a motivação por outra necessidade de nível superior. A hierarquia de  necessidades de Maslow sugere que as cinco necessidades básicas do ser humano  estão organizadas em níveis de importância que as dividem em dois tipos:  primárias – instintivas e vinculadas à existência física da pessoa, comum aos  animais, como as necessidades fisiológicas e de segurança; e secundárias – típicas  do ser humano e decorrentes de seu processo de aprendizagem e socialização,  como as necessidades sociais, de estima e de auto-realização. As necessidades  são assim classificadas por Maslow: fisiológicas – relacionadas aos impulsos  básicos de sobrevivência como alimentação, bebida, repouso, sexo, abrigo, etc,  e quando há insatisfação em todas as necessidades, são as fisiológicas que  exercem maior pressão sobre o indivíduo; de Segurança – relacionadas à  necessidade de se sentir seguro e livre de ameaças, perigos, doenças,  desemprego, etc, e quando insatisfeitas essas necessidades, o indivíduo entra  num estado de emergência para satisfazê-las; sociais – necessidade de pertencer  a um grupo social, de amor, de associação, de participação, de afeição e amizade,  e quando não estão satisfeitas, levam à solidão e à hostilidade para com os  outros; de estima – relacionadas ao status e à maneira pela qual o indivíduo se “vê”, sua autoconfiança, independência e  autonomia, e quando insatisfeitas podem produzir sentimentos de inferioridade e  fraqueza; de auto-realização – é a necessidade interior que o indivíduo sente  de atingir seu potencial mais elevado, refere-se à maximização das aptidões e  capacidades, chegar ao ápice, ser mais do que é, ser tudo o que pode ser  (Maslow's hierarchy of needs, 2013).
   O ponto de partida da teoria de Maslow é que essas  necessidades estão ordenadas em forma de pirâmide que indica a prioridade e o  grau de importância de cada uma delas sobre as outras. Deve-se notar que  somente quando a necessidade de nível inferior estiver suficientemente  satisfeita é que a necessidade de nível mais elevado começa a motivar o  comportamento. Logo, se uma pessoa não consegue suprir adequadamente suas  necessidades de alimentação, não será motivada, por exemplo, pelas necessidades  de estima ou de auto-realização. Assim uma necessidade de nível mais baixo deve  ser relativamente satisfeita para que possa emergir uma necessidade de nível  mais alto. Nenhuma necessidade é sempre totalmente satisfeita e as necessidades  de nível mais baixo terão sempre influência mais forte no comportamento do indivíduo  caso deixem de ser atendidas (Maslow's hierarchy of needs, 2013).
   Maslow interpreta que somente poucas pessoas “privilegiadas”  conseguem chegar ao topo da pirâmide e serem fortemente motivadas pelas  necessidades de nível mais alto como de auto-realização. Para Maslow, muitas  outras pessoas continuam movidas por suas necessidades primárias, sem conseguir  satisfazê-las adequadamente. O ponto relevante no trabalho de Maslow foi seu  interesse no desenvolvimento das pessoas a partir da identificação das  necessidades humanas e como elas podem ser satisfeitas. Embora a teoria de  Maslow tenha sido considerada um avanço diante das teorias anteriores acerca da  personalidade e da motivação, ela tem seus limites interpretativos e  metodológicos quando exposta à realidade empírica. Assim, por exemplo, é  possível que uma pessoa esteja auto-realizada, e não conseguir, contudo, uma  total satisfação de suas necessidades fisiológicas. A pirâmide de Maslow mostra  que para se chegar numa plenitude das necessidades discriminadas é necessário  passar pelas partes; porém é percebido que há indivíduos que chegam a se  auto-realizarem sem passar por todas as etapas da pirâmide. Como também há  indivíduos que estão realizados, mas que sentem que ainda falta algo ou alguma  coisa para tanto. O que não quer dizer que ele não passou, portanto, por todas  as etapas; ou mesmo que tenha passado, pode ocorrer um tipo diferente de  auto-realização, considerando-se a personalidade, a motivação e a influência do  meio social em que o indivíduo se insere (Maslow's hierarchy of needs, 2013).
   No plano teórico,  um dos possíveis questionadores do trabalho de Maslow é o economista e filósofo  chileno Manfred Max-Neef, que tem argumentado que as necessidades humanas  fundamentais são “não-hierárquicas”, pois são ontologicamente universais e  invariáveis em sua natureza – parte da condição de ser humano. A pobreza,  argumenta Max-Neef, é o resultado de uma dessas necessidades ter sido  frustrada, negada ou não plenamente realizada (Maslow's hierarchy of needs,  2013). 
   Vale então pensar a teoria de Maslow e seus limites  interpretativos em relação à hotelaria, e até mesmo ao turismo por compreender  o ideal da viagem e da restauração que se dá em hotéis; fato é que essas  instâncias possuem um caráter multidisciplinar, e ao se configurar como um  fenômeno social, também precisa de algo que ajude a compreender as necessidades  mais “elevadas” da pirâmide de Maslow. Tendo em vista que o turismo é feito por  pessoas e pela relação entre elas, o meio visitado e as pessoas que habitam o  meio, conferindo-lhe um grau de interface com a psicologia enquanto ciência que  estuda o comportamento humano. Por isso, a pirâmide de Maslow aplicada à  hotelaria pode servir para uma explicação das diversas motivações que levam um  turista a viajar e, efetivamente, ou até primordialmente, viajar para se hospedar.
   A todo o momento o ser humano cria seus desejos, mas as  necessidades são inerentes, e ele não consegue fugir delas; percebe-se o quão  pode ser difícil você satisfazer, ou melhor, contemplar as necessidades que uma  pessoa tem; utilizando-se do conceito de marketing ao dizer que o ser humano não cria necessidades, mas cria desejos. Dentro do  fenômeno turístico, considerando-se o fato do “imaginário” que ele pode acabar  criando, nota-se que essa tarefa de gerar desejos se torna ainda mais complexa  visto que se devem ultrapassar alguns níveis de necessidade do ser humano até  chegar ao ponto de criar nele o desejo de viajar e contemplar o “extraordinário”  (vale dizer também “adjetivamente” “emocionante”), para fugir do “ordinário”  cotidiano.
   Uma forma de se vislumbrar a teoria de Maslow junto à  prática hoteleira é a classificação de tipologias dos hotéis, que pode ser  interpretada a partir do princípio das necessidades indicadas pelo referido  autor, no intuito de discriminar meios de hospedagem de acordo com as  necessidades que eles podem satisfazer. O que, de outra forma, é uma garantia  de satisfação a ser realizada antes mesmo da viagem, uma vez que a  classificação dos meios de hospedagem indiciam o imaginário e a imaginação ao  se montar o “pacote” turístico, por exemplo.  
   Pode-se interpretar, segundo o que assinala a figura  acima, que “Empreendimentos que fogem de modelos padronizados” são efetivamente  os hotéis por promoverem a experiência de se estar longe do lar, dos espaços,  das atividades e das relações do dia a dia. “Diferenciação por meio de  detalhes” enquanto realização pessoal, também como assinala a figura acima, pode  ser interpretada em muitas decorações dos ambientes de hotéis, no arranjo de  mesas das “cozinhas internacionais” de hotéis, em opções de tipologias tais  como hotel de arte, hotel design, hotel boutique, entre outras, que enfatizam  diferenciações espaciais, de gestão e de serviços associados ao hotel. É essa  atenção aos detalhes e a coerência do ambiente com o que é ofertado um hotel  que faz com que esses estabelecimentos criem uma experiência de consumo  inusitada, porque não somente utilitária e funcional do espaço ou da “saciar” fisiologicamente a fome como restauração, mas que  transmite para o hóspede a sensação de prazer e emoção que tornam a experiência  “extraordinária”.
   Sabe-se, como pôde inferir estudos acerca do marketing e satisfação para o caso dos  serviços, uma maior dificuldade em se determinar as reais necessidades do  cliente, porque elas estão no plano “emotivo” e simbólico do objeto ou do  próprio serviço que é “imaterial”, ainda que se sirva de objetos para tanto.  Para um bem material, o dimensionamento das características necessárias ao  atendimento de uma determinada necessidade do cliente é possível de ser  estabelecido com maior facilidade. Para Castelli (2003:78), “nos serviços o  valor está na reação do cliente face a uma experiência, que é um valor subjetivo  (...) ao estado emocional em que se  encontra o cliente” (grifo dos autores). Em vista disso, é necessário apreender,  analisar e avaliar a qualidade de experiências por que passa o cliente quando  faz uso de um serviço – e, nesse caso, o serviço hoteleiro – tratado então no  item a seguir.
 O prazer e a emoção de  se hospedar 
              No mundo dito  globalizado em que as mais diversas ofertas mundiais chegam em tempo real aos  clientes turísticos em potencial, cabe perguntar o que leva um cliente optar  por determinada destinação turística ou até determinado tipo de hotel dentro do  destino, ou até pensar que o hotel é primordialmente o próprio destino? Essas  questões de motivação são uma constante preocupação dos gestores turísticos e  dos hoteleiros, pois são altamente mutáveis e resultantes de uma avaliação  bastante subjetiva.
   O primeiro aspecto a ser analisado se refere a uma  necessidade que o cliente “hóspede do hotel” tem, e que o levará a buscar um  produto com intuito de satisfazê-la. Para tanto, Karsaklian (2000:22) afirma: 
  “Toda e qualquer pessoa pode listar uma série de objetos que ela  deseja e pelos quais ela pode realizar esforços especiais. Dizemos então que  ela está “motivada”. Motivação é algo que não pode ser diretamente observado e,  por essa razão, infere-se a existência de motivação pela observação do  comportamento. O comportamento motivado caracteriza-se pela forte energia  despendida numa ação orientada para um objetivo específico.” (Karsaklian,  2000:22) 
   O importante, para compreender o mecanismo de uma  determinada escolha, é considerar que, em qualquer uma das várias teorias que  abordam a motivação, existe uma necessidade percebida de forma consciente ou  não, que motiva o indivíduo, com maior ou menor intensidade, e a busca por  satisfazê-la. 
  “Será válido, contudo, conhecermos a natureza da motivação que  existe potencialmente em cada pessoa. Muito embora em todos eles, a forma pela  qual os diferentes indivíduos se organizam para atendê-las é particular a cada  um. Essa maneira pessoal é essencial para descobrir como cada um persegue  caminhos diferentes para atingir um mesmo objetivo. O homem é capaz de fazer ou  aprender a fazer coisas que aumentem suas oportunidades de sobrevivência ou  satisfação. É também adaptativo em suas atitudes, expectativas e percepções às  exigências da realidade externa.” (Megido e Szulcsewski, 2002:97).
   Uma outra abordagem sobre os fatores de escolha de uma  determinada destinação turística está na “imagem” com que o cliente em  potencial a “enxerga” através da divulgação midiática. Alguns estudos neste  sentido indicam a importância de como se pode trabalhar esta “imagem” como um  diferencial de atratividade e de força competitiva. Sem as imagens das  destinações, não há como o viajante chegar a um conjunto de destinações  preferidas e nem como selecionar um delas para visitação. Inclua-se aqui “imagens”  de hotéis inusitados, resorts paradisíacos, spas reconfortantes,  etc. Porém, é necessário verificar que as “imagens” advêm de uma realidade,  seja do espaço ou do serviço que elas “estampam”. Sabe-se que o descompasso da  propaganda das “imagens” e a realidade representada por elas pode ser um grande  problema para o empreendimento hoteleiro, diante de um nível informacional da  sociedade atual, que poderá difamar os espaços e os serviços não correlatos com  a imagem de divulgação. Portanto, qualquer plano de marketing só poderá ter sucesso se a imagem de divulgação do hotel  corresponder à realidade vivenciada quando da viagem. 
   De maneira geral, os aspectos emocionais, ao se integrarem ao modelo de tomada de decisões  racionais, tornaram-se importantes e relevantes influenciadores do processo de  decisão de compra de onde se hospedar.  Desta forma, vários estudiosos do consumo e do comportamento do consumidor reconheceram  as emoções como um dos mais  importantes fatores em resposta específica de consumidores a estímulos de marketing. As emoções influenciam no processamento das informações, “mensuram” os  efeitos dos estímulos vindos e criados pelo marketing e, também, podem “medir” o bem-estar do consumidor. Definir emoções parece não ser uma tarefa fácil.  Apesar de ser um ideal presente na vida cotidiana das pessoas, diversos autores  procuraram definições para as mesmas, mas a subjetividade inerente ao tema  desafia a escolha categórica de uma explicação unívoca e uníssona.
   Segundo Bagozzi (1999), emoção é um estado mental de prontidão que surge de avaliações  cognitivas de eventos ou pensamentos, sendo acompanhada por processos  fisiológicos e expressada, habitualmente, fisicamente (como em gestos, postura,  características faciais). As emoções podem resultar de ações específicas e depende da sua natureza e significado que  possui para a pessoa que a sente. Por isso, vale notar que a pirâmide de Maslow  pode ser questionada, porque a mais “alta” realização pessoal de um cidadão de  uma metrópole frenética, pode ser uma experiência em meio a um meio de  hospedagem cercado por natureza, por vezes destituído por serviços que atendam  às condições fisiológicas.
   Pelo fato das emoções serem inerentes aos seres humanos, as mesmas se manifestam também nas  experiências de consumo, tendo em vista que muitas vezes os consumidores  procuram e evitam, querem e temem, gostam e se arrependem dos resultados de  suas decisões. Essas informações, complementadas com ações de marketing, permitiriam as pessoas a  fazerem comparações com suas experiências pretéritas de outras destinações ou  hospedagens, daí poder avaliar suas escolhas e, talvez, codificar níveis de emoção. 
   Um dos aspectos importantes nesta questão é o nível de “flexibilização”  que o cliente tem na hora da definição de seu “produto”. Quanto maior for esse  nível, maiores serão as possibilidades de ter suas expectativas atendidas com  maior grau de satisfação. Quanto maior a “inflexibilidade” dos pontos que o  cliente considera fundamentais no seu “produto”, maiores as chances de  frustração e consequentemente insatisfação. Vale ressaltar que os níveis de  “flexibilização” perante a definição do produto são (em grande parte e sobretudo)  oriundos de um repertório cultural do sujeito “consumidor” – daí a contribuição  oportuna dos trabalhos de Max-Neef.
Considerações finais
   A partir de uma interpretação do destino turístico e da  hotelaria, percebe-se um processo que levou a uma ênfase nas relações sociais e  econômicas, base para o surgimento dos deslocamentos entre os diversos grupos e  suas regiões de habitação, nascendo então necessidades de se hospedar os viajantes. Do hábito da  hospitalidade espontânea (doméstica) se chegou às hospedagens comerciais; o que  denota que as hospedagens comerciais incluem manifestações de hospitalidade  espontânea. Denotando-se que a situação atual é muito diversa enquanto o que se  trata por hospitalidade espontânea e aquela essencialmente comercial. Esse  aspecto é, inclusive, uma categoria que pode avaliar o comportamento do  empreendedor hoteleiro perante o fornecimento de um produto que está imbuído  somente de signos de trocas comerciais e dos lucros; mesmo porque, nessa nova  fase da produção, os signos de hospitalidade espontânea podem garantir muitos  dos lucros para um hotel.
   Com a manifestação do turismo ocorrida na segunda metade  do século XX, houve uma explosão na oferta de destinação e nos meios de  hospedagem. Atualmente percebe-se a consolidação deste setor, com uma clientela  mais exigente e com poder de escolha dada a ampliação da oferta. Trata-se  então, por um lado, de uma diversidade de hóspedes clientes em que se incluem  os mais exigentes deles, e que se projetam com experiências de realização  pessoal (mesmo em viagens e dentro de um hotel); e por outro lado, de uma  competitividade entre os empreendimentos hoteleiros que se propõem à oferta  cada vez mais de produtos diferenciados no mercado – eis então o signo da emoção do espaço e dos serviços de um  hotel – como possível diferenciação.
   As perspectivas de compreensão do fenômeno turístico e  da hospitalidade segundo as exigências dos clientes, cujas expectativas são  cada vez maiores em função do grau de informações que possuem indiciam a  importância de uma discussão cientifica. Daí então um recorte aqui levantado, a  partir das manifestações teóricas de Maslow, no intuito de localizar  explicações acerca da emoção como  categoria que pode explicar hotelaria contemporânea; ao mesmo tempo em que  procura também limitar a interpretação teórica de Maslow à luz de uma empiria  que assim a pode questionar.
   Uma das conclusões que se pode obter deste estudo, na  perspectiva do desenvolvimento dos processos de qualidade, é importante relação  entre qualidade e anseio do cliente; nesse sentido, a interpretação dos anseios  vai ao encontro de uma investigação “personificada” do mesmo; alterando-se aquela  visão de um “cidadão médio” que muito do planejamento racional modernizante assim o pretendia,  inclusive como justificativa de uma pretensa “equidade” social que podia  “descartar” peculiaridades culturais.
   O conhecimento dos desejos do cliente possibilita a  oferta de produtos mais adequados a princípio, que dessa forma podem ser mais  bem avaliados e podem resultar em satisfação – a qual já aparece como um dos objetivos primordiais para um gestor de  destinação ou de hotel; para além de uma visão unívoca pela busca incessante  por lucros. 
   A partir deste estudo se pretende construir discussões  sobre as implicações das emoções no  setor hoteleiro, pois as mesmas começaram efetivamente a ser sistematizadas nos  hotéis de forma um tanto recente, ainda que uma história dos meios de  hospedagem e da hotelaria possa inferir sobre conteúdos de emoção presentes por todo percurso. 
   A categoria da emoção passa a ser uma ferramenta de marketing,  ou seja, as emoções são empregadas como  fidelização dos clientes. Os consumidores buscam cada vez mais participar  ativamente de suas viagens, sendo um dos principais componentes dessa premissa  a suscitação de emoções ditas “positivas”.  Entretanto, percebe-se uma complexidade na “mensuração” das emoções, causando assim alguns limites  metodológicos; principalmente porque seu caráter um tanto “inconstante” (muito  provavelmente porque “medida” pelo comportamento do hóspede cliente) faz das emoções variarem até mesmo para um único  indivíduo analisado. Porque também as emoções podem ser “sentidas” de forma diferente entre as pessoas e as situações nas  quais elas são suscitadas também. Nesse sentido, mais uma vez se reitera o  papel da “personificação” dos serviços hoteleiros.
   Por todas essas  razões, a proposição de metodologia de pesquisa centrada no ser humano, e  baseada na abordagem da Teoria da  Motivação de Maslow é de grande relevância, ainda que com limitações; pois  a mesma pode ser utilizada como uma forma generalizante necessária quando se aborda  a “gestão” das emoções e  comportamentos preferenciais dos hóspedes.
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