TURyDES
Vol 7, Nº 16 (junio/junho 2014)

UMA ANÁLISE DA SUSTENTABILIDADE DO TURISMO EM METRÓPOLES BRASILEIRAS

Maria Angela de Abreu Cabianca (CV) y Andyara Lena Paiva de Barros Camargo (CV)

  1. Introdução

O crescimento metropolitano intensificado pela globalização tem produzido significativas transformações na vida dos habitantes das grandes cidades, repercutindo também na dinâmica dos deslocamentos turísticos. 
As cidades representam a base do turismo de massa e é onde as atividades turísticas encontram sua infraestrutura e redes de deslocamento, conforme observou Cruz (2003). A autora considera o turismo um agravante do estresse ambiental urbano por se apropriar de infraestruturas pré-existentes nas cidades e estimular a criação de novas estruturas necessárias ao seu desenvolvimento.
O predomínio da população urbana sobre a população rural verificado com maior intensidade nas últimas décadas vem produzindo impactos sociais e ambientais que, assim como os impactos na economia, não se restringem à área do município. A estrutura e a dinâmica das metrópoles evidenciam uma interdependência de áreas circunvizinhas.
A procedência cada vez mais diversificada dos visitantes da metrópole enfatiza seu poder de atratividade e origina mais dúvidas sobre os possíveis efeitos desta nova movimentação que se observa nos espaços urbanos de grande magnitude.
Este artigo se propõe a avaliar as relações estabelecidas entre a movimentação turística criada pelos atrativos urbanos atuais e o espaço geográfico das metrópoles. Para esta análise foi utilizada a coleta documental bibliográfica de modo a obter uma sistematização de dados capaz de permitir uma diretriz teórica satisfatória aos procedimentos de pesquisa envolvendo temas como turismo e urbanização, metropolização e produção do espaço urbanizado.
Considerando a importância do turismo como atividade produtora e transformadora do espaço e sendo estas transformações especialmente perceptíveis no espaço urbano, foram tratadas neste estudo as principais metrópoles brasileiras e os impactos decorrentes das atividades turísticas que nelas se estabelecem.
Foi considerada ainda a perspectiva de realização de grandes eventos internacionais nestas áreas metropolitanas, em especial os próximos eventos esportivos, que vêm promovendo importantes modificações na infraestrutura urbana das cidades que se candidataram a sediá-los. Dentre estas modificações observam-se a reestruturação do sistema viário, a ampliação de equipamentos urbanos destinados ao lazer, cultura, hospedagem, alimentação e comércio, além de uma impactante expansão do mercado imobiliário, estimulado pela valorização do terreno urbano, decorrente da instalação destas novas infraestruturas.
As cidades-sede dos jogos da Copa 2014 vêm recebendo obras vultosas, buscando se equipar para atender o público esperado neste grande evento internacional. Estima-se que as 12 metrópoles brasileiras que deverão sediar os jogos - Manaus, Fortaleza, Natal, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasília, Florianópolis, Porto Alegre, Cuiabá e São Paulo – receberão cerca de R$ 25 bilhões de investimentos em aeroportos, estádios e novos sistemas de transportes (www.portal2014.org.br). Na cidade de São Paulo alguns destes impactos já são perceptíveis, como os inúmeros lançamentos imobiliários nas imediações no novo estádio de futebol, localizado no bairro de Itaquera, além da reestruturação do sistema viário e de outras obras de infraestrutura previstas para adequar a região a toda a movimentação prevista. A cidade de São Paulo é uma das metrópoles analisadas aqui, sob esta óptica.  

  1. Sistematização das questões de sustentabilidade em municípios turísticos

Para Weaver (2001), ao citar Clarke (1997), em cidades turísticas cujo processo de metropolização atingiu um patamar quase incontrolável do fluxo turístico, a extensão lógica disso também decorre da simples observação de que o turismo como um todo, não pode ser sustentável a menos que o turismo de massa seja feito de forma sustentável.
Weaver (2001) considera a possibilidade do desenvolvimento sustentável do turismo como metas a serem atingidas e conclui que as interfaces geradas pelo planejamento turístico baseado nestas metas ainda não estrutura um ambiente seguro a ponto de se afirmar que o turismo possa ser realmente sustentável. Entre estas metas estão as que o autor chama de “parâmetros espaciais” (WEAVER, 2001, p. 303) para adoção de um planejamento municipalizado do turismo sustentado, onde os interesses diversos de esferas administrativas que não são interligadas, geram conflitos de interesses que desestruturam as possibilidades de desenvolvimento das razões orientadoras do processo de sustentabilidade turística.
No caso brasileiro a percepção do espaço geográfico das grandes metrópoles do país mostra que suas argumentações são bastante factíveis e devem ser percebidas como diretrizes analíticas fundamentais.
A evolução das ideias de sustentabilidade no turismo esteve sempre relacionada aos principais fatos que favoreciam ou dificultavam a plena realização desta atividade através do mundo. Os documentos da Organização Mundial do Turismo relacionados ao desenvolvimento sustentável do turismo enfatizavam até o final dos anos 80 a preocupação com a liberdade dos deslocamentos, a garantia de acesso a todos os cidadãos ao turismo e ao lazer e o papel do turismo no desenvolvimento da economia dos países. No final do século XX e início deste século os documentos produzidos passaram a priorizar a discussão sobre problemas ambientais como o aquecimento global e o uso turístico de áreas naturais, bem como os problemas sociais como a pobreza e a exploração sexual em localidades receptoras.
As discussões sobre o desenvolvimento sustentável do turismo vêm se disseminando em várias esferas da administração pública e começam a ganhar espaço nas elaborações de planos de desenvolvimento turístico de municípios. Segundo Swarbrooke (2000), o desenvolvimento sustentável do turismo deve ser implementado a partir de um planejamento que proporciona intervenções corretivas, baseadas em eficiência econômica, equidade social e prudência ecológica e que seja participativo, com atores sociais, agentes e reagentes, com uma visão contratual com o meio ambiente.
O município que adota esta prática obtém melhor utilização dos recursos naturais e culturais, melhora da qualidade de vida da população, adquire uma base justa e autossustentada comercial/econômica com foco no visitante. Este processo resulta de uma parceria saudável entre governo, iniciativa privada, terceiro setor e comunidade (WTO, 2008).

  1. Regiões Metropolitanas brasileiras

Estudos do IBGE em 1972, 1987 e 2000 identificaram a existência de doze redes de influência que interligam municípios entre si e até mesmo entre diferentes estados, como o que acontece, por exemplo, com a rede centralizada em São Paulo que abrange parte de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Acre; a do Rio de Janeiro abrange, além de municípios do próprio estado, os do Espírito Santo, no sul da Bahia, e na Zona da Mata mineira; a de Brasília influi no oeste da Bahia, em alguns municípios de Goiás e no noroeste de Minas Gerais. As outras nove redes de influência são centralizadas por Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Goiânia, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre.
Rodrigues (2007) conclui que o Brasil cresce mais nas metrópoles: enquanto, entre 1991 e 2000, o crescimento metropolitano representava 43% do incremento populacional do país, os dados da contagem atual nos revelam que nos últimos sete anos as metrópoles foram responsáveis por 47% do crescimento da população brasileira. O mesmo autor sugere que algumas metrópoles brasileiras constituem atualmente grandes espaços urbanos, com extensos subúrbios e com um nível de integração municipal elevado. Ao mesmo tempo, estes espaços apresentam diferenças espaciais e infraestruturais significativas entre si, formando uma rede urbana robusta e complexa.
O crescimento populacional das metrópoles brasileiras corresponde quase metade do crescimento da população total do Brasil, conforme se verifica na figura 1.

Para a Região Metropolitana de São Paulo o “padrão predatório de expansão urbana” - loteamentos irregulares, clandestinos, invasões e favelas de periferia localizados em áreas impróprias à urbanização - produz impactos negativos sobre os principais mananciais que alimentam os sistemas produtores de água, conforme observam MEYER et al. (2004). Os autores mencionam também as distorções da legislação vigente, em especial da que visa à proteção das áreas de mananciais, como corresponsáveis pelo processo de degradação ambiental observado.
Por se tratar da maior metrópole brasileira, a cidade de São Paulo aponta para uma multiplicação de problemas que se manifestam em outras metrópoles em mesmo ritmo de crescimento. Dentre esta multiplicidade de problemas destacam-se questões sociais e ambientais que comprometem a qualidade de vida dos cidadãos, além de desafiar os princípios do desenvolvimento sustentável destas regiões.
Neste aspecto Weaver (2001) argumenta que o planejamento municipal em particular não pode ser isolado de outras decisões tomadas em municípios limítrofes e de outros sistemas, nem o turismo pode ser planejado ou gerido de forma isolada a partir de outros setores da economia, tais como agricultura, mineração, exploração madeireira e o setor militar. Neste caso o que se observa, por exemplo, na cidade de São Paulo, é o crescimento desordenado de sua estrutura urbana e sua conurbação com as áreas urbanas de municípios vizinhos, encontrando outras esferas administrativas municipais, fato que amplia ainda mais os problemas decorrentes de seu crescimento urbano.

  1. Metrópoles brasileiras e o turismo

Dentre as metrópoles brasileiras algumas se destacam pelo processo de transformação do espaço urbano em decorrência da atividade turística que ali se manifesta.
Furtado (2007), analisa as transformações observadas na cidade de Natal em decorrência do Turismo. A autora distingue no processo de urbanização desta cidade uma peculiaridade que a diferencia de outras capitais do nordeste: a presença de falésias na orla marítima, criando outros bairros de interesse turístico, além da faixa litorânea. Mas o maior destaque dado ao recente processo de turistificação de Natal é decorrente da globalização e do interesse despertado em investidores estrangeiros sobre os atrativos da região. Como consequência, nos últimos dez anos a cidade passou por uma grande reestruturação em seu espaço urbano e segundo a mesma autora, Natal é hoje “uma síntese de tudo que uma cidade pode representar com relação à capacidade de modificação de áreas apropriadas pelo turismo, pois este redimensiona o espaço, as relações sociais, a cultura, os sentimentos, enfim, modifica sua essência”.
Na região metropolitana de Salvador verificou-se um processo de expansão centrada nas atividades de turismo e recreação e lazer, resultando em intensos processos/mecanismos de interação entre a metrópole e os novos espaços, conforme relatos de apresentações do Simpósio Espaço Metropolitano, Turismo e Mercado Imobiliário, 2008. Na busca por novas áreas, o turismo foge das áreas centrais e se desloca em direção à periferia, num fluxo estimulado pela abertura de novos acessos.
Em Recife e Fortaleza também se verifica esta tendência de expansão do espaço turístico, afastando-se da região central das metrópoles em direção a áreas mais periféricas.
Estas capitais apresentam em comum a proliferação de empreendimentos estrangeiros, o aquecimento do mercado imobiliário, com uma grande valorização de terrenos, sobretudo próximos à orla marítima, o crescimento do setor hoteleiro e o avanço para áreas ainda não exploradas pelo turismo tradicional.
Conforme observado por Silva e Ferreira (2007), o Nordeste brasileiro, especificamen­te o litoral nordestino, vem intensificando o processo de atração de capital para a implementação do setor hoteleiro, com resorts integrados a condomínios re­sidenciais, “condhotéis”, flats e loteamentos. Os autores identificam as empresas portuguesas e espanholas como maiores investidoras e apontam como uma das possíveis as causas deste fenômeno a saturação das atividades turísticas no sul de Portugal e Espanha. Como consequência, a expansão urbana passa a responder em novo ritmo e obedecendo a uma nova lógica de valorização do espaço, sobretudo nas áreas metropolitanas. O mercado imobiliário aquecido por estes investimentos alavanca a ocupação e a valorização de espaços, comprometendo princípios de sustentabilidade, sobretudo nos aspectos sociais e ambientais. Anjos; Anjos e Rados (2010, p.128) analisam esta realidade em locais de fragilidade ambiental e cultural, propondo que se observe de modo especial a relação entre os seres humanos, suas atividades e o uso que fazem do espaço que os envolve.
Uma peculiaridade observada no processo de transformação do espaço produzido pela atividade turística no litoral nordestino é a sua intensificação nas áreas próximas aos terminais aéreos. A proximidade de aeroportos tem demonstrado ser um fator preponderante na definição de novas áreas de exploração turística, superando a importância da infraestrutura urbana neste processo. É o que se observa, por exemplo, em Ilhéus e municípios litorâneos próximos, que experimentaram grande expansão urbana não só pelos incentivos governamentais ao turismo na Costa do Cacau, mas também pela conveniência da proximidade do aeroporto Jorge Amado.

  1. As intervenções urbanas na metrópole paulistana e a movimentação turística

As metrópoles das regiões sudeste e sul apresentam uma relação com o turismo diversa das observadas na região nordeste. Conforme observou CRUZ, 2001, se no litoral do nordeste brasileiro a atividade turística tem como carro-chefe a infraestrutura hoteleira, no litoral centro-sul predomina o fenômeno da segunda residência, com condomínios fechados ocupando extensos trechos deste litoral. A mesma autora em relatos mais recentes (Simpósio Espaço Metropolitano, Turismo e Mercado Imobiliário, 2008) constata um crescimento da participação do turismo de segunda residência e da expansão imobiliária decorrente do turismo no litoral nordestino.
A atividade turística baseada nesta espécie de confinamento de parcelas da população nas áreas de maior concentração de renda não é particularidade das metrópoles das regiões sul e sudeste. Isto é observável também em municípios menores cujos atrativos turísticos aliados à sua divulgação, principalmente entre as camadas sociais de maior poder aquisitivo, alavancam uma ocupação por estes bolsões de casas de veraneio, casas nas montanhas, “refúgios ecológicos com água, luz, telefone, acesso à internet e canais de televisão por assinatura”.
Nas regiões metropolitanas do sul e sudeste brasileiro, em especial São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre e Rio de Janeiro, intensifica-se o turismo de negócios e eventos, requerendo uma infraestrutura mais complexa e diversificada. Com a realização dos grandes eventos esportivos previstos para os próximos anos nestas capitais, é esperado que a ampliação da infraestrutura destas cidades represente uma profunda transformação urbana, mobilizando grandes investimentos, gerando renda e empregos em vários setores da economia. Concomitantemente, os problemas sociais e ambientais que já se multiplicam nestas cidades poderão se tornar mais evidentes e, se não enfrentados e solucionados com a abrangência e cuidado que requerem, serão fatores de comprometimento do sucesso destes eventos.
Segundo Cruz (2009), as novas infraestruturas, demandadas pelo turismo nas metrópoles onde predomina o turismo de negócios e eventos, acarretam outros usos além dos previstos pela atividade turística. A autora destaca o caráter seletivo destes segmentos do turismo na ocupação do espaço, contribuindo para a sua valorização e fragmentação, o que culmina por inserir a metrópole num contexto global, alimentando um processo como o observado na Região Metropolitana de São Paulo:
O “mito da cidade global”, por sua vez, contribui para a atração de novos investimentos para São Paulo, criando um círculo virtuoso, conveniente a todos os atores hegemônicos envolvidos na produção do espaço metropolitano. Enquanto isso, a “cidade real” se expande, revelando as faces da contradição. (CRUZ, 2009, p. 11).

O crescimento desordenado da Região Metropolitana de São Paulo ampara-se em um modelo na qual a especulação imobiliária estrutura as diretrizes do desenvolvimento e os problemas políticos, sociais e econômicos advindos deste processo impedem o que Anjos; Anjos e Rados (2010, p. 133) chamam de “Planejamento estratégico do turismo”. A falta deste planejamento impede o desenvolvimento sustentável do turismo e perpetua modelos administrativos não participativos, presentes na grande maioria das metrópoles turísticas brasileiras. O planejamento visa transformações qualitativas, ou o controle da evolução do sistema socioeconômico sob a perspectiva espacial, a fim de melhor aproveitar o seu potencial, ou para revê-lo, tendo em vista o efetivo alcance dos objetivos fixados em um modelo sustentável (LOPES, 2002).
Marback Neto et al. (2005) consideram de suma importância as reflexões sobre as tendências do turismo internacional e nacional, enfatizando a importância do Plano Nacional de Turismo e a relação entre a globalização e as inovações tecnológicas.
O Plano Nacional de Turismo 2013-2016 (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2013), visa levar o Brasil à condição de 3ª economia turística mundial até 2022. Em 2012, o setor cresceu 6%, valor acima da média mundial e já contribui com 3,7% do Produto Interno Bruto Nacional, e estima-se que a chegada de turistas estrangeiros no país avance de 6,2 milhões (2013) para 7,9 milhões até 2016 (crescimento de 8% ao ano). Da mesma forma, os gastos dos visitantes aumentariam de US$ 7,7 bilhões para US$ 10,34 bilhões (acréscimo de 11,69% ao ano) e os empregos formais no setor passariam de 3,1 milhões para 3,59 milhões (aumento de 6,64% ao ano). As viagens dos brasileiros pelo país também serão mais frequentes, passando de 215,6 milhões de voos domésticos (2013), para mais de 250 milhões em 2016 (crescimento de 6,14% ao ano), pois com a realização do evento da Copa do Mundo, o país deverá receber 600 mil estrangeiros e faturar com a realização de 3,1 milhões de viagens internas somente nesse período.
A cidade de São Paulo é “o principal núcleo receptor de turistas do país e também o maior emissor, mas diferentemente de muitos destinos turísticos cujos territórios são preparados para atrair turistas, a atratividade de são Paulo advém do que ela é do que foi historicamente construído, ignorando-se, inclusive, a afluência de turistas para cá” (CRUZ, 2006, p. 205). Uma cidade que conta com cerca de 90 mil eventos anuais e, ao mesmo tempo, conta com congestionamentos frequentes que ultrapassam os 150 quilômetros de vias congestionadas, evidencia o seu despreparo para um desenvolvimento sustentável. O Portal 2014 indica que, dentre as obras previstas para a Copa do Mundo no Brasil, as que envolvem diretamente o evento, como a construção da Arena do Corinthians, em Itaquera, ou a ampliação do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, estão em ritmo compatível com os prazos estabelecidos, enquanto a ampliação do sistema viário da região sul da cidade com o monotrilho Linha 17-ouro do Metrô teve seu projeto retirado da matriz de responsabilidades da prefeitura municipal e não ficará pronto para Copa. Deste modo, os benefícios à população que poderiam advir deste grande evento esportivo perdem lugar para outros interesses que não os de ordem social ou ambiental.

  1. Considerações finais

O processo de metropolização das cidades brasileiras sofre com a permanência de valores associados ao início do processo de colonização do país, onde os problemas de ordem social, politica e econômica refletem um pensamento administrativo vinculado aos ganhos imediatos, que contradizem os princípios do desenvolvimento sustentável. As transformações produzidas, visando atender interesses prioritariamente econômicos, não refletem as bases da sustentabilidade, sacrificando aspectos sociais e ambientais importantes para a manutenção dos recursos que garantem a continuidade das atividades econômicas que hoje suportam o desenvolvimento das cidades.

  1. Bibliografia

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Cruz, R. C. A. (2003). Introdução à Geografia do Turismo. São Paulo: Roca.
Cruz, R. C. A. (2006). Os paradoxos do Turismo na cidade de São Paulo. In: Carlos, A. F. A.; Oliveira, A. U. (orgs.) Geografias das Metrópoles.
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Recibido: 7/04/2014
Aceptado: 10/05/2014
Publicado: Junio de 2014



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