César Augusto Soares da Costa (*)
csc193@hotmail.com
O educador deve desempenhar o papel de libertador. Diante disso, pensamos
desenvolver brevemente alguns aspectos da pedagogia de Carl Rogers no que tange
ao papel do educador e de sua tarefa. Para Rogers, ao centrar a educação no
educando, denominado pelo mesmo de facilitador, o autor procura mostrar, em suas
obras Liberdade para Aprender e Tornar-se Pessoa, que essa facilitação tem em
vista tornar o educando livre.
Para o autor, o homem educado é o que aprendeu a aprender. Facilitar a
aprendizagem é libertar a curiosidade, permitir que as pessoas assumam o encargo
de seguir em novas direções, desencadeando o senso de investigação, indagação e
análise. Rogers propõe o educador como facilitador da libertação pessoal e
assinala essas condições libertadoras.
O autor, aponta métodos de libertação que tem, o clima de liberdade ou de
relacionamento interpessoal: autenticidade, aceitação, confiança, compreensão
empática, motivação intrínseca baseada em problemas significativos e desafios
reais. O professor torna-se aquele que também aprende, pois ensinar não é outra
coisa do que aprender. A única coisa que pode fazer o educador é criar condições,
para que haja aprendizagem significativa. Isto quer dizer que, é um tipo de
aprendizagem que não pode ser ensinada. A sua essência é este aspecto de
autodescoberta. A aprendizagem significativa é mais do que acumulação de fatos,
é modificação no comportamento, ações futuras, atitudes, que penetra toda a
existência pessoal.
Daí, surgem algumas pistas referentes a esta dimensão: é pela prática que se
adquire aprendizagem significativa; a aprendizagem é facilitada quando o aluno
participa responsavelmente do seu processo; a aprendizagem socialmente útil
consiste em aprender o próprio processo de aprendizagem, a contínua abertura à
experiência e à incorporação do processo de mudança. Pois uma aprendizagem
estática, de informações, foi adequada ao tempo arcaico, mas insuficiente para
os dias atuais!
Como podemos observar, o problema central da pedagogia rogeriana não está
assentada no método e nas técnicas pedagógicas, mas na atitude pessoal ou
interpessoal, em relação aos educandos, para que estes se libertem, tomando
consciência de si e do mundo, assumindo os comportamentos compatíveis com o
desenvolvimento de uma personalidade por si mesmo.
Referências
GALVÃO, Teófilo. A Educação como processo de libertação. Pelotas: EDUCAT, 1996.
ROGERS, C. Tornar-se Pessoa. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1975.
______. Liberdade para Aprender. 3 ed. Belo Horizonte: Interlivros, 1975.
* Sociólogo, Educador e Pesquisador. Mestre em Ciências Humanas/PUCRS. Tutor no
curso de Pós-Graduação em Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação da
Universidade Federal do Rio Grande/FURG. Professor nos cursos de Pós-Graduação
em Educação do Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina na cidade de
Pelotas/RS.
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