Cuadernos de Educación y Desarrollo

Vol 1, Nº 8 (octubre 2009)

OS MODELOS DE ENSINO A DISTÂNCIA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES


 

César Augusto Soares da Costa
Complexo de Ensino Superior de Santa Catariana, Brasil
csc193@hotmail.com  
 


A Educação a Distância é atualmente a modalidade de ensino que mais possui divulgação no País. Fazendo alusão à relevância desta modalidade, bem sabemos que ela busca a extensão dos espaços educativos, reconhecendo na Escola, na Universidade como espaços privilegiados da atividade educacional, dando condições de oferecer um sistema tecnológico que amplie sua potencialidade didático-pedagógica. Assim, o Ensino a Distância quer democratizar as oportunidades de estudo, e ainda procura familiarizar o educando com a tecnologia e oferecer meios de atualização profissional permanente e contínua.

Como professor de Políticas Educacionais em Pós-Graduação noutra instituição de ensino, e atualmente realizando tutoria de Ensino a Distância (EAD) na Universidade Federal do Rio Grande, surgem evidentemente algumas provocações em torno da questão da formação dos professores desta modalidade de ensino no Brasil. Tendo estas premissas iniciais, e analisando o texto sobre a formação de professores em EAD de José Moran (publicado na revista Educação, número 3, volume 32, ano 2009 da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do SUL), assinalamos que, existem, basicamente, no Brasil dois grandes modelos de EAD, na formação de professores, com muitas variáveis: No primeiro, aparece mais o professor no seu papel tradicional, onde é visto pelos alunos ao vivo (tele-aula) ou em aula gravada (vídeo-aula). Além das aulas, há leituras e atividades presenciais e virtuais (modelo tele/vídeo-aula). No segundo modelo, o professor não “dá aula”, ele se comunica através de materiais impressos e digitais, escritos de forma dialogada e com tutoria presencial em pólos e/ou virtual, através da Internet. Utiliza alguns vídeos eventualmente, não sistematicamente (modelo WEB). O artigo lido mostra os avanços havidos na EAD na formação de professores e faz algumas propostas para termos efetivamente uma educação a distância de qualidade.

Para o autor José Moran, os cursos de formação de professores, que hoje utilizam mais a WEB, poderiam incorporar vídeo-aulas ou teleaulas interessantes e motivadoras, como elementos enriquecedores da experiência de aprender online. Daí os cursos que se baseiam em textos na web, mesmo que bem produzidos e em tom dialógico, exigem um salto cultural grande demais, num primeiro momento, para alunos vindo de escolas pouco exigentes e que não desenvolveram o hábito da pesquisa contínua e produção autônoma. Logo, outro ponto fulcral na sua abordagem, incide na organização de aulas produzidas de forma mais inteligente e econômica, principalmente na formação de professores. Assim universidades públicas, através da gestão da UAB – Universidade Aberta do Brasil – (da qual fizemos parte) poderiam criar materiais, principalmente os audiovisuais, de forma integrada, gastando menos recursos na produção e concentrado-os mais na tutoria e na adaptação à realidade regional. Universidades com competência reconhecida em algumas áreas fariam essas produções de vídeo-aulas e do material de apoio básico (livros...), que serviriam de base para os cursos semelhantes de outras instituições e que poderiam ter algumas adaptações regionais, aproveitando a maior parte da produção já feita.

Na visão de Moran, na modalidade de EAD não precisamos todos fazer tudo. A especialização pode baratear enormemente os custos, sem diminuir a qualidade. Esses materiais poderiam estar disponíveis no portal do Ministério para todas as instituições públicas e privadas. O dinheiro de educação é pago com os nossos impostos e se um material pode ser útil para muitos, por que não disponibilizá-lo? A educação a distância não é só conteúdo pronto, mas conhecimento construído a partir de leituras, discussões, vivências, práticas, orientações, atividades. Conseqüentemente surge a indagação: por que todos temos que fazer os mesmos materiais sempre de forma isolada, principalmente na formação de professores? Por sua vez, também precisam melhorar os processos de gestão, tendo uma política de compartilhamento dos materiais de produção audiovisual e de textos básicos. Assim, desperdiçaremos menos recursos e tempo, concentrando-nos no que é importante, em atender o aluno, em orientá-lo, tirar dúvidas, adaptar o currículo às suas necessidades, características, trajetória e expectativas. Creio que essas observações trazidas por nós, a partir do texto de Moran, constituem não um ponto de chegada, mas sim um ponto de partida para refletirmos os caminhos em torno à formação e qualidade de professores e tutores de EAD no Brasil!  
 


 

 
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