Contribuciones a las Ciencias Sociales
Mayo 2012

EMPREENDEDORISMO E DESENVOLVIMENTO LOCAL: O CASO DA PRODUÇÃO DE BIOJÓIAS NA AMAZÔNIA

 

 

Paulo Augusto Ramalho de Souza (CV)
Juliane Pinheiro Fragata (CV)
Carla Alexandra Rodrigues Assis (CV)
Delana Souza Canto (CV)
paramalho@gmail.com
Universidade Federal do Amazonas
Universidade Federal de Mato Grosso

 

Resumo

La explotación de los recursos naturales en la Amazonía en la actualidad causa gran preocupación, no sólo nacional sino también a nivel global, el grado de importancia que estos recursos naturales tienen para el planeta. Así, este estudio ha contribuido al conocimiento de la producción de bio-joyas, su potencial y su desarrollo como una oportunidad de negocio. Por lo tanto, los intentos de investigar los factores que favorecen la actividad en el estado de Amazonas a través del caso de la empresa "Joyería Tucumãí". El estudio se realizó con la investigación exploratoria y caso de estudio para la profundización de la información sobre el tema. Fue identificado por estudiar el flujo de turistas y las materias primas en abundancia promover el desarrollo de la actividad. Los resultados indican que la industria está prometiendo biojóias hoy en día debido a la difusión de las ideas de sostenibilidad en la sociedad y se configura como un desarrollo innovador para el desarrollo local.

Palavras-chave: Empreendedorismo, desenvolvimento local, sustentabilidade.

Abstract

The exploitation of natural resources in the Amazon currently causes much concern, not only nationally but also globally, the degree of importance that these natural resources have for the planet. Thus, this study contributed to knowledge of the production of bio-jewels, its potential and its development as a business opportunity. Thus, attempts to investigate the factors that favor the activity in the state of Amazonas through the case of the company "Tucumãí Jewelry." The study made ​​use of exploratory research and case study for the deepening of the information on the subject. Was identified by studying the flow of tourists and raw materials in abundance promote the development of the activity. The results indicate that the industry is promising biojóias nowadays due to the diffusion of ideas of sustainability in society and is configured as an innovative development for local development.

Keywords: entrepreneurship, local development, sustainability.




Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato:
Ramalho de Souza, P.; Pinheiro Fragata, J.; Rodrigues Assis, A.; Souza Canto, D.: "Empreendedorismo e desenvolvimento local: o caso da produção de Biojóias na Amazônia ", en Contribuciones a las Ciencias Sociales, Mayo 2012, www.eumed.net/rev/cccss/20/

INTRODUÇÃO

A exploração dos recursos naturais da Amazônia atualmente causam muita preocupação, não só a nível nacional, mas também global, pelo grau de importância que esses recursos naturais possuem para o planeta. Há muito tempo são retirados recursos naturais da Amazônia para comercialização sem nenhuma preocupação com o ambiente das futuras gerações.
Há muitas formas de gerar o desenvolvimento econômico de uma localidade usufruindo conscientemente da natureza. O estado do Amazonas é um dos locais onde existe a intensa produção de artigos feitos com materiais naturais. E essa produção proporciona aos moradores dessas localidades muitas oportunidades de negócios.
A Amazônia possui 60% do seu território no Brasil, se destaca por sua diversidade de fauna e flora e pela Bacia hidrográfica Amazônica, onde se encontra o maior rio do mundo, tanto em extensão quanto em volume de água, o rio Amazonas. (RUSSO, 2000)
Há muito tempo são retirados recursos naturais da Amazônia para comercialização sem nenhuma preocupação com o ambiente das futuras gerações. E a busca pelo desenvolvimento desta região é bastante estudada hoje, mas não se torna algo tão fácil, uma vez que se deve procurar o desenvolvimento para a região sem que possa trazer agressão ao meio-ambiente. É partindo desta questão que muitos empreendedores buscam alternativas de desenvolvimento sustentável.
O Amazonas se destaca nesse contexto por ser o maior estado do Brasil, com cerca de 1.570.745,7 km² (IBGE, 2000), e possuir uma imensa área de reserva florestal com uma grande riqueza de fauna e flora, possibilitando alternativas de desenvolvimento sustentável. Possui 62 municípios, dentre eles o município de Parintins (NORONHA, 2003).
Parintins possui uma população de  aproximadamente 102.066 mil habitantes (IBGE 2010). É hoje reconhecida nacionalmente como a cidade do boi-bumbá, uma festa popular que tornou-se uma das maiores do Brasil (TAVARES, NOGUEIRA, 2007).
Há muitas formas de gerar o desenvolvimento econômico de uma localidade usufruindo conscientemente da natureza. O estado do Amazonas é um dos locais onde existe a intensa produção de artigos feitos com materiais naturais. E essa produção proporciona aos moradores dessas localidades muitas oportunidades de negócios.
No município de Parintins são produzidos muitos objetos feitos com elementos naturais, como artesanatos, biojóias, roupas, acessórios, etc. Porém, o presente artigo destaca somente a produção de biojóias na cidade, uma vez que existem fatores que propiciam o seu desenvolvimento como uma oportunidade de negócios para os moradores locais, então, é importante conhecer esse setor e investigar tais fatores que estimulam o seu desenvolvimento.
Diante dessa visão empreendedora em unir negócios com recursos naturais, um mercado que vem crescendo com bastante potencial no estado é o das biojóias. São muitos os municípios que possuem essa produção presente em sua economia local e segundo Peregrino (2009) se destaca como fator gerador de renda. Tais produtos interessam ao mercado consumidor nacional e internacional.
Desta forma, o presente trabalho contribuirá para o conhecimento da produção de biojóias, suas potencialidades e o seu desenvolvimento como uma oportunidade de negócios. Assim, busca investigar os fatores que propiciam o desenvolvimento da produção de biojóias com base no caso da empresa “Tucumãí Jóias”.

METODOLOGIA
Para o alcance dos objetivos do presente artigo científico torna-se necessário a utilização de métodos, técnicas e outros procedimentos científicos. Desta forma, as classificações dadas ao presente trabalho serão baseadas em taxionomias apresentadas por autores da área.
Seguindo os preceitos apresentados por Vergara (2009), este artigo está classificado em relação a dois critérios: quanto aos fins e quanto aos meios. Quanto aos fins ele caracteriza-se como pesquisa exploratória e descritiva.  É pesquisa exploratória porque busca conhecer o setor de biojóias no município de Parintins, entrando desta forma em consonância com Vergara (2009), que diz que o objetivo desse tipo de pesquisa é familiarizar-se com um assunto onde há pouco conhecimento acumulado e sistematizado, e o tema biojóias ainda é pouco explorado, ainda é pequena a literatura publicada desse assunto. Este artigo também se caracteriza como uma pesquisa descritiva porque “as pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis” (GIL, 2007). E como o objetivo deste artigo é caracterizar a produção de biojóias em Parintins, além de investigar fatores de desenvolvimento e potencialidades, haverá uma descrição desse setor no presente trabalho.
Quanto aos meios, o presente trabalho está classificado em pesquisa bibliográfica e estudo de caso. Como qualquer pesquisa, este artigo depende de uma pesquisa bibliográfica, pois mesmo que sejam poucas as referências sobre o assunto pesquisado, este trabalho não começou totalmente do zero. Sendo assim a pesquisa bibliográfica torna-se importante na elaboração deste trabalho, onde se utilizou pesquisas em livros, artigos publicados e pesquisas eletrônicas. Segundo Marconi e Lakatos (2009), a pesquisa bibliográfica trata-se do levantamento de bibliografias já publicadas, em forma de livros, revistas etc. A finalidade deste tipo de pesquisa é colocar o pesquisador em contato direto com tudo aquilo que já foi escrito sobre o assunto que está pesquisando. A pesquisa também é considerada como um estudo de caso porque a investigação ampla e detalhada foi realizada diretamente no local onde há a produção de biojóias no município de Parintins, através de entrevista e observação. Segundo Gil (2007) o estudo de caso ocorre quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento. É relevante registrar que a autora Vergara (2009) considera que o estudo de caso é o circunscrito a um ou poucos universos como pessoa, família, produto, empresa, órgão público, comunidade ou mesmo país. Assim sendo, este artigo realizou um estudo de caso na empresa chamada Tucumãí Jóias que atua no mercado com a criação e fabricação de jóias e biojóias.
A classificação do artigo quanto à sua abordagem é considerada qualitativa, pois o artigo buscará traduzir a produção de biojóias sem significados numéricos e entrará em contato com uma fonte direta para coletar dados, no caso o único produtor de biojóias em Parintins. Conforme Silva e Menezes (2001), este tipo de pesquisa considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento- chave. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem.

EMPREENDEDORISMO
Para Joseph Schumpeter (1949) o empreendedor é aquele que muda o que esta posto, que cria novos negócios, e também aquele que pode inovar dentro de negócios já existentes, ou seja, é possível ser empreendedor dentro das empresas.
Para Souza (2012) “A presença do empreendedorismo em empresas, sociedades e grupos é um importante fator que fomenta inovações, tornando os seus atores mais aptos para competir num mercado com mudanças tão rápidas e contínuas.”
O empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos. O empreendedor é aquele que percebe uma oportunidade e cria meios (nova empresa, área de negócios, etc.) para alcançá-la. (DORNELAS, 2008). Existe a concepção do empreendedor nato, aquele que nasce com as características necessárias para empreender com sucesso. No entanto, como se trata de um ser social, influenciado pelo meio em que vive, a formação empreendedora pode acontecer por influencia familiar, estudo, formação e prática.
Ao falar sobre empreendedorismo, logo se pensa em algo em que o empreendedor acredita e quer realizar e que por tal motivo é idealizado e planejado. Nenhuma organização ou pessoa é capaz de adentrar no mercado competitivo sem uma definição objetiva de como se posicionar no seu segmento, ou seja, sem ter uma estratégia (OLIVEIRA, 1991).
Shane & Venkataraman (2000) definem o empreendedorismo como uma atividade que abrange descobertas, avaliações e exploração de novos mercados. Com isso, ações de planejamento estratégico e avaliações dos novos mercados e matérias primas antes da introdução de novos produtos e serviços, colaboram para o sucesso do novo empreendimento. No entanto, para Vesper (1980), o empreendedorismo é um assunto emergente e ainda não haveria um conceito teórico unânime, ou uma teoria consolidada para ser associada ao mesmo.
Fernald e Solomon (1987) constataram alguns traços típicos de personalidade comuns aos empreendedores de sucesso, tais quais: capacidade para identificar oportunidades; conhecimento de seu mercado de atuação; senso de organização; disposição para tomar decisões; capacidade de liderança; aptidão para empreender; independência pessoal; otimismo e tino empresarial.
Características do empreendedor
Filion (2000) comenta que a tentativa de se definir um perfil para o empreendedor, ou seja, identificar suas características comportamentais tem sido o foco de inúmeras pesquisas, mas que este é um objetivo difícil e complexo, pois existem muitas diferenças de amostras e estas impactam diretamente nos resultados.
 Existe a concepção do empreendedor nato, aquele que nasce com as características necessárias para empreender com sucesso. No entanto, como se trata de um ser social, influenciado pelo meio em que vive, a formação empreendedora pode acontecer por influência familiar, estudo, formação e prática. 
Segundo Juliano (s.d, p.1), existem dez características que podem identificar um empreendedor de sucesso:

  • “Transformar crise em oportunidade: os empreendedores são otimistas. Conseguem transformar tragédia em oportunidade, fracasso em sucesso. Uma situação de desemprego pode ser encarada não como fim do mundo, mas como o início de uma grande oportunidade de começar um negócio;
  • Empreender sem capital: a habilidade de começar com quase nada é uma das mais importantes;
  • Marketing e negociação: a capacidade de vender a idéia é, sem dúvida uma grande habilidade dos empreendedores. São vendedores de sua imagem profissional e de seus talentos;
  • Know-how e experiência anterior: negócios são abertos, em geral, por gerentes e executivos do mesmo ramo. Desta forma, eles já detém uma boa rede de relacionamentos com fornecedores, concorrentes e clientes;
  • Visão empreendedora: aqui está a habilidade de enxergar no mercado as lacunas deixadas pelas empresas. Criam-se novos caminhos, novos horizontes que no início nada mais eram que uma mera intuição;
  • Opinião própria: não é incomum encontrarmos familiares de empreendedores dizendo que o negócio só foi para frente porque ele era um teimoso, um cabeça-dura que não ouvia ninguém. Contrariou tudo e todos, e, com a sabedoria dos mestres, soube discernir, ouvir e escutar;
  • Persistência: esta tem sido um verdadeiro teste de paciência e resistência, é muito comum querermos saber como certa pessoa conseguiu esperar com paciência todo aquele tempo de vacas magras;
  • Assumir riscos: é a atitude de superar o medo, saber calcular riscos e ousar enfrentar o novo.
  • Ser líder e entusiasmado: esta habilidade de se auto motivar e conseguir aumentar a energia dos colaboradores e envolvidos é sem dúvida alguma, fundamental. Saber delegar, definir tarefas, organizar, combinar métodos e processos e sobre tudo, saber reconhecer os liderados;
  • Harmonia com a missão: composta por um conjunto de habilidades e renúncias que estão alicerçadas em nossos talentos, em nossa vocação, em nossa missão.

Além das dez características propostas por Juliano (s.d), existem outras colocadas no portalrs4e (s.d) que justificam o perfil empreendedor:

  • Ambição: o empreendedor procura fazer sempre mais e melhor, nunca se contentando com o que já atingiu. Não tentar progredir significa estagnar e um empreendedor deve ter a ambição de chegar um pouco mais além do que da última vez;
  • Capacidade de trabalho em equipe: o empreendedor cria equipe, delega, acredita nos outros e obtém resultados por meio de outros indivíduos;
  • Conhecimentos técnicos: para ser um empreendedor é preciso adquirir conhecimentos técnicos, daí que a formação em empreendedorismo seja fundamental para um empreendedor adquirir e/ou melhorar os seus conhecimentos;
  • Controle: o empreendedor acredita que a sua realização depende de si mesmo e não de forças externas sobre as quais não tem controle. Ele vê-se com capacidade para se controlar a si mesmo e para influenciar o meio de tal modo que passa atingir os seus objetivos;
  • Criatividade: à medida que a concorrência se intensifica, a necessidade de criar novas coisas em novos mercados também aumenta. Já não é suficiente fazer a mesma coisa de maneira melhor, pelo contrário, é preciso que o empreendedor vá mais longe, apostando na criatividade para que os negócios possam evoluir.”

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
No mundo contemporâneo cada vez mais se destaca a preocupação com o natural, onde se valoriza a busca por um negócio que satisfaça as condições de um ambiente sustentável. Buscando ainda a criação de benefícios sociais e a satisfação das necessidades humanas, de maneira que possam ser rentáveis e se incorporar de maneira sustentável.
Há varias definições para o que seja sustentabilidade, porém iremos destacar neste trabalho o seguinte conceito:

Sustentabilidade é a característica que permite ao negócio a satisfação das atuais necessidades sem comprometer a capacidade das futuras gerações de satisfazer as suas necessidades.  (DORRESTEIJN et. al., 2005 apud TAVERNARD e LISBOA, s.d. p. 10).

O desenvolvimento sustentável procura uma melhoria da qualidade de serviços e informações, atentando para a preservação da biodiversidade. Para que desta forma possa haver um crescimento, mas que diferente do que ocorria, este possa estar atentando para um desenvolvimento que não prejudique gerações futuras. (WCED, 1991 apud TAYRA, 2007, p. 15).
O Brasil possui uma vasta biodiversidade que ao decorrer dos anos vem sofrendo bastante com a exploração de seus recursos naturais. Porém, é necessário que seja revisto os valores de muitas instituições, para poder ser revertido o quadro de devastação ambiental gerada pela atuação de indústrias e da deterioração social, no que diz respeito ao quadro de desemprego que já se torna preocupante (TAVERNARD e LISBOA, s.d.). Tal previsão já podia ser feita desde 1923, como se vê nas palavras de José Bonifácio, que desde já destacava um possível colapso da vida nacional pelo mau tratamento do território:

Nossos montes e encostas vão-se escalvando diariamente, e com o andar do tempo faltarão as chuvas fecundantes que favoreçam a vegetação e alimentam as nossas fontes e rios, sem o que o nosso belo Brasil, em menos de dois séculos, ficará reduzido aos páramos e desertos áridos da Líbia (PÁDUA , 2001 apud TAVERNARD e LISBOA, s.d. p. 2).

O desenvolvimento sustentável ocorre quando há crescimento econômico, com desenvolvimento humano e qualidade ambiental. Portanto, o desenvolvimento sustentável recomenda que as sociedades atendam às necessidades humanas respeitando a dois sentidos: aumentando o potencial de produção e assegurando a todos as mesmas oportunidades (gerações presentes e futuras) (TAYRA, 2007).

VANTAGEM COMPETITIVA
Existem competições entre as organizações porque um ou mais players atuais ou potenciais, de um determinado setor econômico, percebem a oportunidade de melhorar sua posição (ou estabelecê-la) ou se sentem pressionados por outro player para buscar melhorias, pois as empresas possuem uma relação de interdependência, onde os movimentos de uma repercutem nas demais (MOTTA E OLIVEIRA, 2007). Sendo assim, as organizações buscam alternativas para conter as ações de seus concorrentes, uma vez que, se não o fizerem, acabarão por ser impactadas pelas ações deles.
Segundo Porter (1989), para compreender a vantagem competitiva em uma empresa é necessário avaliar todas as atividades que são executadas no projeto, na produção, no marketing, na entrega e no suporte de seu produto, pois essas atividades podem contribuir para a posição dos custos relativos de uma empresa, além de criar base para a diferenciação. Um instrumento para examinar de forma sistemática todas essas atividades e analisar a fonte de vantagem competitiva de uma empresa é chamado de cadeia de valores:

A cadeia de valores desagrega uma empresa nas suas atividades de relevância estratégica para que se possa compreender o comportamento dos custos e as fontes existentes e potenciais de diferenciação (PORTER, 1989, p. 31).

A definição de vantagem competitiva dada por Besanko, Drannove e Shanley (2000) refere-se ao ótimo resultado da firma no emprego combinado de seus recursos. Essa definição corresponde à vantagem competitiva resultante, ou seja, aquela que resulta dos efeitos combinados dos diversos fatores que afetam o desempenho da firma.
Segundo Barney (2002 apud ALLEGRUSSI et.al. 2008, p.28), as empresas que possuem uma produção inovadora que é difícil imitar, que é rara, e que os recursos que precisam estejam disponíveis nas escolhas e implementações de suas estratégias podem usufruir de vantagem competitiva e ficar acima do lucro médio do mercado.

MARKETING INDIVIDUAL
Uma maneira importantíssima de uma empresa aumentar sua lucratividade é investindo no marketing individual, ou seja, construindo e gerenciando relacionamentos lucrativos com os clientes, criando valor para eles por meio de produtos e serviços e recebendo valor em troca (RAMOS, 2007).
 Para Ramos (2007) o marketing individual consiste no estabelecimento de relacionamentos individuais com os clientes, buscando gerar relacionamentos duradouros entre empresa e o cliente por meio de inúmeras transações comerciais que são desenvolvidas ao longo do tempo, tendo em vista que seu foco não é direcionado a vender alguns produtos a muitos clientes, mas vender uma diversidade de produtos a um mesmo cliente.
“É o desenvolvimento de produtos e programas de marketing, sob medida para atender as necessidades e as preferências dos clientes individuais”(KOTLER e ARMSTRONG, 2007, p177).
Com o decorrer do tempo as premissas do marketing individual foram enfraquecidas com as mudanças advindas principalmente da revolução industrial, pois tornaram-se os processos mais automatizados, fazendo com que a existência do marketing de relacionamento fosse profundamente abalada. Porém, o marketing individual é muito importante para uma empresa, pois é fundamental reconhecer que as necessidades de cada cliente são únicas e que representam valores distintos para o relacionamento (RAMOS, 2007).
Segundo Kotler e Armstrong (2007) o extenso uso do marketing de massa fez com que praticamente esquecêssemos que durante séculos os consumidores foram atendidos em uma base individual, em que os clientes se dirigiam até a empresa para fazer seu pedido e conversar sobre suas necessidades de compra. Hoje, entretanto, novas tecnologias permitem que muitas empresas retornem ao marketing customizado. Computadores poderosos, bancos de dados detalhados, produção robotizada, fabricação flexível e meios de comunicação interativos e imediatos, como o e-mail e a internet, que  se combinam  para promover uma interação entre as empresas em uma base individual com massas de clientes para desenvolver produtos e serviços feitos  sob medida para atender as necessidades individuais.
Diferentemente da produção em massa , que elimina a  necessidade de interação humana, o marketing um-a-um tornou os relacionamentos com os clientes mais importantes do que nunca. Da mesma maneira como a produção em massa foi o princípio do marketing do século XX, a customização de massa está se tornando um princípio de marketing para o século XXI (KOTLER e ARMSTRONG, 2007).
Além disso, os produtos cada dia estão se renovando e adaptando-se às necessidades e aos desejos do cliente, tornando a individualização cada vez mais presente no cotidiano dos consumidores atualmente, mostrando mais ainda a importância do marketing competitivo.

 

BIOJÓIAS

A Biojóia é um acessório produzido a partir da união de elementos naturais, tais como sementes diversas, fibras naturais, casca do coco, conchas, madrepérola, capim, madeira, ossos, penas, escamas, etc., com ouro, pedras preciosas, semipreciosas e outros materiais nobres (LOPES, s.d).
A autora Lopes (s.d) diferencia jóia, bijuteria e biojóia para o melhor entendimento desta última:

  • Jóia: peça produzida com metais nobres como o ouro e a platina, pedras preciosas e semi-preciosas;
  • Bijuteria: peça produzida com materiais sintéticos ou naturais, sem metais nobres ou pedras preciosas; e
  • Biojóia: peça produzida com a combinação harmoniosa de elementos naturais com metais nobres e/ou pedras preciosas.

Segundo os autores Tavernard e Lisboa (s.d., p. 8):

As biojóias são jóias feitas artesanalmente com sementes colhidas na floresta, beneficiadas e imunizadas pelos índios, seringueiros, colonos e ribeirinhos da região, onde, repassadas para os artesões locais, tornam-se através de fino acabamento em maravilhosas peças.

As biojóias são produzidas por artesãos, mas já existe no mercado o profissional definido como Biodesigner, que assessora o artesão tanto para que a busca por insumos na natureza se realize dentro de parâmetros de responsabilidade ambiental quanto na orientação em relação aos cuidados necessários para que as biojóias tenham qualidade e durabilidade (LOPES, s.d).
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5.2 Materiais:
As sementes mais adequadas para a fabricação de biojóias são as maduras que não germinam, catadas no solo da floresta. Dentre as sementes utilizadas, destacam-se: Murmuru, Jarina (Marfim Vegetal), Paxiubão, Paxiuba, Olho-de-Boi, Jatui, Buriti, Sibipiruna, Mulungu, Coco, Babaçu, Açaí, Jarina, Tucumã ou Tucum-Açu, Bacaba ou Bacaba-Açu, Inajá, Muruci ou Murici, Morototó, Tento, Saboneterira e Licuri. Às sementes beneficiadas são juntados materiais nobres como o ouro e a prata ou outros retirados da floresta e rios, como resíduos madeireiros, fibras de carauá, fibras de miriti e escama de peixe (TAVERNARD e LISBOA, s.d.).

5.3 Mercado:
O mercado de biojóias está em expansão com potencial de exportação. A demanda pela comercialização de biojóias vem crescendo a cada dia devido à atratividade que elas possuem com sua beleza e originalidade (LOPES, s.d).
A produção de Biojóias teve início na Amazônia e difundiu-se pelo país ganhando espaço tanto no mercado interno, bem como na exportação de peças para diversos países como Itália, Estados Unidos, Espanha, Alemanha, valorizando cada vez mais a arte naturalizada (FARIA, 2009).
Segundo Lopes (s.d), apesar de a maior parte das biojóias serem produzidas em determinadas regiões do Brasil, onde há comunidades que se beneficiam da atividade, gerando emprego e renda, as biojóias hoje são produzidas e comercializadas em praticamente todo o território nacional.
São muitas as pesquisas feitas para entender o mercado consumidor de biojóias. Candido, Soulé e Pires (2008), por exemplo, ao pesquisar sobre o canal de comercialização dos produtos florestais não madeireiros em comunidades ribeirinhas da Amazônia, verificaram que as biojóias atendem principalmente ao mercado internacional. Isso principalmente devido ao valor agregado que produtos autênticos de comunidades da Amazônia têm para esses compradores.
A Lopes (s.d) concorda ao afirmar que no mercado internacional é crescente o sucesso das biojóias brasileiras e que os produtos naturais são bastante valorizados no mercado externo. Segundo a autora, a diversidade e beleza das peças produzidas no Brasil, aliadas à criatividade do brasileiro, enchem as vitrines das lojas de “Tropic Concept” (um conceito adotado pelas lojas estrangeiras ao se referirem às biojóias brasileiras, que possuem uma conotação tropical). E ainda completa sua idéia afirmando que empreendedores de biojóias da cidade de Ribeirão Preto/SP alegam que 90% da produção daquela região é adquirida por estrangeiros.
Enfim, é notório que após uma ampla divulgação de conceitos como preservação, desenvolvimento sustentável etc., as pessoas buscam alternativas que possam contribuir positivamente com o meio-ambiente. Segundo Faria (2009), o crescimento da conscientização ambiental das pessoas tem contribuído para uma maior valorização de atividades que envolvam o conceito de sustentabilidade, onde as biojóias podem ser consideradas uma amostra da biodiversidade das florestas, por isso possui alto valor agregado e grande aceitação no mercado.

A tendência de utilizar acessórios feitos com elementos da floresta se expandiu no Brasil durante a década de 1990 e hoje eles são constantes nos desfiles nacionais e principalmente internacionais, gerando oportunidades de emprego e renda para as pessoas que têm a habilidade em produzi-los, além de o artesão poder ter seu próprio negócio (KAROLINE, 2010).
                                    
ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
A microempresa “Tucumãí Jóias”, localizada no município de Parintins, formalizada atua no mercado há um ano, porém o proprietário já trabalha com a produção de biojóias há seis. Os fatores que motivaram o proprietário a dar início à produção de biojóias estão ligados às características inovadoras e sustentáveis do produto.
A matéria utilizada na fabricação do produto é composta de dois tipos, a parte orgânica, sementes (tucumã - Astrocaryum aculeatum, babaçu - Orrbignya speciosa, entre outras) e a parte não orgânica, metais nobres (ouro e prata). 
Existem métodos para a extração das sementes quando coletadas da natureza, sendo que a maior parte das sementes usadas provém do à área rural.  As sementes são abundantes em toda a região amazônica, sendo assim de fácil acesso. 
A produção gera poucos empregos diretos, uma vez que o proprietário da empresa caracteriza-se como micro empreendedor individual, sendo assim pode contratar somente um funcionário.
A produção ocorre por meio de uma série de atividades, mas antes é necessário o treinamento de pessoal, para o manuseio de inúmeras ferramentas e o estudo de material orgânico a ser aplicado através de experimentações e pesquisa de mercado local e externo.
No processo produtivo há a presença marcante, mas não predominante, de metais nobres: como ouro e prata, para o desenho de motivos variados, aplicados a sementes não germináveis, coletadas em comunidades rurais do estado, além da utilização do reaproveitamento de resíduos de madeiras oriundas de marcenarias e movelarias.
O processo de comercialização do produto é dinâmico, além de vender diretamente ao consumidor em um ponto fixo, a empresa participa de feiras e exposições para mostrar o seu produto e encontrar novas oportunidades de mercado. Há também vendas no atacado de acordo com a demanda de encomendas de estados ou países.
O fluxo de turistas na propicia o aumento das vendas. O festival dos Bumbas de Parintins é uma das oportunidades de aumento das vendas. Os turistas europeus são grandes consumidores de biojóias.
O mercado no qual há maior demanda por biojóias é o internacional, onde é maior a valorização do produto feito de forma artesanal com materiais regionais. A empresa já exportou seus produtos para diversos países, como Estados unidos, Portugal e Finlândia.
A microempresa procura se organizar para conseguir atender a demanda do mercado pelo produto, porém, a mão-de-obra qualificada é escassa, pois para produzir é necessário aprender técnicas e desenvolver habilidades.
O que a microempresa apresenta como produto se mostra como um grande diferencial, pois as biojóias produzidas trazem traços culturais da região amazônica em suas peças, como figuras indígenas, lendas amazônicas e reprodução da fauna e flora amazônica.
Na busca pelo atendimento das necessidades de seus clientes empresa também possui uma importante vantagem competitiva, pois oferece produtos exclusivos, ajustando o produto de acordo com suas preferências e necessidades em virtude de seu apelo pela sustentabilidade.
A agregação de valor das biojóias varia dependendo do processo de elaboração das peças e a quantidade de metais preciosos inseridos. No empreendimento em questão, o alto grau de lucratividade é considerado um fator positivo, pois a demanda pelo produto reflete nos resultados da empresa. A margem de lucro com as vendas possui um bom percentual em virtude dos valores intangíveis identificados pelos clientes junto ao produto.
Para a microempresa, o estado do Amazonas tem potencial e tem que ser visto sob essa ótica da inovação tecnológica. Essa atividade visa a valorização do meio ambiente e da cultura local. É uma atividade promissora e uma alternativa que valoriza a biodiversidade por que trabalha com matéria-prima regional que não agride o meio-ambiente. É uma iniciativa que pode impulsionar o desenvolvimento sustentável da região, gerando alternativas de renda às comunidades rurais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa evidenciou através dos dados coletados que fatores como o fácil acesso a matérias-primas regionais, aspectos culturais, as agências de fomento e o fluxo de turistas interessados em produtos feitos com materiais naturais tendem a fortalecer a atividade de produção de biojóias no estado do Amazonas.
Os resultados indicam que o setor de biojóias é promissor nos dias atuais devido à difusão das idéias de sustentabilidade na sociedade e se configura como um empreendimento inovador para o desenvolvimento local.
Algumas alternativas podem ainda propiciar um melhor desenvolvimento da atividade no Estado, como maiores incentivos governamentais, a implantação de cursos profissionalizantes pelas organizações que promovem o desenvolvimento sustentável e o apoio das universidades que podem disseminar o conhecimento de empreendedorismo sustentável por meio de suas ações de extensão.
Portanto, pode-se considerar que a atividade empreendedora de produção de biojóias como sendo uma relevante oportunidade de negócios para os empreendedores locais, segregados do mercado de trabalho formal, propiciando o desenvolvimento econômico e sustentável da região.
Estas considerações conferem ao tema grande relevância para novos estudos, com o intuito de se aprofundar em questões que possam nortear o desenvolvimento da atividade.

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