Fabiane Carolina da Silva Gomes*
Fundação Getúlio Vargas (FGV), Brasil
Atila Indalecio Marques Alves**
Universidade Severino Sombra (USS), Brasil
Ronaldo Bernardo Junior***
CEFET/RJ e Universidade de São Paulo (FEA-RP/USP), Brasil
Resumo  
  O presente estudo tem como objetivo analisar os  principais impactos percebidos no desempenho dos colaboradores da área de BackOffice com a implantação de um novo estilo de liderança em uma empresa multinacional  no ramo da saúde situada na cidade do Rio de Janeiro. Buscou-se identificar os  impactos no desenvolvimento pessoal dos colaboradores com base na implantação  de um novo estilo de liderança. Para tanto foram aduzidos os conceitos de  estilos de liderança, avaliação de desempenho humano e teorias comportamentais.  Foram analisados os estilos de liderança do executivo atual e do executivo  anterior, estilo preferido pela equipe e as avaliações de desempenho pessoal de  2010 e 2011. Foi constatado que havia um alinhamento entre o estilo adotado  pelo executivo atual e o estilo demandado por esta equipe gerando um  significativo impacto no desempenho humano na organização.
  Palavras-chave: Estilos de liderança, liderança situacional, avaliação  de desempenho humano, maturidade dos liderados.
Abstract
  The present study aims to analyze the main  perceived impacts on employee performance area BackOffice with the  implementation of a new style of leadership in a multinational company in the  field of health, Coloplast do Brasil Ltda, located in the city of Rio de  Janeiro. It was identify the impacts on the personal development of employees  based on the deployment of a new style of leadership. Therefore, it has forward  the concepts of leadership styles, performance evaluation and human behavioral  theories. The study analyzed that the leadership styles of the current  executive and former executive, the style preferred by the team and staff  performance reviews in 2010 and 2011. It was found that there was an alignment  between the style adopted by current executive and style demanded by this team  generating a significant impact on human performance in the organization. 
  Key-words: Leadership styles,  situational leadership, evaluation of human performance, maturity of the  followers.
Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato: 
Fabiane Carolina da Silva Gomes, Atila Indalecio Marques Alves y Ronaldo Bernardo Junior(2016): “Implantação de um novo estilo de liderança e seus impactos no desempenho dos liderados: O Caso de uma empresa do setor de produtos médicos hospitalares”, Revista Caribeña de Ciencias Sociales (julio 2016). En línea: https://www.eumed.net/rev/caribe/2016/07/liderados.html
http://hdl.handle.net/20.500.11763/CARIBE-2016-07-liderados
1. INTRODUÇÃO  
     Nas últimas décadas o ambiente organizacional tem sofrido diversas  transformações. No passado muitas organizações se mantinham estáveis com total  domínio de vendas, porém a realidade atual traz um cenário onde as empresas têm  disputado com muita força sua participação no mercado criando uma delimitação  nas esferas de atuação. Devido a diversos fatores como avanços tecnológicos,  novas regulamentações, competitividade e exigência por parte dos consumidores  que cada dia estão mais informados e buscam por produtos ou serviços que  apresentem melhor custo x benefício. As organizações têm percebido que para se  desenvolver e prosperar neste novo ambiente é primordial os investimentos no  capital humano, onde pessoas atuam como seres pensantes inteligentes, que não  mais executam uma tarefa como parte de um processo, mas que conheçam todo o  funcionamento e que se sintam parte fundamental na atividade fim da empresa,  independentemente de sua função. Por estas razões as organizações têm buscado  líderes com uma boa sinergia com seus liderados e que através de um  relacionamento saibam utilizar de forma eficiente a capacidade e o conhecimento  de seus colaboradores para que as metas e objetivos da organização sejam  realizados com sucesso. 
     Desde a era da industrialização até os dias de hoje ocorreram algumas mudanças  consideráveis com o tratamento entre líderes e liderados. Anteriormente, em um  primeiro momento o empregado era visto apenas como um operário, com um tempo de  trabalho sincronizado com as máquinas que operava. O chefe mantinha uma relação  de controle e os empregados eram submissos, sem atitudes; não eram considerados  como seres pensantes e tinham apenas um objetivo, cumprir tarefas determinadas  para o processo produtivo. 
     De acordo com Robbins, Judge e Sobral, (2011) a gestão de pessoas tem  como compromisso o processo de gerir recursos e habilidades humanas e  transformar em sucesso para a organização. Há uma percepção entre as  organizações em que o maior diferencial que possuem são as pessoas com seus  conhecimentos, comportamentos e habilidades aplicadas aos negócios. 
     A gestão de talentos busca pessoas conhecedoras de seu potencial,  participativas do processo como peças atuantes, que sejam parceiras colaborando  uns com os outros e que sejam também, líderes com a capacidade de compreender  que administrar pessoas é fundamental para o sucesso dos negócios. Para obter  êxito profissional, é necessário cada pessoa compreender que seu trabalho é  fazer com que todas as tarefas sejam executadas e que seus resultados são  obtidos por meio de outras pessoas. Atitudes como aceitação, compreensão e  aprendizado são fundamentais para o sucesso profissional. 
     Segundo Teixeira (2007), em razão disso, percebe-se que para os líderes  obterem resultados com qualidade, é necessário conciliar pessoas e tarefas. A  síntese excelente para o significado da liderança e administração de pessoas é  desempenhar tarefas e obter resultados por meio de capital humano no ambiente  de trabalho. Logo, o modelo de liderança e administração de pessoas praticado  no ambiente de trabalho é um dos principais alicerces do sucesso das  organizações e principalmente para a área de BackOffice da Coloplast do  Brasil que em português significa a retaguarda da empresa, associada aos  departamentos administrativos como Recursos Humanos, Finanças, Contabilidade,  Faturamento, Logística, Tecnologia da Informação e Regulatório. 
     Neste contexto cabe indagar: Como a implantação de um novo estilo de  liderança pode impactar o desempenho das pessoas da área de BackOffice de  uma empresa multinacional no segmento de materiais médicos com mais de  cinquenta anos no mercado? 
     O objetivo deste estudo é analisar os principais impactos percebidos no  desempenho dos colaboradores da área de BackOffice com a implantação de  um novo estilo de liderança na empresa Coloplast do Brasil Ltda. Os objetivos  intermediários para que o objetivo final seja atingido são: (i) Estudar os  fundamentos teóricos sobre e desempenho de pessoas e liderança no ambiente de  trabalho; (ii) Identificar o estilo de liderança do gestor atual e o estilo de  liderança da gestão anterior praticados na área de BackOffice da  Coloplast, (iii) Comparar e avaliar os impactos desses estilos no desempenho  das pessoas dessa área no ambiente de trabalho da empresa objeto de estudo. 
     O estudo busca revelar os impactos percebidos no desempenho dos  colaboradores da equipe da área do BackOffice no ambiente de trabalho da  empresa Coloplast do Brasil Ltda, com base na mudança de estilos de liderança  ocorrida 5 anos atrás, não sendo extensivo aos demais setores da empresa, como  também a outras empresas do segmento. 
     Este estudo é relevante porque a satisfação, motivação, compromisso e  energia são algumas características aferidas em uma avaliação de desempenho  humano dos colaboradores de uma empresa. O resultado desta avaliação pode ser  afetado por mudanças na liderança gerencial. Sendo assim, o assunto de  implantação de um novo estilo de liderança pode ser discutido e analisado pela  própria empresa pesquisada para fins de aprimoramento da gestão de pessoas no  ambiente de trabalho. Além disso, empresas de diversos setores podem utilizar  este estudo como base para análise de seus estilos de liderança e repensar seus  métodos de estabelecimento de objetivos e envolvimento dos funcionários,  focando em estratégias mais eficientes e eficazes, pautadas em cooperação,  contribuindo assim para o sucesso empresarial, satisfação dos clientes e  desenvolvimento da sociedade como um todo.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Liderança  
     Segundo Sobral e Peci (2007), liderança é o processo de influenciar e  gerir o comportamento dos integrantes da organização, convencendo-os sobre a  execução de determinados objetivos. 
     Para Bergamini (1999), o desenvolvimento da capacidade de liderar está  se fazendo necessário devido à velocidade das mudanças no sistema  organizacional e uma solicitação de um ritmo mais rápido do que aquele que os  colaboradores eram habituados. Ter alguém competente que possa reunir esforços  rumo à eficácia é indispensável para o sucesso organizacional. 
     Segundo Robbins Judge e Sobral (2011), enquanto a Administração tem o  papel de gerenciamento trazendo ordem e consistência por meio da composição de  planos formais, do programa de estruturas organizacionais rigorosas e  acompanhamento dos resultados, a liderança, por sua vez desenvolve a mudança na  administração. A elaboração de uma visão do futuro é o caminho para os líderes  estabelecerem direções com sintonia com as pessoas, engajando-as e  inspirando-as a superar os empecilhos. A liderança não ratificada que surge  fora da estrutura formal da organização, possui a capacidade de influenciar os  outros e pode ser tão importante quanto a influência oficial. Como as  organizações atualmente necessitam de administração e liderança forte para  atingir o ponto ótimo de eficácia é necessário que seus líderes sejam capazes a  inspirar suas equipes a querer efetuar estas visões desafiando o status quo. 
     Conforme Bergamini (1999), com a velocidade de desafios que o novo  século proporciona, começam a surgir novas dificuldades como o papel  desempenhado pelos chefes tradicionais que é colocado em questão, pois agora  parece que seu cargo é muito amplo para ser disponibilizado a uma só pessoa. 
  2.1.1. Teoria dos traços  
     Para Robbins, Judge e Sobral (2011), a base dos  traços de personalidade de Buda, Churchill e Getúlio Vargas foi utilizada para  nomeá-los em grandes líderes da história. Com isso, as teorias dos traços de  liderança baseiam-se nas qualidades e características pessoais como carisma,  entusiasmo e coragem.
     Segundo Robbins, Judge e Sobral (2011), os empenhos das primeiras  pesquisas para segregar os traços responsáveis pela capacidade de liderança não  exibiram resultados satisfatórios. No final dos anos sessenta foi realizada uma  revisão de vinte trabalhos identificando quase oitenta traços de liderança, dos  quais cinco eram comuns a quatro ou mais estudos. Após trinta anos de muitos  estudos e análises, concluiu-se que “os líderes não são como as outras  pessoas”, porém os traços exclusivos que os caracterizam variavam muito entre  os estudos. Um número razoável de pesquisas revela que cinco dimensões básicas  fundamentam todas as outras e abrangem as variações mais eloquentes na  personalidade humana. Este modelo de personalidade de cinco fatores é conhecido  pelo nome de “Big Five”. 
     As cinco dimensões citadas são: (i) A extroversão, ou seja, o nível de  bem-estar de uma pessoa em seus relacionamentos. Os extrovertidos geralmente  são assertivos, integradores e sociáveis, já os introvertidos costumam ser  recatados, tímidos e quietos. (ii) A amabilidade, referindo-se a um indivíduo  com capacidade de respeitar as ideias dos outros. Características comuns são  confiabilidade, receptividade e cooperação. Pessoas com baixa pontuação neste  aspecto são confrontadoras, frias e desagradáveis. (iii) A conscienciosidade é  o tamanho de confiabilidade. Responsabilidade, organização, confiança e  persistência são particularidades desta dimensão. As que ficam na outra ponta  desta perspectiva são mais distraídas, pouco confiáveis e desorganizadas. (iv)  Estabilidade emocional é uma dimensão que tem como características a calma,  autoconfiança e segurança. Pessoas com baixa pontuação neste quesito tendem a  ter dificuldade para lidar com o estresse. (v) A abertura para experiências se  refere aos interesses de uma pessoa por novidades. Pessoas com este perfil são  curiosas, criativas e sensíveis artisticamente. As pessoas que tiveram poucos  pontos nesta dimensão tendem a ser convencionais e conservadoras. 
     Robbins, Judge e Sobral (2011) afirmam que  houve certo avanço com o modelo Big Five de personalidade. Numerosas revisões  da literatura sobre liderança com referência neste modelo apresentaram que a  extroversão é o traço mais importante do líder eficaz. Contudo há mais  associação a manifestação do líder do que na sua eficácia. A abertura a novas  experiências e a conscienciosidade apresentaram fortes associações à liderança,  ao contrário de estabilidade emocional e amabilidade. Mas a relação mais forte  com a liderança era a extroversão.
     Outro traço significativo que pode indicar uma liderança eficaz é a  inteligência emocional (IE). A IE é a habilidade de um indivíduo ser  autoconsciente de suas emoções, a identificação das emoções nas outras pessoas  e a administração das pistas e informações transmitidas pelas emoções também  são características deste tipo de inteligência. Pessoas que sabem interpretar  sinais emocionais e que conhecem seu estado afetivo são provavelmente mais  eficazes. A empatia é outra característica essencial da IE, pois líderes que  possuem empatia conseguem perceber os sentimentos e necessidades das pessoas,  atentar às palavras ou até mesmo o silêncio dos liderados e compreender suas  reações (ROBBINS; JUDGE e SOBRAL, 2011). 
     Para Bergamini (1999), apenas a habilidade interpessoal do líder, ou  seja, sua predisposição natural conseguirá realizar mudanças sem que os  funcionários se sintam invadidos, ameaçados e depreciados, significando  trabalhar produtivamente com a resistência à mudança. Com os estudos realizados  sobre a teoria dos traços como o modelo Big Five concluiu-se que os traços de  personalidade podem ajudar na identificação da liderança. Comprovou-se também  que os traços têm melhor resultado com a previsão do surgimento da liderança do  que para distinguir entre líderes eficazes e ineficazes 
  2.1.2. Teorias comportamentais  
     Robbins, Judge e Sobral (2011) afirmam que no meio do século XX os  pesquisadores começaram a seguir outra direção de estudo, já que havia falhas  dos primeiros estudos sobre traços de liderança. A principal característica das  teorias comportamentais de liderança era a possibilidade de treinamento de  pessoas para se tornarem líderes. 
     Segundo Robbins, Judge e Sobral (2011), pesquisas realizadas nos  Estados Unidos, na Universidade Estadual de Ohio no final da década de quarenta  constataram que havia duas categorias responsáveis por boa parte dos  comportamentos de liderança descritos pelos empregados. As dimensões foram  chamadas de estrutura de iniciação, que se refere a capacidade que o líder tem  em definir e estruturar seu próprio papel e dos funcionários com o intuito de  alcançar os objetivos desejados, incluindo a organização e as relações de  trabalho além da definição das metas. Características como confiança mútua,  respeito às ideias dos funcionários e cuidado com seus sentimentos são a base  da manutenção do relacionamento. Um líder que ajuda seus colaboradores nos  problemas pessoais é amigável, disponível, expressa apoio e apreço e trata com  igualdade seus subordinados tem um alto grau de consideração. A Universidade de  Michigan também realizou estudos na década de quarenta sobre liderança com o  objetivo de alinhar características e eficácia de um líder. O estudo propôs duas  dimensões comportamentais como o líder orientado para as pessoas, com ênfase  nas relações interpessoais através do interesse pessoal pela aceitação das  diferenças pessoais entre os integrantes do grupo e pelas necessidades do  funcionário; e o líder orientado para a produção, que destaca os aspectos  práticos e técnicos do trabalho, há uma preocupação na execução das tarefas e  ao cumprimento das metas pelo grupo. 
  2.1.3. Teorias Contingenciais  
     Segundo Robbins, Judge e Sobral (2011), a dificuldade de obter consistência  nos resultados sobre as teorias de liderança levou os pesquisadores na segunda  metade do século XX a enfocar influências da situação na qual a liderança é  exercida. Há uma sugestão que sob uma condição a, o estilo x pode ser adequado,  ao passo que o estilo y é mais indicado para a situação b, e o estilo z, mais  apropriado para a situação c. Estas letras representam situações. Os estudos  que buscaram identificar essas situações foram: o modelo de contingência de  Fiedler (1967), a teoria situacional de Hersey e Blanchard (1986), a teoria do  caminho-meta de House (1971) e a teoria de participação e liderança de Vroom e  Yetton (1973). 
     O modelo de contingência desenvolvido por Fiedler (1967) aponta que a  eficácia da execução da equipe depende da adequação entre o perfil do líder e o  grau de domínio que a situação lhe oferece. O estilo básico de liderança de  cada pessoa é um fator essencial para o sucesso, segundo Fiedler. Para este  autor o estilo de liderança de um indivíduo é fixo, ou seja, se uma situação  necessita de um líder orientado para a tarefa e o líder é orientado para o  relacionamento, ou substitui o líder ou se modifica a situação para que a  liderança seja eficaz. Porém há quem acredite que um indivíduo tenha o poder de  mudar seu estilo. (ROBBINS, JUDGE e SOBRAL; 2011 apud BERNARDI; 1996). 
  2.1.4. Liderança carismática e liderança  transformacional  
     Para Robbins, Judge e Sobral (2011), tanto a liderança carismática  quanto a liderança transformacional constatam que os líderes são indivíduos que  orientam seus seguidores através de ideias, palavras e comportamentos.  Robbins, Judge e Sobral (2011) afirmam que no  início do século passado o sociólogo Max Weber descreveu carisma como um  atributo da personalidade de uma pessoa, destacando-a das pessoas comuns  recebendo tratamento diferenciado como se fosse dotado de poderes ou qualidades  sobrenaturais.
     Para Weber (1918), esta característica não está acessível às pessoas  comuns, sendo qualificada como origem divina e, com base nela, as pessoas com  este dom são tratadas como líderes. O pesquisador Robert House (1971)  considerou a liderança carismática e sua relação com o comportamento  organizacional. Para House, os liderados atribuem capacidades heroicas de  liderança a seus líderes quando observam neles determinados comportamentos,  como disposição a riscos, sensibilidade às necessidades de seus liderados e  exibição de comportamentos não convencionais (ROBBINS, JUDGE e SOBRAL; 2011  apud CONGER, KANUNGO e GARDNER, 1999). 
     A influência do líder carismático sobre seus liderados se dá em quatro  etapas. Inicia-se com a articulação de uma visão cativante, uma estratégia por  meio da conexão entre o presente e um futuro melhor para a organização.  Posteriormente, o líder conduz um novo conjunto de valores para obter assim  seguidores. Líderes carismáticos buscam também apoio mútuo e tom de cooperação.  Finalmente, há uma preocupação do líder carismático em influenciar as emoções e  a fim de convencer sobre sua visão adota um comportamento não padronizado para  apresentar coragem buscando que seus liderados captem a importância de que seus  líderes estão transmitindo (ROBBINS, JUDGE e SOBRAL; 2011). 
     Para Robbins, Judge e Sobral (2011), líderes transformacionais têm como  objetivo inspirar seus liderados a ultrapassar os próprios interesses pelo bem  da equipe ou da organização, sendo capaz de causar uma comoção profunda em seus  liderados. Nas organizações com líderes transformacionais há maior  descentralização, os riscos são assumidos pelos gerentes e os planos de  recompensa são associados a resultados de longo prazo, com a intenção de  facilitar o envolvimento e empreendedorismo dos funcionários.
     Segundo Robbins, Judge e Sobral (2011), a liderança transformacional  está associada a menores índices de rotatividade, menor estresse, maior  produtividade e maior satisfação do funcionário. Como o carisma, a liderança  transformacional também pode ser aprendida. 
  2.1.5. Liderança Situacional  
     Para Bergamini (1999), o colaborador que numa situação de desafio  assume uma postura proeminente e paralelamente chama para si a responsabilidade  de coordenar esforços individuais das mais distintas condições é considerado um  líder. Segundo Teixeira (2007), os estudos de liderança desenvolvidos por  Tannenbaum e Schmidt e Teixeira e Lima apontam que existe duas funções de  liderança, uma orientada para as pessoas, pela qual o líder busca motivar a fim  de obter relações confiáveis e respeitáveis, proporcionando a participação dos  liderados nas decisões que os afetam, e outra orienta para as tarefas, com uma  supervisão rigorosa para que a atividade seja efetuada satisfatoriamente. 
     Stoner e Freeman (1999) afirmam que o administrador deve levar em  consideração as situações envolvidas, como o estilo preferido pela equipe, a  origem das tarefas, o tempo disponível, as expectativas da organização e, até  mesmo fatores ambientais; ou seja, qualquer fator que possa afetar as atitudes  dos integrantes da organização em relação à autoridade. 
     Segundo Hersey e Blanchard (1986) existe uma influência proporcional e  direta entre o nível de maturidade dos colaboradores e as bases de poder dos  líderes, pois na baixa maturidade domina o poder na forma coercitiva. Com o  aumento progressivo da maturidade, as bases de poder são utilizadas na seguinte  sequência: conexão, recompensa, legitimidade, referência, informação e  competência. Ainda Hersey e Blanchard (1986) afirmam que há íntima relação  entre o desempenho do subordinado e o grau de expectativa que o líder tem dele.
     Quando o subordinado compreende que se espera muito dele, o seu  resultado a esta expectativa tende a ser positiva, apresentando um bom desempenho.  Reconhecer o esforço do funcionário, mesmo que seu progresso seja mínimo,  encoraja e estimula novas tentativas de melhoria de desempenho de determinada  atividade e de desenvolvimento de modo geral. 
     Para Teixeira (2007), o fator-chave para apontar a melhor forma de  administrar uma situação é a maturidade dos liderados, pois o comportamento do  líder depende diretamente do nível de requisito dos liderados, constituindo uma  interação efetiva entre ambos através de diversos estilos de expectativas e  comportamentos. 
     A capacidade e disposição dos colaboradores de assumir a  responsabilidade de administrar seu próprio comportamento podem ser  classificadas como maturidade, que pode variar de acordo com a tarefa  estipulada (TEIXEIRA; 2007). 
     Segundo Hersey e Blanchard (1986), a avaliação da maturidade do grupo  como grupo tem como característica a generalização, onde as percepções são na  totalidade do grupo e não apenas no indivíduo. Com isso os líderes devem  considerar que seu comportamento pode ser diferente ao tratar os membros do  grupo individualmente e agir de determinado modo quando se dirigirem a este  como um todo. 
     A Figura 1 tem como objetivo representar a associação entre a  maturidade relativa à tarefa e os estilos de liderança adequados a serem  utilizados à medida que os liderados atravessam da imaturidade para maturidade.  O estilo do líder adequado para certos níveis de maturidade dos liderados é  indicado pela curva prescritiva que passa pelos quatro quadrantes de liderança.  A curva em forma de sino chama-se curva prescritiva, pois aponta o estilo de  liderança pertinente, diretamente acima do nível de maturidade correspondente.  Nos estilos de graduação da maturidade são  indicadas algumas metas de referência da maturidade para estabelecer o estilo  de liderança adequado, pela divisão do contínuo de maturidade, abaixo do modelo  de liderança, em quatro níveis: baixo (M1), baixo a moderado (M2), moderado a  alto (M3) e alto (M4). 
     Ainda há quatro estilos de liderança aplicados em harmonia com o nível  de maturidade dos liderados. Determinar, persuadir, compartilhar e delegar  estão identificados na Figura 1 como os estilos de liderança resultando uma  combinação de comportamento de tarefa e de relacionamento. A disposição com que  o líder administra as pessoas, demonstrando o que fazer, quando fazer, onde e  como fazer, ou seja, estabelecendo-lhes objetivos e definindo papéis é  considerada como comportamento de tarefa. O comportamento de relacionamento é a  comunicação bilateral realizada pelo líder para seus liderados, oferecendo-lhes  apoio, encorajamento e conforto psicológico (TEIXEIRA; 2007). 
     Conforme Hersey e Blanchard (1986) os estilos  de liderança são: E1– pessoas que solicitam este estilo não têm disposição nem  capacidade para assumir responsabilidades (M1), ou seja, esta ausência de  disposição pode vir da insegurança em relação à tarefa proposta, sendo assim a  característica deste estilo é de determinar, causando um comportamento de  tarefa alto e relacionamento baixo; E2– há a competência e disposição nas pessoas  deste nível para cumprir tarefas e ordens que estão sob seu compromisso (M2),  porém não têm as habilidades necessárias apesar de obterem confiança em si  adotando assim o estilo de persuasão, buscando um relacionamento alto e apoio  para reforçar o entusiasmo e a disposição das pessoas; E3– neste nível as  pessoas apresentam capacidade e disposição para cumprir as tarefas e ordens que  estão sob sua responsabilidade (M3), com isso os liderados devem receber apoio  do líder que tem um estilo mais participativo de atuar com uma característica  de compartilhar, pois o líder e o liderado participam juntos da tomada de  decisão, sendo papel do líder facilitar a tarefa e a comunicação; E4– as  pessoas têm alto grau de capacidade e disposição para assumir responsabilidades,  com isso o líder não precisa se preocupar com direção e apoio, utilizando assim  o estilo de delegar, pois ele continua indicando o problema, mas a maneira de  solucioná-lo fica sob responsabilidade do liderado, que consegue tomar decisões,  pois já está psicologicamente maduro, com isso os comportamentos de  relacionamento e de tarefa são baixos.
A graduação da maturidade dos liderados e os quatro estilos de liderança são apresentados na Figura 1, que conforme Teixeira (2007) demonstra que adaptada aos diversos ambientes, a liderança deve variar em cada situação, determinando um comportamento, por vez mais flexível, por vez mais rigorosa, de acordo com as necessidades apresentadas, primando sempre pela coerência.
2.1.6. Liderando para o futuro: O mentor  
     Bergamini (1999) afirma que o colaborador que numa situação de desafio  assume uma postura proeminente e paralelamente chama para si a responsabilidade  de coordenar esforços individuais das mais distintas condições é considerado um  líder. 
     Para Robbins, Judge e Sobral (2011), a responsabilidade pela evolução  dos futuros líderes geralmente está ligada ao papel do líder atual. Um mentor é  um colaborador sênior que investe e apoia um funcionário menos experiente. O  mentor apresenta com clareza ideias, é bom ouvinte e demonstra empatia para com  a vida de seus protegidos. O mentoring adquire acesso sem filtros às  atitudes dos colaboradores de hierarquias mais baixas e os protegidos podem ser  uma ótima fonte de informação para identificação de potenciais problemas na  organização. Muitas empresas desenvolveram programas formais de mentoring para  garantir disponibilidades iguais para sua equipe. Apesar das melhores  intenções, os relacionamentos formais não são tão eficazes quanto os informais,  pois pesquisas apontam que os ganhos são principalmente psicológicos, fatores  como remuneração e desempenho têm um resultado muito pequeno. Uma grande parte  das pesquisas orienta que as redes de relacionamento, elaboradas por um mentor  ou não, são significativas para uma carreira bem-sucedida. Desta forma, se não  há um bom relacionamento entre o mentor e seu protegido ou não obter um forte  desempenho, as melhores orientações existentes não trarão benefício nenhum para  o protegido. 
2.2. Desempenho Humano nas organizações 
     Segundo Robbins, Judge e Sobral (2011), o comportamento organizacional  é uma área de estudos que investiga o impacto que indivíduos, grupos e  estrutura têm sobre o comportamento dentro das organizações com a finalidade de  utilizar essa compreensão para melhorar a eficácia organizacional; logo se  preocupa com o estudo das atuações das pessoas nas organizações e de como este  comportamento afeta o desempenho das empresas. 
     Para Teixeira (2007), avaliação de desempenho é a mensuração feita após  um tempo determinado e tem como objetivo a averiguação dos resultados obtidos  no período observado. A observação do desempenho ou comportamento das pessoas  em alguma atividade é necessária no ambiente organizacional para conhecer as  variáveis que determinam singularidades humanas, bem como sua interdependência  com as outras pessoas, para realizar uma ação comportamental específica  possibilitando entender e até mesmo prognosticar o comportamento das pessoas.  Bergamini e Beraldo (1992) afirmam que para atingir os objetivos do  empreendimento, as organizações como uma realidade social integrada por  diferentes pessoas que se comportam realizando tarefas, trabalham com o sentido  de produzir um resultado final comum. A função da organização resulta na  intenção dos colaboradores em realizar determinada tarefa e da possibilidade de  conseguirem algo como retorno. 
     Ainda Bergamini e Beraldo (1992) declaram que a única possibilidade de  saber se a relação custo x benefício para a pessoa e para a organização é  satisfatória, é através da utilização de instrumentos para avaliar, com  razoável precisão o quanto a organização e o indivíduo estão adquirindo de  gratificação. “O instrumento que, ao longo do tempo ganhou maior expressão,  nesse contexto tem sido a Avaliação de Desempenho Humano no Trabalho”. Conhecer  a dinâmica comportamental própria de cada um, a atividade a ser realizada e o  clima organizacional em que estas ações se passam são os resultados aferidos  através da avaliação de desempenho das pessoas no trabalho. A avaliação de  desempenho nas organizações é um meio da estimativa de aproveitamento do  potencial individual humano e, por isso, do potencial das pessoas de toda a  empresa. 
     Para Teixeira (2007), avaliar e acompanhar o desenvolvimento das  atividades é tão essencial e imprescindível quanto estabelecê-las. Através  deste acompanhamento o líder tem conhecimento do que está ocorrendo em sua área  de fato e ao mesmo tempo permite que os integrantes de sua equipe conheçam o  andamento das atividades e tarefas dos demais. Como a informação é a mola  mestra de uma prática com êxito, o canal aberto para a troca de dados com os  liderados é a solução para uma liderança participativa e eficaz. 
     Segundo Bergamini e Beraldo (1992) a avaliação de desempenho humano nas  empresas compõe-se na ferramenta de estimativa de aproveitamento do potencial  individual humano no trabalho e, por isso, do potencial humano de toda a  organização. A palavra desempenho significa ação, atuação, comportamento.  Desempenho eficiente ou desempenho eficaz ou até mesmo ambos podem ser  atribuídos a uma qualificação, ou seja, a uma avaliação sobre o desempenho no  trabalho que se conclui por sua adequação ou não. Logo, desempenho eficiente é  aquele que atende em alto nível às indicações dos traços de personalidade,  utilizados de forma adequada na realização de uma tarefa. Já o desempenho  eficaz está relacionado à realização com êxito da tarefa solicitada, ou seja,  das pessoas fazerem o que tem que ser feito e assim apresentar o resultado  esperado. 
     Batteman e Snell (1998) afirmam que atualmente, algumas organizações  querem que seu colaborador pense como um empresário completo, não apenas como  um empregado que desempenha uma atividade particular. As empresas esperam que  todos se comportem como empreendedores, buscando novas oportunidades de  negócios, buscando de variáveis formas a contribuir positivamente para o  sucesso da organização. As empresas não desejam que estas características sejam  atingidas de forma caótica, mas inseridas no contexto da cultura e dos  objetivos da organização. Para Batteman e Snell (1998) a estrutura formal das  organizações auxilia a controlar o que acontece com elas, porém atualmente as  organizações necessitam mais do que controle, precisam de proatividade, agindo  rapidamente e adaptando-se a exigências que se modificam com muita rapidez.
3. A EMPRESA ESTUDADA 
     A Coloplast do Brasil foi criada em 1954, na Dinamarca a partir de uma  ideia da enfermeira Elise Sorensen que inventou a primeira bolsa coletora de  estomia do mundo. Elise dedicou-se nesta criação, pois sua irmã mais nova  contraiu câncer de intestino e teve que ser submetida a uma cirurgia de  estomia. A cirurgia de estomia consiste na exteriorização do intestino grosso  através da parede abdominal para eliminação de gases e fezes e a bolsa coletora  tem a função de coletar e suportar esta eliminação. É composta basicamente de  material plástico e possui um adesivo com alto poder de aderência à pele humana,  buscando proporcionar maior segurança e conforto ao paciente. 
     A partir desta criação Elise convenceu donos de fábricas de material  plástico a fabricar o produto. A partir desta iniciativa nasce a organização  Coloplast S/A em 1957 na Dinamarca. 
     Em pouco tempo a empresa tornou-se mundialmente reconhecida e  atualmente é líder no mercado em cuidados com estomia. A empresa possui uma  sede e uma fábrica no país de origem, além das seis fábricas nos seguintes  países: Alemanha, Hungria, Costa Rica, China, França, Dinamarca e Estados  Unidos. Além de produtos para soluções para estomia, seu negócio abrange  cuidados com incontinência, urologia, e cuidados com feridas e da pele. Está  presente em mais de 25 países e é responsável por exportar para mais de 65  países em todo o globo, com geração de empregos diretos para mais de sete mil  pessoas ao redor do mundo. 
     A subsidiária está há mais de dez anos no Brasil, no Centro do Rio de  Janeiro em um escritório com trinta e cinco colaboradores diretos, divididos  nas seguintes áreas: Marketing, Excelência Comercial e BackOffice atuando  em Logística e Faturamento, RH, Financeiro, Regulatório e Tecnologia da  Informação. Um espaço em um armazém no subúrbio do Rio de Janeiro com três  colaboradores, um escritório de vendas em São Paulo com oito colaboradores e  mais a equipe de vendas e profissionais de enfermagem espalhados pelo Brasil,  totalizando noventa e dois colaboradores. A contabilidade, a área jurídica e o  departamento pessoal são terceirizados. 
     Seus principais concorrentes são divididos por segmentos: Em estomia e  tratamento de feridas – Convatec e em Incontinência urinária e urologia –  BBraun. Seu maior cliente é o órgão público, que adquire seus produtos através  de licitação pública, que é o procedimento administrativo para contratação de  serviços ou aquisição de produtos por parte da administração pública direta ou  indireta regulamentado pela lei nº 8666/93. A missão da organização consiste em  tornar mais fácil a vida de pessoas com necessidades de Intimate Healthcare,  que, em português significa cuidado íntimo com aspectos relacionados à saúde.  Os valores da empresa são: Proximidade para melhor compreender; paixão para  fazer a diferença; respeito e responsabilidade para guiá-los. 
     Desde sua fundação a área estratégica da Coloplast do Brasil efetua seu  planejamento anual, seguindo orientações de sua matriz que possui a seguinte  estrutura corporativa: Pesquisa e Desenvolvimento Global, que tem como objetivo  desenvolver o melhor produto para diferentes clientes nos mais variados países  em que atuam; Operações é responsável pelas plantas e manufaturas da  organização, além de manter um relacionamento com as filiais a respeito de  importação e exportação na área de logística; O Marketing Mundial busca  inspiração em seus pacientes localizados nos quatro continentes para o  desenvolvimento de novos produtos e serviços e é responsável pelo planejamento  e estratégias de lançamentos de novos produtos em todas as filiais e por fim,  Vendas Mundiais que gerencia as vendas dos quatro ramos de negócio em suas  filiais de diferentes formas, de acordo com a legislação de cada país, além de  ser responsável pelo atendimento ao cliente e seu feedback. 
     O sistema de avaliação de desempenho praticado  pela Coloplast do Brasil consiste em oferecer oportunidades de entendimento  entre os colaboradores e seus gerentes, propondo a revisão e a atualização  permanente de seus comportamentos, havendo um relacionamento com  espontaneidade, franqueza e confiança. A empresa busca conhecer o ser humano  que está inserido na sua organização para poder usufruir de sua capacidade  técnica e cognitiva e oferecer em troca um ambiente de trabalho favorável, com  um salário digno e benefícios atrativos, além da possibilidade de crescimento  satisfazendo assim ambos os lados.
4. METODOLOGIA  
     Neste capítulo são abordados os aspectos metodológicos das coletas e  análise dos dados das pesquisas realizadas, dividindo-se em duas partes  distintas. Primeiramente tratando da classificação taxonômica da pesquisa, em  seguida a formação da amostra utilizada e por último a descrição dos  instrumentos utilizados para coleta dos dados. 
     De acordo com a taxonomia proposta por Vergara (2007) esta pesquisa  classifica-se, quanto aos seus fins, como descritiva, uma vez que visa analisar  os impactos da mudança do estilo de liderança no desempenho humano de uma área  específica da organização. Quanto aos meios o trabalho é classificado como  pesquisa de campo, pois foi executada por meio de questionários estruturados  por Hersey (1986) entregue ao Executivo A e o Executivo B da área do BackOffice de uma empresa multinacional no ramo de produtos para saúde e outro  questionário estruturado por Teixeira (2011) para a equipe da área do BackOffice.  Além da pesquisa de campo, procedeu-se uma pesquisa documental, valendo-se de  dados secundários obtidos de documentos internos da organização como as  pesquisas de desenvolvimento pessoal de 2010 e 2011. 
     A área do BackOffice da empresa  Coloplast do Brasil é composta por dezesseis funcionários, sendo metade deles  do gênero feminino, idade média de 27,5 anos e quinze deles com ensino superior  completo ou em curso. A amostra da pesquisa engloba todos os atores do universo  de pesquisa, pois investiga os impactos do estilo de liderança no desempenho  das pessoas da área. Além dos funcionários do BackOffice foi pesquisado  o atual executivo da área (EB) e o anterior (EA), substituído ao final do ano  fiscal 2010/2011. 
     A coleta de dados do Executivo B foi realizada na empresa durante  horário comercial, já a coleta de dados do Executivo A foi realizada por e-mail  devido a sua saída da empresa estudada, por fim a coleta de dados dos liderados  também foi realizada na empresa durante o horário comercial e a abordagem para  preenchimento dos questionários foi direta. Após as coletas dos questionários  dos liderados e dos líderes em questão, foi realizada a coleta de dados das  avaliações de desempenho pessoal de 2010 e 2011 foi realizada através de  e-mails enviados pelo Executivo B. 
     O primeiro formulário obtido com base no trabalho de Hersey (1986) tem  como objetivo conhecer o estilo de liderança adotado diante de uma determinada  situação. Com base em doze situações, os executivos A e B da empresa do estudo  puderam se identificar em meio à sua equipe e escolher uma das quatro opções  disponíveis. Cada opção pertence a um estilo de liderança variando do estilo  E1, mais centralizador e controlador, com foco na tarefa e baixo grau de  relacionamento; estilo E2, com alto poder de persuasão, buscando um  relacionamento alto e apoio para reforçar o entusiasmo e a disposição das  pessoas; o estilo E3 por sua vez apresenta um líder mais participativo, com  característica de compartilhar, onde o líder e o liderado participam juntos do  processo de decisão e por fim o estilo E4, onde o líder confia em seus  liderados delegando e apontando o problema, mas ficando sob responsabilidade  dos liderados a conclusão da questão. O segundo instrumento de coleta  utilizado, obtido através do trabalho de Teixeira (2007) trata da avaliação da  graduação maturidade dos liderados. A pontuação obtida no questionário pode  variar de 10 a 40 pontos, sendo as categorias definidas a cada 7,5 pontos  situando M1 de 10 a 17,5, M2 de 17,5 a 25, M3 a 25 a 32,5 e M4 de 32,5 até 40  pontos. 
     Por fim a pesquisa documental valeu-se dos resultados da avaliação de  desempenho humano realizada anualmente pela Coloplast do Brasil com parte do  seu PDP – Programa de Desenvolvimento Pessoal do ano fiscal 2010/2011 e  2011/2012, pois na sede da organização localizada na Dinamarca o ano fiscal  inicia em Outubro e encerra em Setembro de cada ano. Os indicadores utilizados  para comparação foram: Comprometimento pessoal com a organização, confiança no  líder imediato, clareza nos objetivos comunicados pelo diretor, comunicação  geral entre o diretor e a equipe, cooperação entre os colegas de equipe,  respeito entre os colegas de equipe, foco coletivo no trabalho, tarefas e  conteúdo do trabalho, aspectos físicos do ambiente de trabalho, salários,  benefícios, desenvolvimento profissional, desenvolvimento pessoal, satisfação  geral e liderança geral. Todos esses indicadores variam em escala de 100  pontos, considerando 100 o nível mais elevado de satisfação com o indicador. 
     Uma possível limitação do método é a veracidade  das respostas dos liderados, pois a organização é de médio porte e eles podem  recear ter suas opiniões divulgadas e responder falsamente às perguntas, mesmo  tendo explicado previamente que seria tudo mantido em sigilo.
5. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
5.1 Resultados da  pesquisa sobre estilo de liderança gerencial  
     Nos formulários abaixo obtidos com base no trabalho de Hersey (1986)  situados na Tabela 1, constam doze questões de situações apresentadas aos  executivos A e B da equipe pesquisada com as respostas e os respectivos estilos  que variaram de acordo com a opção escolhida. 
Pela análise dos dados da Tabela 1, verifica-se que 67% das respostas  indicam a utilização do estilo E3, caracterizado por apoiar os liderados, com  grande envolvimento nas tomadas de decisões e com menor foco na tarefa,  enfatizando suas ações no desenvolvimento de relacionamentos interpessoais.  Este estilo, segundo Hersey e Blanchard (1986) revela que apesar do Executivo A  ser mais descentralizador, levando as informações aos funcionários mesmo de  menor nível hierárquico por meio da delegação de tarefas, esperava que os seus  colaboradores conseguissem executá-las com autonomia, sem o seu suporte e  orientação, o que é caracterizado pela baixa aplicação dos estilos E1 e E2. 
     Também verifica-se que 83% das respostas do Executivo B indicam a  utilização do estilo E2 caracterizado por direcionar os liderados com forte  autoconfiança, alta persuasão, ação menos focada no relacionamento e mais  focado na tarefa, apoiando e reforçando a disposição e entusiasmo das pessoas  com poder de decisão concentrado. Este estilo, segundo Hersey e Blanchard (1986)  revela um líder altamente centralizador que atua conduzindo a equipe a seguir  uma direção oferecendo suporte e contribuição para que as tarefas sejam  cumpridas. 
5.2 Maturidade  profissional dos liderados  
     O instrumento de coleta de Teixeira (2007) foi utilizado para indicar o  nível de maturidade profissional dos colaboradores da área de BackOffice da  Coloplast do Brasil com as características esperadas do gestor em termos de  liderança. Os níveis de maturidade foram medidos de acordo com as quatro opções  selecionadas e explicadas no capítulo 3. De acordo com a Tabela 2, a maturidade  dos entrevistados foi identificada como tipo M2 apresentando a média de 24,8  pontos, ou seja, uma maturidade média, com alguma disposição de assumir  responsabilidade, mas relativamente pouca habilidade necessária para tal.  Segundo Teixeira (2007), para este estilo de funcionário é indicado o estilo de  liderança E2, adotado pelo Executivo B ao invés do estilo de liderança E3  adotado pelo Executivo A. 
Com base nestes resultados pode-se inferir, conforme Figura 2 que de acordo com Teixeira (2007) como a maturidade da equipe é média o uso da autoridade do líder tende a ser centralizado, com o comportamento mais voltado para o estilo X, com o foco nas tarefas. Robbins, Judge e Sobral (2011) afirmam que há alguns estudos como a liderança situacional, sugerindo que dependendo da situação encontrada o líder pode agir com um comportamento voltado para um tipo de estilo X, com centralização no poder e ou nas tarefas e o estilo Y com centralização nas relações e ou nos resultados.
5.3 Análise dos impactos do estilo de liderança do  Executivo B no desempenho dos colaboradores da área de BackOffice da  Coloplast do Brasil  
     Como o estilo de liderança utilizado pelo Executivo B e o nível de  maturidade de sua equipe estão alinhados, percebeu-se a importância de analisar  os resultados dos programas de desenvolvimento pessoal de 2010 e de 2011 da  área estudada da Coloplast do Brasil, através de uma pesquisa documental,  efetuando uma comparação entre as duas gestões para conhecer os resultados  percebidos no dia a dia do BackOffice da empresa. Vale ressaltar que  como até hoje nenhuma análise de porte acadêmico ou até mesmo crítico foi  realizada com estes dados, toda análise realizada é inédita para a empresa  objeto de estudo. 
     A partir das argumentações propostas por Hersey  e Blanchard (1986) e Teixeira (2007) pode-se dizer que há melhor adequação do  Executivo B com a equipe por ele liderada, o que refletiu diretamente com os  indicadores de desenvolvimento humano mapeados no PDP – Programa de  Desenvolvimento Pessoal da organização. Os principais indicadores exibidos na  Tabela 3 apresentam uma diferença média de 33 pontos, com a pontuação máxima de  53 pontos em benefícios e com a pontuação mínima de 10 pontos em salários.  Nota-se que há uma percepção da mudança em aspectos positivos entre os  colaboradores pesquisados entre a gestão anterior e a gestão atual.
Segundo Robbins, Judge e Sobral (2011) a relação entre a vida pessoal e  profissional começaram a chamar atenção em 1980, principalmente pelo grande  número de mulheres que ingressaram no mercado de trabalho. Algumas das soluções  encontradas foram introduzir creches no local de trabalho, abono para  comparecimento à escola dos filhos e emprego de meio período. Mas logo as  organizações constataram que estes conflitos não eram exclusivos de mulheres  com filhos. Fora analisado que a excessiva carga de tarefas e a grande demanda  por viagens a trabalho, por exemplo, dificultavam cada vez mais a interação  entre os desafios profissionais e a vida pessoal. 
     A empresa estudada iniciou em 2011 um programa de treinamento dos  funcionários por meio do Executivo B da área de BackOffice proporcionando  cursos e atividades voltadas a cada perfil de funcionário como curso de  informática avançada, curso de inglês e cursos específicos de curta duração em  universidades renomadas para cada indivíduo, resultando em um aumento  considerável no segundo ano no item desenvolvimento profissional. 
     No quesito desenvolvimento pessoal, o Executivo  B proporcionou às gestantes da organização a licença maternidade de seis meses,  dois meses a mais que a lei exige, deduzindo o imposto de renda na declaração  fiscal; elaborou um projeto de exercícios laborais no escritório, encontros e  eventos com os funcionários e seus parentes diretos, além da flexibilidade no  horário de trabalho e possibilidade de home office em algumas ocasiões,  comprovando o alto crescimento na satisfação de seus liderados neste quesito.
Conforme ilustrado na Tabela 4 a satisfação com os aspectos físicos  dobrou comparando a gestão do Executivo A com a gestão do Executivo B. Algumas  ações tomadas que podem ter contribuído para este resultado foram a contratação  de uma empresa responsável por ergonomia para gerar maior conforto e menos  impacto a saúde dos colaboradores; e a mudança de dois funcionários e um  estagiário para o armazém geral da empresa, onde está sendo possível um melhor  acompanhamento do processo de logística dos produtos. 
  “A remuneração não é o principal fator de satisfação no trabalho. No  entanto, mesmo não sendo a principal fonte de motivação, a remuneração é um  importante fator que a empresas frequentemente subestimam” (ROBBINS, JUDGE e  SOBRAL, 2011).
     O item salário da equipe avaliada apesar do aumento de dez pontos na  gestão do Executivo B ainda continua com um médio grau de satisfação. 
     Já na questão benefícios, houve um salto significativo em mais de  cinquenta pontos aproximando-se do nível total de satisfação. Na gestão do  Executivo B alguns benefícios foram incluídos no pacote dos funcionários, como  inserção do cônjuge masculino no plano de saúde e odontológico, pois desde sua  fundação a Coloplast do Brasil apenas beneficiava cônjuges femininos neste  plano e a inclusão do ticket alimentação para todos os colaboradores da  empresa. 
     Segundo Giddens (2005) a popularidade das equipes colaborativas está  cada vez maior com o propósito de aumentar a eficiência e a relação entre o  custo e a eficácia do desenvolvimento do produto ou processo e da solução de  problemas devido a reuniões com colaboradores de diferentes áreas entre outras  ações. 
     Uma característica do Executivo B é o tratamento da equipe. Este  executivo busca uma equipe com perfil de time, onde todos tenham o mesmo  objetivo e que lutam pela mesma meta, independente da sua função. Como a área  de BackOffice é responsável por diversas áreas da organização como  Recursos Humanos, Finanças e Operações, conseguir fazer com que os  colaboradores atuem em conjunto com foco coletivo no trabalho traz  significantes resultados como a satisfação na realização das tarefas e conteúdo  do trabalho diário. 
     Segundo Robbins, Judge e Sobral (2011), a teoria de identidade social  sugere que as pessoas apresentem reações emocionais ao sucesso ou fracasso de  seu grupo, porque há uma ligação entre sua autoestima e o desempenho humano do  grupo. 
     O trabalho está sendo valorizado pela sensação  de identidade social estável que ele oferece (GIDDENS ANTHONY, 2005).
     A cooperação entre colegas na Coloplast do Brasil já poderia ser  considerada satisfatória na gestão do Executivo A, porém com o estilo de  liderança adaptado ao estilo dos liderados foi percebido um aumento  significativo na satisfação do grupo neste quesito. O item respeito entre  colegas também apresentou um crescimento, demonstrando que no ano desta  pesquisa o grupo reforçou uma identidade social (ROBBINS, JUDGE e SOBRAL;  2011), onde os integrantes deste grupo apresentavam reações emocionais ao  sucesso ou fracasso do mesmo.
     De acordo com Sobral e Peci (2007) o estilo autocrático tem como  característica a centralização da autoridade e da atividade de tomada de  decisão, já o estilo democrático compartilha o processo de tomada de decisões,  incluindo métodos e acordos de trabalho. Como analisado na pesquisa de estilo  de liderança, o Executivo A com um estilo tendendo ao perfil democrático tinha  baixa ou média satisfação na avaliação nos quesitos confiança no líder, clareza  de objetivos informados pelo líder e de comunicação entre o líder e sua equipe.  O controle, a informação e o acompanhamento, que são consideradas  características comuns em líderes mais autocráticos fizeram diferença nos  resultados da pesquisa no ano seguinte com o Executivo B, ratificando o  alinhamento do estilo do líder à maturidade profissional dos liderado. (HERSEY  e BLANCHARD; 1986).
     Segundo Batteman e Snell (1998) fazer com que o colaborador sinta-se  dono do negócio é uma boa forma de comprometê-lo com os objetivos da  organização. Quando o funcionário sente-se um empreendedor, este busca novas  soluções e oportunidades de negócio, oferecendo o seu melhor. 
     O Executivo B através de suas palestras e reuniões enfatizou a  importância do colaborador saber o seu lugar dentro da organização, mostrando  que ele é parte vital para o bom funcionamento da empresa, desafiando a equipe  a se comprometer com o sucesso total da organização. 
6. CONCLUSÃO  
     Esse estudo identificou, na primeira parte da pesquisa baseada no  modelo de Hersey e Blanchard (1986), que o estilo adotado para gerir a equipe  do BackOffice da empresa Coloplast do Brasil atualmente é o estilo E2,  caracterizando um líder com forte autoconfiança e persuasivo. Já o estilo  anterior foi o E3 que é mais descentralizador, com menor foco na tarefa, e  maior autonomia de seus liderados. 
     A segunda parte da pesquisa baseada no modelo de Teixeira (2007)  consistiu em conhecer a maturidade da equipe e seu estilo preferido de  liderança. O resultado encontrado foi um grau de maturidade médio, com pouca  habilidade necessária para assumir responsabilidades e necessidade de  acompanhamento e controle. 
     Segundo Hersey e Blanchard (1986) e Teixeira (2007) a adequação entre a  preferência dos liderados e o estilo do líder pode impactar diretamente nos  indicadores de desempenho humano nas organizações e com isso a terceira  pesquisa foi realizada com documentos internos da empresa onde foi feita uma  comparação entre os programas de desempenho pessoal de 2010 e 2011. 
     Com os resultados obtidos nesta pesquisa documental pode-se concluir  que os índices relevantes para o desenvolvimento humano da equipe estudada teve  um alto nível de crescimento em 2011 em relação à pesquisa realizada no ano  anterior. 
     Segundo Teixeira (2007) o fator-chave para apresentar a melhor forma de  administrar uma situação é conhecendo a maturidade dos liderados, pois a partir  desta informação o líder escolherá um estilo de liderança que atenda  diretamente o nível de requisito dos liderados, e através de diversos estilos  de expectativas e comportamentos obter a construção de uma interação efetiva  entre a equipe e seu líder. 
     Diante do exposto, respondendo à pergunta formulada no Capítulo 1, o  estudo mostra que o impacto positivo no desempenho das pessoas do BackOffice da Coloplast do Brasil se deu através de um novo estilo de liderança  adotado pelo Executivo B, um estilo adaptado a preferência da equipe, buscando  influenciar e motivar segundo as suas expectativas com características do  estilo E2, com foco nas tarefas, pois atualmente os liderados preferem um  estilo de liderança mais autocrático, com um acompanhamento mais próximo, que  proporcione segurança e apoio, além de entusiasmar a equipe com poder de  decisão concentrado. Alguns resultados positivos desta parceria entre o atual  líder e seus liderados foram percebidos na avaliação de desempenho pessoal que  a Coloplast do Brasil realiza anualmente, com índices significativos de  satisfação. Este trabalho aponta que não há estilo de liderança equivocado e  sim estilos que necessitam se adaptar a demanda dos liderados, pois ocorrendo  um amadurecimento da equipe objeto deste estudo, o líder provavelmente terá que  se adaptar adotando um novo estilo. Cabe aos líderes da organização perceberem  o momento de mudar o seu estilo para que seus liderados alcancem os melhores  resultados com a máxima qualidade e satisfação pessoal. 
     A Coloplast do Brasil deve utilizar este trabalho para produzir outros  estudos e aprofundar seus conhecimentos sobre diversos aspectos a cerca do  desempenho humano de seus colaboradores, realizando no próximo ano uma pesquisa  similar para verificar se houve uma evolução na maturidade da equipe no período  de um ano e assim adaptar o estilo do líder às mudanças percebidas. 
     Esse estudo também deve ser estendido a outras áreas da empresa, para  identificar o alinhamento geral entre estilos de liderança e a maturidade  profissional dos colaboradores da empresa. Outra sugestão é investigar qual a  importância que é dada para a centralização e descentralização pelos executivos  da Coloplast e verificar se eles têm conhecimento dos impactos que podem ser  causados na motivação e produtividade.
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     VENDRAMINI, P. Liderança e Mudança Organizacional: As categorias  Essenciais do Líder Facilitador. 225f. Dissertação (Mestrado). Engenharia de  Produção e Sistemas, Universidade Federal de Santa Catarina, 2000. 
     VERGARA, Sylvia Constant Projetos e  relatórios de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas, 2007.
** Universidade Severino Sombra (USS). Atualmente é Coordenador dos cursos de Pós-Graduação Lato Sensu da Universidade Severino Sombra, Doutorando em Administração e Mestre em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas (EBAPE/FGV) Pesquisador do Núcleo de Estudos de Estratégia e Governança da EBAPE/FGV. Possui graduação em Administração de empresas pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
*** CEFET/RJ e Universidade de São Paulo (FEA-RP/USP). Atualmente é Professor no CEFET/RJ. Doutorando em Administração de Organizações pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Gestão e Estratégia em Negócios pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). MBA em Gestão e Gerenciamento de Projetos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Possui graduação em Administração Pública e em Administração de empresas pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
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